A ocorrência em questão tratava-se de um acidente de trânsito entre um carro e um caminhão na BR-282, com uma pessoa presa em ferragens. Somente alguns dias depois, em 2 de fevereiro daquele ano, por meio do Decreto Estadual nº 2.966, é que foi oficialmente criado e ativado o Batalhão de Operações Aéreas (BOA), com sede em Florianópolis.  À bordo da aeronave estavam oficiais pilotos e praças tripulantes do CBMSC, bem como médicos e enfermeiros de voo do SAMU.

Após uma campanha junto a comunidade e autoridades, o "Arcanjo-01" permaneceu em operação com a aeronave locada. Contudo, somente em março de 2012, o helicóptero locado foi substituído por uma aeronave adquirida com recursos do estado, sendo então incorporado ao seu patrimônio e de todos os catarinenses.

A logística do transporte aeromédico com o uso das aeronaves de asa fixa foi uma das formas de otimizar os recursos públicos, aumentando a sobrevida humana e favorecendo, inclusive, a disponibilidade de utilização dos leitos de UTIs disponíveis nos hospitais do estado. Ao longo dos anos, os aviões vem sendo utilizados em missões de transporte aeromédico, transporte de equipes médicas para captação e transporte de órgãos, monitoramento ambiental, transporte de tropa e de equipamentos da Força-Tarefa do CBMSC, e apoio aos diversos órgãos públicos.

Contudo, com a sensibilização da população, de empresários e de autoridades da região, a campanha #ficaarcanjo mobilizou as redes sociais, na tentativa de conseguir a permanência definitiva do helicóptero de resgate na cidade. Felizmente, o governador do estado à época, Raimundo Colombo, anunciou que a aeronave ficaria definitivamente em Blumenau para realizar atendimentos em todo o Vale do Itajaí, a partir de quando a base de Blumenau passou a atender as regiões do Vale do Itajaí, Litoral Norte e Planalto Norte Catarinense, com o helicóptero "Arcanjo-03", agora um aeronave adquirida pelo governo do estado e também integrada ao patrimônio da instituição.

O incremento da família "Arcanjo" com esta aeronave trouxe novos ares principalmente ao transporte aeromédico, visto que permitia transportar um acompanhante do paciente, garantindo um atendimento mais humanizado. Além disso, o transporte passou a ser mais rápido e seguro, dispondo esta aeronave de espaço suficiente para o adequado trabalho da equipe médica, garantindo mais conforto e agilidade para as operações aeromédicas.

A parceria que existe com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) há mais de 14 anos para a realização do Suporte Avançado da Vida com o uso das aeronaves para atender a população atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) vem produzindo bons resultados. Até meados de outubro de 2023, cerca de 15.000 missões já foram executadas desde a fundação do BOA, uma marca expressiva para o CBMSC, para a saúde e para a aviação de resgate do estado.