NATANIELA | JEREMIAS SEBASTIÃO MANUEL
Como escreveu Sigmund Freud, "em última análise, precisamos amar para não adoecer!" Jeremias Sebastião Manuel parte desta premissa para contar-nos o flagelo vivido pela protagonista Nataniela na busca desenfreada por cuidados de saúde. Residente num dos vários subúrbios de Luanda, Nataniela, compadecida com as excessivas responsabilidades da tia de rosto pesado, inicialmente não partilha os seus problemas de saúde. “A vida estava cada vez mais apertada naquela casa”, lamenta o narrador, que acrescenta: “A tia tudo fazia para manter o mínimo de condições de vida para ela, seu irmão e o primo. Sobreviviam unicamente da bancada que Nazaré tinha no mercado. As kixikilas ajudavam-na em grande escala”.
Apesar da sua delicada condição de saúde, Nataniela passava o dia a vender no mercado informal. Com o passar do tempo, a tia retirou-lhe do mercado com o propósito de que se dedicasse às aulas. “Estudo é tudo na vida”, dizia-lhe e ela sabia que sim, porque, justifica, “nós não temos outra arma para lutarmos contra a nossa miséria senão a formação”. E Nataniela sabia daquilo. Esforçava-se, manhã, tarde e noite, para captar o maior número de conceitos, fórmulas, experiências e métodos. Reconhecia o sacrifício feito pela tia para adquirir a bolsa e a melhor forma de a compensar era obter o diploma de licenciatura em Psicologia.
Ano de edição: 06-2024
Páginas: 184
Formato: 160 x 230 mm
PVP: 10.000 AKZ (Angola)
IDENTIDADE HISTÓRICA E CULTURAL DOS CABINDAS | RAUL TATI
Este é um trabalho de pesquisa muito importante, da autoria do Professor Doutor Raul Tati. Como refere o autor, "o aforismo socrático 'conhece-te a ti mesmo' justifica esta afirmação na medida em que devíamos partir primeiro do autoconhecimento para depois empreendermos a grande odisseia do conhecimento do cosmos e dos fenómenos naturais e sociais doutras latitudes". Este livro visa partilhar o conhecimento do mundo dos cabindas e para o reconhecimento da sua dignidade como povo distinto e inconfundível.
No prefácio, o Professor Doutor Martinho Nombo classifica esta obra como “uma pérola que vai, seguramente, deleitar investigadores em Ciências Sociais, comunidade académica, leitores comuns e o Povo Cabindês, pelo qual, há muito se bate estoicamente, pelo reconhecimento da sua real identidade e, por via dela, assegurar-lhe melhor defesa, garantia da sua dignidade e direito de existir ontologicamente enquanto nação, numa conjuntura em que a comunidade internacional, infelizmente, cada vez menos altruísta, renegou a sua própria existência”.
Ano de edição: 02-2024
Páginas: 272
Formato: 150 x 230 mm
PVP: 15.000 AKZ (Angola)
LUENA LUANDA LISBOA | BRANCA CLARA DAS NEVES
A narrativa pela voz da refugiada Maria Benta — “a fala conduzindo o exorcismo da guerra, nosso luto” — desdobra-se entre um passado colonial e um presente em Lisboa com curtas estadias em Luanda, onde os temas do exílio e da guerra, do racismo e dos dramas
familiares da diáspora, da violência conjugal e dos desafios do quotidiano luandense são atravessados por esta personagem feminina central e pelos jovens que ela congrega, num tempo que oscila entre a sua ancestralidade lwena e a década de 1980. Diz a autora, numa entrevista à revista Il Tolomeo * “ na altura, a escrita deste livro significava iluminar aquele Leste, dar a ler os trânsitos que a guerra empurrou.”
* https://edizionicafoscari.unive.it/media/pdf/article/il-tolomeo/2022/1/art-10.30687-Tol-2499-5975-2022-01-022.pdf
www.brancaclaradasneves.com
Ano de edição: 02-2024
Páginas: 136
Formato: 135 x 210 mm
PVP: 8.000 AKZ (Angola)
CONDENADO SEM CRIME | EUGÉNIO JOÃO DE BRITO
Este livro narra a história de um jovem que nasceu em Camabatela, Cuanza-Norte, nos anos 80. O jovem, a quem foi atribuído o nome artístico de Inocente, nasceu entre dez irmãos, sendo quatro homens e seis mulheres. O pai de Inocente foi levado na infância, da sua terra natal, Cuanza-Norte, para Malanje, pelo tio, após a morte do seu pai.
