CONFERÂNCIAS INTERNACIONAIS DE ELVAS / CIE'24
"Construção tradicional de terra em Portugal"
01 BIO
Maria Lopes Aleixo Fernandes
Arquiteta pela FA/UTL (1986), Mestre em Recuperação Património Arquitetónico e Paisagístico pela Universidade de Évora (1999), Doutora em Arquitetura pela Universidade Coimbra (2013). Frequentou os cursos internacionais Architectural Conservation (ICCROM, Roma-Itália, 1991), Preservation du Patrimoine Architectural en Terre (CRATerre, Grenoble-França, 1992), Conservación y Manejo del Património Arquitectónico – Histórico y Arqueológico de Tierra (GCI/INC, Trujillo-Peru, 1996) e o curso de estudos avançados em Arquitetura, Território e Memória (Departamento de arquitetura da Universidade de Coimbra, 2004).
Investigadora do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património, CEAACP, unidade I&D nº. 281 da FCT, https://www.uc.pt/ceaacp/
Autora de livros e diversos artigos sobre arquitetura em terra e conservação do património arquitetónico, muitos disponíveis em: https://coimbra.academia.edu/MariaLopesAleixoFernandes
Arquiteta inscrita na Ordem dos Arquitetos, membro do ICOMOS-Portugal, do ISCEAH - Comité Científico Internacional do ICOMOS para o Património Arquitetónico em Terra e do PROTERRA - Rede Ibero-americana de arquitetura e construção com terra.
Arquiteta responsável por planos, projetos e obras desde 1987, na administração central e local, maioritariamente, intervenções em edifícios classificados
02 RESUMO
Construção Tradicional de Terra em Portugal
A terra e os vegetais foram as primeiras matérias-primas conhecidas e usadas pelo homem em pequenas construções há cerca de 10.000-5.000 anos a.C. Os primeiros abrigos de caçadores coletores foram construídos com ramos entrelaçados e travados preenchidos com argamassas de terra e cobertos com peles de animais. A genialidade humana dispondo do que a natureza lhe oferecia levou à construção de proteções semifixas ainda hoje reconhecíveis em sítios arqueológicos como Olduvai na Tanzânia ou Moldova na Ucrânia.
Em Portugal a história da construção em terra, regista os locais mais antigos em épocas mais recentes. Os exemplos conhecidos recorreram ao uso de pedra e terra, assim como, aos adobes, terra moldada e seca ao sol. Os sítios arqueológicos mais conhecidos são porventura Abul, em Alcácer do Sal (séc. VII a VI a.C.), o povoado de Santa Olaia, no concelho da Figueira da Foz (VII a V a.C.) e os vestígios de paredes em adobe descobertas nas escavações da Alcáçova de Santarém e identificadas do século VIII a.C.
Nos anos oitenta do século XX, o Grupo CRATerre, Centro internacional da construção em terra, sediado em Grenoble, França, identificou três métodos de construção em terra, subdivididos em dezoito técnicas no total. Os métodos então definidos, agrupam as diferentes técnicas consoante o modo como a terra é utilizada na construção:
- Terra monolítica;
- Terra em alvenaria;
- Terra de preenchimento ou revestimento.
A apresentação tem como objetivos a apresentação das cinco técnicas tradicionais em terra existentes em Portugal, respetivamente:
- A taipa (diferenciando a taipa militar da taipa vernácula);
- O adobe e o torrão;
- Os tabiques (taipa de rodízio e taipa de fasquio) e as coberturas em terra (os tetos de salão da Ilha de Porto Santo).
A apresentação irá versar ainda, os tipos de arquitetura vernácula associada, os casos de arquitetura contemporânea ou a utilização destas técnicas noutras arquiteturas, assim como, alguns exemplos recentes da recuperação de edifícios construídos com esse material.
"A cor em Elvas"
01 BIO
Patricia Boino de Azevedo Alves Cutileiro
53 anos
Natural de Évora Residente em Elvas
Conservadora/Restauradora
Formação Académica:
2016-2017 Especialização em Reabilitação Urbana no âmbito do 2º Ciclo de Estudos (Mestrado).
2013-2014 Pós-Graduação – Estudos Avançados em Recuperação do Património Histórico e Regeneração Urbana e Económica.
1997-2002 Licenciatura em Conservação e Restauro
1991-1993 Curso: Técnico de Museologia e Património Cultural (nível 3)
Percurso Profissional:
1994 – 2021 Câmara Municipal de Monforte
2021-atualidade Câmara Municipal de Elvas.
Responsável técnica do MAEE (Museu de Arqueologia e Etnografia – António Tomás Pires)
Enquanto trabalhadora de município (s) desenvolveu trabalho em variadíssimas áreas:
- Arqueologia, com o natural conhecimento dos territórios e normais interações humanas;
- Museologia e Projetos museográficos;
- Animação Sócio-cultural;
- Percursos Pedestres em Natureza;
- Área da Conservação e Restauro. Elencam-se alguns trabalhos recentes de maior relevância:
2012/2021 Responsável pelas intervenções de Conservação e Restauro nos Retábulos em talha dourada/policromada das Igrejas da Ordem Terceira e Matriz de Monforte.
