O convidado para conversar conosco nesta semana foi Lucas Tikuna.
Lucas pertence à etnia Tikuna, do interior do Amazonas. Atualmente é estudante de Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas, antes disso, estudou na Escola Indígena Novo Porto Lima - AM.
Ele nos contará um pouco de sua trajetória enquanto estudante, sua chegada à universidade e seu encontro com a creche da DEdIC - Unicamp.
**Lucas Tikuna tem um canal no youtube com vários temas sobre a cultura Tikuna. Acesse:
https://www.youtube.com/channel/UCRuB7yOxMz1d8idQ2ahzLPA
Em nossa conversa sobre a participação política e social dos bebês e crianças na luta de classes, convidamos Elina Macedo.
Elina é Professora, doutora em Educação (Unicamp), mestra em Educação (USP), participa do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sociocultural (GEPEDISC - Culturas Infantis - UNICAMP), do Grupo de Pesquisas e do Centro de Estudos e Defesa da Infância (CEDIn).
As creches são fruto da incansável luta feminista, mas também guarda em sua história a participação presente e ativa de crianças pequenininhas em movimentos grevistas, passeatas, manifestações e até piquetes! Elas estavam e estão lá!!
Vamos falar sobre adultocentrismo, relações de gênero e a educação libertária como resistência ao sistema capitalista desde o nascimento.
Chega mais que vamos apertar as campainhas sem sair correndo!
com Isabela Kojin
Essa semana convidamos para a Conversa de Portão Isabela Kojin, que vem prosear sobre educação ambiental crítica e transformadora.
A Isa é gestora ambiental, membra do Laboratório de Educação e Política ambiental - Oca (Esalq/USP), da Escola Popular da Natureza e doutoranda do Programa Interinidades em Ecologia Aplicada (USP).
Falar sobre reciclagem e lixeiras coloridas já não é mais o suficiente numa escola, é preciso estar atento e por dentro das pautas dos ecomovimentos e bem viver.
Outros mundos são possíveis e podemos ir muito além do discurso sustentável!
Bora trocar?
Maria Carolina Ferraciolli
(CRP 06/152411).Abrimos os portões dessa semana para a Carol, que foi voluntária no Kibbutz Giva´t Oz, em Israel, onde trabalhou por dois anos como assistente de educação infantil na comunidade. Em nossa conversa, propõe um debate sobre a educação no Movimento Kibbutz, no passado e na atualidade, e sua relevância para pensar estruturas e práticas para a educação e o desenvolvimento infantil da criança enquanto ser social, político e de direitos na comunidade em que habita.
Maria Carolina Ferraciolli é formada em Línguistica pelo IEL/UNICAMP e Psicologia pela FFCLRP/USP. Atua como Psicóloga Educacional no CIRASE (Centro Integrado de Recursos de Aprendizagem e Saúde Escolar) em Sumaré e também atende como Psicóloga Clínica.
Peterson Rigato da Silva
Convidamos para prosear sobre docência masculina na educação infantil Peterson Rigato da Silva.
Diretor de uma Escola Municipal de educação infantil na cidade de Piracicaba-SP. Militante do FPEI e Doutorando em educação pela UNESP. Membro dos grupos de pesquisa IM@GO - UNESP e Gepedisc linha culturas infantis/ UNICAMP.
Chega em nossos portões convidando e provocando a todes sobre o tema. Falar sobre homens na educação infantil é também falar sobre silenciamento, esteriótipos de gênero, cuidado e preconceitos.
Um papo que coloca na agenda não só a formação docente na pequena Infância, mas a luta por uma educação feminista e emancipatória.
Gustavo Trevisan Salciotto
"Muitos me chamam pivete, Mas poucos me deram um apoio moral... Se eu pudesse eu não seria um problema social" cantarola Seu Jorge nos fones de Gustavo Trevisan Salciotto até chegar em nossos portões.
Gustavo Trevisan Salciotto é graduado em Psicologia pela PUC-Campinas e atua na política de assistência social, no município de Campinas/SP, desde 2014. Nesse tempo atuou como psicólogo, Orientador de Medida Socioeducatica de Liberdade Assistida e Educador Social. Atualmente, trabalha no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) com crianças e adolescentes de 06 à 14 anos, na região do Campo Belo, nesse mesmo município.
