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A SURDEZ - SEUS TIPOS E CAUSAS

ALGUMAS DOENÇAS DEIXAM COMO SEQUELA A SURDEZ

Você sabe o que é surdez? É a deficiência auditiva, que pode ser congênita ou adquirida. Saiba mais sobre os principais tipos de surdez a seguir:

Surdez congênita

Na surdez congênita a criança adquire a deficiência durante a gestação. Em casos como este, a aquisição da surdez pelo bebê pode se dar por:

  • Medicamentos tomados pela gestante;
  • Doenças adquiridas durante a gestação, como sífilis e toxoplasmose;
  • Hereditariedade;
  • A exposição da mãe a radiações e problemas no parto;
  • O fato de a criança nascer antes ou depois do tempo;
  • Infecções hospitalares ;
  • O uso de fórceps para retirar a criança ou a falta de oxigenação.

Algumas doenças deixam como sequela a surdez, e se uma gestante for contaminada por alguma dessas doenças, a sequela pode afetar o bebê. São elas:

  • Rubéola,
  • Toxoplasmose,
  • Sarampo,
  • Sífilis,
  • Herpes,
  • Diabetes,
  • Pressão alta,
  • Meningite, entre outras.

PESQUISADORES TESTAM VÍRUS PARA REVERTER SURDEZ GENÉTICA

Surdez neurossensorial

A surdez que essas doenças causam é a chamada surdez de percepção ou neurossensorial. Nesse tipo de surdez ocorre lesão nas células nervosas e sensoriais que levam o estímulo do som da cóclea até o cérebro. As doenças que atingem a cóclea e o nervo auditivo raramente têm tratamento.

O uso de medicamentos ototóxicos (que lesionam o aparelho auditivo) também pode levar à surdez. Alguns deles são os antibióticos, aminoglicosídeos e salicilatos. Por isso a automedicação não deve ser feita em hipótese alguma.

Surdez por condução

Quando dizemos que a perda auditiva é por condução, isso quer dizer que há algo bloqueando a passagem do som da orelha externa até a orelha interna. Ela pode ocorrer pelo rompimento do tímpano, excesso de cera que se acumula no canal auditivo, introdução de algum material no canal auditivo.

Infecção nos ossículos da orelha média também pode causar a surdez por condução. Esse tipo de surdez é revertido por medicamentos ou cirurgia.

Surdez central

Outro tipo de perda auditiva é chamado de surdez central. Ele ocorre à medida que envelhecemos e faz parte de um processo natural do corpo. Assim como a visão e o coração, o sistema auditivo da pessoa também sofre desgaste ao longo dos anos, e a maneira como a pessoa trata os ouvidos ao longo da vida influencia bastante na presbiacusia (nome técnico dado à surdez por envelhecimento).

Como vimos, a surdez pode ser causada por diversos fatores. Em alguns casos ela é reversível, em outros, não. Há no mercado aparelhos auditivos que amplificam o som, ajudando a pessoa a ouvir melhor. O uso destes aparelhos depende da causa da surdez e de indicação médica.

Como prevenir a perda auditiva

Nós podemos prevenir a perda auditiva de diversas maneiras, como:

  • Evitar a exposição a ruídos intensos; se for realmente necessário, usar tampões de ouvido;
  • Exames pré-natais na gestante pode evitar surdez na criança;
  • Vacinação da criança para impedir que tenha contato com doenças que deixem sequelas como a surdez;
  • Não tomar remédios ototóxicos sem prescrição médica.

Mas, caso seja diagnosticada, a perda auditiva pode ser "tratada" na maioria dos casos com o uso de próteses auditivas. Por isso, é fundamental que as pessoas com suspeita de surdez procurem um otorrinolaringologista.

Fonte: www.mundoeducacao.com

PRESBIACUSIA – A PERDA AUDITIVA RELACIONADA À IDADE

A perda auditiva pode estar relacionada a diversos fatores que afetam a saúde auditiva, entre eles a genética, a exposição a ruídos, o acúmulo de cera no canal auditivo, as Otites, algumas doenças como: Rubéola, Varíola ou Toxoplasmose, e até mesmo ao envelhecimento, também conhecida como Presbiacusia, ou seja, a perda auditiva relacionada à idade.

É muito comum os indivíduos serem afetados em sua capacidade auditiva ao envelhecer, o motivo ainda é desconhecido, e é possível que ocorra mais em algumas famílias que em outras. Essa interferência não ocorre somente na capacidade de ouvir sons, mas também no entendimento das conversas diárias.

A Presbiacusia é considerada uma das causas mais comuns de perda auditiva nos adultos, sendo que fatores como doenças sistêmicas ou até hábitos inadequados podem agravar esse quadro de perda auditiva. Ela se manifesta de forma lenta e com o passar dos tempos vai progredindo, sendo que a percepção desta irá ocorrer quando notado alguma dificuldade de ouvir a linguagem falada.

Com o envelhecimento, o aparelho auditivo também irá envelhecer ainda que progressivamente, afetando assim, as estruturas constituintes dos ouvidos. Aos poucos os elementos localizados na cóclea do ouvido interno irão se atrofiar, ocorrendo à contínua perda das células ciliadas, levando assim, a perda auditiva.