Durante a sua juventude em Malanje, o pai de Inocente conheceu uma jovem e apaixonou-se perdidamente, tendo esta correspondido positivamente, o que culminou em casamento tradicional e mais tarde o canónico e civil. Em Malanje, o casal teve dois filhos, e permaneceram naquela província até o pai de Inocente ser chamado pela mãe viúva e pelas duas irmãs mais velhas, para cuidar delas.
Em 1990, o pai de Inocente viu-se forçado, juntamente com a esposa e os filhos, a abandonar a terra onde viram a maioria dos seus filhos nascer, e mudaram-se para Samba-Caju, onde permaneceram por algum período, e mais tarde regressaram para Calandula, Malanje. Este êxodo, que se traduziu numa enorme alegria para os pais e irmãos de Inocente, transformou-se rapidamente num oceano de problemas para Inocente, piores dos que viveram na terra natal do seu pai.
Ano de edição: 12-2023
Páginas: 104
Formato: 135 x 210 mm
PVP: 10.000 AKZ (Angola)
EU À SOMBRA DA FIGUEIRA DA ÍNDIA | ALBERTO OLIVEIRA PINTO
Este livro é um documento de imensa importância para estudar a obra do renomado autor, consagrado Professor e Historiador da História de Angola. «Eu à sombra da figueira da Índia» é o primeiro romance escrito por Alberto Oliveira Pinto, em 1983, quando tinha 21 anos, e publicado em 1990.
Desenrola-se nos anos de 1960 na Cidade Alta de Luanda, literalmente à sombra duma figueira da Índia. Érica Antunes, Professora que assina o prefácio, refere que, "embora não se trate de uma obra autobiográfica propriamente dita, não podemos descurar que a vida do autor aparece permeada no dia a dia do personagem central do romance, o menino Beí – a começar pelo apelido, caro a ambos –, remetendo-nos, de algum modo, à ideia da função humanizadora da literatura, em que à necessidade de ficção e de fantasia é acrescido o desejo de se entender ‘no’ e ‘parte do’ mundo".
À sombra da figueira da Índia, o menino protagonista está numa confortável residência com varanda gradeada de verde, relvado e portão principal, baloiço de jardim, casa de banho dos jardineiros, casa dos brinquedos, pátio da lavadeira, terraço, cheia de empregados e situada no alto da encosta, ou seja, na Cidade Alta, o que deixa bem clara a posição social privilegiada da família. Doutro lado, as barrocas, ali mesmo ao alcance dos olhos de Beí, que observa a sua feiúra e pobreza presentes principalmente a partir da descrição física de seus habitantes.
A fotografia da capa desta nova edição, onde se pode ver parte da Cidade Alta de Luanda nos anos de 1960, foi tirada pelo pai do autor, Alberto Alves de Oliveira Pinto, a partir da casa do muito referido Beco do Balão.
É um livro sobre a memória individual, mas que se interliga com a memória colectiva daquelas outrora crianças. Um exercício saudável de rememoração a que o autor nos convida a embarcar à sombra da figueira da Índia.
Ano de edição: 10-2023
Páginas: 123
Formato: 115 x 230 mm
PVP: 10 000 AKZ (Angola) - 12 EUR (Portugal/Europa)
ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR: HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA: ESTUDO DE CASO CORPAAN | LOURENÇO JOSÉ E IVETE JOSÉ
Tendo em conta a importância da saúde em qualquer sociedade, inúmeros debates sobre a necessidade de se melhorarem as técnicas de atendimento aos pacientes têm sido realizados em várias partes do mundo, de modo a se encontrarem mecanismos que possam satisfazer as reais necessidades dos mesmos. Em boa verdade, não é fácil agradar os cidadãos, tampouco os pacientes, que querem ver resolvidos com delicadeza e humanismo os seus problemas de saúde.
Este livro destaca que a saúde pública deve centrar a sua actividade na promoção da saúde, prevenção da doença e prolongamento da vida. Neste desafio, os profissionais de saúde são cada vez mais elementos centrais, por terem a responsabilidade e a missão de prestar um serviço de atendimento humanizado aos pacientes, uma vez que um mau atendimento tem repercussões negativas na saúde dos pacientes.
