Bem-vindas (os) ao mundo da astronomia! Esta ciência, que estuda os corpos celestes e os fenômenos cósmicos, desvenda os segredos do universo e nosso lugar nele. Além de sua importância intrínseca, a astronomia tem conexões profundas com diversas disciplinas, como física, matemática e até filosofia.
É importante destacar que ao longo da história, várias mulheres contribuíram significativamente para a astronomia, apesar das barreiras enfrentadas.
Vamos explorar a histórias inspiradoras de algumas dessas mulheres excepcionais, cujas realizações desempenharam um papel crucial no avanço do conhecimento astronômico.
Prepare-se para descobrir o fascinante legado dessas mulheres na astronomia e como suas contribuições continuam a inspirar e influenciar o campo científico até hoje.
Mulheres que mudaram a História da Astronomia...
A astrônoma escocesa-americana nasceu em 1857 e superou grandes desafios como mulher na ciência em uma época de forte exclusão feminina. Começou como empregada doméstica na Escócia e, após se mudar para os EUA, foi contratada em 1879 pelo Observatório Harvard College como "computadora". Com o tempo, foi promovida a pesquisadora e curadora do banco de dados de estrelas variáveis.
Contribuições:
Catalogou mais de 10 mil estrelas em nove anos.
Descobriu 59 nebulosas, cerca de 310 estrelas variáveis e 10 novas.
Participou da criação de um sistema de classificação estelar baseado na quantidade de hidrogênio nos espectros.
Descobriu a Nebulosa Cabeça de Cavalo em 1888.
Foi uma astrônoma norte-americana do final do século XIX. Ela desempenhou um papel crucial na classificação estelar, refinando a escala de classificação de estrelas de Harvard e introduzindo melhorias que foram essenciais para compreender a composição química das estrelas. Maury focou especialmente nas estrelas binárias, contribuindo para a compreensão de suas propriedades físicas.
Contribuições:
Desenvolveu um sistema de classificação estelar baseado nas características espectrais das estrelas em 1897.
Sua obra mais famosa foi a análise espectroscópica da estrela binária Beta Lyrae, publicado em 1933
Suas análises de espectros estelares foram fundamentais para a compreensão da composição e evolução das estrelas.
Ela foi uma astrônoma americana fundamental para o desenvolvimento da classificação estelar moderna. Em colaboração com Edward Charles Pickering, criou o Esquema de Classificação de Harvard, baseado na temperatura e no tipo espectral das estrelas.
Contribuições:
Classificou manualmente cerca de 350 mil estrelas no Observatório Harvard College.
Descobriu 300 estrelas variáveis, cinco novas estrelas e uma estrela binária.
Elaborou uma bibliografia com cerca de 200 mil referências.
Conseguia classificar três estrelas por minuto apenas com a observação espectral e, com lentes, analisava estrelas de até nona magnitude, invisíveis a olho nu.
Desenvolveu o sistema de classificação estelar conhecido como "sequência de Cannon", , que ainda é amplamente utilizado.
Ela foi a primeira mulher a receber um título honorário de doutorado em astronomia pela Universidade de Groningen, na Holanda, em 1925.
Astrônoma norte-americana do início do século XX. Ela é mais conhecida por sua descoberta das relações periódicas em estrelas variáveis chamadas Cefeidas, que se tornaram fundamentais para medir distâncias astronômicas.
Contribuições:
Ela chefiou o departamento de fotometria fotográfica, analisando imagens para determinar a magnitude das estrelas. Identificou 1.777 estrelas variáveis nas Nuvens de Magalhães e, em 1912, confirmou a relação período-luminosidade das estrelas Cefeidas — mostrando que sua luminosidade é proporcional ao período de variação. Essa descoberta foi crucial para medir distâncias no universo.
Astrofísica britânica-americana nascida em 1900. Ela é conhecida por suas contribuições significativas para a compreensão da composição química das estrelas e por ter sido a primeira pessoa a propor que as estrelas principais são compostas principalmente de hidrogênio e hélio.
