Eixos temáticos

Inscrições

O evento é gratuito e sem inscrições prévias para ouvintes. A inscrição prévia é apenas para os interessados em fazer apresentação de trabalhos. Durante a realização das atividades (palestras, sessões temáticas e mesas redondas), a Comissão Organizadora disponibilizará formulários de presença, que deverão ser preenchidos e contabilizarão a participação nas atividades para a posterior certificação.



Eixos temáticos

As emoções são fenômenos espaciais. Elas intermedeiam e transformam o modo como nos relacionamos com os outros e com a vida do espaço que nos rodeia. Por este motivo, olhar para a Geografia, a partir das emoções, implica o desenvolvimento de ferramentas epistemológicas e metodológicas capazes de captar a dinâmica das emoções e o seu rastro espacial. Embora as Geografias Emocionais se tenham focado principalmente na análise qualitativa do discurso e na observação etnográfica, existem desenvolvimentos inovadores. Neste eixo, exploramos os novos conceitos e métodos das Geografias Emocionais. Por quais caminhos nos levam os conceitos da pós-fenomenologia, do feminismo, das teorias-não-representacionais, do interseccionalismo ou do novo materialismo?  Como é possível pensar em metodologias inclusivas e participativas, como os métodos criativos, as geohumanidades digitais ou o biosensing?


A cidade é o palco da geografia do que acontece. As dinâmicas urbanas e suas rápidas e complexas transformações são envolvidas pelas experiências emocionais das cidadãs e dos cidadãos. Várias dessas dinâmicas, como os processos migratórios, protestos políticos, dataficação, as discussões sobre patrimônio, além de temas como gênero, identidade e questões raciais, têm sido o foco de debate das perspectivas emocionais na Geografia, colocando em pauta a relevância das emoções como fonte de construção de conhecimento sobre e na cidade, numa emergência de incluí-las como parte das reflexões em torno do planejamento, design e paisagem urbana. Temas como atmosferas afetivas, ambiência, intimidade,  pertencimento, solidariedade e participação social são alguns dos debates envolvendo a experiência do/no urbano nas cidades contemporâneas e apontam a necessidade de serem vistos nos processos de desenvolvimento urbano desiguais.



O estudo de experiências afetivas em espaços de turismo, consumo e lazer tem sido objeto de reflexão no campo das Geografias Emocionais. A co-criação de experiências em espaços turísticos e de consumo têm recebido uma atenção renovada, devido à sua ligação com a construção da memória, do sentido de comunidade e do mundo vivido. É cada vez mais evidente que o turismo e o consumo transformam a maneira como as pessoas vivem o espaço, com um profundo impacto no cotidiano dos habitantes de espaços mercantilizados e turistificados. Neste contexto, a busca por experiências memoráveis em espaços autênticos, centros históricos, paisagens naturais torna-se, paradoxalmente, uma ameaça à existência desses mesmos espaços e à vivência dos seus habitantes (humanos e não-humanos). Estudos que problematizem as complexas ecologias do consumo e do turismo são urgentes.



 O fazer artístico tem cada vez mais atuado em consonância com um protagonismo político e uma preocupação social, pautando temas de interesse público, ligados ao bem-estar social e às experiências cotidianas. Tais questões estão muito ligadas aos contextos onde a arte e as performances acontecem, tanto do ponto de vista espacial, quanto conjuntural, em que as expressões críticas da arte têm o corpo como potência de reivindicação e de construção de corporeidades-espaciais. De que forma a arte, os corpos e as emoções podem reorganizar os espaços da vida cotidiana, participar em sua transformação ativa e pautar leituras plurais sobre a produção de espacialidades?



Ensinar e aprender também são práticas emocionais. O espaço escolar é um exemplo de geografia emocional, construído a partir de interações complexas. Portanto, é urgente pensar nas geografias emocionais no/do ensino. De que forma o contexto escolar é envolvido por experiências emocionais dos diferentes agentes que são parte dessa atmosfera? Por que dar a atenção às emoções são uma emergência educativa, contribuindo para (re)pensar os espaços de diálogo e participação e as práticas psicopedagógicas? Como construir uma atmosfera afetiva mais sensível às experiências, necessidades e desejos daqueles que aprendem? Entendemos que a inclusão das emoções nos processos de aprendizagem permite posicionar-se e reivindicar alternativas propositivas às discussões contemporâneas, repensando os papeis sociais do contexto escolar.



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