São Paulo, 28 de janeiro de 2021
Queridos(as) Gestores(as) da Educação Infantil!!!
Escolhemos acolhê-los com uma carta, tendo a palavra como o desenho e o contorno dos nossos desejos, pois escrever é um ato generoso com o mundo, é a vontade de se fazer presente e, ao mesmo tempo, entregar-se à leitura do mundo, como o combustível que alimenta os sonhos das pessoas que leem, sabendo que não teremos todas as respostas, mas estaremos juntos na construção delas, escolhendo os mais belos fios de nós para tecermos juntos uma outra trajetória da escola.
Mais um ano se inicia, com ele novos sonhos, expectativas, projetos, incertezas, questionamentos, mas com a esperança de que tudo vai melhorar, e teremos muitas histórias para contar.
A vocês que fazem parte deste universo e aos que estão chegando em 2021, sejam todos muito bem vindos(as)! Desejamos que todos(as) estejam bem, assim como seus familiares, mesmo diante desses tempos e mudanças que nos têm acometido, como diz um trecho da música Paciência do cantor Lenine que já fez parte da história, “[...] mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para [...]”.
É tempo de resgatar o que conhecemos e vivemos, as conquistas nos fluxos e trajetos desenhados, revisitar as práticas exitosas, neste tempo ainda difícil, para que possamos continuar a trajetória, descortinando como se deram as relações e aprendizagens nos espaços habitados.
Durante essa trajetória, diversos caminhos nos atravessaram e fomos elegendo por meio dos diálogos, escuta, discussões e análises aquilo que nos acompanhou e hoje podemos escolher o que permanece, tecendo novas narrativas, novos fios, conexões e esperança.
A esperança de um cotidiano vivido pelos bebês, crianças, famílias e equipes educativas com sentido e significado. A esperança de uma escola aberta a um mundo possível e real, a esperança de um novo começo. A esperança do verbo esperançar.
Sabemos que os desafios são muitos o que implicará unir esforços em um planejamento coletivo e colaborativo, sendo assim, desejamos que os momentos sejam de escuta, olhar cuidadoso, de reflexão sobre a prática, de acolhida às vozes do território.
Encerramos essa carta com a música de Paula Matos que nos convida a refletir sobre esse período contingencial por meio da poética, “Olha para o lado um pouco, daqui a pouco tudo vai passar. A vida pede, um pouco mais de calma, um novo tempo para curar a alma. Daqui a pouco tudo vai passar”.
Adriana e Agleide
DIPED-EI 2021