APARELHO AUDITIVO PARA ZUMBIDO: COMO FUNCIONA?

SAIBA MAIS SOBRE AS PRÓTESES AUDITIVAS QUE AJUDAM A REDUZIR O ZUMBIDO NO OUVIDO

Muitos casos de zumbido estão relacionados à perda auditiva. É por isso que o uso de aparelhos auditivos normalmente contribui para minimizar os incômodos deste sintoma que pode lembrar o barulho de cigarra, cachoeira, panela de pressão ou apito.

Mas basta fazer uma busca na internet para encontrar diversas empresas que falam em aparelhos auditivos especificamente desenvolvidos para o zumbido. Mas será que eles realmente são efetivos para tratar o problema?

COMO O ZUMBIDO ACONTECE?

Antes de falar sobre os aparelhos auditivos para zumbido, é importante tentar entender como o tinido ou acúfeno ocorre. Quando o ouvido passa a enviar impulsos sem que haja uma fonte sonora que os envie, a pessoa passa a ter a sensação desse barulho incômodo. Por ser constante, esse barulho pode afetar o sono, a concentração e o equilíbrio emocional.

QUAIS AS CAUSAS DO ZUMBIDO?

Especialistas já sabem que ele pode estar relacionado a 200 tipos de causas. Entre elas as mais comuns são:

  • Problemas auditivos
  • Alterações no metabolismo
  • Problemas hormonais como hipotireoidismo
  • Alterações cardiovasculares
  • Doenças neurológicas e psiquiátricas
  • Problemas de mastigação e na mandíbula
  • Alterações nos músculos da cabeça e pescoço
  • Problemas de circulação

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO ZUMBIDO?

O primeiro passo para o tratamento do zumbido é a realização de exames auditivos e de sangue para análise das particularidades do paciente. São realizados exames como a audiometria e a acufenometria, que identificam o grau de perda de audição, o tipo e o volume do zumbido. Exames de sangue que demonstram se há anemia, aumento de glicose, colesterol ou triglicérides. Ainda é possível identificar com tomografia ou ressonância magnética eventuais tumores no nervo auditivo.

CINCO MOTIVOS PARA USAR APARELHO AUDITIVO

AFASTAR DOENÇAS E MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA SÃO DOIS DOS BENEFÍCIOS DAS PRÓTESES

A primeira experiência com um aparelho auditivo pode ser bastante frustrante para muitas pessoas. É comum que os sons pareçam muito mais altos ou mais estranhos do que o usual.

Isso acontece porque, na maioria dos casos, quem sofre de perda auditiva demora a perceber o problema - estima-se que, em média, levem sete anos para procurar um médico - e acaba perdendo a noção de como é ter uma audição normal. Mas é preciso ter em mente que após um período de adaptação, que não é nenhum bicho de 7 cabeças, o aparelho auditivo trará muitos benefícios e mais qualidade de vida.

CONHEÇA CINCO BENEFÍCIOS QUE O APARELHO AUDITIVO PODE TRAZER PARA A SUA VIDA:

MAIOR LONGEVIDADE - Um estudo publicado pela Oxford Journals desenvolvido por uma equipe de investigadores da Islândia, mostrou que idosos com perda auditiva têm uma taxa de mortalidade mais elevada do que aqueles que usam aparelhos auditivos.

AFASTAR DOENÇAS COMO O ALZHEIMER – A cada 10 decibéis perdidos de audição, o risco de demência cresce 27%. É que, segundo uma pesquisa a Faculdade de Medicina Johns Hopkins, dos Estados Unidos, pessoas idosas com problemas de surdez têm mais chances de desenvolver demência.

MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA - Estudos mostram que o uso de aparelho auditivo melhora a qualidade de vida social de pessoas com deficiência auditiva, mesmo que seja difícil admitir essa deficiência.

UNIR CONFORTO E TECNOLOGIA DE PONTA - Pequenos, confortáveis, discretos e potentes, os aparelhos auditivos modernos usam a alta tecnologia para se adaptar às suas necessidades. Com tecnologia Bluetooth, facilitam a conexão de seus usuários com celulares, por exemplo.

MELHORAR A INTEGRAÇÃO FAMILIAR - Muitas pessoas com deficiência auditiva costumam se afastar das relações sociais já que não conseguem interagir. O uso dos aparelhos auditivos resgata o convívio familiar e as atividades em grupo. Até mesmo uma conversa por telefone, algo que pode ser praticamente impossível para quem ouve mal, se torna mais fácil com a alta tecnologia dos aparelhos.

DOENÇA DE MÉNIÈRE

A Doença de Ménière é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão da endolinfa, que é o líquido existente no labirinto que fica dentro do ouvido. Geralmente ocorre em apenas um lado.

A Síndrome ou Doença de Ménière não é o mesmo que labirintite, mas pode ser uma das causas dela. A labirintite é um termo popular usado para definir um conjunto de sintomas como tontura, falta de equilíbrio, zumbido etc.

A Síndrome ou Doença de Ménière ocorre de forma progressiva, com crises frequentes e riscos de perda de audição e outras complicações permanentes. Mas também pode ser incidiosa, ou seja, as crises são esporádicas e sem sequência e o problema não é crônico.