Ano de edição: 08-2023
Páginas: 198
Formato: 150 x 230 mm
PVP: 7.000 KZS
DA EMERGÊNCIA DO NACIONALISMO MODERNO ANGOLANO AO ASSASSINATO POLÍTICO DE VIRIATO DA CRUZ | FERNANDO LUÍS DE AZEVEDO E SILVA
O autor escolheu o tema deste livro pela importância da emergência do nacionalismo. Aos 18 anos, Fernando Luís de Azevedo e Silva constava de uma lista da tenebrosa DISA para o seu assassinato. Neste livro deslinda o papel de Viriato da Cruz no movimento nacionalista em Angola, em meados do século XX. Cruz nasceu em Angola, em 1928, foi escritor, poeta, jornalista e activista político. Quando jovem, testemunhou as injustiças e discriminações sofridas pela população africana sob o domínio colonial português e envolveu-se com tenacidade na luta pela independência do território ocupado de Angola. Nessa altura, existiam em Angola numerosos grupos políticos, incluindo organizações culturais e grupos de teatro, mas sem estrutura partidária. Como consequência, surgiram organizações nacionalistas, como a União dos Povos de Angola (UPA) e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Esta efervescência ocorreu na década de 1950, e também surgiu a revista Mensagem que se tornou uma importante plataforma de divulgação de ideias nacionalistas.
Ano de edição: 05-2023
Páginas: 198
Formato: 150 x 230 mm
PVP: 15.000 KZS
ESSA DAMA BATE BUÉ! | YARA NAKAHANDA MONTEIRO
A primeira edição angolana de uma obra que é já de dimensão mundial. Publicada primeiro em Lisboa, depois foi ao Brasil, mas não parou. Está traduzida em tantas línguas, a começar pelo inglés, mas também em alemão, italiano, mandarim e brevemente em mais línguas e países.
E faltava Angola, a terra da autora Yara Nakahanda Monteiro! Um livro estudado em diversas universidades pelo mundo. Não há dúvidas de que «Essa Dama Bate Bué!», em qualquer banda e em qualquer língua.
«Um romance profundo, engraçado e corajoso que devolve a voz às mulheres angolanas, ao mesmo tempo que reflete com maestria sobre questões identitárias, tão atuais e importantes no mundo em que vivemos», diz o escritor José Eduardo Agualusa.
Ano de edição: 03-2023
Páginas: 198
Formato: 115 x 230 mm
PVP: 8.000 KZS
ANGOLA: CAMINHOS E DESAFIOS DA RECONCILIAÇÃO E DA RECONSTRUÇÃO | ORLANDO FERRAZ
Este é um livro sobre o futuro, a sua construção a partir do presente, com um olhar ao passado para seguir adiante. Como refere no prefácio Ernesto Joaquim Mulato, engenheiro e ex-deputado à Assembleia Nacional de Angola, o tema desta obra «constitui uma das aspirações nacionais primárias de qualquer Estado que queira trilhar o caminho do desenvolvimento harmonioso e sustentado tendo como o ponto de chegada o bem-estar económico e social do seu povo».
O livro está estruturado em 5 parte. Na primeira o autor retrata os factos históricos que directa ou indirectamente contribuíram na formação e tomada de consciência nacional para a revolta contra a ocupação colonial que se desenvolveu com a luta de libertação nacional encetada pelos nacionalistas angolanos até a assinatura dos acordos de Alvor entre o governo português e os três movimentos de libertação nacional. A segunda parte traz à lembrança o histórico da guerra fratricida influenciada pela guerra fria. O autor faz ainda uma incursão até aos acontecimentos vivenciados em Angola no fatídico e memorável dia 27 de Maio de 1977 devido ao seu impacto adverso na defesa e garantia dos direitos humanos. As eleições gerais de 1992 e os acontecimentos pós-eleitorais, incluindo a retoma do conflito armado até a expulsão da UNITA das cidades do Bailundo (Huambo) e Andulo (Bié) constituem a abordagem da terceira parte. A seguir trata do recrudescimento da guerra civil pós-eleitoral. A última parte é sobre esperança, sobre a merecida bonança que «Angola, agora ou nunca», muito precisa. Enfatiza o autor: todo angolano deve acreditar que a felicidade é o último bem prosseguido pela reconciliação e reconstrução nacional.
Um estudo profundo que condensa 25 anos de pesquisa – 1997 a 2022 – com recurso a diversas fontes, quer bibliográficas como orais, com entrevistas inéditas de personalidades da história angolana e de África, entre as quais se destaca Kenneth Kaunda, pan-africanista, primeiro presidente da Zámbia (1964-1991).
Este é o segundo livro do mestre em ciências sociais e políticas Orlando Ferraz. «A política africana de Alemanha depois da queda do Muro de Berlim» (Editora Tectum, Marburg, 2005).