Contribuições:
Em sua tese de doutorado, ela foi a primeira a demonstrar que as estrelas são compostas principalmente de hidrogênio e hélio, contrariando a visão da época. Seu trabalho lançou as bases da astrofísica estelar moderna, embora só tenha sido plenamente reconhecido décadas depois. Em 1925, tornou-se a primeira mulher a obter um doutorado em astronomia em Harvard. Atuou como professora e pesquisadora na universidade, inspirando gerações de mulheres na ciência.
Astrônomas Brasileiras
Nascida em 1925, ela quebrou barreiras ao ingressar no Observatório Nacional em 1944, sendo a primeira mulher a trabalhar lá em seus mais de cem anos de história.
Contribuições:
Uma das primeiras mulheres a estudar engenharia no Brasil, sendo a única mulher de sua turma e uma das poucas da época a seguir e concluir o curso nessa área.
É considerada a primeira astrônoma profissional do Brasil.
Colaborou com o Bureau Internationale de l’Heure nos estudos da rotação da Terra.
Responsável pelas observações astronômicas que determinavam a Hora Legal Brasileira.
Criação do primeiro curso de graduação em Astronomia no país.
Astrofísica brasileira conhecida por suas pesquisas e contribuições significativas na área da astrofísica estelar e evolução química galáctica.
Contribuições:
Identificou algumas das estrelas mais antigas da Via Láctea, que têm uma idade estimada de 12,5 bilhões de anos.
Estudos relacionados à composição química de estrelas, nucleossíntese estelar, formação e evolução de galáxias.
É professora titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP).
Investiga análises espectroscópicas de estrelas, abundância de elementos químicos em diferentes regiões da Via Láctea e contribuições para o entendimento da formação e evolução do universo.
Ela se especializou nos estudos de estrelas e galáxias, investigando os elementos químicos presentes em várias populações estelares da Via Láctea e das Nuvens de Magalhães.
Desempenhado um papel importante na promoção da astronomia no Brasil, atuando como mentora e incentivando a participação de mulheres na ciência.
É uma das pioneiras da astronomia no Brasil. Formou-se em Física pela USP em 1965, fez mestrado na mesma instituição e obteve o doutorado em Astronomia pela Universidade de Paris VII, em 1973. Foi a primeira mulher a se tornar professora titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, em 1991. Reconhecida internacionalmente, trabalhou com temas como núcleos ativos de galáxias, quasares, nebulosas planetárias e regiões de formação estelar. Aposentada, segue atuando na divulgação científica por meio da literatura infantil.
Contribuições:
Pesquisa em galáxias, quasares, meio interestelar e mecanismos de emissão e absorção de energia.
Primeira mulher a se tornar professora titular do IAG/USP (1991).
Sócia fundadora da Sociedade Astronômica Brasileira.
Pesquisadora visitante em instituições como Observatoire de Paris-Meudon, ESO (Munique), Ohio State University, Royal Greenwich Observatory e outras.
Autora de livros infantis de divulgação científica, como O Rei Sol e seus súditos e Um passeio pela Via Láctea.
Astrofísica brasileira, conhecida por suas contribuições no campo da astronomia, especialmente em relação aos buracos negros supermassivos e às regiões centrais de galáxias. Ela é professora titular do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Contribuições:
Estudo da evolução dos buracos negros supermassivos, particularmente em galáxias ativas.
Pesquisa a formação e evolução de galáxias, a dinâmica dos núcleos galácticos e a interação entre buracos negros supermassivos e seu ambiente.
Publicou numerosos artigos em revistas científicas de alto impacto e participou ativamente de conferências e colaborações internacionais.
Recebeu várias honrarias ao longo de sua carreira acadêmica. Ela foi agraciada com o Prêmio L’Oréal-UNESCO para Mulheres na Ciência em 2001, em reconhecimento ao seu trabalho pioneiro no estudo de galáxias ativas.
Recebeu o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia em 2017, uma das mais altas honrarias concedidas no Brasil na área de ciência e tecnologia.
Astrônoma com sólida formação acadêmica pela UFRJ, USP e destacada atuação no Observatório Nacional. Especialista em pequenos corpos do Sistema Solar, desenvolve pesquisas sobre cometas, asteroides, suas propriedades físicas e evolução. Vice-presidente da União Astronômica Internacional e membro titular da Academia Brasileira de Ciências, sua carreira alia pesquisa científica de ponta com atuação institucional de grande impacto na astronomia nacional e internacional.
