Na metade do século XIX, ocorre na Europa a chamada revolução industrial baseada na produção de energia elétrica e de aço em grande escala, ou seja, nota-se uma evolução considerável nos ramos da tecnologia e ciência. Como resultado disso, as cidades começam a sofrer as consequências de um crescimento populacional explosivo e não planejado e da ocupação do solo por indústrias poluidoras.
Paralelo a esse cenário, existia, no campo cultural e artístico, uma obsessão por um estilo que fosse capaz de expressar o senso de fervilhamento e modernidade da época, uma vez que a Europa passava por um momento de desenvolvimento de uma vida mais moderna que incluía a sociabilidade em novos espaços, como cafés, restaurantes, teatros, museus, parques, hotéis e clubes culturais, sociais e esportivos.
Baseando-se nessa busca incansável por um novo estilo, podemos destacar três linhas de pensamentos que permeavam essa escolha. Uns estavam a favor de resgatar estilos do passado como forma de provar que a modernidade acarretou crises e falta de originalidade e de novas ideias; outros sugeriam um acolhimento a essa carência de originalidade e combinar estilos diversos em um ecletismo; por fim, existiam os pensadores que defendiam a ruptura total com o passado e a idealização de um estilo totalmente novo, condizente com a modernidade da época.
Como resposta de arquitetos e designers ás necessidades de expressão da população, adotando o conceito de ecletismo e consequentemente a junção de diferentes estéticas, surgiu o art nouveau, estilo esse que surgiu em um contexto também conhecido como belle époque, ou seja, um momento de grande otimismo e desenvolvimento material, intelectual, artístico e científico.