Dê as boas-vindas ao universo das ciências atmosféricas! Este campo estuda os processos na atmosfera terrestre e em outros corpos celestes, desempenhando um papel crucial na compreensão do clima e do tempo. Interdisciplinar por natureza, integra conhecimentos da física, química e biologia.
Assim como na astronomia e na geofísica, as ciências atmosféricas contam com a contribuição significativa de mulheres ao longo da história. Neste site, exploraremos as histórias inspiradoras de algumas dessas mulheres, destacando suas contribuições e impacto no campo científico.
Prepare-se para descobrir o fascinante mundo das ciências atmosféricas e as realizações das cientistas que ajudaram a moldá-lo.
Cientistas Atmosféricas que fizeram história...
Cientista americana do século XIX cujas contribuições para a meteorologia estão diretamente ligadas à compreensão do papel dos gases atmosféricos, especialmente o dióxido de carbono (CO2), no controle do clima.
Contribuições:
Em 1856, Foote conduziu uma série de experimentos inovadores para investigar como diferentes gases afetam a temperatura. Ela usou recipientes de vidro selados contendo água e diferentes gases, colocando-os sob a luz solar para simular o aquecimento da atmosfera. Foote descobriu que o ar aquecido pelo sol era significativamente mais quente quando continha dióxido de carbono, em comparação com outros gases como o oxigênio ou o nitrogênio.
Com base em suas observações, Foote foi a primeira a sugerir que as variações na quantidade de CO2 na atmosfera poderiam influenciar diretamente a temperatura da Terra. Ela propôs que o aumento da concentração de CO2 poderia levar a um aumento do calor retido na atmosfera, resultando em um efeito de estufa e um aumento da temperatura global.
Foi uma meteorologista americana, conhecida por suas contribuições significativas para o campo da meteorologia e, em particular, para o estudo das nuvens e dos processos atmosféricos relacionados.
Simpson foi uma das primeiras mulheres a obter um doutorado em meteorologia nos Estados Unidos, conquistando o título pela Universidade de Chicago em 1949. Ao longo de sua carreira, ela desempenhou papéis importantes em várias instituições de pesquisa e governamentais, incluindo o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA.
Contribuições:
Estudou a formação e evolução de nuvens, especialmente em relação aos ciclones tropicais.
Seu trabalho ajudou a melhorar nossa compreensão dos processos físicos que governam a dinâmica atmosférica em regiões tropicais, incluindo a formação de tempestades e furacões.
Contribuiu significativamente para o desenvolvimento e aprimoramento de modelos atmosféricos para previsão do tempo e estudos climáticos. Seus insights e pesquisas ajudaram a melhorar a precisão das previsões meteorológicas e a compreensão dos padrões climáticos globais.
Foi a primeira mulher a ser eleita presidente da Sociedade Meteorológica Americana.
Recebeu numerosos prêmios e honrarias por suas contribuições para a meteorologia, incluindo a Medalha Nacional de Ciências dos EUA, a maior honra científica concedida pelo governo dos Estados Unidos.
Meteorologista americana, conhecida por sua notável carreira na meteorologia e por ser a primeira mulher afro-americana a obter um diploma em meteorologia nos Estados Unidos.
Durante sua carreira, Bacon-Bercey trabalhou como meteorologista de televisão em várias emissoras, incluindo a KCRA-TV em Sacramento, Califórnia, e a WGR-TV em Buffalo, Nova York. Ela ganhou reconhecimento nacional como uma das primeiras meteorologistas femininas a aparecer regularmente na televisão, ajudando a abrir caminho para outras mulheres na profissão.
Contribuições:
Contribuiu para a comunidade meteorológica como educadora e pesquisadora.
Ela foi membro ativo da Sociedade Meteorológica Americana (AMS) e da National Weather Association (NWA), dedicando-se ao avanço da ciência meteorológica e à promoção da diversidade e inclusão na área.
Recebeu numerosos prêmios e honrarias por suas realizações notáveis, incluindo o Prêmio de Realização da AMS em 1972.
Eugenia Kalnay foi uma meteorologista argentina-americana conhecida por suas contribuições para a previsão numérica do tempo e a modelagem atmosférica.
Nascida em Buenos Aires, Kalnay graduou-se na Universidade de Buenos Aires e obteve seu doutorado em meteorologia na Universidade de Wisconsin-Madison.
Contribuições:
Sua pesquisa se concentra no desenvolvimento e aprimoramento de modelos matemáticos e computacionais para simular o comportamento da atmosfera e melhorar a precisão das previsões do tempo.
Desenvolvimento do primeiro modelo global de previsão numérica do tempo, que incorporava uma representação detalhada da atmosfera e suas interações dinâmicas. Esse modelo estabeleceu as bases para os modernos sistemas de previsão do tempo, permitindo previsões mais precisas em escalas globais e regionais.
Também é conhecida por seu trabalho na assimilação de dados, um processo pelo qual observações atmosféricas são combinadas com modelos numéricos para produzir previsões mais precisas.
Seus métodos inovadores de assimilação de dados têm sido amplamente adotados na comunidade meteorológica e têm contribuído significativamente para o avanço da previsão do tempo e da compreensão dos processos atmosféricos.
Nasceu em Chicago, Illinois, Estados Unidos, em 1956. Ela é uma cientista atmosférica renomada mundialmente.