CAUSAS

As causas da Síndrome ou Doença de Ménière ainda não são totalmente comprovadas cientificamente. Mas há relação entre o problema e algumas doenças e complicações, como diabetes, hipertensão e outras doenças metabólicas; enxaqueca; doenças autoimunes (como lúpus e reumatismo) e infecção pelo vírus do herpes.

Pessoas que passaram por uma variação brusca de pressão atmosférica ou um trauma no crânio também podem apresentar sintomas da Síndrome de Ménière.

COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS

Se as crises da Doença de Ménièré forem frequentes e não controladas, o paciente pode ter perda progressiva de audição, ou seja, a audição não volta totalmente ao normal ao final de uma crise, podendo ser necessário o uso de aparelho auditivo.

Além disso, o paciente começa a ficar incapacitado em decorrência da repetição das crises. Após as crises sucessivas, o zumbido no ouvido pode permanecer definitivamente. Com a autoestima afetada, o paciente pode desenvolver problemas emocionais, como depressão.

SINTOMAS

Os sintomas da Doença ou Síndrome de Ménièré aparecem durante as crises. Os mais comuns são vertigem (tontura ou sensação de flutuação), zumbido no ouvido, náuseas, vômitos e perda auditiva, com sensação de ouvido tampado, como quando desce a serra.

DIAGNÓSTICO

A Academia Americana de Otolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço estabeleceu os seguintes critérios para o diagnóstico:

  • Duas ou mais crises de vertigem rotatória com duração mínima de 20 minutos
  • Diminuição da audição registrada pela audiometria
  • Zumbido ou pressão no ouvido.

TRATAMENTO

O tratamento da Síndrome ou Doença de Ménière é feito por meio de um controle dos sintomas e das causas. O primeiro passo é tratar os sintomas que são desconfortáveis e aparecem com frequência. Náuseas e vômitos, por exemplo, são tratados com remédios antivertiginosos. Para a perda auditiva permanente ou o zumbido frequente, pode ser indicado o uso de aparelho auditivo.

Com identificação das possíveis causas, o tratamento também passa a ser voltado para o controle delas.

Quando não há melhora clínica dos pacientes da Doença de Ménière, pode ser indicada uma cirurgia chamada Descompressão do Saco Endolinfático: feita um corte atrás da orelha para aliviar a pressão do líquido que circula dentro do labirinto e facilitar o controle da doença. Essa cirurgia, no entanto, é feita em menos de 1% dos casos e não garante resultado. Os tratamentos costumam ser clínicos.

MEDICAMENTOS

Os medicamentos mais usados para o tratamento de doença de Ménière são:

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções que constam na bula.

PREVENÇÃO

Como a Síndrome pode ter relação com doenças metabólicas e autoimunes, pede-se um controle diário dessas doenças para evitar complicações no labirinto.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE A LABIRINTITE E A SÍNDROME DE MÉNIÈRE?

Síndrome de Ménière não é o mesmo que labirintite, mas pode ser uma das causas dela. A labirintite é o nome usado para identificar doenças que afetam o labirinto. O problema é que existem muitos distúrbios diferentes que comprometem esta estrutura do ouvido, mas que acabam sendo chamadas da mesma forma erroneamente.

O que diferencia cada uma dessas moléstias é a causa. Um dos problemas mais comuns que afetam o labirinto é a Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB), responsável em mais de 80% dos casos de acometimento labiríntico. Ela causa um conjunto de sintomas muito parecido com a síndrome de Ménière: como tontura, falta de equilíbrio, zumbido.

Mas o que a diferencia dela é justamente a causa: enquanto a síndrome é provocada pelo aumento de pressão da endolinfa, o VPPB é provocado pelo deslocamento das otocônias, pequenos cristais que se desprendem e ficam circulando livremente pelos canais labirínticos.

Com isso, o paciente sente vertigens sempre que faz algum movimento brusco com a cabeça (principalmente o movimento de deitar e levantar da cama).

DISFAGIA – DIFICULDADE PARA ENGOLIR

Dificuldade para engolir é um sintoma que não deve ser neglicenciado, pois frequentemente está associado a problemas sérios de saúde.

Disfagia é o termo médico utilizado quando o paciente refere dificuldade para engolir. A disfagia não está necessariamente associada à dor para engolir, mas sim a uma sensação subjetiva de dificuldade de fazer o alimento percorrer o caminho entre a boca e o estômago.

A dor para deglutir é chamada de odinofagia e está habitualmente relacionada a quadros de inflamação da garganta. Odinofagia e disfagia são sintomas diferentes, que costumam ocorrer em doenças distintas, daí a importância de saber distingui-las.

A disfagia pode ocorrer por um obstáculo físico à passagem dos alimentos pela orofaringe ou pelo esôfago, ou por doenças neurológicas ou musculares que façam com que o deslocamento do bolo alimentar pelo esôfago ou orofaringe fique prejudicado.

Em geral, a dificuldade para engolir é um sintoma que deve ser levado muito a sério, pois ela pode ser um sinal de doenças graves, como tumores do esôfago ou problemas neurológicos.

Neste artigo vamos explicar como é feito o processo normal de deglutição, quais são as principais causas de disfagia e os seus sintomas habituais.

