A memória de um povo faz-se de representações e monumentos mais ou menos grandiosos, mas também, de edificações singelas na sua aparência, mas poderosas na imaginação popular. É assim que a cultura popular pelas almas do purgatório carrega um significado espiritual estratégico no mundo rural que se ritualiza em símbolos de base religiosa como são as ALMINHAS.

Estes oratórios de fé e devoção ligam com o transcendente, e facilitam a transição entre o físico e o espiritual. A sua origem situa-se no século XVI, quando na Igreja católica vingou a ideia de Purgatório como um terceiro espaço, além do Céu e o Inferno, onde as almas permaneciam até se purificarem. Lembram-nos a transitoriedade da vida e a necessidade de rezar pelas almas dos que já morreram, de maneira a que alcancem com maior celeridade o Céu. Assim, a construção e o culto destes oratórios beneficiam, não só as almas no Purgatório, mas também os que rezam ou deixam oferendas.

A sua construção em locais de passagem, campos agrícolas ou fontes, servem de culto, proteção e guarda. O seu aspeto físico e o material de construção, varia com a região, mas no essencial, originalmente, o oratório tem um nicho, onde se inclui um painel pintado, representando na sua base, as almas no fogo do Purgatório, e acima, disposto por hierarquia, um conjunto de entidades divinas. O corpo do oratório inclui também a cruz, que se pode incorporar no corpo do monumento, ou estar destacado no topo.


Este é um projeto sem fins lucrativos suportado exclusivamente por trabalho voluntário com o intuito de inventariar e georreferenciar as alminhas.

Sendo o autor deste site historiador, tem também o apoio de consultores nas áreas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e Geografia Humana.

O modelo de inventariação com adaptação nossa, segue a estrutura usada por Olinda Maria de Jesus Rodrigues na tese de mestrado em Arte e Património e Teoria do Restauro - As Alminhas em Portugal e a devolução da memória. Estudo, recuperação e conservação, RODRIGUES, Olinda Maria de Jesus, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010, 2 Vol.

A base WebSIG e a solução de mapas interativos, foi desenvolvida especificamente para este projeto, por Ezequiel Correia.

A divisão administrativa que usamos é a última antes da revisão de 2013 (CAOP 2009).

A georreferenciação é feita localmente quando as fotos são nossas. Quando usamos obras de autor, se não houver georreferenciação de apoio, recorremos ao Google Earth e ao QGis e, caso não consigamos localizar, recorremos a cartografia incluída ou a descrição geográfica por aproximação. As coordenadas são em WGS84 (graus decimais).

As imagens divulgadas em "FOTOS" são da nossa autoria. Quando não existem imagens nos "MAPAS", é porque não obtivemos autorização dos autores para a sua divulgação pública.



Fernando Manuel Tavares Correia

fmt.correia@gmail.com

equipa

foto de Fernando Correia
Fernando Correiafmt.correia@gmail.com
foto de Ezequiel Correia
Ezequiel Correiaezcorreia@gmail.com

colaboradores

  • Cidália Bértola
  • Jorge Torres
  • M. Eduarda Oliveira
  • Manuel Custódio Fernandes
  • Maria Clara Vide Marques
  • Marta Bento
  • Óscar Franco Barros
  • Paulo Bonifácio

Citação/Referência:

Correia, Fernando M. T. - Alminhas [Em linha]. Consultado em aaaa-mm-dd. Disponível em https://sites.google.com/view/fmtcultura

A sua ajuda é muito importante. Caso pretenda colaborar neste projeto, envie fotos de alminhas, se possível com as coordenadas e assinatura para a referência de autor.