ICHT 2023 RECIFE
Apresentação
A programação do ICHT 2023 contará também com atividades na cidade do Recife-PE, entre os dias 06 e 08 de novembro de 2023. Tal desdobramento do evento é fruto da parceria entre os idealizadores e organizadores das primeiras edições do ICHT (FAUUSP e a Universidade Jean Moulin/Lyon 3) e os colegas docentes-pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano da UFPE que vêm, desde 2019, colaborando com a realização do ICHT. Nesta 5a edição a realização do ICHT conta, ainda, com o apoio do SESC Casa Amarela, que sediará as atividades do evento, articulado ao projeto Entre-Ruas.
As atividades no Recife dão continuidade às discussões em torno das questões gerais trabalhadas no ICHT São Paulo, acerca dos Imaginários Urbanos, desenvolvendo-se, no entanto, de maneira independente da chamada de trabalhos realizada, bem como da apresentação dos trabalhos previamente selecionados, em formato de pôster, e das mesas-redondas, que ocorrerão em São Paulo.
Como o tema "O espacejar na cidade - imaginários urbanos e ambiências", a programação no Recife foca na realização de seis oficinas que acontecerão em territórios específicos do bairro de Casa Amarela. Com abordagens e procedimentos próprios, as oficinas serão realizadas simultaneamente, mas de maneira integrada, em torno das provocações e sensibilidades despertadas nas palestras de abertura e na apresentação dos resultados no encerramento.
A discussão sobre "O espacejar na cidade" contará com as palestras dos docentes-pesquisadores Isabelle Krzywkowski (Université Grenoble Alpes, França), Jean-Jacques Wunenburger (França), Lúcia Leitão (UFPE/Recife, Brasil) e Artur Rozestraten (FAUUSP, Brasil), todos palestrantes também no ICHT São Paulo.
Programação
6 | novembro | 2023
Manhã
9h: Recepção
Local: Teatro Capiba SESC Casa Amarela
10h às 12h: Palestras "O espacejar na cidade - imaginários urbanos e ambiências" com Isabelle Krzywkowski (Université Grenoble Alpes, França), Jean-Jacques Wunenburger (França), Lúcia Leitão (UFPE/Recife, Brasil) e Artur Rozestraten (FAUUSP, Brasil)
Local: Teatro Capiba SESC Casa Amarela
Almoço
Refeitório SESC Casa Amarela
Tarde
14h: Apresentação das oficinas para os participantes
Local: Teatro Capiba SESC Casa Amarela
15h30 às 17h30: Visita de Campo - Leitura do lugar
7 | novembro | 2023
Manhã
9h: Desenvolvimento das oficinas
Local: definido dentro do programa de cada oficina
Almoço
Livre, dentro do programa de cada oficina
Tarde
14h: Desenvolvimento dos produtos das oficinas
Local: definido dentro do programa de cada oficina
19h: Happy hour
8 | novembro | 2023
Manhã
9h: Apresentação dos produtos das oficinas
Encerramento com debate entre os participantes das oficinas convidados.
Local: Teatro Capiba SESC Casa Amarela
13h: Almoço de confraternização
Oficinas ofertadas
PROJETO ARQUIGRAFIA
Artur Rozestraten e Leandro Velloso
Artur Rozestraten e Leandro Velloso
Dias 06 a 08/11
15 vagas
Modalidade: oficina
Esta oficina propõe um percurso fotográfico a pé, de cerca de 2Km, no bairro da Casa Amarela.
Ao longo deste percurso a proposta é estabelecermos um diálogo entre:
a apreensão multisensorial direta dos lugares “abertos” (esquinas, praças, largos etc) e “fechados” (ruas “canaletas” e vias fechadas entre edifícios altos);
a apreensão de diferentes profundidades do entorno, as relações entre formas arquitetônicas e formas dos espaços urbanos;
a sondagem de imagens destes mesmos lugares disponíveis online, na Internet, via celulares.
O tensionamento entre um mundo sensível fotografável e um mundo já representado na Internet experiências pretende provocar a produção ativa de imagens fotográficas como interrogações, questionamentos, dúvidas e inquietações que possam ser compartilhadas na plataforma colaborativa Arquigrafia www.arquigrafia.org.br.
A reunião das imagens criadas no percurso resultará em um conjunto iconográfico a ser compartilhado com todos os participantes do ICHT 2023 no Recife para debate.
CARTOGRAFIAS DO COTIDIANO: OS INFRA-ORDINÁRIOS NA CASA AMARELA
Ricardo Luis Silva e Jessica de Souza Andrade - Estudio Ceda el paso
Ricardo Luis Silva e Jessica de Souza Andrade - Estudio Ceda el paso
Dias 06 a 08/11
20 vagas
Modalidade: oficina
A partir de proposta apresentada pelo escritor francês Georges Perec, no livro Tentativa de esgotamento de um local parisiense, a oficina pretende estabelecer com os participantes vários olhares e leituras possíveis sobre os infra-ordinários do bairro de Casa Amarela.