Responsável pelas intervenções de Conservação e Restauro nos Altares em Alvenaria com Revestimentos a Fresco na Igreja Matriz de Monforte
2015/2018 Orientadora dos Estágios dos alunos do Curso de Restauro da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Altares da Igreja Matriz de Monforte
2017 CEFUS Capela do Antigo Hospital da Misericórdia de Monforte. Conservação dos Vestígios Osteológicos.
2016 Participação no Projeto MEGAGEO (proveniência geológica dos esteios de antas do centro-sul de Portugal). FCT. Responsável pelas intervenções de conservação e restauro: Mitigação de furos em megálitos; Recolocação de esteios-colagens-preenchimentos
2010/2011/2012 Colaboração no Projeto Mural 2D – Murais e Rebocos do Alentejo, Degradação e Diagnóstico - desenvolvido pelo Centro Hercules (Herança Cultural, Estudos e Salvaguarda) da Universidade de Évora. Apoio à investigadora/conservadora restauradora Milene Gil Casal no terreno: Estado de Conservação e Fatores de Degradação: Pintura Mural da Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Pintura Mural da antiga Ermida de São Pedro de Almuro. Monforte
Trabalhos e/ou estudos
2020/21 Membro do júri no Procedimento Concurso - “Monforte Sacro – Empreitada de Conservação e Restauro Azulejaria”.
2020 Elaboração do Projeto de Execução/Caderno Encargos (especificações técnicas) constante no procedimento de concurso público: “Monforte Sacro – Empreitada de Conservação e Restauro Azulejaria”
A título particular ao longo de quase 25 anos conta com uma vasta série de Intervenções de conservação e restauro em património móvel e imóvel, religioso e civil, particular e institucional.
02 RESUMO
A Cor em Elvas e as Tecnologias da Cal
A comunicação resulta de um trabalho ainda embrionário sobre a cor ligada às tecnologias da cal.
A cor presente em algumas fachadas no Centro Histórico de Elvas (CHE) recorrendo a pinturas/barramentos/monomassas /guarnecimentos, de cal e pigmentos.
De uma forma aleatória são referidos alguns exemplos de fachadas de edifícios em que a estratigrafia da cor mostra a cal e pigmentos – nas suas múltiplas técnicas de utilização – como constituintes originais, ou seja, contemporâneos da época da fachada que estão a colorir.
Pretende-se com a comunicação abordar a cal e os pigmentos enquanto materiais versáteis, ecológicos, baratos, de utilização continua até meados do século XX, que infelizmente caíram em desuso em detrimento da utilização de tintas modernas produto de indústrias poluentes.
Falar um pouco sobre a sustentabilidade ambiental, a necessidade de voltar a materiais e técnicas tradicionais. A especialização de pedreiros e pintores que na (s) época (s) utilizavam este tipo de materiais e técnicas.
Falar também um pouco na tentativa de implementação em Elvas de uma Escola de Artes e Ofícios há cerca de 10-12 anos atrás. Houve formação de pessoas locais ligadas às áreas da construção civil, da arquitetura, da conservação e restauro, para a utilização das tecnologias da cal. O Projeto Pro Exemplaria infelizmente não teve continuidade.
"A lógica das coisas simples e a longa vida das técnicas de construir"
01 BIO
Maria da Conceição Lopes, Professora Auxiliar na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, nasceu a 14 de Fevereiro de 1961, no concelho de Arganil, distrito de Coimbra, Portugal Licenciada em História – Variante de Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra no ano de 1984, com a média final de Bom. Obteve o Diplôme d’Études Approfondies (D.E.A.) na Université de Bourdeaux III, no ano de 1987 com a menção de Très Bien. Prestou Provas de Aptidão Científica e Capacidade Pedagógica em 10 e 11 de Janeiro de 1992, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo obtido a classificação de Muito Bom com distinção. Doutorou-se pela Universidade de Coimbra, no ano de 2000, defendendo a dissertação “A cidade Romana de Beja. Percursos e debates acerca de Pax Iulia”, com a qual obteve o Grau de Doutor, com louvor e distinção, por unanimidade.
02 RESUMO
A arquitetura romana é o espelho do engenho e da criatividade técnica e da a inovação dos materiais que os romanos usaram para construir obras monumentais e simples casas, as quais perduram, em muitos casos, até aos nossos dias.
O arco, que os etruscos já utilizavam, tornou-se um elemento arquitetónico determinante, permitindo a construção de estruturas robustas e esteticamente muito delicadas e monumentais. A sua utilização facilitou a distribuição do peso e a criação de espaços mais amplos do que as construções anteriores, que se limitavam a coberturas planas.
A abóbada, permitiu criar tectos curvos que não só ofereciam uma grande capacidade de carga, como também diversificavam as formas e os espaços interiores. As abóbadas desenvolvidas pelos romanos, como a abóbada de berço, tornaram-se elementos essenciais em muitos edifícios públicos e privados, conferindo um carácter impressionante e robusto às construções romanas.