Quando a pergunta é "quem são os ´problemas´ na sala de aula", o que você estabelece como critério?
Gustavo vem compartilhar conosco suas vivências com crianças e adolescentes aos quais os portões estão sempre fechados.
Debater sobre quem "assiste" a liberdade e sobre o controle social da pobreza - contradições escancaradas e cotidianas. Além disso, comenta sobre casamento infantil, exploração, drogas, machismo, política de assistência e outros temas que não se conversam na sala de professores!
Griote Nilvanda Sena
Pega a cadeira, o café e vem pra calçada que no portão vai rolar uma prosa gostosa e solta com a griote Nilvanda Sena.
Natural de Goiânia, viveu desde os 2 aos 9 anos no sertão de Montes Altos-MA e dos 09 aos 13 anos na cidade de Imperatriz-MA.
Filha de lavradores nordestinos, sendo sua mãe de Araripina-PE e seu pai de Pedra Branca-CE
Uma trajetória que cruza e se torna referência de muitos caminhos.
Nil vem compartilhar conosco sua trajetória enquanto Mulher Griote, Dramaturga, Promotora Legal Popular, Culinarista, Capoeirista, Doula, Massoterapeuta Intuitiva, Instrutora de Lian Gong e Movimento Vital Expressivo, Graduanda em Pedagogia pela PUCC E Agente Comunitária de Saúde.
Uma trajetória de profundo autoquestionamento, construída e percebida por conversas de portão, Nil, que é do tipo arretada, cantadêra e dançadêra, uma lavadeira de almas, nos faz repensar, festejar e olhar para os nossos próprios caminhos.
Érika Cunha
O vento traz o sopro da saudade, neste que vem, Erika compartilha conosco seu processo de criação e de escrita dramatúrgica, pautada no contato direto com o cotidiano e com a construção de cenas na fronteira entre o real, o documental e o ativismo.
Erika Cunha é Doutora em Artes da Cena, pela Unicamp (2016). Bacharel em Interpretação Teatro/Artes Cênicas, USP (2006). Realizou o projeto de pós doutorado no Instituto de Artes da UNICAMP “Dramaturgias de Fronteira” (2020).
É atriz e pesquisadora do Grupo Matula Teatro desde 2011, atua em diversos espetáculos e intervenções.
Agora vem abrir os portões para nossa primeira conversa de 2021, nos questionando "O que muda na sua relação com o mundo quando uma criança que fala hassanya (um árabe clássico) passa pela sua vida e te convida a olhar o mundo com um novo olhar? o que queremos e para onde vamos com a nossa infância? Quais imaginários queremos e construímos com as crianças? Como elas reconstroem nossa relação com o mundo.
Além disso, nos rompe outras fronteiras ao trazer um debate sobre a CAUSA SAHARAUI e um breve percurso histórico e geopolítico da última colônia africana.
Airton Junior
Nesta última Conversa de Portão de 2020 convidamos Airton Junior para estarmos juntes.
Airton é Conselheiro Tutelar na cidade de Campinas-SP em sua terceira gestão. Membro da NFNB - Nova Frente Negra Brasileira, Adoráveis - Coletivo que discute Masculinidades, membro do MNU - Movimento Negro Unificado Campinas-SP. Mestrando pela Faculdade de Educação da Unicamp e Formado em Educação Física pela PUC - Campinas.
Já com nossas panelas pegando fogo depois de tantos encontros potentes que tivemos nestes portões, Airton chega com dois temas importantíssimos que nos atravessam de inúmeras formas: o racismo e a intolerância religiosa. Em nossos encontros abordamos gênero, corpo, gordofobia, descolonização e interseccionalidades, adultocentrismo, branquitude, feminismo, cultura da infância, violências, encarceramento e arte, e lembrando que "pequenes somos nós" diante da educação, esta última conversa é a possibilidade de aprender mais um cadim e praticar o Sankofa, que quer dizer “retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro”.