Ano de edição: 12-2022
Páginas: 202
Formato: 115 x 230 mm
PVP: 10 000 AKZ (Angola) - 17,5 EUR (Portugal/Europa)
ISBN: 978-989-53269-2-1
E AGORA QUEM AVANÇA SOMOS NÓS | JONUEL GONÇALVES
(...) sem precisar de raças, pois será avanço longo (...) Derrubar essa bandeira acabando com essa pandemia hiper secular, sem máscara, raça é máscara, mascára o principal, desviou a História para a raça.
Ano de edição: 08-2022
Páginas: 150
Formato: 120 x 180mm
PVP: 9,99 EUR (Portugal/Europa)
VENTOS DA DESTRUIÇÃO | JEREMIAS SEBASTIÃO MANUEL
«Ventos da Destruição» é um romance que une passado e presente para definir que rumo dar-se-á ao futuro quando a segurança nacional é posta à prova. Num clima tenebroso embainhado de notável corrupção e fuga de informação, uma série de agentes vê-se envolvidos nos rebuliços que marcarão suas vidas para sempre ao ver que depositaram total confiança ao inimigo o tempo todo. Mas algo inesperado acontece e muda o curso da história.
Adverte-nos o autor que referências a todos os locais, as organizações, os conflitos e as datas históricas são reais. Porém, o enredo e todos os personagens resultaram da sua fértil imaginação, pelo que, qualquer semelhança com a realidade não passará de mera coincidência. Mas acrescentamos apenas o seguinte: há mesmo muita coincidência com a realidade, e isto torna o livro mais acutilante.
Este é o terceiro livro do romancista Jeremias Sebastião Manuel. «O Candidato» (2018) e «A Banca» (2019), ambos esgotados, foram muito elogiados por leitoras e leitores.
Ano de edição: 10-2021
Páginas: 280
Formato: 150 x 230 mm
PVP: 6 000 AKZ (Angola) - 15 EUR (Portugal/Europa)
ÉTICA EDUCATIVA À LUZ DA RACIONALIDADE COMUNICATIVA | DOMINGOS DA CRUZ
A ética profissional é um problema que o mundo contemporâneo entende ser importante para o exercício profissional adequado em todas as profissões e profissionais. No campo educativo parece que a necessidade de critérios valorativos é urgente e necessário porque o processo educativo está centrado no sujeito, que é o princípio, centro e fim da civilização: a pessoa, o cidadão. A diferença entre a deontologia profissional na educação e noutras profissões é que a educação visa a construção e reconstrução humana conforme os avanços civilizacionais de cada época histórica. Isto só é possível quando o facilitador (professor) interioriza e vivencia alguns critérios morais estabelecidos pela deontologia da sua área.
Ano de edição: 08-2021
Páginas: 82
Formato: 130 x 185 mm
PVP: 3 000 AKZ (Angola) - 9 EUR (Portugal/Europa)
ANGOLA: GESTÃO E ASSIMETRIAS DAS GUERRAS | JONUEL GONÇALVES
Angola tem sido secularmente marcada pela guerra tanto para fixação de limites geográficos como para implantação ou consolidação dos sucessivos regimes políticos. Embora a guerra já existisse no atual espaço durante o período pré-angolano, portanto, antes do surgimento de Angola como entidade territorial, este trabalho propõe uma reflexão a partir desse surgimento, em termos de estudos estratégicos com os seus componentes militares, políticos, socioeconómicos e a participação social marcada por vias de combate assimétrico. Portanto, soma das áreas de tensão produtoras da Angola hoje.
Ano de edição: 08-2021
Páginas: 86
Formato: 135 x 210 mm
PVP: 5 000 AKZ (Angola) - 12 EUR (Portugal/Europa)
VIVER SEM SE CANSAR - ENSAIOS SOBRE A VIDA | JANUÁRIO KAHANGO PANELA NOVA
«Viver sem se cansar - Ensaios sobre a vida» não é uma receita sobre como viver a vida, mas um conjunto de reflexões livre sobre a própria vida que ocorre. Segundo o reverendo Jorge Baptista, que assina o prefácio, Januário Kahango, sendo um indivíduo dado tanto às letras sagradas, quanto às seculares, deseja conduzir-nos num caminho que remove da vida o fardo de uma existência sem propósito, de um viver por viver, de uma vida que anula Deus e mutila a fé.