Colunas, capiteis e cimentos de todas as qualidades ofereceram aos romanos possibilidades infinitas de construção sólida, ecologicamente equilibrada e com ambientes calibrados.
Em pedra (calcário, travertino, mármore, xisto...) em cerâmica, com argamassas, de ajustadas com argamassas de qualidade e textura variada, nas quais a cal tem presença destacada, em madeira, em terra, os romanos constroem todo o tipo de edifícios, com qualidade técnica, proporções harmoniosas de grande beleza, assente na simetria e proporcionalidade.
Técnicas de construção, tecnicamente elaboradas que, pela sua qualidade, marcaram as sociedades num tempo muito longo.
"Quinta dos Nabais, uma experiência de bioconstrução"
"A pedra como património”
01 BIO
Phd, Geólogo, Investigador do Laboratório Hércules da Universidade de Évora
Phd, Researcher in mining geo-resources and mineralogical-petrographic applications for the environment and the Cultural Heritage
02 RESUMO
Graças às suas características físico-mecânicas, a pedra ainda hoje desempenha um papel fundamental na arquitetura moderna. Embora vários materiais compósitos tenham parcialmente substituído a pedra, o seu uso deverá continuar nos próximos séculos.
Apesar de a sua degradação ser um processo lento, mas constante, a pedra, como todos os materiais, necessita de manutenção programada.
O laboratório HERCULES oferece uma vasta gama de ferramentas destinadas ao diagnóstico da pedra e à previsão da sua degradação. O centro colabora ativamente com as empresas extrativas, institutos de restauro internacionais e oferece apoio aos particulares em caso de patologias dos edifícios relacionadas com este tipo de material.
Referências curriculares: Fabio Sitzia, PhD, Researcher in mining geo-resources and mineralogical-petrographic applications for the environment and the Cultural Heritage
"Entre o tradicional e a inovação - Criando Pontes"
01 BIO
Arquitecta e Ph.D. candidate. Supervisor: Jukka Heinonen,
Grupo de pesquisa da Universidade da Islândia e Aalto University.
• 2023- Universidade da Islândia, Doutoramento em curso “Cidades Climático-Sustentáveis: a importância
dos materiais carbo-negativos no avanço da construção sustentável”, Faculdade de Engenharia Civil e
Ambiental; Bolseira pelo Centro de Pesquisa de Engenharia Civil da Islândia e Construção das estradas
Nórdicas;
• 2014- Universidade Lusíada de Lisboa, Mestrado Integrado em Arquitectura, Faculdade de Arquitectura
e Artes;
• 2010- Universidade de Valladolid, Espanha, Escola Superior Técnica de Arquitectura, ETSAVAEstudante
Erasmus durante o 5 ano de Arquitectura, Departamento de Arquitectura e Engenharia Civil;
• 2005- Universidade Lusíada de Lisboa, Diploma Ciências da Arquitectura, Faculdade de Arquitectura e
Artes.
Trabalho realizado
• Professora Assistente em Environmental Impact Assessment (EIA)- Impacto Ambiental, Cidades e
Planeamento Sustentável; Universidade da Islândia Háskóli Íslands;
• Investigadora Principal no Doutoramento: “Climate-Sustainable Cities: The Role of Carbon-Negative
Materials in Advancing Sustainable Architecture”;
• Arquitecta, GP Arkitektar, Islândia; Arquitecta Estagiária, Colectivo ODD , Lisboa, Portugal; Estágios e
Colaboração, JSC ARQUITECTOS, Portugal
Artigos Desenvolvidos
• Valadas, N.; Heinonen, J.; Árnadóttir, Á. Climate-Sustainable Cities: building with carbon negative
materials and regenerative methods, report, HMS Askur, 2022.
• Valadas, N. Heinonen, J.; Árnadóttir, Á. Climate-Sustainable Cities: building with carbon negative
materials and regenerative methods- phase 2, report, HMS Askur, 2023.
• Valadas, N. Heinonen, J.; Árnadóttir, Á. Constructing Pavement using carbon negative materials, report,
Vegagerðin, 2024.
• Valadas, N. Para Além de Darwin, Jornal Público, Outubro 2022;
• A critical review on Carbon Negative Materials as carbon storage potential, Neuza Valadas, Malgorzata
Szafraniec, Áróra Árnadóttir, Jukka Heinonen - on going;
• Greening Drywall:Mycelium as Sustainable Alternative Material in Construction, a study case in Iceland,
Neuza Valadas, Malgorzata Szafraniec, Dórótea Siggurdardottir - on going;
• Regenerative integrated methods such green-roofs: analysis of green roof sequestration over all potential
on thermal performance and carbon sequestration properties, Neuza Valadas, Malgorzata Szafraniec,
Jukka Heinonen - on going;
• A critical review on biochar as concrete properties Optimization and carbon sink, Neuza Valadas,
Malgorzata Szafraniec, Áróra Árnadóttir, Jukka Heinonen - on going;
Conferências e Apresentações
• Neuza Valadas, “The role of Carbon Negative Materials in Advancing Sustainable Construction”, lecture
on CEENG Seminar, University of Iceland, 3 October 2024.