Processo normal de deglutição

A disfagia é um dos principais distúrbios da deglutição. Portanto, para entender as suas possíveis origens, é importante saber como esse processo é normalmente feito.

Ao contrário do que nos diz o senso comum, o processo de deglutição é muito mais complexo do que uma simples ação da gravidade, que permite a descida do bolo alimentar por um tubo que liga a boca ao estômago. Na verdade, você pode até estar de cabeça para baixo, que, ainda assim, qualquer coisa que você engula será transportado através do esôfago até o estômago.

Vamos então à explicação de como esse processo funciona. Dê uma olhada com calma nas ilustrações que serão fornecidas sobre a anatomia básica da boca, faringe e esôfago. Se você não tiver interesse em aprender como o processo de deglutição se dá, pule diretamente para a próxima parte do texto, que aborda as causas da disfagia.

1- Fase oral da deglutição

A deglutição começa com o processo de mastigação, que umidifica a comida e a transforma em bolo alimentar maleável, com formato e tamanho apropriados para ser engolido. Após uma mastigação rápida, nossa língua move-se de forma a empurrar a bolo alimentar em direção à faringe. Essa parte inicial é chamada de fase oral da deglutição e é feita através da contração voluntária dos músculos da face e cavidade oral.

2- Fase faríngea da deglutição

Ao chegar na faringe, o processo de deglutição torna-se involuntário, ou seja, ele é feito de forma automatizada sem que precisemos ter ciência de cada passa que será dado. Como a faringe é uma via comum para o ar que respiramos e o alimento que comemos, para que não haja risco do bolo alimentar ir em direção aos pulmões, a passagem para a laringe/traqueia precisa ser ocluída no momento em que estamos engolindo algo. Nós, portanto, não conseguimos engolir e respirar ao mesmo tempo.

Essa proteção das vias aéreas ocorre graças à epiglote, uma estrutura em forma de lâmina, que fica por trás da língua e age como um portão, fechando a passagem para a traqueia toda vez que a língua faz o movimento de deglutição. Uma vez que a comida ou a bebida tenham passado em direção ao esôfago, a epiglote volta à sua posição original, permitindo o reinício da respiração.

Essa fase é chamada de fase faríngea da deglutição, e é feita através da contração involuntária dos músculos da faringe, que é comandada pelos nervos cranianos XI (nervo glossofaríngeo) e X (nervo vago). Essa informação sobre os nervos é importante para entender o porquê de algumas doenças neurológicas serem causas comuns de dificuldade para engolir.

3- Fase esofagiana da deglutição

A última fase da deglutição é a fase esofagiana, que consiste na passagem do alimento pelo esôfago. No início e no fim do esôfago existem dois músculos em formato de anel, chamados, respectivamente, de esfincter esofagiano superior e esfincter esofagiano inferior. A função de ambos os esfincteres é impedir que o conteúdo presente no estômago volte em direção à boca.

Assim que o bolo alimentar chega ao final na faringe, o esfincter esofagiano superior abre-se, permitindo a passagem da comida em direção ao esôfago. Imediatamente após a passagem do bolo alimentar, o esfíncter superior se fecha, para que a comida não consiga voltar para a orofaringe. Neste mesmo momento, o esfíncter inferior abre-se, permitindo a passagem da comida para o estômago.

Como já referido, o bolo alimentar não desce pelo esôfago por causa da gravidade. Ele é, na verdade, empurrado para baixo através de uma série de contrações musculares sincronizadas, que criam um onda de peristalse, meio que “ordenhando” a comida para baixo. Esse processo leva de 8 a 20 segundos para levar a comida do esôfago ao estômago e é feito de forma totalmente involuntária e inconsciente, sendo controlado por nervos que saem da medula espinhal.

Esse é, portanto, de forma bem simplificada, o processo de deglutição. A disfagia pode surgir sempre que existir algum problema em qualquer uma das fases que acabamos de descrever.

Causas de dificuldade para engolir

Existem dezenas de causas para disfagia, que podem ser divididas em diversos grupos, tais como causas neurológicas, musculares, farmacológica, anatômicas, esofagianas, etc.

Vamos descrever sucintamente as principais causas da disfagia. Não tente se autodiagnosticar a partir das explicações abaixo, pois as causas são diversas e o diagnostico da disfagia sem a realização de exames complementares pode ser difícil até para os médicos.

Se você tem dificuldade para engolir, não adianta querer ficar tentando adivinhar o que tem, o correto é procurar logo ajuda profissional, pois algumas causas de disfagia são graves, mas podem ter tratamento eficaz se diagnosticadas precocemente.

1- Obstruções físicas da faringe ou do esôfago

Uma causa comum de dificuldade para engolir é a presença de um obstáculo físico à passagem do alimento pela faringe ou esôfago. Esse obstáculo pode ser desde um tumor maligno ou benigno na faringe ou dentro da luz do esôfago (chamamos de luz do esôfago a parte central e oca do órgão, que é por onde a comida passa) até reduções do calibre interno do esôfago provocadas por inflamações ou pelo desenvolvimento de cicatrizes no seu interior.