Aline Marques
Tá ouvindo a batucada? É Aline Marques chegando em nosso portão!
Aline é cearense, lá de Fortaleza. É batuqueira desde que se entende por gente, mas caminhou um bocado dentro da cultura popular brasileira... Lá na sua terra participou do Núcleo de Africanidades Cearense na Universidade Federal do Ceará, onde estudou ritmos de matriz africana. Foi vocalista e percussionista no grupo Samba de Rosas, no grupo Parahyba Kid e Cia Bate Palmas, fez parte do Maracatu Solar regido por Descartes Gadelha e, aqui em Campinas, faz parte do Samba de Yayá.
É educadora musical, arteterapeuta e filósofa licenciada pela Universidade Estadual do Ceará, mora em Campinas desde 2015, mas atua como educadora musical desde 2010 e se encanta pelo universo da música, da brincadeira e da infância. Ela estuda piano, flauta doce e percussão e vive buscando formações e inspirações com professores educadores brincantes do mundo inteiro... Nessa brincadeira de aprender, batucar, cantarolar e ensinar, já trabalhou em algumas escolas, projetos e oficinas na sua cidade natal, aqui em São Paulo e até na França!!
Na conversa de portão vamos ter um bate-papo sobre a realidade da educação musical dentro das instituições escolares e a sua contribuição no universo da educação infantil.
Márcia de Oliveira Soares
Márcia é ligada em despropósitos, gosta de carregar água na peneira e enche os vazios de peraltagem. Gosta também de refrigerante, muito. Quando dá pra ser de importante carrega a plaquinha que todo mundo vê, nela tá escrito "Formada em Pedagogia, especializada em educação de crianças e pedagogia da infância e cursando mestrado em Educação". Mas isso é chato de carregar! Bom mesmo é falar "Bá" e "Tchê", o que diz muito mais sobre ela.
A "Gaúcha" que ama sushi, vem conversar com a gente sobre os cegos de ouvido, ou a janela da escuta. Sobre ouvir além do óbvio as crianças e reconhecê-las como sujeites sociais plenes, capazes e dotades de subjetividades. E como as práticas pedagógicas que partem desta concepção buscam, por meio das narrativas infantis, orientar a autoformação de professores.
Gabriel Maciel Araújo
Chega devagarinho, pra uma prosa boa nosso querido Gabriel Maciel Araújo, especialista em brincar e tocar o terror. Ama dançar (todos os tipos, até as da batida da máquina de lavar), correr, pular, tocar, zuar e andar de bicicleta. Sua fruta preferida é banana, mas também gosta de tomar umas assistindo futebol. Pra se sentir grande, se graduou em Pedagogia pela Unicamp e foi estagiário na DEdIC até o final de 2019, tendo uma atuação admirável entre as crianças. Participou de coletivos de educação popular voltados a jovens e adultos e fez cursos de extensão sobre educação libertária.
Gabs se considera um eterno aprendiz, que busca conhecer de onde vem para saber para onde vai. E é sobre esse pisar miudinho que vamos conversar.
A Lei Menino Bernardo e os castigos físicos às crianças como fenômeno social
Fabíola Machado da Rosa
Nossa anfitriã abriu os portões pra conversar sobre sua pesquisa a respeito dos castigos físicos na infância.
"Todo mundo tem direito a uma infância que não precisa ser curada mais tarde"
Disciplina quer dizer conduta para o bem-estar, nada tem a ver com violência ou castigo.
A educação familiar ou institucional que se rege pela invasão ao corpo do outro carrega em si a herança mais cruel do colonialismo: a prática do poder pela tortura.
Do que trata a Lei Menino Bernardo? Qual a diferença entre autoridade e autoritarismo? Só um tapinha não dói? O que nós temos com isso?
Os sistemas socioeducativos aprisionam a educação?
Pilar Guimarães
Gaiolas rangendo, cadeados enguiçados, umidade, escuridão - o sol entra por diminutas frestas.
Portões enferrujados e janelas gradeadas: corpos interditos, mentes vilipendiadas.