É o terceiro livro impresso integralmente com o apoio financeiro da comunidade de leitores e leitoras, através do mecanismo denominado «Financiamento Colectivo do Livro», estratégia de sustentabilidade criada pela ELIVULU Editora, uma economia criativa e de multidões.
Ano de edição: 08-2021
Prefácio: Reverendo Pastor Jorge Baptista
Páginas: 122
Formato: 130 x 185 mm
PVP: 2 500 AKZ (Angola) - 5 EUR (Portugal/Europa)
MPLA - A REVOLUÇÃO TRAÍDA: 13 TESES EM MINHA DEFESA | NITO ALVES
A obra consiste na defesa de Nito Alves perante o Comité́ Central do MPLA, face as acusações de fraccionismo. Seguiu-se uma onda de violência a 27 de Maio de 1977, um banho de sangue que vitimou milhares de angolanos.
Conforme escreve José Reis no prefácio, publicar, «passados quarenta e quatro anos, um documento, que pela sua existência, foi um dos pretextos, por ventura o mais velhaco, para, na sequela da chamada “Tentativa de Golpe de Estado de 27 de Maio de 1977”, na então República Popular de Angola, mandar passar pelas armas, 16 criaturas jovens, com uma média de 25 anos de idade, é, estou seguro, um dever».
Ano de edição: 07-2021
Prefácio: José Reis
Posfácio: Manuel Santos Torres
Páginas: 224
Formato: 170 x 240 mm
PVP: 18 000 AKZ (Angola) - 18 EUR (Portugal/Europa)
PRISÃO POLÍTICA | SEDRICK DE CARVALHO
As editoras Elivulu (Angola) e Perfil Criativo (Portugal) no seguimento da publicação de várias edições dedicadas à questão da memória colectiva de Angola, trazem este ano (2021) o diário de cárcere de um jovem preso político angolano, Sedrick de Carvalho, do processo conhecido como 15+2, que nos revela os bastidores da sua detenção, prisão e julgamento.
O relato começa a 20 de Junho de 2015, na Vila Alice (Luanda) quando um grupo de jovens se encontrou no ILULA para realizar uma leitura colectiva da obra “Da Ditadura à Democracia”, de Gene Sharp. Estes jovens foram violentamente presos por uma força especial de intervenção rápida do Serviço de Investigação Criminal e, mais tarde, assistiram a um bizarro julgamento no qual foram acusados de terrorismo. Sofreram uma prisão prolongada até 29 de Junho de 2016, data em que foram libertados por ordem do Tribunal Supremo.
Ano de edição: 06-2021
Prefácio: Carlos Taveira "Piri"
Páginas: 212
Formato: 135 x 210 mm
PVP: 7 500 AKZ (Angola) - 17 EUR (Portugal/Europa)
EDUCAÇÃO E ENSINO EM ANGOLA EM TEMPO DE COVID-19 | CHOCOLATE BRÁS
O livro é um estudo das respostas dos sectores da Educação e Ensino Superior à pandemia da Covid-19. Apresenta os resultados de um estudo misto com enfoque descritivo-exploratório sobre a Educação e Ensino em Angola no período de resposta à pandemia da COVID-19, isto é, do Estado de Emergência à Situação de Calamidade Pública, realizado entre os meses de Março a Julho de 2020.
Este livro, escreve Ludi Pedro no prefácio, aventa que os diferentes escritores e investigadores deveriam abdicar de arquétipos desajustados aos tempos em que assistimos e a esgaravatar novos paradigmas, outras referências para uma reinstitucionalização da educação em tempos da Pandemia Covid-19.
É o segundo livro impresso integralmente com o apoio financeiro da comunidade de leitores e leitoras, através do mecanismo denominado «Financiamento Colectivo do Livro», estratégia de sustentabilidade criada pela ELIVULU Editora, uma economia criativa e de multidões.
Ano de edição: 05-2021
Prefácio: Lando Emanuel Ludi Pedro
Páginas: 228
Formato: 150 x 230 mm
PVP: 5 000 AKZ (Angola) - 16 EUR (Portugal/Europa)
OS MEUS TIOS E OS SEUS ATONGOKO | MWENE VUNONGUE
Livro que reúne 60 crónicas da autoria de Mwene Vunongue, pseudónimo do professor e activista cívico Manuel das Mangas, que com esta obra se estreia na literatura. Da Mukanka, bairro localizado no município do Lubango, na Huíla, tem escrito e publicado os seus contos numa linguagem descontraída, comum e contagiante, num misto de português com umbundu. As crónicas têm suscitado muitas reacções nas redes sociais, de onde surgiu a ideia de os compilar neste livro extraordinário pelas estórias que conta, como as conta, as pessoas que nos apresenta e a sua linguagem.
