Interpretações

A Arte é uma forma de expressão e manifestação do ser ligada principalmente à sensibilidade e à imaginação.
A Arte sempre existiu, desde o tempo em que os homens habitavam cavernas e pintavam figuras nas rochas, mas com o passar do tempo surgiram outras maneiras de comunicar artisticamente.

Hoje considera-se que existem 11 tipos de Arte: música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura, cinema, fotografia, banda desenhada, jogos eletrónicos e arte digital.

O artista encontra na Arte uma forma de Expressão que depois é interpretada por cada um à sua própria maneira.

Foi pedido aos alunos do 11º E que dessem a sua visão de uma Obra de Arte à sua escolha. Uns escolheram a obra no campo da Pintura, outros no Cinema e outros na Música. Tudo arte de expressão e campo para a interpretação pessoal.

Aqui fica o registo de quatro leituras de Obras de Arte de diferentes formas de expressão.

Pintura

Dançarina em Frente à Janela.
Óleo sobre tela por Edgar Degas.1870.

Dançarina em frente à janela


Dançarina em frente à janela é um quadro de Edgar Degas. Este é conhecido como o “pintor das bailarinas”.

Neste quadro está representada apenas uma única bailarina. Completamente sozinha dança livremente em frente ao que parece ser um espelho e atrás da bailarina encontra-se uma enorme janela que nos mostra uma cidade.

Este quadro foi pintado com cores maioritariamente frias, pois a cor que mais sobressai é os vários tons de azul, apresentando a escuridão da noite. As pinceladas são livres, pois apesar das formas estarem perfeitamente visíveis conseguimos ver também a camada das pinceladas.

Eu escolhi falar deste quadro, porque dançar é a minha paixão e eu danço para mim, apesar de já ter estado presente em competições, agora a dança é a minha escapatória da realidade e é algo que eu gosto de chamar de meu, como a minha arte e o meu talento.

Inês Costa, 11º E

The Night Watch, Rembrandt, 1642, 4,37 x 3,63 m, pintura a óleo, Museu Nacional de Amesterdão, Países Baixos .

The Night Watch, de Rembrandt

The Night Watch, uma pintura a óleo de Rembrandt, é um dos grandes exemplos do que consistiu, não só a pintura, mas também de certa forma, a cultura Barroca.

O intimismo, a autêntica e eficaz utilização de jogos de claro-escuro ou luz-sombra, a captação do momento exato da ação, entre outras, eram características muito presentes na pintura Barroca e, por clara consequência, também estão, maioritariamente, presentes nesta obra.

Tematicamente, trata-se de um retrato coletivo, onde todos os indivíduos visíveis na composição pagaram, inclusive a mesma quantia de dinheiro, para estarem representados no quadro. Está evidenciada uma forte sensação de profundidade, com um exemplo na representação das estruturas arquitetónicas, que se encontram por detrás dos indivíduos, que também acentua uma sensação de espaço.

Nesta obra, ainda foi captado o momento exato da ação, como eventualmente foi já referido neste texto, momento este onde os guardas civis se preparam para entrar em movimento a fim de realizar a sua ronda. Por curiosidade, o nome desta pintura, e traduzindo-o para português, A Ronda da Noite ou A Ronda Noturna, encontra-se em incoerência com a realidade representada: o facto é que no momento da ação, está de dia, e isso é notório na abertura de uma possível porta pertencente ao espaço onde estas pessoas se encontram, que deixa entrar uma quantidade de luz natural que chega a iluminar três das figuras centrais.

Rembrandt, portanto, teve o cuidado de entre os mais variados aspetos bem assentes e característicos do Barroco, utilizar devidamente os jogos de claro-escuro ou luz-sombra, tanto como uma grande sensação de profundidade, a aproximação e inclusão do espectador na própria obra, onde podemos sentir que estamos mesmo na frente dos integrantes e, claramente, um forte realismo, acompanhado de um claro naturalismo, na representação do espaço e indivíduos envolvidos.

