Popularmente conhecido pelos brasileiros como Fusca, o Design do tão emblemático “besouro” que conquistou tantos admiradores pelo Brasil e pelo mundo não surgiu do dia para a noite. Tudo começou com a popularização da aerodinâmica, possibilitada pelo designer Norman Bel Geddes, embora não fora ele que criou o conceito. “As novas autoestradas na Alemanha também despertavam grande entusiasmo pela aerodinâmica” (Hesket, 1998, pg. 124) A ideia migrou das indústrias de automóveis aéreos e foi para a automobilística a partir da iniciativa radical do designer Richard Buckminster Fuller. Infelizmente os primeiros modelos foram um fracasso comercial, as mudanças eram muito ousadas para a época, os carros embora fossem bastante econômicos ele desagradáveis em aparência.

E finalmente é lançado o Volkswagen Sedan, seguindo todas as exigências dadas e sendo um grande marco na história do design de automóveis. Trazendo consigo a inovação da quarta marcha na caixa de câmbio e vendido a 990 marcos. Desde então, ele passou por constantes aprimoramentos mecânicos e estéticos, como quebra vidro, saída única de escapamento, estribo e outros. Em 1936 ele veio trazendo duas pequenas janelas traseiras, muito semelhante ao modelo que conhecemos hoje, em 1937 já haviam 30 modelos sendo testados na Alemanha e em 1938 começou a ser fabricado em série. Ela foi apresentada em três estilos, o normal, com teto solar e o conversível, pesando 750 quilos.

“O formato de besouro se tornou o mais famoso exemplo de design aerodinâmico dos anos 30” (Hesket, 1998, pg. 128). Em 1939 houve o início da Segunda Guerra Mundial, e por conta disso o Volkswagen foi utilizado como transporte militar. Para atender as novas necessidades, sua mecânica teve que passar por mais modificações mecânicas, e mais de 70 mil unidades militares foram produzidas. Dentre elas, modelos ditos anfíbios (pode rodar no solo e na água), Kübelwagen, Kommandeurwagen e Schwimmwagen, essa última havendo apenas três exemplares no mundo, sendo uma delas no Brasil, que participaram ativamente nos campos de combate.

“O protótipo do Volkswagen projetado por Porsche apareceu em 1936-7, mas só foi produzido em massa depois da guerra” (Hesket, 1998, pg. 128). Com o fim da guerra, a fábrica que estava sendo construída em Hannover foi quase destruída por completo, não haviam notícias dos funcionários e projetistas e os modelos militares não se faziam mais necessários. Quase foi o fim do Volkswagen, até que a responsabilidade da retomadad a fabricação do modelo pré guerra foi passada para as mãos do Major inglês Ivan Hirst. Ele se manteve na fábrica até 1949, e o carro passou a ser usado nos serviços essenciais, como correios e atendimento médico e, até esse período, ele não passou por alterações significantes. Mas em 1950 passou a ser oferecido com teto solar dobrável, sendo exportado para 29 países e atingindo a produção de cinquenta mil unidades no ano seguinte. Entre 1951-1952 recebeu quebra-vento, transmissão sincronizada e rodas de 15 polegadas, já era exportado para 86 países e ultrapassou a produção de 500 mil unidades.