A arte tem muito que se lhe diga! Para que a quero? O que fazer com ela?
Ricardo Mascate
Ricardo Mascate
“Ma n#$%&
Diz-me se isso é arte
Ou é ar de duro
Quarto escuro
Arte ou é ar de duro N#$%& diz-me se isso é arte
Ou é ar de puro
Sabe tudo
Arte ou é ar de puro
Ma n#$%& diz-me se isso é arte Ou é ar, ou é arte, ou é ar, ou é arte Ou é ar, ou é arte
N#$%& diz-me se isso é arte
Ou é ar de puro
Arte ou é ar de duro”
Slow J - Arte
Falando, especificamente, sobre este tipo de arte:
O tipo de arte, que falo, é a música. Pessoalmente, se não fosse a música, seria uma pessoa, completamente, diferente. Alguns artistas fazem a diferença. Esses fazem a diferença, pois influenciam toda uma geração, tanto na maneira de pensar, como de agir. Por vezes, não temos noção da magnitude disto, mas é a realidade. Devemos levar em consideração a facilidade de acesso da mesma. Esta parece estar presente em todo o lado. A mesma marca momentos da nossa vida. A importância que tem, nos dias de hoje, por vezes, não é devidamente dada. Alias, às vezes, é ridicularizada. Quem a ridiculariza, não sabe o seu verdadeiro significado e propósito. O prazer que proporciona é indescritível. Dentro do mundo da arte é a maior invenção. Afirmo, com certeza absoluta. De vez em quando, penso que seja o evoluir da poesia. Existe um intérprete e um poema a ser interpretado melodicamente. Vejo a música como uma identidade amiga. Na solidão há a possibilidade de ela estar presente, sendo reconfortante. O sonho e a música juntas são um par perfeito. A música é um pretexto para as pessoas se juntarem (apesar de não ser muito recomendado nos dias de hoje). Em vez de orar por uma identidade mítica, devíamos orar à música. De facto, oramos, mesmo que ela seja, ocasionalmente, burra e comum. Ela é a nossa musa. A música é de tal forma terapêUtica, que devia estar incluída no mundo da medicina e afins. Vou mas é buscar os fones e deliciar-me com eventuais músicas, enquanto escrevo...
Falando, de forma generalizada, sobre a arte:
A arte penso que tenha surgido naturalmente, mas não por acaso, pois surgiu como uma forma de expressão. O humano sente a necessidade de se expressar, de forma a canalizar uma ideia num produto que pode ser apreciado por outrem. Essa apreciação leva à aceitação, pois então pergunto: Quem não gosta de ser aceite? Mas não devemos só limitar a arte a um estado de bem-estar social, pois ela não é só isso. Devemos olhar para o produtor da mesma, olhando o prazer que a realização de um projeto dá. Maioritariamente, todos nós procuramos prazer, certo? Este prazer contribui para uma boa jornada, jornada essa que é a vida. Reparei agora numa coisa. A maior parte do tempo que gastei na minha vida foi a consumir arte. Pessoalmente, não vejo isto como um grande mal, pois foi tempo bem gasto. Devo, então, à sorte que tive em puder gastar o tempo desta forma. Curioso pensar que podemos associar quase tudo à arte. Por exemplo, não fica mal dizer: a arte da vida ou a arte de errar. Pensando assim sou artista a tempo inteiro, mas é a tal coisa: gasto demasiado tempo com a arte. Vá! Vou dar um exemplo de arte que gosto muito. Sétima arte. Eu sou aquele tipo de pessoa que... já vi a maioria dos clássicos do cinema. Quando falo em clássicos, falo, também, em filmes com mais idade do que os meus pais. É algo que me orgulho, mas ao mesmo tempo não, pois poderei ser confundido com um “nerd”. Mas, de facto, sou e, realmente, não me importo de o ser. Aos olhos de outrem poderá ser considerado como algo negativo, mas aos meus olhos é uma forma de ter tema de conversa com o meu pai. Pai! Já viste este filme? É as tais coisas. Neste caso, estou aqui a escrever e a literatura, também, é outro tipo de arte. Se tenho prazer em escrever? É... mais ou menos, depende. Aqui, neste contexto, estou a ser avaliado, sendo eu uma pessoa insegura, o prazer diminui, consideravelmente. Não gosto de ser avaliado. Ser avaliado é uma coisa demasiado cruel. Não vejo arte nisso. Constata-se a arte de se contrariar, em primeira mão. Este tipo de jogo gosto. É divertido. E esta arte, que estou aqui a constatar, é o denegrir deste texto, devido ao desinteresse do autor em continuar a escrever. Isto é lindo. Lindo a forma como isto pode ser um pretexto para fazer uma metáfora. O denegrir do texto é a vida. Começamos bem e, eventualmente, vamos envelhecendo. Uau! Daí o denegrir. Isto de não conseguir dar fim ao texto até acabar as duas páginas dá cabo de mim. Este perfecionismo. É a tal coisa, a arte do perfecionismo. Agora vejo, claramente, o denegrir. Começo por filosofar e tudo muito bonito, acabo a discutir os meus gostos. Tudo acaba por ser ostentação. Ia! Lembrei-me de uma coisa espetacular. Ando a ver uma série chamada: “True Detective”. E nela existe uma das melhores metáforas que já vi na minha vida. Sinto a necessidade de a partilhar com quem está a ler isto. Com certeza, isto, para mim, vai ser dificílimo explicar, pois duvido das minhas capacidades, mas já estou comprometido a fazê-lo, portanto, faço. A coisa acontece, mais ou menos, assim: Os dois personagens principais olham para o céu... esqueçam. Eu até explicava, mas acho por bem o leitor ver o vídeo da cena. São dois minutos, porém afirmo que não será tempo perdido. Serão necessários certos requisitos, como: entender a língua anglo-saxónica. Se não souberem, então têm que ver a série, porém mesmo assim, para quem entende o inglês, recomendo o visionamento da mesma. Sinto que estou a criar demasiadas expetativas para a metáfora, mas, sinceramente, não quero saber, pois eu sou um mero ser-humano errante que poderá, redondamente, errar. A arte de finalizar com chave de ouro está agora a ser constatada, por isso, aproveitem enquanto podem. Concluindo, quando olharem para o céu, constatem que eu, Ricardo Alves Mascate, sou uma das estrelinhas, ou, pelo menos, penso que sou, ora poderei ser um dia... Quem sabe?
Melhor metáfora alguma vez feita na historia das metáforas: