Unidos pela ciência, pela terra e pela diversidade
Pela proteção das culturas sensíveis e da mata nativa frente à ameaça da deriva de herbicidas hormonais
A Aliança pela Fruticultura Gaúcha surgiu da união de produtores, técnicos, pesquisadores e entidades que compartilham um mesmo objetivo: defender o direito de produzir com segurança, responsabilidade e diversidade no campo.
Somos produtores de uvas, olivas, nogueiras e tantas outras culturas. Muitos de nós também cultivamos soja e outros grãos. E todos dependemos das matas nativas para manter o equilíbrio do ecossistema.
Não estamos contra o agronegócio, nem contra nenhuma cultura.
Reconhecemos a importância econômica e social da agricultura brasileira, em especial a produção de grãos, mas sabemos que o desenvolvimento do campo depende da diversidade de sistemas produtivos.
O que nos une não é uma oposição a uma cultura ou a uma tecnologia, mas sim a defesa de um modelo agrícola que permita a convivência entre diferentes cultivos, com responsabilidade técnica e respeito mútuo.
Nosso foco é a deriva dos herbicidas hormonais, um fenômeno invisível que, mesmo em doses ínfimas, vem causando danos severos e recorrentes a culturas sensíveis e à vegetação nativa em diversas regiões do Rio Grande do Sul.
Embora existam normas para tentar limitar esse risco, como a Instrução Normativa nº 5/2019, os danos persistem. Mesmo quando aplicados de acordo com as regras, os herbicidas hormonais apresentam alto risco de deriva e capacidade de dispersão a longas distâncias, tornando muito difícil garantir a segurança de cultivos vizinhos.
Na prática, a convivência no campo não está sendo garantida. A fiscalização é limitada, os danos são invisíveis até se tornarem irreversíveis, e os produtores atingidos seguem desamparados.
Por isso, cresce entre os afetados a defesa da proibição desses produtos, não por ideologia, mas por uma constatação real: a tecnologia, tal como é usada hoje, não assegura a coexistência agrícola.
O debate não é sobre ser a favor ou contra determinada tecnologia. É sobre viabilidade: como garantir a continuidade da fruticultura e da diversidade agrícola se o risco de deriva persiste mesmo sob uso “correto”?
É preciso repensar o uso desses produtos , ou a própria possibilidade de coexistência estará ameaçada.
Acreditamos que a agricultura brasileira pode, e deve, buscar equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade, respeitando a diversidade de cultivos e os direitos de vizinhança no meio rural.
Conheça os materiais técnicos, relatos e documentos que fundamentam essa mobilização.
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