Formados em 1994, os Baby Jane gravaram “História de Um Vinho Azedo”, o seu último trabalho de estúdio, em 2007, então compostos por Ricardo Pinto (voz), Ricardo Tomás (baixo e guitarra), João Graça (guitarra), Paulo Amaral (bateria) e Hugo Simões (guitarra). Ao longo dos anos, fizeram também parte da banda Rui Pina (baixo), Dálio Calado (baixo), Bruno Tomás (guitarra), Nuno Matias (voz), Rui Lisboa (bateria) e António Pereira (bateria). Colaboraram com a banda Mark Cain (saxofone), Tiago Rocha (bateria), Bernardo “Moisés” Rodrigues (teclas), José Carlos Pereira (voz), Pablo Banazol (baixo) e Patrícia Martins Navalho (voz). Nascida em pleno fulgor adolescente, num tempo explosivo para o rock nacional e internacional, a banda foi influenciada pelo que de melhor se fez na prolífica década de ’90, apostando em canções pungentes e lírica sincera, com riffs de guitarra ora poderosos, ora melódicos, inspirados nas suas referências nacionais e internacionais, situadas num largo espectro entre Pearl Jam e Xutos & Pontapés, ou Jorge Palma e Jimi Hendrix.
Os Baby Jane construíram um vasto currículo de mais de 200 concertos, o que se reafirma quando recordado o longínquo interesse da imprensa especializada e das rádios, bem como as conquistas consecutivas até à finalíssima do programa Reis do Estúdio, emitido pela RTP em 1998, ou ainda a participação no histórico Festival RTP da Canção no ano 2000. Foram mais de cinquenta as canções escritas ao longo de um percurso que culminou na gravação do EP nunca editado “História de Um Vinho Azedo”, que vê finalmente, em 2025, três das suas canções (“Italian Wool”, “Quero Mais” e “Dia Final”) chegarem ao público na forma de objecto artístico — uma realização significativa deste disco-livro, que lhe acrescenta profundidade. Os Baby Jane representam parte vital da jornada musical e criativa de Davi Reis. A inclusão destas três canções não só resgata a memória e o legado da banda, como também presta uma merecida homenagem à sua memorável trajetória, não apenas celebrando as canções de Davi Reis, mas preservando e honrando a contribuição artística coletiva que marcou a história da banda.