HISTÓRIA DA ZOOLOGIA
Ruínas e urubus
A História da Ornitologia no Paraná entre os Séculos XVI e XX.
Entre 2011 e 2020 já foram publicados 8 volumes (2.524 páginas) que descrevem com detalhes a contribuição de 113 personagens que contribuíram para o avanço das pesquisas com as aves silvestres paranaense, incluindo cronistas, naturalistas viajantes, coletores e outros estudiosos. O período cronológico, até o momento abordado, estende-se de 1541 a 1939 e estão previstos os lançamentos, para os próximos anos, de mais dois volumes, além de um adicional, contendo um detalhado dicionário geográfico e uma coletânea de efemérides.
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O naturalista Gustav Straube
Um naturalista na Colônia Dona Francisca
Em 28 de setembro de 1851 aportava em São Francisco do Sul (Santa Catarina) o navio “Gloriosa”, trazendo quase oitenta imigrantes alemães destinados à “Colônia Dona Francisca” (hoje Joinville), todos ciosos por uma nova vida em terras tropicais. Entre eles estava Gustav Straube, com o projeto de realizar observações sobre a fauna e flora do Brasil.
Nascido em 2 de fevereiro de 1802 em Altenburg (Turíngia) e criado em Dresden (Saxônia), Gustav sobrevivia do comércio de itens de História Natural dentre aves, moluscos, plantas, minerais e principalmente insetos, em particular lepidópteros (borboletas), que era seu grupo preferido. Com capricho preparava os espécimes e os encaminhava a coleções de museus oficiais da Alemanha e Áustria e também de particulares. Para isso realizava incursões pela Europa para colher amostras, incluindo a própria Alemanha, além da Hungria, Romênia, Turquia e Grécia.
Além de colecionador eficiente e zeloso, também divulgava suas descobertas por meio de publicações, dentre elas listas de espécies de borboletas da Europa, narrativas de viagem e também uma descrições do ciclo vital de um tipo de bicho-da-seda, até então desconhecido dos entomólogos. Sua vida não se resumiu à atividade comercial, estendendo-se também para o campo acadêmico. Para tanto, filiou-se a sociedades científicas dentre elas a Gesellschaft Isis (de Dresden) e foi um dos inspiradores da Sociedade Alemã de Ornitologia. Em produtivo intercâmbio, correspondeu-se com os mais respeitados cientistas europeus, para o quais destinou grande parte de suas coletas da Europa; remessas assim, também as faria, como declarou explicitamente, de amostras oriundas do Brasil, caso não tivesse falecido prematuramente.
Gustav Straube deixou um catálogo de borboletas da Europa, preparado com uma técnica que era totalmente desconhecida na época, consistindo de ilustrações em que se utilizava o próprio organismo prensado, por meio da transferência das escamas das asa para um papel absorvente (veja um dos volumes aqui). Produzidos entre 1835 e 1846 e talvez visando à publicação de uma obra pictórica, três desses livros se mantêm preservados até os dias de hoje, contados 185 anos desde o início de sua preparação. Retratando pelo menos cem espécies de borboletas europeias, os espécimes fixados são acompanhados de determinação científica, mas também de belíssimos desenhos mostrando a forma e cor de lagartas e pupas, o que torna o documento ainda mais precioso.
Museu de História Natural Capão da Imbuia: sinopse histórica
Obituários e homenagens post mortem
1990. Peter Walter Westcott.
1993. Roberto Ribas Lange: 1, 2
2002. Ney Eni Demas Carnevalli
2003. Marcelo Araújo Bagno
2010. José Carlos Veiga Lopes
2013. Gerdt "Gert" Günther Hatschbach, 2
2013. Eugênio Izecksohn
2014. Inami Custódio Pinto
2014. Aryon Dall'Igna Rodrigues
2014. Joana Pederneiras
2014. Maria Ignez Ferolla
2014. Javier Salvador Gamarra
2016. João José Bigarella
2016. Rudolph Bruno Lange
2016. Estefano Francisco Jablonski
2017. Vinalto Graf
2017. Hitoshi Nomura
2018. Bianca Luiza Reinert: 1, 2
2019. Juan Cuello
2019. Alexandre "Bugio" Ferreira Morais
2020. Nobor Imaguire
2020. Ângelo Barbosa Monteiro Machado
2020. José Francisco "Tamandaré" Jesus
2020. Walter Adolpho Voss: 1, 2
2020. Marcelo Hübel
2021. Pedro Salviano Filho
2022. Frederico Godofredo Lange de Morretes
2022. Paulo da Cunha Lana