Algumas causas de disfagia por obstrução física da faringe ou do esôfago são:

  • Tumores do esôfago ou da faringe – câncer do esôfago é uma causa comum de dificuldade para engolir.
  • Tumores do pescoço – tumores ao redor da faringe ou do esôfago, como tumores da tireoide, podem, raramente, ser causa de disfagia.
  • Redução do calibre do esôfago – geralmente é causado por cicatrizes provocadas por quadros de esofagite (inflamação do esôfago) de longa data, secundária à doença do refluxo gastroesofágico.
  • Anel de Schatzki – é um estreitamento do esôfago de causa benigna, provocado pelo aparecimento de lesões em forma de anel dentro do órgão.
  • Divertículos do esôfago – divertículos são pequenos sacos que se formam dentro da luz do esôfago, que podem se encher de alimentos e provocar obstrução da passagem. O mais famosos é o chamado divertículo de Zenker, que surge geralmente no terço superior do esôfago.
  • Má formações do esôfago – deve se desconfiar quando a dificuldade para engolir surge logo nos primeiros anos de vida.
  • Radioterapia – pacientes submetidos à radioterapia para tumores do pescoço ou tórax podem desenvolver, como efeito colateral, lesões constrictivas do esôfago.
  • Esofagite infecciosa – inflamações do esôfago por infecções, como herpes, candidíase ou citomegalovírus, podem provocar inflamação da parede interna e dificultar a passagem dos alimentos.
  • Membrana esofágica – As membranas esofágicas (síndrome de Plummer-Vinson) são membranas finas que se desenvolvem no interior do esófago, habitualmente em pacientes com anemia por carência de ferro.
  • Esofagite eosinofílica – é uma doença que ocorre por infiltração da parede do esôfago por eosinófilos, um dos grupos de células de defesa do sistema imunológico. Esse ataque torna a parede do esôfago inflamada e rígida, impedindo a passagem de bolos alimentares mais volumosos.

A causa mais comum de disfagia súbita é a impactação de um alimento dentro do esôfago, geralmente um grande pedaço de carne. Isso costuma ocorrer quando o paciente já apresenta alguma pequena lesão dentro do esôfago, como anéis , estricturas ou membranas, que não causam problemas quando o bolo alimentar é pequeno, mas podem impedir a passagem de grandes pedaços de carne.

2- Causas de origem neurológica

Todo o processo de deglutição é controlado pelo sistema nervosos central, inicialmente de forma voluntária e consciente, e a partir da fase faríngea, de forma involuntária e inconsciente. Doenças neurológicas, portanto, podem causar dificuldade para engolir, não só por atrapalhar o ato de mastigar quanto por impedir a movimentação adequada da língua e dos músculos da orofaringe na hora da deglutição.

Algumas doenças que podem provocar uma disfagia de origem neurológica são:

3- Doenças do músculo do esôfago

O esôfago é um órgão revestido por músculos que se contraem de forma sincronizada para empurrar os alimentos em direção ao estômago. Doenças que acometam essa musculatura costumam causar distúrbios no transporte do bolo alimentar através do esôfago.

Algumas doenças que provocam dificuldade para engolir por acometerem a musculatura do esôfago são:

4- Outras causas de dificuldade para engolir

As doenças descritas acima são apenas algumas das causas de disfagia. Existem muitas outras, inclusive medicamentos, como cloreto de potássio, anti-inflamatórios e alguns tipos de antibióticos (doxiciclina, clindamicina e tetraciclina).

Uma hipótese diagnóstica que deve ser lembrada, principalmente quando todos os exames se mostram normais, é a chamada disfagia funcional, que é uma dificuldade para engolir sem que haja qualquer doença que a justifique. Este diagnóstico é um diagnóstico de exclusão, o que significa que ele só pode ser dado após o médico ter descartado a existência de qualquer doença que justifique os sintomas.

Sintomas da disfagia

Todos os pacientes com disfagia têm uma queixa em comum: sensação de dificuldade para engolir. Porém, a forma como cada paciente descreve a sua disfagia costuma variar de acordo com a origem do problema.

Pacientes com disfagia por transtornos na orofaringe geralmente queixam-se de dificuldade para iniciar a deglutição. Quando questionados em que ponto especificamente sentem dificuldade para deglutir, a região do pescoço costuma ser a apontada. Este tipo de disfagia costuma vir acompanhada de outros sintomas, tais como salivação excessiva, derramamento do alimento, necessidade de engolir pequenos bolos de comida de forma repetida, rouquidão, engasgo frequente, tosse ao comer ou dificuldade para falar.

A aspiração de alimentos é uma das complicações possíveis da disfagia de origem orofaríngea, o que pode levar a quadros de infecção pulmonar.

Por outro lado, quando a disfagia tem origem no esôfago, os sintomas costumam ser bem diferentes. O paciente não tem dificuldade para engolir a comida, mas, segundos depois do alimento ter sido deglutido, ele sente uma sensação de que o bolo alimento empacou. Quando questionados em que ponto especificamente sentem dificuldade para deglutir, a região do peito é geralmente a mais apontada.