• Neuza Valadas, “The role of Carbon Negative Materials in Advancing Sustainable Construction”, lecture
on CEENG Seminar, University of Iceland, 3 October 2024.
• Neuza Valadas, “Towards a Generative Future”, lecture on Rætur framtíðar - for a regenerative future
Seminar, Holmavík, Iceland, 28 July 2024.
• Neuza Valadas, “Carbon Negative materials in the future built environment”, lecture on Environmental
Planning Class, University of Iceland, 25 January 2024.
• Neuza Valadas, “Adapt & Evolve”, conference presentation at Nordic House, Reykjavík, Iceland, May 7,
2022.
• Neuza Valadas, “30 years of Architecture”, National Museum of Lisbon, Lisbon, Portugal, March 2016.
02 RESUMO
Quando pensamos na Arquitectura e Construção típica do Alentejo bem como nos elementos que utilizamos tradicionalmente, tais como a cal, a taipa, o tijolo de burro e a pedra encontramos em todos eles o mesmo caracter de ancestralidade e adaptação à actualidade. Na verdade, ao longo do progresso da construção e dos nossos sistemas construtivos, a necessidade sempre foi de certa forma a condutora do engenho e utilização de técnicas e recursos.
Na actualidade, sobretudo com a necessidade de estabelecer acordos Internacionais tais como o Acordo de Paris, a construção encontra-se novamente neste “Renascimento” de alguma forma de utilizar métodos antigos e integra-lós nos processos recorrentes e planos de construção. No fundo, não é de todo a descoberta da roda mas sim o discernimento de saber que podemos utilizar técnicas que nos foram passadas da antiguidade e que para além de eficientes, são benéficas e um meio caminho para atingirmos os objectivos globais: uma sustentabilidade honesta.
Quando pensamos em matérias, materiais e recursos antigos, para além destes acima mencionados, esquecemo-nos frequentemente, de um elemento muito especial, cuja resiliência perdura desde o início da
vida neste planeta: micélio ou mycelium, em inglês. Consiste numa rede de “hyphae” microscópicas ligações de fungi que estabelecem uma verdadeira network invisível no solo. O mycelium mostra-se como um recurso inovador bastante promissor e de caracter ancestral, capaz de ser produzido localmente e aplicado em várias industrias, entre elas, a construção. Sem necessidade de maquinaria pesada, nem aditivos e totalmente biodegradável. A pesquisa mostra a sua resistência ao fogo como uma excelente propriedade, tal como, a excepcional capacidade acústica tanto em painel como material para isolamento. Desenvolvendo-se a partir de um substrato, a utilização de mycelium é uma das formas de utilizar recursos locais, aproveitar lixo biológico tal como restos de madeira, e assim caminhar para uma real economia circular, assegurando a utilização de produtos locais simultaneamente.
Esta característica de circularidade, é também encontrada nestes materiais e matérias mais “antigos”.
Sendo por isso tão importante reforçar a utilização de materiais tradicionais, locais e manter as técnicas actualizadas aguado da sua actual utilização.
Outro elemento importante presente nesta pesquisa, é o que chamamos de biochar ou uma espécie de carvão vegetal que é criado aquando da queima de lixos biológicos num processo de pirólise- ou seja, uma queima sem utilizar oxigénio. No projecto de pesquisa presente, desenvolvido Islândia entre a Universidade da Islândia, Faculdade de Engenharia Civil e Ambiental, e a Associação das Florestas “Skógræktin” foi desenvolvido um carvão vegetal das queimadas (feitas sem oxigénio) de resíduos vegetais das florestas. Esse carvão vegetal foi posteriormente utilizado como agregado tanto em blocos biológicos como introduzido em blocos de betão. O objectivo é perceber quanto biochar poderemos introduzir no betão sem que este perca qualidades fundamentais de resistência e material estrutural. Desta forma é possível utilizar “lixo” na produção de novos materiais de construção. Compreender o “lixo” como matéria prima oferece-nos então a possibilidade de uma economia e produção circular e verdadeiramente sustentável.
No caso do Património Alentejano, pensar nos restos de vinha, Oliveira, etc entre outros que facilmente podem ser convertidos em “biochar”, carvão vegetal. A Finlândia, actualmente utiliza esta técnica para fertilizar o solo, porque o carvão vegetal, para além de ser utilizado como matéria prima, é também, um excelente fertilizante uma vez que devido à sua estrutura esponjosa, actua como sequestrador de carbono, absorvendo não só carbono mas também água e minerais que são libertados depois para o solo para utilização das plantas e de mais espécies vegetais quando precisam de nutrientes.
CASE STUDY: "Visita guiada ao Castelo de Juromenha"
CO-AUTOR DA INTEVENÇÃO
CO-AUTOR DA INTERVENÇÃO
XXV ENCONTROS DE MONSARAZ
“Materiais Locais e Escala Humana: antigos e novos desafios arquitectónicos na bacia do Mediterrâneo”
01 BIO
Licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura de Lisboa (Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos, desde 2022) e em Economia pelo ISCEF da Universidade Técnica de Lisboa.
