Clínica

No atendimento clinico, cuidamos do ser no geral, elaboramos o diagnóstico, prevenção e tratamento das patologias que atingem o corpo humano.

Através da Dermatologia Clínica conseguimos diagnosticar as doenças dos anexos, como unhas, cabelos e mucosas (boca, lábios e genital).

Além disso, na consulta clínica trabalhamos a análise da história do paciente através de uma anamnese detalhada e exame físico.

Também pode-se lançar mão de artifícios, como a dermatoscopia manual - exame que permite ampliar lesões suspeitas (por ex, pintas), a fim de se visualizar estruturas profundas - o que aumenta a exatidão do diagnóstico e ajuda o médico a priorizar as lesões que precisam ser removidas.

PATOLOGIAS CLÍNICAS

ACNE

Doença inflamatória, dependente de hormônios sexuais e por isso, mais comum após a puberdade, mas pode vim a aparecer na idade adulta, especialmente em mulheres. As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido à 3 fatores:

  • Aumento da secreção sebácea;

  • Estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos);

  • Proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o mais comum.

O tratamento desta condição depende da gravidade do quadro, e deve ser iniciado por um profissional habilitado o mais precocemente possível a fim de se evitar prováveis sequelas, como as cicatrizes.

ROSÁCEA

Doença de caráter inflamatório e crônico caracterizada por vermelhidão centro-facial ( nariz, bochechas, queixo ) acompanhada por vasos dilatados que com a progressão evoluem para lesões semelhantes à acne em mulheres de pele clara, acima de 30 anos. A rosácea é muito influenciada por fatores como:

  • sol;

  • salor (exercícios físicos, sauna e fogão);

  • frio;

  • bebidas alcoólicas;

  • bebidas quentes (chá e café);

  • alimentos picantes;

  • estresse;

  • alterações hormonais;

  • cosméticos (ácidos, corticoides e sabonetes abrasivos).

Embora não tenha cura, o tratamento inclui o uso de filtros físicos, tópicos antibacterianos, anti-inflamatórios e medicamentos via oral, nos casos de maior gravidade.

DERMATITE ATÓPICA

Doença de caráter genético, associada comumente a rinite e bronquite alérgica de início na infância, que manifesta-se por coceira geralmente em áreas de dobras, nos extremos de temperatura (no calor, devido ao suor e no frio, pelo ressecamento da pele). Por seu caráter crônico e recidivante, os cuidados com o banho e a hidratação generosa da pele são fundamentais no tratamento.

Em alguns casos, é necessária a introdução de tópicos à base de corticosteroides para alívio dos sintomas e medicações sistêmicas antialérgicas, antibióticas ou imunossupressoras para controle da inflamação. O tratamento da dermatite atópica depende de cada caso e deve ser conduzido por um médico dermatologista.

DERMATITE SEBORRÉIA

Dermatite inflamatória, não contagiosa, que ocorre em áreas com maior quantidade de glândulas sebáceas, como couro cabeludo, face, orelhas, tórax e dorso. Caracteriza-se por placas avermelhadas, descamativas e pruriginosas que aparecem no inverno, em situações de estresse, após consumo de alimentos gordurosos ou de bebida alcoólica.

Tem caráter crônico, com 2 picos de incidência: antes do 1.o ano de vida e após a puberdade. O tratamento pode ser feito com xampus, cremes ou loções à base de corticóide e/ou antifúngicos e os inibidores de calcineurina, mais recentemente.

PSORÍASE

Doença inflamatória crônica, hereditária, não contagiosa, que pode acometer a pele, couro cabeludo, articulações e unhas. Se dá pelo encurtamento do ciclo celular que aumenta em média 28 vezes a produção das células da epiderme levando ao acúmulo de escamas. Atualmente sabe-se que a psoríase está associada a síndrome metabólica (obesidade, alteração dos lipídios, pressão alta e resistência à insulina) e a maior incidência de doenças do coração, daí a importância de tratá-la.

O tratamento deve ser feito por um dermatologista e varia de acordo com a localização, extensão e idade do paciente. Inclui desde a exposição solar controlada e emolientes até o uso de pomadas tópicas, medicações via oral, injetáveis e fototerapia.

FOLICULITE

Infecção bacteriana que se inicia nos folículos pilosos (pelos), comumente pelo ato de depilar, principalmente na área da barba, virilhas e pernas. Muitas vezes há melhora espontânea, mas casos mais graves necessitam de tratamentos específicos com loções antibióticas prescritas por um dermatologista. Para evitar os pelos encravados que levam à foliculite recomenda-se: hidratar antes e após a depilação, esfoliar a pele 2 dias antes de depilar, usar água morna ao depilar-se e ao depilar-se, fazê-lo no sentido do crescimento do pelo.

A depilação a laser, feita nos locais onde ocorrem os pelos encravados é o melhor tratamento disponível, porque elimina permanentemente os pelos, que são a causa do problema.

MICOSES

Uma das patologias mais frequentes em consultório, as micoses ou tinhas, são infecções causadas por fungos que podem acometer as unhas, o couro cabeludo e a pele. Fatores como calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo período podem alterar o equilíbrio da flora e facilitar a reprodução destes fungos, que passam a causar a doença. A escolha do tratamento depende da localização e da extensão da doença, da idade e de fatores individuais como comorbidades e alterações hepáticas que contra-indiquem o tratamento via oral.

HERPES

Infecção pelo vírus HSV, muito comum e recorrente na população. Estima-se que 90% da população tenha tido contato com o vírus na infância, sendo que, em caso de queda da imunidade, esse vírus volta a se replicar e a produzir lesões. O sintomas típicos são ardência e coceira, seguidos do aparecimento de pequenas bolhas de água, geralmente ao redor dos lábios, nariz, genitais, nádegas. Não tem cura, porém em casos de mais de 4 episódios por ano, é recomendado o uso de antivirais no início dos sintomas e, mais recentemente, a profilaxia com L-lisina.