Escolhi esta obra como tema e objeto de estudo para este trabalho, uma vez que, para além do facto de gostar dos retratos da época do Barroco no geral, aprecio este em particular devido à grande autenticidade, ao nível técnico e formal presente, que em mim despertou maior atenção.

Bárbara Guerreiro nº4 11ºE

Cinema

Le Fabuleux Destin de Amélie Poulin

Escolhi Amélie, um filme francês de 2001, cujo realizador é Jean-Pierre Jeunet, como uma das minhas obras de arte favoritas, pois terá sido uma das primeiras e mais intensas experiências cinematográficas que tive e me tem acompanhado desde muito cedo.

O filme retrata a vida de uma jovem parisiense, que em consequência de a mãe ter falecido quando ela era ainda muito pequena e o seu pai ser muito distante, Amélie cresce sendo peculiar e diferente, sofre muito com a solidão e tem como principal objetivo encontrar um sentido para a sua vida. Encontrando na sua casa uma caixinha guardada pelo antigo proprietário, com “os seus bens mais valiosos” enquanto criança, Amélie parte numa missão de o encontrar. Após ter concluído o seu objetivo, e tendo aprendido uma valiosa lição, a protagonista continua a sua vida monótona, comunicando sempre com as mesmas pessoas, sendo que as mesmas são igualmente personagens um pouco excêntricas e complexas. Após vários anos a ajudar estes seus amigos a encontrarem a felicidade, parece que ninguém se importa com o seu próprio bem-estar. Mas algo muda na sua vida. É confrontada com uma nova pessoa, um novo sentimento, um novo objetivo.

Revelando diversas paisagens parisienses, o filme torna-se muito envolvente e curioso, juntamente com a sua maravilhosa banda sonora de Yann Tiersen que quase nos faz viajar para dentro deste fantástico filme.

É uma obra diferente das demais, pois para mim, ajuda-nos a sentir, compreendermos o papel da protagonista, representado por Audrey Tautou, com a qual me identifico bastante. Utilizando vários tons, principalmente o amarelo e o vermelho, o realizador transmite-nos diversas emoções, sendo muito bem sucedido no seu objetivo pois é precisamente o que acontece. Sentimos a tristeza, a alegria, a solidão… tal como as personagens.

Considerando ser um filme, cujo objetivo do realizador era expressar os seus sentimentos e através do qual o público conseguisse sentir o mesmo, ou seja, fosse contagiado, insiro esta obra de arte na teoria expressivista, do conjunto das teorias essencialistas.

Recomendo a sua visualização a qualquer pessoa que aprecie Paris, personagens peculiares e uma história diferente e intrigante. Resta apenas uma questão: será que Amélie encontrará a verdadeira felicidade assim como o objetivo da sua vida?

Helena Camacho, 11º E

Música

Someone like you

Esta música, do segundo álbum da cantora Adele, foi escolhida para este trabalho porque desde que foi lançada, sempre a ouvi por gostar da cantora, pela maneira como se consegue expressar através da música e particularmente pela sintonia que tem nos seus trabalhos para conseguir passar um cenário, como se esse estivesse a acontecer naquele exato momento em que ouço a música. Neste momento esta obra tem um impacto significativo na minha vida pois identifico-me com a letra.


A música foi composta após o término de um relacionamento da artista, passando um sentimento de tristeza e solidão. A composição musical aborda muito os temas da saudade, do desgosto amoroso e da facilidade de substituição de uma pessoa, um assunto muito comum na sociedade atual, que me deixa triste ao sabê-lo.


Considero que esta música se enquadra bem com este trabalho e se encaixa numa das teorias da arte, a teoria expressivista, tendo em conta o estado de espírito da cantora, os sentimentos que me faz sentir e as emoções que tinha a intenção de transmitir e de certa forma libertar.


Gonçalo Barros, nº10, 11ºE