CEO das empresas “Darquiterra - Arquitectura e Construção, Lda” e “Darquitur - Arquitectura e Turismo, Lda”, com sede em Albufeira.
Após prolongados estágios profissionais em Marrocos e com ateliers em Albufeira e Marrakech, foi pioneiro em Portugal da renovação da geo-arquitectura, desenvolvendo um percurso de continuidades:
continuidade entre a Arquitectura Tradicional e a Arquitectura Contemporânea;
continuidade entre as arquitecturas das duas margens do Mediterrâneo.
Tem projectado múltiplas obras públicas e privadas, muitas delas associadas ao nosso Património Arquitectónico de Influência Mediterrânica, sendo regularmente convidado para dirigir Seminários em Faculdades e outras Instituições Culturais de diversos países.
02 RESUMO
MATERIAIS LOCAIS E ESCALA HUMANA: antigos e novos desafios arquitectónicos na bacia do Mediterrâneo
O futuro dos Património(s)da Geo-arquitectura, neste Gharb do Mediterrâneo (tanto a nível das antigas construções, como de novas obras exemplares) depende essencialmente da consciência e das capacidades dos Arquitectos/ Engenheiros/ Construtores para integrarem com rigor os materiais locais na renovação deste mundo comum.
Entre tradição e modernidade, o diálogo cultural entre as duas margens do Mediterrâneo é essencial para assegurar a perenidade do nosso Património Comum.
A predominância dos eixos cardo-decomânicos e dos traçados reguladores, a valorização da lógica das hierarquias espaciais, a evidência do geometrismo e dos ritmos da Natureza, são instrumentos seguros para alcançar um objectivo muito claro: criar espaços de felicidade.
"Cor e luz no Alentejo, as artes da cal"
01 BIO
José Aguiar (CIAUD FAUL)
02 RESUMO
Faremos uma breve viajem sobre as questões da cor, da luz e das artes da cal no património urbano e arquitetónico do nosso país e do Alentejo, apontando problemas recorrentes e algumas possibilidades de resolução; Ilustra-se este caminho com casos concretos, alguns ocorridos em Monsaraz.
"Estruturas e cantarias de pedra”
01 BIO
Gestor Cultural. Curso de Gestão – Especialização em Organização de Eventos (ESGIPCB); Pós-Graduação em História: Património e Projetos Culturais (ISCTE-IUL); Mestre em História, Moderna e Contemporânea (ISCTE-IUL); Doutorando em História da Arte na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL). É investigador integrado do Centro de Estudos CECHAP; investigador colaborador do ARTIS-IHA e CLEPUL da FLUL; do CIDEHUS - Universidade de Évora e do Centro de Estudos Globais - Universidade Aberta. Diretor do Centro de Estudos de Cultura, História, Artes e Patrimónios – CECHAP e do Instituto da Padroeira de Portugal para os Estudos da Mariologia - IPPEM. Membro da Sociedade Portuguesa de História da Construção – SPEHC; do MINOM - Movimento Internacional para uma Nova Museologia e Associação Portuguesa de Historiadores da Arte – APHA. Autor e coautor de projetos de investigação: «Rota do Mármore AE», «Património e História da Indústria dos Mármores», «CallipoArtes – Personalidades Insignes Calipolenses», «Artes & Letras Alentejo. Roteiro de Turismo Literário nos concelhos de Borba, Estremoz e Vila Viçosa» e Gabinete de estudos: «CAUMAR - Mármore entre literaturas e património cultural». Autor de livros, capítulos e dezenas de artigos. São suas áreas de interesse: História da Arte, História da Arquitetura e Construção, Património Religioso, História da Indústria das Rochas Ornamentais, Arqueologia Industrial e Ciências da Documentação.
https://www.cienciavitae.pt//5714-0029-5695
carlosfilipe@edu.ulisboa.pt
02 RESUMO
A presença dos mármores provenientes das pedreiras da região do Alentejo na arquitetura e escultura, é, ainda hoje, uma ampla evidência, com a aplicação destes materiais nos edifícios e/ ou em elementos com função civil, militar ou religiosa. Constata-se que essa utilização resulta desde a presença romana, através de encomendas, num período cronológico lato, até à contemporaneidade. A escolha deste nobre recurso natural, tem por base as suas caraterísticas cromáticas e a sua perenidade, mas também o seu valor plástico, revelando a representação do poder económico, social e político de encomendantes de distintas esferas. É igualmente possível encontrar a sua utilização nos períodos Moderno e Contemporâneo, numa larga extensão da arquitetura popular na sua forma tradicional, bem como nas suas versões vernáculas. Os exemplos de modelo da sua aplicação no casario tradicional, que chegaram até aos dias de hoje, foram na sua maioria transformados ou abandonados pelos seus projetistas e utilizadores. Nesse contexto, esta apresentação, procura dar a conhecer um estudo sistematizado, nomeado – Património e História da Indústria dos Mármores, que tem vindo a ser desenvolvido em fases distintas, com a participação de investigadores de diversas áreas das ciências, reunindo informações relevantes, como resposta às questões da utilização de um recurso natural, o mármore, existente em abundância na região, oferecendo vantagens às necessidades da construção tradicional no futuro.