A vida cotidiana percebida, anotada e registrada num caderno de campo etnográfico coletivo. Cartografar o cotidiano, a passagem do tempo, o ordinário e insignificante, o espaço vivido: anotações, fotografias, croquis, decalques, gravações, mapas psicogeográficos, coleções de trapos, etc. Quais personagens, portas, esquinas, sons, diálogos, trabalhos, texturas, deslocamentos, animais, tempos, memórias, restos, rastros?
A oficina ocorrerá em cinco momentos:
1) 06/11 - manhã - Encontro para apresentação dos participantes, dos proponentes, explicação das atividades e indicação de referenciais teóricos e estéticos - atividade na sede do evento.
2) 06/11 - manhã e tarde - Processo de leituras cartográfico-etnográficos nas ruas do bairro.
3) 07/11 - manhã - Processo de leituras cartográfico-etnográficos nas ruas do bairro.
4) 07/11 - tarde - Reencontro na sede do evento para produção da cartografia-caderno de campo coletivo.
5) 08/11 - manhã - apresentação dos resultados, síntese das experiências e debate com demais participantes do evento.
Material necessário: resma de papel sulfite A4, resma de papel sulfite A3, 10 metros papel kraft 90cm largura, 5 tubos de cola bastão, 10 tesouras, 3 rolos fita adesiva pequena.
Material trazido pelos participantes: máquina fotográfica, material de desenho, impressão de fotografias, etc.
AMBIÊNCIAS (INVISÍVEIS) E IMAGENS (SENSÍVEIS): A EXPERIÊNCIA DO CAMINHAR FOTOGRÁFICO
Marília Farias e Clara Torres
Marília Farias e Clara Torres
Dias 06 a 08/11
15 vagas
Modalidade: oficina
Nesta oficina investigaremos a cidade a partir de nossos corpos caminhantes, utilizando a fotografia como uma espécie de gatilho que nos faz atentos, alertas e nos auxilia a construir imagens sensíveis. A ideia não é registrar algo que está posto/dito, mas produzir ou fazer emergir o invisível, aquilo que está no “entre”, na relação entre a cidade e nós mesmos.
Objetivos
- Apresentar para os participantes o caminhar fotográfico como uma ferramenta para apreender ambiências urbanas e construir narrativas contra-hegemônicas da cidade.
- Investigar essa ferramenta enquanto meio de aproximação e troca com os habitantes do lugar.
- Experimentar o processo coletivo da montagem a fim de criar uma narrativa não-linear entre as imagens construídas na rua.
Dinâmica da Oficina
Dia 1
Período da tarde: breve apresentação com provocações/direcionamentos + caminhada fotográfica pelo bairro.
Dia 2
Período da manhã: leitura e debate acerca das imagens produzidas.
Período da tarde: construção das montagens + debate de fechamento
Materiais/Recursos: caixa de som e projetor, papel Kraft grande, fotografias e textos impressos, tesoura, cola e canetinhas hidrocor.
LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO EM LABIRINTOS
Tacio Russo e Milla Serejo
Dias 06 a 08/11
15 vagas
Modalidade: oficina
A proposta do laboratório é construir junto um experimento onde aconteça uma ação-jogo na comunidade do Alto Santa Terezinha. A partir de uma análise do espaço público as pessoas participantes vivenciarão as técnicas de cartografia subjetiva, da performance e do lambe-lambe e serão convidadas a pensar em intervenções artísticas que possam traduzir as vivências observadas por cada indivíduo durante o Laboratório, as intervenções serão realizadas dentro do espaço público da comunidade do Alto Santa Terezinha.
A oficina acontecerá em 3 momentos sendo todos eles divididos em criação e produção dentro de um espaço e intervenção em locais externos dentro das comunidades.
Dia 1: Reconhecimento do espaço e criação a partir do território (tarde)
Dia 2: Criação a partir de discussão sobre o território e primeiras intervenções externas
Dia 3: Intervenções externas e fechamento
Material necessário: 5kg Cola Branca PVA - Papéis coloridos diversos - Canetas, tintas e marcadores - Catálogos e revistas
OS CINEMAS NO RECIFE: PROSPECÇÕES PARA A REABILITAÇÃO DE ÁREAS CENTRAIS
Bárbara Lino
Bárbara Lino
De 06/11 a 08/11
15 vagas
Modalidade: vivência/oficina
Associados historicamente ao processo de formação sócio territorial da cidade e chegando a um número de pelo menos 50 salas no Recife, os cinemas de rua ativaram caminhos e lógicas socioeconômicas tendo o território como infraestrutura, bem como influenciaram as sociabilidades e os modos de vida desse lugar, participando da formação da identidade local. Sua ascensão e seu declínio acompanharam o mesmo movimento dos centros em que se localizam, havendo permanecido não apenas algumas edificações do circuito no centro histórico, como também uma memória viva das experiências entre a população e esses cinemas, configurando-se como um circuito de interesse comum patrimonial. Nesse sentido, a oficina tem como proposta realizar uma expedição a pé pelo centro histórico da cidade para uma vivência no circuito dos cinemas no território onde os edifícios desses cinemas permaneceram, em funcionamento ou não, contextualizando-os social e historicamente, seguindo-se de uma atividade prática propositiva de ideação e prospecções a respeito da relação espacial e cultural desses equipamentos com seu entorno e suas potencialidades com a cidade, com o habitar e com o viver cotidiano, tendo em vista o interesse na reabilitação do território analisado, que é o centro do Recife.