Quando os pacientes apresentam uma disfagia sugestiva de origem esofágica, alguns detalhes precisam ser elucidados. Por exemplo, se a disfagia ocorre de forma semelhante para líquidos e sólidos, o problema é provavelmente devido a uma desordem da motilidade do esôfago. Em contraste, se a disfagia for predominantemente para sólidos, ou se for uma disfagia que iniciou com sólidos, mas com o tempo foi evoluindo também para líquidos, o mais provável é que haja uma obstrução mecânica em crescimento, como um tumor, por exemplo. Sintomas associados à dificuldade de engolir, como azia, perda de peso, vômito sanguinolento, anemia ou regurgitação frequente de alimentos não digeridos também ajudam a definir as causas mais prováveis.

Diagnóstico da disfagia

O médico indicado para investigar casos de disfagia é o gastroenterologista. Se a disfagia for claramente de origem orofaríngea, o médico otorrinolaringologista também pode ajudar na investigação.

Em geral, o primeiro exame a ser solicitado é a endoscopia digestiva (leia: ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA), que é capaz de diagnosticar diversas causas de disfagia, tais como a presença de tumores, anéis, membranas, esofagite e divertículos. Se a endoscopia for normal, exames como a esofagografia com bário ou a manometria esofágica costumam ser o próximo passo.

Tratamento da disfagia

Como a disfagia é um sintoma, e não uma doença, o seu tratamento depende, obviamente, da sua causa. Doenças completamente distintas, como tumores, AVC e refluxo gastroesofágico podem até apresentar sintomas semelhantes, mas o seu tratamento é completamente diferente.

Portanto, sem ter um diagnóstico estabelecido, não é possível indicar um tratamento adequado para a disfagia do paciente.

LABIRINTITE: CONHEÇA OS SINTOMAS E TRATAMENTOS

A LABIRINTITE AFETA O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELO EQUILÍBRIO DO CORPO HUMANO

Tontura, vertigem, perda da noção de espaço e de equilíbrio e sensação de desmaio... Esses são os sintomas mais comuns da labirintite, distúrbio que afeta milhares de pessoas diariamente ao redor mundo. Esse distúrbio é gerado pela inflamação dos labirintos que estão localizados no sistema vestibular, órgão que fica dentro do ouvido interno e é responsável por gerar e manter o equilíbrio e a orientação espacial do corpo humano.

Além disso, a labirintite atinge pessoas em todas as faixas etárias, e nem sempre possuí cura. Muitos convivem com a doença durante grande parte de sua vida

SINTOMAS E TRATAMENTO

Os sintomas mais comuns são os mesmos para todas as pessoas que sofrem com a labirintite: diminuição da audição, vertigens e tonturas. Por esses motivos, o mais indicado é procurar um médico assim que os sintomas surgirem, já que isso facilitará o diagnóstico e possibilitará que o tratamento comece o mais rápido possível.

Outros Sintomas da Labirintite São:

  • Sensação de pressão dentro do ouvido;
  • Zumbidos no ouvido;
  • Líquido ou secreções saindo do ouvido;
  • Diminuição da audição;
  • Dor de cabeça;
  • Enjoos e vômito;
  • Febre acima de 38º C;
  • Diminuição do equilíbrio e tontura;
  • Queda de cabelo.

A intensidade de cada sintoma varia de organismo para organismo, além disso, os gatilhos para as crises de tontura também são diferentes para cada pessoa. Contudo, de modo geral, é recomendado que quem está passando por uma crise de tontura evite movimentos bruscos com a cabeça e busque ficar em repouso em local com pouca luminosidade e livre de barulhos.

Alguns pacientes que sofrem da problemática relatam: “Para que os sintomas melhorem é preciso sentar em um ambiente escuro, às vezes durante horas. A labirintite impossibilita qualquer ação, posto que a sensação de tontura, perda de visão ou visão turva e a ausência de noção de espaço são fortes”.

Eles também declaram que existem algumas situações e até alimentos que favorecem a ocorrência das crises: “Existem alguns gatilhos, como pressão baixa, alguns alimentos (feijão e banana em excesso) e situações que geram estresse emocional forte”.

IMPACTO NO COTIDIANO

Com isso, fica impossível prever quando ou mesmo a frequência com que a labirintite ocorrerá, gerando ainda mais incômodos para quem sofre com esse problema. O impacto no cotidiano é grande. “Já passei por situações constrangedoras quando cai ou quase cai...”, afirmam alguns pacientes, que hoje já estão mais habituados com as crises. “Consigo levar numa boa porque não é tão frequente, mas quando acontece é incapacitante. A única dica que posso dar para outras pessoas é sentar no escuro e tomar algum remédio”( Alguns exemplos de diálogos de pacientes com a problemática)

Alguns procedimentos caseiros podem amenizar os sintomas, como a ingestão de líquidos (água, chá ou sucos) e de alguns alimentos. Mas, eles não substituem a devida medicação.

Por isso, é importante lembrar que a medicação adequada e o tratamento para labirintite devem ser indicados por um otorrinolaringologista. A automedicação não deve ser feita, já que se trata de um problema que pode afetar diversas estruturas importantes responsáveis pela audição e pelo equilíbrio.

PERDA AUDITIVA AUMENTA EM 52% ISOLAMENTO SOCIAL

A CADA 10 DECIBÉIS DE PERDA AUDITIVA AUMENTA 52% RISCO DE ISOLAMENTO SOCIAL

A perda auditiva não tratada pode influenciar e muito no isolamento social. É o que indicou uma pesquisa da Universidade de Columbia Britânica, no Canadá, publicado na revista Ear and Hearing. Para cada queda de 10 decibéis na audição há um aumento de 52% no isolamento social principalmente no caso das pessoas com idade entre 60 e 69 anos.

