O início da preocupação com o clima
Antes de adentrarmos ao que foram a COP 3 e a COP 21, é importante entender quando e como surgiram essas Conferências, bem como os seus propósitos de existência.
Na década de 1980, pesquisas científicas começaram a relacionar as mudanças climáticas ao redor do mundo com a emissão de gases de efeito estufa provenientes das atividades humanas. A partir desse momento, surgiu uma pressão para que essa questão recebesse a devida atenção dos países. Mais tarde, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o Comitê Intergovernamental de Negociação para a Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, que culminou na criação da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre o Clima.
A redação da Convenção foi assinada em 1992 na Cúpula da Terra, no Rio de Janeiro, por 154 países, entrando em vigor em 1994. O objetivo central da Convenção em sua criação foi reduzir a concentração de gases de efeito estufa e controlar o aquecimento global.
E a Conferência das Partes?
A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção, abrangendo os países que ratificaram a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima e um grupo de observadores convidados, como organizações internacionais intergovernamentais e ONGs. As COPs possuem como função principal discutir e revisar os compromissos e objetivos da Convenção, além de propagar novos dados científicos e examinar a efetividade dos programas de mudanças climáticas dos países.
Por que a COP 3 e a COP 21?
Cada Conferência apresentou suas particularidades e sua importância dentro do cenário internacional de combate às mudanças climáticas, mas a escolha por focalizar o estudo em uma comparação entre a COP 3 e a COP 21 se deu pela relevância dos tratados que surgiram destas conferências, sendo eles, respectivamente, o Protocolo de Quioto e o Tratado de Paris.