Objetivos
Exercitar a percepção espacial do entorno dos equipamentos dos cinemas por meio da experienciação do circuito;
Analisar as dinâmicas sociais, econômicas e morfológicas do tecido urbano em que esses equipamentos permaneceram;
Identificar relações entre o edifício e as dinâmicas em seu entorno;
Prospectar usos e relações possíveis entre o edifício, enquanto equipamento cultural, e o seu entorno com vistas à reabilitação urbana.
Dinâmica da Oficina
Dia 1 - 06/11 - 14h
Apresentação do tema e contexto sócio territorial
Apresentação dos objetivos da oficina
Apresentação histórica do território
Apresentação da metodologia
Dia 2 - 07/11 - 9h
Visita de campo
Apresentação espacial do território
Vivência do território
Dia 2 - 07/11 - 14h
Relembrança dos objetivos e da metodologia
Divisão dos grupos de ideação
Produção dos diagnósticos/propostas
Dia 3 - 08/11 - 9h
Apresentação dos resultados
Considerações finais
Materiais/Recursos: caixa de som e projetor, papel Kraft grande, fita crepe, mapas impressos tamanho A3, fotografias e textos impressos, tesoura, cola e canetinhas hidrocor.
Inscrições
É possível participar do evento do Recife, mesmo que não compareça ao evento de São Paulo.
Para acompanhar o ICHT Recife é necessário se inscrever na oficina desejada (ver acima descrição das oficinas).
Inscrições - SYMPLA
https://www.sympla.com.br/icht2023---recife--v-coloquio-internacional---imaginario-construir-e-habitar-a-terra__2149249
Interessados em participar do evento deverão inscrever-se pelo Sympla. Inscrição feita diretamente para cada oficina: 15 vagas por oficina.
Valores:
Estudantes de Graduação: 50 reais
Estudantes de Pós-graduação: 100 reais
Profissionais e docentes: 150 reais
Email para contato - ICHT 2023 Recife
Sobre a região onde acontecerá o ICHT Recife
O ICHT 2023 Recife acontecerá entre os dias 6 e 8 de novembro de 2023. O território das atividades e oficinas é o bairro de Casa Amarela e o Alto Santa Terezinha, onde acontecem os seminários e as vivências propostas, com apoio estrutural do SESC.
O bairro de Casa Amarela localiza-se na zona norte do Recife onde, em meados do no século XVII, se originou a povoação do Arraial em torno do forte do Arraial Velho do Bom Jesus, atual Sítio da Trindade. Ao longo dos séculos, a localidade se consolidou como um bairro habitacional populoso, com um forte centro comercial e uma feira livre em torno do Mercado Público de Casa Amarela.
Grande parte do seu território corresponde a uma paisagem representativa de ocupação em morros, como o do Alto Santa Terezinha. Os bairros têm uma grande riqueza cultural, com forte tradição das manifestações religiosas e festividades da cultura popular.
Nas últimas décadas a morfologia e dinâmica de parte do bairro de Casa Amarela vem se modificando, devido a novos modelos habitacionais, especialmente os edifícios verticalizados que modificam a relação com a rua e com a vizinhança, tão característica da formação do bairro.
Nos mapas destacamos alguns lugares importantes do território no qual iremos nos aprofundar na experiência do ICHT Recife. Nele destacamos o SESC e o COMPAZ, edifícios de apoio estrutural do evento, e também o Mercado Público de Casa Amarela, o Sítio da Trindade e o Morro da Conceição.
Mercado Público de Casa Amarela. Autor desconhecido
Sítio da Trindade.
Autor desconhecido
Casarão do Sítio da Trindade.
Foto: Sol Pulquério/PCR
Escadaria do Morro da Conceição. Foto: Marília Farias.
Ruas de Casa Amarela.
Fonte: @casaamarelaeobairro
COMPAZ.
Foto: Andrea Rego Barros
Morro da Conceição.
Foto: Paulo Lopes/PCR
Escadaria do Morro da Conceição. Fonte: @casaamarelaeobairro
Morro da Conceição.
Fonte: Prefeitura da Cidade do Recife.