"Construção tradicional e cultura tectónica"
01 BIO
Miguel Reimão Costa (Arquiteto, doutoramento em arquitetura)
CEAACP/Universidade do Algarve e Campo Arqueológico de Mértola
Miguel Reimão Costa é arquiteto pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, com doutoramento em arquitetura pela mesma faculdade. É Professor na Universidade do Algarve, ensinando dos cursos de Arquitetura Paisagista e Estudos do Património. É investigador do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património e membro da direção do Campo Arqueológico de Mértola. Tem vários livros e artigos publicados sobre o património construído em Portugal e no Mediterrâneo, compreendendo linhas de investigação para a interpretação da arquitetura a partir da colaboração com colegas da arqueologia e da história, da antropologia e da paisagem. Miguel Reimão Costa é membro do Icomos Portugal e membro perito da Comissão Científica Internacional para a Arquitetura Vernácula.
02 RESUMO
"Construção Tradicional e cultura tectónica"
Com a presente comunicação, pretende-se interpretar alguns processos de construção tradicional à luz das estruturas arquitetónicas, da organização dos espaços, da história das paisagens e da perspetiva das comunidades, compreendendo diversos casos de estudo do Sul de Portugal para o Mediterrâneo.
"Por dentro das argamassas: da pedreira à receita"
01 BIO
Geóloga, Professora Auxiliar do Departamento de Geociências da Universidade de Évora, investigadora do Laboratório HERCULES
02 RESUMO
MATERIAIS LOCAIS E ESCALA HUMANA: antigos e novos desafios arquitectónicos na bacia do Mediterrâneo
O estudo das argamassas enquanto património material contribui para o conhecimento das sociedades ao longo do tempo, as suas opções e as suas escolhas. A valorização de uma abordagem multidisciplinar no estudo das argamassas históricas permite compreender materiais, funções, fases de construção, tecnologia de produção e origem das matérias-primas. Este legado do passado permite ainda um entendimento das edificações atuais e o pensar de novas soluções construtivas. O laboratório HERCULES está capacitado com uma infraestrutura analítica de ponta, capaz de uma caracterização holística neste tipo de materiais, respondendo a questões arqueológicas ou a necessidades de conservação e restauro, conduzindo sempre e em primeira análise à proteção e valorização do património.
CASE STUDY: "Visita guiada à Barbacã de Monsaraz"
01 BIO
José Aguiar (CIAUD FAUL)
WORKSHOP: "Las Cupulas de Lazo en la Carpinteria Historica"
01 BIO
Angel María Martín López es Técnico Superior en Artes Plásticas y diseño , comienza su labor profesional como carpintero especializándose en el montaje y consolidación de retablos. En el año 2000 se introduce en la carpintería de armar histórica española conociendo y profundizando en el oficio de la Carpinteria de lo Blanco, dede entonces viene desarrollando su trabajo en múltiples aspectos tanto de construcción de nuevas armaduras, restauración de alfarjes y cubiertas de lazo, diseño de proyectos, labor formativa y divulgativa del oficio, asesoría etc.. En 2014 crea el Centro de Interpretación de la Carpintería de lo Blanco en Narros del Castillo y su escuela de formación asociada, que de forma regular imparte cursos de carpintería histórica. Como intervenciones destacadas se podría citar el proyecto y construcción de la armadura del centro cultural La Cilla de Narros del Castillo (2013), Las restauraciones integrales de las armaduras de la Ermita de Cuevas del Valle (2007) y las de la Iglesia de Moriscos.(2021) La construcción de las pechinas para la armadura de la iglesia de Langa (2016). La construcción de las puertas del hotel Abades ( Córdoba)(2021) y un techo esférico de lacería apeinazada en Granada(2019). Réplica de las cubiertas de Villamayor (2018), Salón rico (Toledo) (2022), Langa (2014). La formación y la divulgación ocupan ahora gran parte de su tiempo: en 2016 -17 imparte cursos de laceria y estructuras en la Asociación de Artesanía de Extremadura.Ha formado parte del equipo “Plan Mudéjar” encargado por la Junta de Castilla y León ,en el que ha elaborado un catálogo de sotocoros y tribunas de madera de las iglesias de Avila. Colaboraciones con diversas universidades como la exposición de armaduras con motivo del congreso internacional de carpintería de armar realizado en la Universidad politécnica de Madrid (2017) o la impartición de talleres sobre dibujo y carpintería de lo Blanco en la Universidad de Salamanca (2021-22). Su trayectoria se dilata a través de 23 años de práctica del oficio en los que ha conjugado su labor como carpintero de lo Blanco con la actividad de formación y divulgación, en un intento de revitalizar y reivindicar la tradición de nuestra carpintería histórica
02 RESUMO
LAS CUPULAS DE LAZO EN LA CARPINTERIA HISTORICA
La Carpintería de Lazo ofrece una visión valiosa de la estructura, fabricación y ensamblaje de los techos de madera históricos en España. Aunque la práctica totalidad de las techumbres se han construido en superficies planas, hay algunos ejemplos de cúpulas esféricas de madera . Concretamente son tres las cúpulas históricas que quedan en España y como ejemplo paradigmático la situada en los Reales Alcázares de Sevilla supuso el modelo a seguir de las construidas posteriormente. Estas últimas se generaron mediante la división por meridianos de la esfera, por lo cual la regularidad del trazado se interrumpía, teniendo que resolver su continuidad por simetría.