Os problemas auditivos também afetam o cérebro. De acordo com a mesma pesquisa, a perda auditiva não identificada pode estar ligada a declínios cognitivos equivalentes a quase quatro anos de idade cronológica.

O resultado se assemelha muito ao de um estudo francês que já apontada que a perda auditiva acelera o declínio cognitivo. A boa notícia, no entanto, é que o uso de um aparelho auditivo pode ajudar a combater essa deterioração cerebral.

Como identificar a perda auditiva

Diagnosticar a perda auditiva logo no início pode ser um desafio e tanto porque nem sempre os sinais são claros. Tanto que a maioria das pessoas pode levar até 7 anos para buscar ajuda.

E quanto mais tempo se leva para tratar a perda, pior é o impacto. Entenda porque seu cérebro não pode esperar por um aparelho auditivo.

Alguns sinais estar relacionados com a perda auditiva:

  • Dor ou sensação de pressão constante no ouvido
  • Infecções de ouvido repetidas
  • Trauma no tímpano
  • Ter tido infecções como meningite ou caxumba
  • Tumores cerebrais
  • Sensação de zumbido no ouvido

Sinais de perda auditiva

  • Dificuldade para entender a fala das pessoas
  • Assistir TV ou ouvir rádio com o volume mais elevado que o habitual
  • Necessidade de pedir que as pessoas repitam o que disseram
  • Isolamento social
  • Depressão

passos para tratar sua perda auditiva

Se você acha que pode realmente estar com perda auditiva, confira passos que podem ajudar no tratamento:

Vá a um otorrinolaringologista – este especialista poderá examinar as estruturas do seu ouvido e identificar se realmente o seu problema auditivo está relacionado à perda auditiva. Ele poderá solicitar exames como a audiometria e indicar o uso dos aparelhos e encaminhá-lo para um fonoaudiólogo, que fará a adaptação dos aparelhos auditivos.

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Informe-se sobre a importância do tratamento – Informação é fundamental para que você possa compreender que a perda auditiva não é o fim do mundo e que, não, você não está sozinho. Milhares de pessoas no mundo todo usam as próteses e se beneficiam de todas as coisas boas que elas podem nos trazer. Tratamento da perda auditiva significa melhor qualidade de vida e vida mais fácil para você.

RONCO, APNEIA DO SONO E SUAS RELAÇÕES COM A PERDA AUDITIVA

O ronco passou a ser considerado um problema de saúde, visto que os pacientes roncadores procuram tratamento por diversos fatores, os quais, de acordo com o Consenso em Ronco e Apneia do Sono, vão desde os “(…) ruídos que interferem no sono do (a) companheiro (a), até outros sintomas”.

Um estudo publicado no Archives of Otolaryngology – Head & Neck Surgery estabeleceu uma relação entre a apneia do sono e a perda repentina da audição.

Por que roncamos?

Quando estamos dormindo os músculos das vias aéreas relaxam, não só eles, mas toda a musculatura do corpo, com isso o espaço por onde o ar passa fica reduzido. Ao passar por esse estreitamento, o ar faz tecido como o palato mole (céu da boca), a língua e as amídalas vibrarem, produzindo um ruído. É o famoso ronco.

Já a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma obstrução da passagem do ar, ou seja, há paradas na respiração. Frequentemente está associada ao ronco.

Sabe que a prevalência é no sexo masculino, a obesidade e o fator idade também contribuem para a alteração. O ronco habitualmente se associa com apneia. Fiquem atentos aos sintomas:

DIURNO: sonolência excessiva, perda de memória, falta de atenção, diminuição da concentração, baixa produtividade, diminuição da libido, impotência, cefaleia, cansaço ao acordar, agressividade, irritabilidade, ansiedade, depressão e amnésia retrógrada.

É importante citar que criança é diferente, problemas cardiovasculares e problemas comportamentais (como hiperatividade, agressividade e agitação), diminuição na concentração, hipersonolência diurna (em crianças mais velhas) e baixo aprendizado na escola.

NOTURNO: roncos, apneias, engasgos durante a noite, sufocação noturna, agitação, insônia, refluxogastroesofágico (acorda com azia, pigarro, sensação de bolo na garganta), sudorese noturna (pelo próprio estresse respiratório).

O diagnóstico da SAOS é realizado por meio da avaliação clínica e confirmado pelo estudo polissonográfico, ele é o método mais objetivo para a avaliação do sono e de suas variáveis fisiológicas, serve para quantificar e qualificar o sono da pessoa, importante para o controle da doença. Essa alteração atualmente é considerada um problema de saúde pública por causar aumento de acidentes de trânsito e trabalho, bem como, comprometimento cardiovascular, metabólicas, humor, cognição, AVC.

Um estudo realizado por Jau-Jiuan Sheu, MD, professor de neurologia do Hospital de Medicina de Taipei, em Taiwan, pesquisou a respeito da relação entre apneia do sono, à perda de audição súbita. Ele informou sobre as inúmeras possibilidades, uma delas seria que a apneia obstrutiva do sono e perda auditiva neurossensorial súbita podem estar associadas a um número de consequências cardiovasculares e metabólicas.