Sobre linguagem, o professor Isaac Paxe refere no prefácio que faz à obra que «as nossas sociedades herdaram a excentricidade de julgar o valor das aptidões das pessoas pela qualidade do seu português. Esta situação produz em si realidades caricatas. Por um lado, o domínio da língua portuguesa tornou-se num instrumento de discriminação. As variantes regionais resultantes das naturais contaminações tornaram-se objecto de chacota e de sustento das práticas de negação de direitos alheios». Paxe adianta que, «por outro [lado], as realidades fizeram-se teimosas e deram vida própria aos seus falares. Podem não ser formalmente reconhecidas, mas são mesmo marcas da identidade dos grupos usuários destes falares. Ao lermos Das Mangas, sempre que não precisarmos de notas de rodapé para tradução da expressão é sinal de estarmos também contaminados».
É o primeiro livro impresso integralmente com o apoio financeiro da comunidade de leitores e leitoras, através do mecanismo denominado «Financiamento Colectivo do Livro», estratégia de sustentabilidade criada pela ELIVULU Editora, uma economia criativa e de multidões.
Ano de edição: 12-2020
Prefácio: Isaac Paxe
Páginas: 192
Formato: 135 x 210 mm
PVP: 3 000 AKZ (Angola) - 12 EUR (Portugal/Europa)
REVELAÇÕES AFECTIVAS E SEXUAIS | NVUNDA TONET
«Revelações afectivas e sexuais» é um ensaio sobre as relações afectivas, interpessoais e sexuais de uma utente do consultório de Psicologia. Nele, o autor reflecte sobre o ser segundo/a na vida. Este é o tema a explorar: o papel de segundo/a na vida.
Habitualmente temos o culto do primeiro. O grande objectivo que nos é colocado é ser o primeiro, alcançar os píncaros. Para Rui S Verde, autor do Posfácio do livro, «as escolhas que temos que fazer nos levam necessariamente a erros, a falhas, a insucessos. Por isso é que o conceito do segundo é importante. No fim das contas, temos de saber que há uma segunda oportunidade, no casamento, na escola, e essencialmente na vida».
Nvunda Tonet volta ao debate sobre a poligamia e o papel social da mulher na condição de amante, numa linguagem simples, potenciando a qualquer leitor uma leitura agradável. O autor dá voz a uma mulher que vive na pele a «vida madrasta» de segunda mulher, a amante ou «a outra». O estilo de vida da protagonista do enredo é a jornada diária de milhares de moças angolanas que vivem no silêncio de uma vida sem auto-estima nem transparência afectiva.
Ano de edição: 11-2020
Prefácio: João Papelo
Posfácio: Rui Verde
Páginas: 126
Formato: 130 x 185 mm
PVP: 2 500 AKZ (Angola)
PREFÁCIO DO AMOR | RECÔNDITO POETA CHIWALE
«Prefácio do Amor» é um livro que reúne 56 poesias do autor Recôndito Poeta Chiwale, pseudónimo literário do psicólogo clínico Terêncio Chiwale, que com esta obra se estreia na literatura. É um belo livro, tanto no seu conteúdo como no grafismo, garantiram as pessoas que já tiveram contacto com a obra. Por isso recomendam a sua leitura e sua contemplação, a sua textura e leveza, sem precisar de motivo ou incentivo, mas, se precisar, então sinta-se convidado pelo perfume cromático e aromático romântico, nas palavras do poeta.
Ano de edição: 09-2020
Prefácio: Bussulo do Livro
Páginas: 110
Formato: 135 x 210 mm
PVP: 5 000 AKZ (Angola) - 10 EUR (Portugal/Europa)
FRACCIONISMO: QUEM DISSE O QUÊ NO «JORNAL DE ANGOLA» ANTES E DEPOIS DO 27 DE MAIO DE 1977 | LEONOR FIGUEIREDO
Este ano o 27 de Maio de 1977 voltou a ser lembrado. Foi assinalado pela ELIVULU Editora com o lançamento do livro Fraccionismo – Quem Disse o Quê no Jornal de Angola Antes e Depois do 27 de Maio de 1977 da jornalista e investigadora Leonor Figueiredo. Uma obra que se junta à nossa colecção «Biblioteca de Cárcere».