Contribuições:
Liderou pesquisas que estabeleceram a conexão entre os compostos químicos clorofluorocarbonos (CFCs) e a destruição da camada de ozônio sobre a Antártica, fenômeno conhecido como o "Buraco na Camada de Ozônio".
Suas descobertas foram cruciais para o entendimento do impacto dos CFCs no meio ambiente e para a promoção de políticas globais de proteção da camada de ozônio, culminando no Protocolo de Montreal de 1987.
Fez importantes avanços no estudo das mudanças climáticas, particularmente em relação aos gases de efeito estufa e ao papel das nuvens na regulação do clima global.
Foi uma renomada cientista ambiental sul-africana, reconhecida por seu trabalho em adaptação climática e mitigação na África Subsaariana. Doutorada em Ciências Ambientais, dedicou sua carreira a combater os impactos das mudanças climáticas em comunidades vulneráveis.
Contribuições:
Fundadora da Black Women in Science (BWIS), ela promoveu a participação de mulheres negras nas ciências, oferecendo programas de apoio e mentoria.
Pesquisadora no Conselho de Pesquisa Científica e Industrial (CSIR) da África do Sul, focou em estratégias de adaptação climática para comunidades rurais.
Defensora de políticas ambientais inclusivas, colaborou com organizações internacionais para promover a sustentabilidade e a justiça climática. Seu legado continua a inspirar futuras gerações de cientistas e ativistas climáticos.
Meteorologistas Brasileiras
Meteorologista com sólida atuação em previsão do tempo, modelagem atmosférica e climatologia. Possui mestrado em Matemática Aplicada pelo IMPA e doutorado em Ciências Atmosféricas pela COPPE/UFRJ. Atuou por décadas como professora e pesquisadora na UFRJ, onde também exerceu importantes cargos administrativos. Atualmente é professora associada na UENF, coordenando o Programa de Pós-graduação em Clima e Energia. Sua carreira combina pesquisa, formação de meteorologistas e desenvolvimento de sistemas de previsão meteorológica em diversas regiões do Brasil.
Contribuições:
Presidiu a Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMET) de 2004 a 2008.
Coordenou projeto do CNPq que modernizou sistemas de previsão em 10 estados brasileiros.
Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Clima e Energia da UENF desde 2023.
Coordenou projetos de extensão voltados à educação climática ("Tempo de Aprender em Clima de Ensinar" e "Observadores do Tempo e do Clima") .
Meteorologista brasileira, conhecida por suas contribuições em ciências atmosféricas, especialmente no campo da modelagem climática e previsão do tempo.
Dias obteve seu doutorado em Meteorologia no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). Ela é professora titular aposentada do Departamento de Ciências Atmosféricas do IAG-USP e pesquisadora sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Contribuições:
Ela desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento e aprimoramento de modelos climáticos regionais e globais, especialmente focados na região da América do Sul.
Seu trabalho ajudou a melhorar a compreensão dos processos atmosféricos e climáticos na região e contribuiu para o avanço da previsão do tempo e da pesquisa climática.
Orientou inúmeros estudantes de graduação e pós-graduação ao longo de sua carreira e foi uma voz proeminente na defesa da pesquisa científica e da educação em ciências atmosféricas no país.
Recebeu vários prêmios e honrarias por suas realizações incluindo o Prêmio Adalberto Serra da Sociedade Brasileira de Meteorologia, a Comenda da Ordem do Mérito Científico do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação, o prémio _Outstanding Alumni Award_ da Colorado State University, e teve seu nome escolhido para nomear o Prêmio de Melhores Alunos de Pós-Graduação da Colorado State University.
É professora titular da USP e uma das principais especialistas em poluição atmosférica no Brasil. Formada em Física, com mestrado, doutorado e livre-docência pela USP, realizou pós-doutorado no California Institute of Technology (Caltech).
Atua com pesquisas sobre qualidade do ar, aerossóis atmosféricos e mudanças climáticas, combinando medidas em campo e modelagem computacional. É membro da Academia Brasileira de Ciências e participa de comitês científicos nacionais e internacionais sobre clima e meio ambiente.
Contribuições:
▪️ Pesquisa em química atmosférica, poluição do ar e mudanças climáticas.
▪️ Estudos sobre aerossóis, gases poluentes e gases de efeito estufa.
▪️ Modelagem de qualidade do ar e impacto dos poluentes na saúde e no ambiente urbano.
Meteorologista, doutora em Ciências Atmosféricas pela USP e Professora Titular da Universidade Federal do Pará (UFPA). Com uma carreira voltada à pesquisa e formação científica na região amazônica, coordena o Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da UFPA, um esforço interdisciplinar com o Museu Paraense Emílio Goeldi e a EMBRAPA.
Suas pesquisas focam nos impactos das mudanças no uso do solo e desmatamento sobre sistemas convectivos e a circulação atmosférica local. Também atua em iniciativas científicas colaborativas como o projeto MONAN, voltado à modelagem do Sistema Terrestre adaptada às realidades da América do Sul.
É meteorologista e pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com atuação destacada em clima espacial e modelagem atmosférica. Possui doutorado em Meteorologia pelo INPE, com doutorado sanduíche na Alemanha, e realizou pós-doutorados na França, no Brasil e no Laboratório China-Brasil de Clima Espacial.
Sua trajetória combina pesquisa avançada, docência e formação de profissionais para áreas estratégicas como clima espacial e meteorologia aeronáutica.