Essa é a realidade vivida cotidianamente por adolescentes responsabilizados por atos infracionais, internados nas Unidades da Fundação Casa no Estado de São Paulo.
'Entrei preto e vou sair branco' - Cerca de 30 mil adolescentes estão em cumprimento de medidas socioeducativas no Brasil; incluindo aí os outros tipos de medida de responsabilização, como liberdade assistida e prestação de serviços à comunidade; desses, 96% são meninos, 61% negros e 57% estavam entre 16 e 17 anos, de acordo com dados do Sinase de 2015, publicados somente em 2018.
Por aí já se escancaram descaso e abandono, de jovens sagazes, brilhantes e rápidos na compreensão de que o sistema foi feito para dizimar.
O papo dessa semana no Conversas de Portão será com Pilar Guimarães, educadora social e militante feminista, que compartilhará experiências cambaleantes na tentativa de angariar fôlego no calabouço imposto a educadores e adolescentes que vivenciam um contexto já marcado pela desigualdade e exclusão.
Num sistema fadado ao fracasso, por se respaldar na punição como resposta, ousam lutar pela educação como prática da liberdade!
'Podem prender meu corpo, mas não meus pensamentos'.
Cíntia Cardoso
Nossa conversa será com Cíntia Cardoso, que vem compartilhar uma prosa sobre a branquitude (a identidade racial atribuída às pessoas brancas) como prática de poder expressa nas experiências educativo-pedagógicas da educação infantil. E, compreendendo como a identidade racial branca opera nesta construção relacional, encontrar caminhos para sair do lugar.
Kamylla dos Santos Rocha
Quem chega junto pra conversar é a Kamylla dos Santos Rocha, Professora de Educação Infantil no Departamento de Educação Infantil e Complementar da Unicamp, graduada em Pedagogia pela FE-Unicamp e Especialista pela em Educação de Crianças e pedagogia da Infância pela mesma universidade. Kamylla inicia uma série de conversas que faremos com o tema Família. Neste encontro conta sobre a chegada dos bebês e suas famílias no espaço do berçário, o acolhimento inicial e a perspectiva da luta feminista e dos movimentos sociais na década de 1970, no Brasil, pela Educação Infantil.
Ana Lúcia Goulart de Faria
A convidada da vez é a Prof. Dra. Ana Lúcia Goulart de faria. Membro do Fórum Paulista de Educação Infantil - FPEI, Professora da Faculdade de Educação da Unicamp e Coordenadora da linha Culturas infantis do GEPEDISC - Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sócio Cultural. Vamos bater um papo sobre as interseccionalidades de raça, gênero, idade e classe social no cotidiano da creche e como incluir esses olhares no trabalho pedagógico.
Adriely F. Quental
Renata R. Carpanetti
Fabíola M. da Rosa
Nossa terceira Conversa de Portão traz dessa vez um tema bem polemiquinho, porém necessário! Sem torta de climão: vamos conversar? Adriely Quental, professora de creche, pedagoga pela Faculdade de Educação da Unicamp e Especialista em Educação de Crianças e Pedagogia da Infância e Renata Ragazzo, professora de creche, pedagoga pela FE-Unicamp, ambas gordas, feministas, antirracistas, antiadultocêntricas e em descolonização, vão falar sobre Gordofobia na Infância, corpo ideal, gordofobia médica e como profes de creche podem contribuir com uma educação antigordofóbica.
Franciane Martins
Mantendo o tema corpo, convidamos Franciane Martins, Professora de Educação Infantil e Especialista em Educação de Crianças e Pedagogia da Infância. Nossa amiga Fran, colega de trabalho, de militância e de questionamentos, sucateira e brincante, compartilhará sua pesquisa sobre como o corpo adulte, o mobiliário e o ambiente ao redor podem ser potencializadores do brincar da criança.
Vivian Colella Esteves
Para escancarar os portões no mês da visibilidade lésbica, convidamos a educadora, militante e pesquisadora do GEPEDISC/Unicamp, Vivian Colella Esteves, para falar sobre vivências na educação infantil, e as interseccionalidades das relações de gênero, classe social, raça, idade, tamanho e deficiência nas culturas infantis.