Numa altura em que o governo angolano saiu do silêncio com a criação da «Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos», contestada por familiares e vítimas do 27, faz todo o sentido dar à estampa as declarações então proferidas no jornal do poder.
Passados 43 anos do massacre que ceifou a vida de milhares de angolano(a)s, Leonor Figueiredo aborda o tema, lembrando os discursos directos de Agostinho Neto, Lúcio Lara, Iko Carreira, Beto Va-Dúnem, Saidy Mingas, Dino Matross, Lopo do Nascimento, José Eduardo dos Santos e outros.
«Este trabalho pretende espelhar as páginas do Jornal de Angola entre 1 de Janeiro e 11 de Dezembro de 1977, tendo como moldura os acontecimentos que se iniciaram a 27 de Maio. Trata-se de interrogar o passado recente, percorrendo o caminho do “fraccionismo” traçado pelo jornal do poder. Quisemos saber, no período pré-27, quem falou de “fraccionismo” e como se lhe referiu, além de verificar como este órgão de comunicação social noticiou, adjectivou e comentou, directa e indirectamente a «fracção» discordante da direcção do MPLA. No pós-27 de Maio, o foco incidiu no que foi noticiado e nos dados oficiais que daí se podem inferir, quer sobre o MPLA, quer sobre os “fraccionistas”». A autora especifica.
Ano de edição: 05-2020
Páginas: 226
Formato: 150 x 230 mm
PVP: 12 000 AKZ (Angola) - 15 EUR (Portugal/Europa)
MEU QUERIDO CAOS: A RAZÃO, O ACTIVISMO E A CADEIA | MAGNO DOMINGOS
«Meu querido caos: A razão, o activismo e a cadeia» é da autoria de Magno Domingos. O livro é sobre a sua participação cívica em prol da democracia em Angola. Esteve nos calabouços da cadeia de Viana, em celas húmidas e pútridas, assistiu horrores e suportou intimidações políticas. Resistiu!
No assertivo prefácio que faz à obra, o académico Domingos da Cruz destaca a importância do livro: «Evitar que no futuro contenha factos que não aconteceram». É exactamente essa a preocupação do autor.
A ELIVULU Editora tem a honra de publicar este livro como o primeiro da colecção «Biblioteca de Cárcere», um livro que deve ser lido por todos e todas.
Ano de edição: 02-2020
Prefácio: Domingos da Cruz
Páginas: 124
Formato: 130 x 185 mm
PVP: 3 000 AKZ (Angola) - 9,50 EUR (Portugal/Europa)
PSICÓLOGOS, PORQUÊ E PARA QUÊ? | NVUNDA TONET
O livro «Psicólogos, porquê e para quê?», de Nvunda Tonet, responde as questões da vasta gama de cidadãos que actuam como profissionais e os demais interessados.
Discorrendo com a linguagem apropriada sobre a problemática da propagação da religião na nossa sociedade, valores morais, importância da comunicação na relação interconjugal, poligamia e monogamia, segundo o PhD. Fernandes Manuel no prefácio, Nvunda procura chamar a atenção sobre as alterações comportamentais e mentais que enfermam a nossa sociedade, cujas consequências são visíveis no nosso dia-a-dia.
Uma obra de extrema importância e sensibilidade para a preservação e valorização psico-emocional do indivíduo.
Ano de edição: 12-2019
Prefácio: Fernandes Manuel
Posfácio: Manuel Rui
Páginas: 146
Formato: 135 x 210 mm
PVP: 5 000 AKZ (Angola) - 13 EUR (Portugal/Europa)
EDUCAR OS FILHOS SEM BATER | NVUNDA TONET
«Não é nosso propósito transformar os leitores em pais permissivos, mas permitir que os pais se tornem mais tolerantes, compreensivos e solidários com os problemas e alterações de comportamento muito frequentes na infância e adolescência». Quem o diz é o psicólogo clínico Nvunda Tonet, autor de «Psicólogos, porquê e para quê», livro que vendeu mais de três mil cópias em Angola.
O psicólogo clínico moçambicano Rómulo M. Muthemba escreve, no prefácio que faz à obra, o seguinte: «A escrita não é rebuscada, mesmo tratando-se de assuntos delicados e complexos, fá-lo de forma simples e acessível ao leitor comum que não esteja familiarizado com a linguagem da ciência da “psique”».