NUEVOS CAMINOS DE DISEÑO Y CALCULO Y EJECUCIÓN DE CUPULAS DE LAZO
EL método de diseño geométrico para trazar y acomodar diseños regulares de ruedas de Lazo en una superficie esférica, se basa en la integración del lazo en una trama geométrica poligonal que en su proyección ortogonal sobre la esfera proporciona la citada regularidad del trazado sin distorsión alguna por todo el espacio. En los diseños de lacería podemos encontrar patrones geométricos identificables a polígonos regulares. En sus centros o en sus vértices se localizarían a su vez los centros de las ruedas. Así el lazo de 8 se puede inscribir en una trama de cuadrados y octógonos, el de 6, el de 9 el de 12 en una de triángulos equiláteros o hexágonos, el de 10 y el de 20 en pentágonos o rombos. Las aristas de los polígonos coinciden con los ejes de los brazos de la rueda
Estos polígonos constituirán las caras de los poliedros que se proyectarán ortogonalmente sobre la esfera.La proyección ortogonal proporciona un diseño de lazo esférico, el cual modifica necesariamente los ángulos canónicos de la superficie plana. Un método de diseño estructural que integra de manera solidaria y total, la estructura de la cúpula con el Lazo. Con este método, el trazado del lazo determina exactamente la localización de los encuentros para practicar los ensambles necesarios y de este modo aunar diseño y estructura desde el inicio del proyecto. A partir del diseño de lazo esférico se busca un único patrón, sencillo, que en su propia multiplicación y conexión genere y complete a su vez toda la esfera. Este patrón será la pauta para construcción del módulo estructural que lógicamente tendrá su misma forma. En suma , la introducción de un método geométrico para el trazado de diseños regulares, la integración temprana de la estructura de la cúpula con el Lazo y la estrategia optimizada de fabricación ofrecen un punto de vista innovador para la construcción de cúpulas de lazo estructural.
CASE STUDY: "Adega dos Lagares, (edifício em taipa) Herdade do Esporão"
01 BIO
A Gorvell é um coletivo multidisciplinar que desenvolve práticas criativas e de investigação associadas ao exercício da arquitectura.
A constituição da Gorvell que inclui arquitetos, artesãos, artistas e escritores, pretende que ao mesmo tempo que se resolvem problemas concretos — como o da técnica, do conhecimento e da cultura — a Gorvell seja também um lugar de encontro, de imaginação, de reflecção e transformação. Desde 2020 que vem realizando, publicações, exposições, workshops e outros eventos, no sentido de promover o discurso crítico, o diálogo interdisciplinar e a partilha de conhecimento, atividades que lhe têm permitido ensaiar formas de aproximação à comunidade envolvente.
Até 2020 parte da estrutura da Gorvell formava a Skrei (2009-2020), onde se realizaram exposições, comunicações, e workshops dentro e fora de Portugal. Destacam-se as participações em instituições culturais como : o Museu Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2016); Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT, Lisboa, 2017); Centro Cultural de Belém (Lisboa, 2018), Cité du Vin (Bordéus, 2018); Museu da Cidade do Porto (2019); Centro Internacional de Arte José de Guimarães (Guimarães, 2019); Matadero (Madrid, 2019); Royal Academy of Arts (Londres, 2019); MNAC, Museu Nacional de Arte Contemporânea (2020).
Revista Nativa, junho de 2019 – pg.140/143
Adega de Lagares
Mantendo-se fiel à sua metodologia de trabalho, a SKREI partiu para o projecto Adega dos Lagares após ter levado a cabo uma minuciosa investigação. O solo, a história, a envolvência e os costumes locais foram cuidadosamente estudados.
Além disso, a função do espaço prevaleceu, bem como o seu enquadramento em relação aos elementos naturais e à paisagem. Assim, em vez de apostar numa construção disruptiva e sem provas dadas em termos da funcionalidade do edifício, optou-se por uma construção com recurso à taipa, a técnica milenar usada nas adegas alentejanas, que garante a manutenção de níveis ajustados de temperatura e humidade. Esta é uma técnica morosa, que implica um grande esforço humano: junta-se água a uma terra argilosa (neste caso, obtida dos próprios solos da Herdade do Esporão) e bate-se tudo manualmente com um malho, após o que se recorre a taipais de madeira para a secagem total. E foi justamente esta necessidade de envolvimento do Homem que veio reforçar a escolha por esta opção, dada a coerência entre esta necessidade de trabalho manual e a intensa actividade humana que se desenrola num lagar durante o processo de vinificação. Algo que vale também a pena salientar é o facto de os tectos da adega serem revestidos com aduelas das barricas de vinho, o que cria um efeito ondulado que torna o espaço verdadeiramente acolhedor. Por último, outro aspecto tido em conta foi a ventilação e a iluminação do espaço: sem prejuízo das necessidades térmicas típicas de uma adega, foi prevista a existência de uma “janela” que permite a entrada controlada de elementos como o vento, a chuva ou o sol, com o objectivo de assegurar que quem está no interior não perde a noção da passagem do tempo.
