Neste estudo, procuramos entender o atual contexto da educação de surdos no Brasil, quais as propostas da política brasileira para com a inclusão educacional e como, de fato, se efetua a inclusão em sala de aula. A inclusão de pessoas surdas no contexto escolar requer mudanças nas atitudes e nas práticas, em especial, requer uma mudança no olhar para com as pessoas com deficiência e, efetivamente, uma mudança nas atitudes.
Dentre as barreiras mais difíceis de serem superadas, estão as atitudes para com as pessoas com deficiência. Para isso, é preciso desconstruir a ideia de que a pessoa surda é dependente, incapaz.
Lacerda (2006) afirma que o ouvinte se beneficia com a presença de um aluno surdo na sala de aula porque tem a oportunidade do convívio com o diferente, mas que, muitas vezes, o aluno surdo fica isolado em sala de aula.
Damazio (2007, p. 25) orienta que: “O trabalho pedagógico com alunos com surdez nas escolas comuns deve ser desenvolvido em um ambiente bilíngue, ou seja, em um espaço em que se utilize a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa”.
A realidade que se apresenta nas escolas que possuem alunos surdos inclusos é que o intérprete de Língua de Sinais é a única pessoa que sabe LIBRAS na escola e acaba sendo a pessoa com quem o aluno surdo interage durante o tempo em que passa na escola.
Em um segundo momento, discutimos sobre o novo profissional na inclusão educacional, o Tradutor/Intérprete da Língua de Sinais − TILS. Esse profissional atua na escola como uma ferramenta de acessibilidade do aluno surdo, em todas as suas relações no espaço escolar. Por fim, apresentamos e discutimos a respeito do professor surdo nas escolas, tanto nas escolas especiais como nas comuns. É fundamental que alunos surdos tenham adultos surdos como modelos de identidade e de cultura. A figura de professores surdos nas escolas comprova que o surdo é capaz de ter uma boa formação, bem como um trabalho na área da educação, assim como as demais pessoas.