Está bem provado que a apneia do sono aumenta a pressão arterial. “A combinação desses fatores resulta em um aumento da doença cardiovascular, que pode resultar em insuficiência vascular cerebral que pode levar a perda auditiva”.

O sono é uma função, sendo muito importante para o fortalecimento do sistema imunológico, secreção e liberação de hormônios (hormônio do crescimento, insulina entre outros),memória, aprendizado,relaxamento e descanso da musculatura, ajuda a obter um melhor desempenho físico e mental.

O tratamento pode variar e deve ser orientado de acordo com cada caso, podendo ser: medicamentoso, cirúrgico, CPAP ( aparelho que fornece pressão contínua de ar), fonoaudiológico e/ou ortodôntico. Sendo que a terapia fonoaudiológica é indicada para roncos, apneias leves e moderadas. É importante que seja descartada obstruções nasais graves.

NOVEMBRO LARANJA

Durante todo o mês de Novembro é realizada a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, conhecida como Novembro Laranja. Em sua sexta edição, o Novembro Laranja quer chamar a atenção da população para o zumbido no ouvido, um problema que já atinge mais de 40 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Ganz Sanchez, e que vem crescendo dia após dia, chegando a atingir faixas etárias cada vez menores. O material de divulgação procura lembrar a importância da prevenção e do cuidado com a audição. Acesse e compartilhe: https://goo.gl/e3eWao.


USO DO APARELHO AUDITIVO

Muitos pacientes postergam o uso do aparelho auditivo “ao máximo”, usando-o somente quando não dá mais para aguentar o desconforto causado pela perda auditiva. Só que até isso acontecer, o cérebro ficou muito tempo privado de som. Por isso, quando o paciente coloca o aparelho, as dificuldades de adaptação são maiores. Se existe perda auditiva que seja protetizável, isto deve ser feito o mais breve possível. Os benefícios são incomparáveis em relação ao paciente que espera muito tempo.

Os aparelhos auditivos podem ser indicados para o tratamento de perdas auditivas de quaisquer intensidades ou causas. Diversos fatores são avaliados para a minuciosa indicação, tais como:

  • lateralidade acometida.
  • intensidade da perda.
  • tipo de curva da perda, pois existem perdas mais acentuadas em agudos ou graves, ou até perdas bastante irregulares em termos de frequência sonora.
  • avaliação do conduto auditivo.
  • se a busca para a correção da audição é por parte do paciente ou de familiares.

Também devem ser levados em consideração as dificuldades que o paciente enfrenta por causa da perda auditiva na sua rotina diária, entre elas:

  • nas conversas em ambientes silenciosos.
  • nas conversas em ambientes ruidosos.
  • quando existem muitas pessoas falando ao mesmo tempo.
  • se ouve, mas não entende.
  • dificuldade ao telefone.
  • isolamento social da família e amigos por não entender as conversas.
  • se mora só.
  • se tem zumbido interferindo e prejudicando a audição.
  • prejuízos no relacionamento social e atividades sociais.

Em caso de zumbido associado, o uso do aparelho auditivo é ainda mais indicado.

Você tem dificuldade para engolir os alimentos? Isto pode ser sinal de DISFAGIA!

Degustar um prato delicioso é sempre um dos maiores prazeres do ser humano. Apesar disso, esse prazer pode ser interrompido por um distúrbio de deglutição denominado Disfagia. Embora o termo seja ainda pouco conhecido pela maioria das pessoas, sua ocorrência pode ser muito comum. A disfagia é a dificuldade da passagem dos alimentos pelo trato digestivo (da boca ao estômago), podendo acarretar déficits nutricionais e de hidratação ao indivíduo, bem como o comprometimento de seu estado pulmonar, podendo culminar em pneumonias aspirativas.

Disfagia não é uma doença por si só, mas um sintoma de que alguma alteração pode estar ocorrendo, sendo imprescindível a orientação e tratamento adequados. Segundo Bastian (1991, apud Silva Netto, 2003), disfagia é a sensação de que sólidos ou líquidos não são deglutidos corretamente. Esses pacientes podem apresentar os seguintes sintomas: sensação de alimento parado na garganta e de corpo estranho na faringe; intolerância para alimentos líquidos ou sólidos; dor na laringofaringe e otalgia; tosse após alimentar-se; mudança de voz; perda de peso; pneumonia.

Além do envelhecimento das estruturas, o acidente vascular encefálico (derrame), traumatismo craniano, doenças neurológicas como Parkinson, Alzheimer, distrofias musculares e câncer de cabeça e pescoço podem causar disfagia.

O ato de deglutir ocorre aproximadamente 600 vezes por dia num homem adulto sadio (35 vezes por hora na vigília e 6 vezes por hora quando está dormindo).

Se você perceber que uma pessoa apresenta dificuldade ao engolir, sensação de algo parado na garganta, tosses ou engasgos frequentes causados por alimentos e/ou saliva, notar cansaço, febre, rouquidão ou restos de comida na boca após a alimentação, procure um fonoaudiólogo para uma avaliação.