Efetivamente, não é complicado identificar-se no trabalho da SKREI esta dimensão temporal. A dupla é taxativa quando assume não aderir ao “cliché da perfeição” e considera a “intemporalidade sempre questionável”. Segundo os fundadores desta oficina, o facto de vivermos numa era de efemeridades, na qual os bens, as realidades e os próprios espaços se criam, consomem
e desaparecem rapidamente, apenas torna mais claro o seu propósito de trabalhar tendo em vista “um resultado final representativo de uma temporalidade efémera, transformável”. Distanciam-se, assim, da ideia do perfeito e “acabado”, preferindo aceitar com naturalidade que nenhum edifício vai durar para sempre.
É em linha com este pensamento que tem decorrido a relação da SKREI com a Herdade do Esporão. Inicialmente abordados para desenvolverem um projecto para um hotel, os arquitectos preferiram fazer um planeamento global do território do Esporão, por o entenderem como um “organismo vivo composto por órgãos operativos, desde as paisagens até às actividades”. Assim, ao longo dos últimos oito anos, têm reorganizado este território, subtraindo espaços e equipamentos que obstruíam a circulação e a comunicação entre “órgãos” e acrescentando novos espaços e equipamentos, com vista a uma melhor articulação entre o todo.
MODERADORES
01 BIO
Vicente José Simões Pereira da Costa
- Feito na Ilha do Fogo, em Cabo Verde
- Nascido em Lisboa, na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, em 1967
- Infância na Ilha do Fogo, na Ilha Brava, em Lisboa e em Londres
- Adolescência na Linha de Sintra (Queluz e Amadora)
- Licenciado em História pela Universidade Lusíada de Lisboa (ramo científico)
- Pós Graduação em Ciências Pedagógicas e da Docência, na Universidade Lusíada (ramo educacional)
- Formador acreditado pelo CCPFC, da Universidade do Minho, em Didáctica da História e em Direitos Humanos
- Mais de 30 anos de serviço docente, apenas em 5 escolas, divididos maioritariamente entre a Escola Secundária de Campo Maior e a Escola Secundária D.Sancho II
- 7 anos em exclusividade, como orientador de Escola, dos estágios de História da Universidade de Évora
- 21 anos em acumulação de funções no ensino privado
- Desde 2019 criador de conteúdos para o Instagram @1001percursos , com o lema "Partilhar com os outros momentos, locais ou percursos onde gostei de estar"
01 BIO
Carlos Correia Dias. Elvas, 1961.
Arquitecto paisagista pela Universidade de Évora, 1984.
Profissional Liberal, professor ensino superior politécnico, agricultor, produtor cultural.
01 BIO
Walter Rossa (Caracas, 1962) arquiteto (1985), mestre em História da Arte (1991), doutorado e agregado em Arquitetura (2001 e 2013). É Professor Catedrático do Departamento de Arquitetura e investigador no Centro de História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra.
Na UC cocoordena o curso de doutoramento Patrimónios de Influência Portuguesa (2010); é titular da Cátedra UNESCO em Diálogo Intercultural em Patrimónios de Influência Portuguesa (2019); e leciona unidades curriculares sobre património cultural, planeamento urbano e regional, desenho urbano, história do urbanismo e investigação em arquitetura. Foi professor visitante em várias universidades nacionais e estrangeiras, orientou 80 provas académicas, das quais 15 de doutoramento. É cotitular da Cátedra Cunha Rivara na Universidade de Goa e é Expert Member do CIVVIH, International Committee on Historic Towns and Villages, do ICOMOS.
Além de sua atividade anterior como arquiteto e urbanista, investiga em teoria e história da arquitetura e do urbanismo, especialmente sobre o planeamento urbano, a paisagem e o património cultural do antigo universo colonial ibérico. Editou, foi autor e coautor de publicações em português, inglês, espanhol, italiano e francês.
A partir da Cátedra UNESCO, que coordena, tem-se dedicado nos últimos anos a investigar a cooperação e a relação operativa entre património, história, planeamento e desenvolvimento, estabelecendo interações entre sua atividade académica e as ações de cooperação para o desenvolvimento. O que o levou a desenvolver os conceitos de desenho da história, hiper-design e o trio de análise urbanística estrutura, forma e imagem.
Um conjunto significativo de suas publicações está disponível em
Email: wrossa@me.com
Ciência Vitae: https://www.cienciavitae.pt/portal/A21E-57AB-16E4
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6792-6869