ESCOLA ARTESANAL
escola artesanal (1955-1963)
A primeira escola profissionalizante de Ipaussu/Sp foi denominada Escola Artesanal, baseada na Lei nº 77 de 23/02/48 foi implantada em 20/09/1955 em local adaptado próximo a rodoviária, na Rua Luiz de Souza Coelho, 133 – Centro.
Com um total de 44 Escolas Artesanais no Estado de São Paulo, sob o comando do Governador Adhemar R. de Barros, o decreto viabilizou a criação dos “Cursos Práticos” do ensino profissional no interior do Estado de São Paulo, esse foi início da Educação Profissional em Ipaussu/SP.
A Escola Artesanal teve seu auge entre os anos de 1955 a 1963.
Os cursos ofertados eram específicos para formação do homem como provedor e da mulher como dona de casa. Os cursos masculinos profissionalizantes visavam a preparação rápida para atender o mundo do trabalho e as necessidades emergenciais.
DIRETORES
1955 Ruy Gonçalves de Oliveira
1956 José Carlos C. Marins
1957 Aylton Antonio Nunes
1958-1960 Paulo Eduardo Tabóya
1961-1962 Lima (sem registro)
CURSOS OFERTADOS
Mecânica de Máquinas (somente para homens)
Curso extra Mecânica e Torneiros
Educação Doméstica (somente para mulheres)
Curso extra em horário alternativo: Decoração do Lar
ESTRUTURA DOS CURSOS
Os cursos iniciais eram oferecidos aos alunos adolescentes;
Disciplinas: divididos em Cultura Geral (Língua Portuguesa e Matemática) e Cultura Técnica (disciplinas específicas);
Períodos os cursos iniciavam no mês de março e finalizavam em outubro, com pausa em julho;
Eram divididos em 1ª e 2ª séries, com oferta de vagas para o período diurno e noturno.
Curso Ordinário de Mecânica de Máquinas e o Curso Extraordinário da seção Mecânica / Torneiros, apresentam no prontuário as mesmas disciplinas (Cultura Geral: Matemática, Português, Ciências Físicas Naturais) e Cultura Técnica (Desenho, Tecnologia e Ajustagem (oficina)).
Fonte: elaborado com base no prontuário dos alunos da Escola Artesanal
Prontuário Masculino - Mecânica 1956 (frente)
Fonte: Acervo Etec Ipaussu
Prontuário Masculino - Mecânica 1956 (verso)
Fonte: Acervo Etec Ipaussu
Critérios para aprovação nos cursos feminino/masculino (1955-1963)
1º Poderão prestar exames finais em 1ª época, os alunos que tenham 75% de frequência, das aulas previstas em lei e tenham obtido média, no mínimo, igual a 40 como resultado dos exercícios escolares e do primeiro exame, em quaisquer dos grupos de disciplinas.
2º Poderão prestar exames finais em 2ª época:
a) Os alunos que tiverem 50% de frequência das aulas previstas em lei excluídas as disciplinas de Cultura Técnica, que exijam prática de oficina ou laboratório;
b) Não compareçam em 1ª por motivo de força maior;
c) Não tenham sido reprovados, em disciplina que exija prática de oficina ou laboratório;
3º Será considerado inabilitado, não podendo prestar, nenhum exame final, quer em 1ª ou 2ª época, o aluno que:
a) Faltar a mais de 25% em disciplinas que exijam prática de oficina de laboratório.
b) Faltar a mais de 50% em qualquer disciplina.
c) Não alcançar média condicional 40 nos grupos de Cultura Técnica ou Geral.
Fonte: elaborado com base no prontuário dos alunos da Escola Artesanal
Primeira turma feminina da Escola Artesanal
Fonte: Viva Ipaussu
Critérios para aprovação no curso de Educação Doméstica (1958)
1- A nota de oficina, será a média das notas obtidas nos estágios de: Corte, Costura, Bordados.
2- A nota de Economia Doméstica será a média das notas obtidas em: Arte, Culinária, Puericultura, Enfermagem. Aproveitamento de Quintais e Artes Domésticas;
3- A média condicional é igual a média mensal, mais a nota da primeira prova parcial dividido por dois;
4- O exame final para cada disciplina será composto por duas partes: a primeira escrita, gráfica ou prática e a segunda oral;
5-Considera-se habilidade, para efeito de promoção ou conclusão do Curso, o aluno que houver obtido nos grupos das disciplinas de Cultura Geral e de Cultura Técnica nota global 50 pelo menos e a nota final 40, pelo menos, em cada uma das disciplinas. (a nota poderia chegar a 100, eram considerados os décimos);
6- A nota final de cada disciplina será a média aritmética das notas: média mensal, 1º parcial e exame final;
7- A nota de C. T. será a média das notas de Oficina, Desenho, Tecnologia e Economia Doméstica.
Fonte: elaborado com base no prontuário das alunas da Escola Artesanal, grifos da autora.
Prontuário Feminino - Educação Doméstica 1958 (frente)
Fonte: Acervo Etec Ipaussu
Prontuário Feminino - Educação Doméstica 1958 (verso)
Fonte: Acervo Etec Ipaussu
Banda Marcia da Escola Artesanal
Fonte: Viva Ipaussu
Prontuário masculino - Curso Mecânica de Máquinas -1958 (frente)
Acervo: Etec Ipaussu
Prontuário masculino - Curso Mecânica de Máquinas - 1958 (verso)
Acervo: Etec Ipaussu
Solenidade com autoridades locais
Fonte: Acervo Etec Ipaussu
Preparação para o aniversário da cidade
Fonte: Viva Ipaussu
Fonte: Acervo Etec Ipaussu
Requerimento para realizar o exame de admissão obrigatório para matrícula. (1957)
De 1942 a 1946 ocorreu a “Reforma Capanema”, com ela o ensino profissional passou a ser de nível médio, para conseguir o acesso nas escolas industriais era necessário a aprovação no exame admissional. Com Decreto nº 4.127/42, de 25 de fevereiro “Escolas de Aprendizes e Artífices em Escolas Industriais e Técnicas, passam a oferecer a formação profissional em nível equivalente ao do secundário.” A constituição de cursos foi dividida em dois níveis, compreendendo várias especialidades. Os estudantes do curso profissionalizante poderiam prestar um exame de adaptação, se demonstrassem domínio das ciências, das humanidades e das letras, desta forma poderiam dar continuidade aos estudos. (BRASIL-MEC, 2009, p. 4)
Fonte: Acervo Etec Ipaussu
Atestado de Saúde/vacinação obrigatório para efetivar matrícula - 1959
Com a Reforma nº 5.692/71 o ensino de “segundo grau” ou “ensino médio”, como é referenciado atualmente, deveria direcionar o aluno a uma habilitação profissional técnica ou, ao menos, de auxiliar técnico (habilitação parcial). O discente ao final do curso deveria apresentar aptidões para ingressar no mundo do trabalho. A exigência do exame admissional para acesso ao ensino superior é extinta. (FRANÇA; SCHIEDECK, 2021, p. 90)
Fonte: Acervo Etec Ipaussu
Requerimento para realizar matrícula, após aprovação no exame de admissão.
Com a Reforma nº 5.692/71 o ensino de “segundo grau” ou “ensino médio”, como é referenciado atualmente, deveria direcionar o aluno a uma habilitação profissional técnica ou, ao menos, de auxiliar técnico (habilitação parcial). O discente ao final do curso deveria apresentar aptidões para ingressar no mundo do trabalho. A exigência do exame admissional para acesso ao ensino superior é extinta. (FRANÇA; SCHIEDECK, 2021, p. 90)