«Educar os filhos sem bater» é um ensaio sobre parentalidade positiva que visa servir de auxílio aos pais que têm dúvidas sobre o caminho a seguir, as regras a estabelecer, os castigos a impor ou a melhor altura para falar sobre sexualidade com os filhos. É sobre como educar os filhos literalmente sem os bater. Entretanto, Elísio Macamo, professor de Estudos Africanos na universidade de Basileia, na Suíça, acrescentou uma classificação: «O defeito de formação obriga-me a ver o livro como uma espécie de sociologia da infância».
O crítico literário Hélder Simbad sentenciou: «Consideramos o mais recente livro de Nvunda Tonet como aqueles que devem ser tomados por leitura obrigatória e sugestão diária». E o historiador Alberto Oliveira Pinto, vencedor do prémio literário Sagrada Esperança 2018, acrescentou: «Estou certo de que este trabalho de Nvunda Tonet ficará como um marco importante».
O posfácio da obra foi feito pela psicóloga brasileira Ianá Souza Pereira. No seu belo texto frisa: «Na família, crianças devem ser amadas, educadas e protegidas, especialmente quando cuidadas dentro do conceito que Nvunda chamou de parentalidade positiva».
Ano de edição: 06-2019
Prefácio: Rómulo M. Muthemba
Páginas: 108
Formato: 110 x 170 mm
PVP: 2 500 AKZ (Angola) - 7 EUR (Portugal/Europa)
LANÇAMENTO DO LIVRO «CABINDA: UM TERRITÓRIO EM DISPUTA»
Apresentação do livro coordenado por Sedrick de Carvalho, em co-autoria com mais sete personalidades e prefácio de Manuela Serrano. Guerra e Paz Editores, Lisboa, 9 Abril de 2018
SEDRICK DE CARVALHO, COORDENADOR EDITORIAL DA ELIVULU, NO PROGRAMA MAR DE LETRAS, DA RTP
Conversa com Mário Carneiro no programa Mar de Letras da RTP-África. Dia 30 de Maio de 2018
LIVRO «FRACCIONISMO»: TRECHO DA APRESENTAÇÃO DA AUTORA
Lançado no dia 27 de Maio, a partir de Lisboa, no jardim das Francesinhas, eis um trecho das palavras de Leonor Figueiredo, a autora do livro «Fraccionismo – Quem Disse o Quê no Jornal de Angola Antes e Depois do 27 de Maio de 1977».
LIVRO «FRACCIONISMO»: TRECHO DA APRESENTAÇÃO DA AUTORA
Lançado no dia 27 de Maio, a partir de Lisboa, no jardim das Francesinhas, eis um trecho das palavras de Leonor Figueiredo, a autora do livro «Fraccionismo – Quem Disse o Quê no Jornal de Angola Antes e Depois do 27 de Maio de 1977».
LIVRO «FRACCIONISMO»: TRECHO DA APRESENTAÇÃO DO EDITOR
No dia 27 de Maio lançamos o livro «Fraccionismo – Quem Disse o Quê no Jornal de Angola Antes e Depois do 27 de Maio de 1977», um magnífico contributo à investigação sobre o massacre daquele ano. Num improviso, forçados pela pandemia de covid-19 que nos assola, a qual negamos firmemente o convite que nos faz ao abismo, conseguimos lançar o livro a partir de Lisboa, no jardim das Francesinhas, mesmo ao pé da Assembleia da República.
Só podíamos estar poucos, e estivemos, mascarados, mas com muita boa disposição, apesar da data fúnebre. A abertura do evento coube ao nosso coordenador editorial, Sedrick de Carvalho (no vídeo), que a seguir deu a palavra ao convidado Manuel L. D. Santos, nosso amigo Nelo, que de forma brilhante apresentou a obra e depois a Leonor Figueiredo, esta senhora cheia de histórias e sempre atrás da história.
E por quê publicamos este livro? Perguntaram-nos duas pessoas alguns dias atrás. Porque acrescenta, enriquece e contribui. Porque necessária, imprescindível e oportuna. Porque não devemos esquecer. Porque não se deve repetir. Pela memória! Qualquer editora que se preze tem em atenção esses critérios.
A nossa gratidão, a começar pela autora, que não hesitou na invenção do lançamento presencial em tempo de pandemia, é extensiva também aos leitores e leitoras que arriscaram estando presente para atender ao nosso convite. Também agradecemos aos amigos e amigas que nos acompanharam a partir da nossa página.
ELIVULU EDITORA – LER COM LIBERDADE!
NVUNTA TONET EM ENTREVISTA À TPA SOBRE O LIVRO «EDUCAR OS FILHOS SEM BATER»