Contribuições:
Pesquisadora titular do Observatório Nacional (MCTI).
.Pesquisa em cometas, asteroides, fotometria e espectrometria de objetos do Sistema Solar.
Contribuições para a compreensão da formação e evolução do cinturão de asteroides.
Cientista, astrônoma, geóloga planetária, vulcanóloga e autora de diversos artigos científicos e livros brasileira que desempenha um papel destacado na exploração espacial.
Contribuições:
Durante seu doutorado, ela viajou extensivamente, visitando vulcões ativos e tornando-se membro da equipe de monitoramento de erupções vulcânicas do Reino Unido.
Devido ao seu trabalho em geologia e vulcanologia planetária no JPL/NASA, Rosaly teve um asteroide nomeado em sua homenagem, o 22454 Rosalylopes.
Tornou-se membro do projeto da sonda Galileo, onde identificou 71 vulcões ativos na superfície de Io, um dos satélites de Júpiter.
Cientista brasileira especializada em astrofísica extragaláctica e astronomia de altas energias. Duília tem sido uma defensora ativa da divulgação científica e do envolvimento das mulheres na ciência.
Contribuições:
É especialista no estudo de galáxias, supernovas e na evolução estelar.
Colabora com equipes da NASA desde 1997 e é uma das autoras das imagens das profundezas do universo capturadas pelo telescópio espacial Hubble nas missões das equipes HDF-S, GOODS, CANDELS e UVUDF.
Descoberta da Supernova SN 1997D, ocorrida no Chile em 14 de janeiro de 1997.
Participou da descoberta das Bolhas azuis, conhecidas como "orfanatos de estrelas" por serem locais onde ocorre a formação de estrelas fora das galáxias.
Em 2013, ela colaborou na descoberta da maior galáxia espiral do universo, conhecida como galáxia do Côndor (NGC 6872).
Conhecida por seu trabalho em educação e divulgação científica.
Participa ativamente de iniciativas para promover a astronomia entre o público geral e incentivar jovens a seguir carreiras científicas.
É professora titular da Universidade de São Paulo e uma das principais astrônomas brasileiras. Graduada em Física pela UFMG, concluiu mestrado e doutorado em Astronomia no Canadá e realizou pós-doutorado na França e no Chile. Atua no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP desde 1995, desenvolvendo pesquisas nas áreas de galáxias, grupos e aglomerados galácticos, além de instrumentação astronômica. Sua carreira é marcada pela excelência acadêmica e pela participação ativa em colaborações internacionais.
É uma astrofísica brasileira, doutora em Física pela USP e professora da Universidade Federal do Paraná. Nascida em Olímpia (SP), superou desafios sociais e foi a única aluna negra de sua turma na graduação. Ganhou destaque por suas pesquisas com galáxias starbursts e raios cósmicos, além de coordenar projetos que promovem a inclusão e o protagonismo feminino na ciência. Recebeu o Prêmio L’Oréal-Unesco-ABC Para Mulheres na Ciência em 2020.
Contribuições:
Pesquisa sobre galáxias starbursts e formação estelar intensae e estudos com raios cósmicos de altíssima energia.
Coordenação do projeto Física em Braile, voltado a estudantes com deficiência visual.
É uma astrofísica e cosmóloga brasileira, conhecida por suas contribuições significativas na área de astronomia de ondas gravitacionais. Ela é professora associada no Departamento de Física da Universidade de Michigan.
Possui um bacharelado em física pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e um doutorado em astronomia pela Universidade de São Paulo (USP).
Contribuições:
Um de seus principais focos de pesquisa é a detecção e estudo de eventos de ondas gravitacionais.
Tem desempenhado um papel fundamental em colaborações científicas internacionais, como a colaboração Dark Energy Survey (DES) e a LIGO-Virgo, que são responsáveis por algumas das descobertas mais importantes em astronomia moderna, incluindo a observação de fusões de buracos negros e estrelas de nêutrons.
Defensora ativa da diversidade e inclusão na ciência, esforçando-se para aumentar a participação de grupos sub-representados na física e astronomia.