Exposição


O título desta exposição brinca com o sentido da palavra “enigma”. De um lado, Enigma foi o nome da máquina eletromecânica usada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. Essa máquina foi usada na guerra para enviar mensagens cifradas e seu uso culminou com a invenção do computador. Do outro lado, segundo o dicionário Michaelis, um enigma é “algo que não se conhece com clareza”. A junção das duas significações foi a inspiração que dirigiu nossos esforços para trazer à luz o papel feminino na construção do conhecimento científico e para favorecer o reconhecimento de sua participação nas grandes realizações da Ciência atual. Buscamos, ainda, a intensificação do protagonismo feminino na produção científica, haja vista a pouca representatividade que se observa nas diversas áreas das Ciências Exatas e da Computação.

Paul Klee, artista-professor da Escola de Artes Bauhaus (Alemanha), escreveu em seu Credo Criativo que “a arte não reproduz o visível, mas torna visível” (1920). Ou seja, a arte, através de suas engrenagens criativas, faz o real aparecer. A exposição "Enigma: mulheres na computação" busca tornar visível o papel feminino na área das Ciências Exatas, mais especificamente na Ciência da Computação, resgatando as contribuições significativas de algumas mulheres de uma forma diferenciada, provocando o pensamento do fruidor. A intenção não é reproduzir as visibilidades que estas personagens já têm, mas fazer com que as invisibilidades que ainda persistem se tornem visíveis. Para isso, convidamos, através das produções artísticas, cada um a olhar e decifrar o que cada obra sugere, sem revelar por completo.

Vídeo descrevendo o Projeto Enigma, uma ação de Extensão vinculada ao Colégio de Aplicação da UFRGS, que integra Arte, Gênero e Computação e tem como objetivo tornar visível o trabalho de mulheres na área da informática. A exposição Enigma - Mulheres na Computação foi uma das ações do grupo.