História

Os vestígios da presença humana na região vêm de há milhares de anos, como comprovam vários achados. Um dos mais antigos é a Mamoa de Lamas, um monumento megalítico edificado no período Neolítico. No entanto, apenas se consegue provar a existência de aglomerados populacionais em Braga na Idade do Bronze. Caracterizam-se por fossas e cerâmicas encontradas em Alto da Cividade, local onde existiria uma povoação e por uma necrópole que terá existido na zona dos Granjinhos.

Na Idade do Ferro, desenvolveram-se os chamados "castros". Estes eram próprios de povoações que ocupavam locais altos do relevo. Os celtas eram os seus habitantes e, nesta região em particular, habitavam os Brácaros (em latim: Bracari), que dariam nome à cidade, após a sua fundação e os romanos terem forçado as populações descerem ao vale.

No decurso do século II a.C., a região foi percorrida pelas legiões romanas. Após a conquista definitiva do noroeste peninsular pelo imperador Augusto, esse manda edificar a cidade de Braga em 16 a.C., com a designação de Bracara Augusta, em homenagem a aliança entre o imperador romano Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.) e o povo indígena os Bracari. A cidade tornar-se-ia capital da província da Galécia e integraria os três conventos do Noroeste peninsular e parte do Convento de Clúnia, com uma população de aproximadamente 285 000 tributários livre nas 24 cividade no ano 25.

Desta época data também a criação do bispado de Bracara Augusta, segundo a lenda, São Pedro de Rates foi o primeiro bispo bracarense entre os anos 45 e 60, ordenado pelo apóstolo Santiago Maior que teria vindo da Terra Santa e foi martirizado quando convertia povos aderentes à religião romana no noroeste da Península Ibérica. Mas, só no ano 385 é que o papa Sirício faz referência à metropolitana de Bracara Augusta.

Após a Queda do Império Romano do Ocidente, Bracara Augusta tornou-se na capital política e intelectual do Reino Suevo que englobava a extinta região da Galécia (hoje Galiza, norte de Portugal, parte das Astúrias e das províncias de Leão e Zamora, e se prolongava até ao rio Tejo. Por ordem do rei Ariamiro foi realizado o concílio de Braga, entre 1 de Maio de 561 a 563, tendo sido presidido por Lucrécio, bispo titular de Bracara. Seguido em 572, no reino de Miro, pelo segundo concílio de Braga, presidido por São Martinho de Dume, bispo de Dume e de Braga. Destes concílios resultaram grandes reformas, principalmente no mundo eclesiástico e linguístico, destacando-se a criação do ritual bracarense e a abolição de elementos linguísticos pagãos, como os dias da semana Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, por Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies, donde derivam os modernos dias em língua portuguesa e galega. Posteriormente, com o declínio do povo Suevo (o antigo Reino da Galiza), foi dominada pelo Reino Visigótico durante 130 anos.