A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
Capacitar o aluno a compreender a estrutura organizacional de um sistema de E-Learning.
Compreender as diversas modalidades do ensino a distância.
Compreender a ascensão e uso do M-Learning
Entender o papel estratégico das redes sociais.
Compreender os sistemas de tráfego na rede, métricas e comportamento dos algoritmos em redes sociais.
Entender os aspectos da Lei Geral de Proteção de Dados
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
Este vídeo apresenta o resumo do conteúdo abordado nesta unidade, clique e confira!
Parabéns a você que chegou em nossa terceira e última unidade.
TÓPICO 1
Plataformas de aprendizagem: a tecnologia da informação voltada à promoção do conhecimento
Estar atento às inovações ao mercado é fundamental. Por isso, promover ferramentas que permitam que as pessoas aprendam, também é um grande negócio. Você já fez algum curso on-line ou esse é seu primeiro?
Essa oportunidade de compartilhar conhecimento não se limita apenas as instituições de ensino. Empresas também fazem uso dessa tecnologia para o treinamento dos seus funcionários. Conheça algumas das vantagens:
Semelhante ao desenvolvimento de um software que possuem várias etapas, a implantação de uma plataforma LMS também acontece em etapas, não tão claras, pois algumas podem acontecer em paralelo. Todavia, com alguns marcos bem definidos, como: plano de implantação, criação do protótipo, implementação tecnologia e os testes finais.
Como você está acessando essa trilha? Por computador ou pelo celular? Essa pergunta é a base do nosso próximo tópico. Vamos lá!
TÓPICO 2
Mobile Learning
Conseguimos com nossos telefones, buscar informações sobre tudo e a todo tempo. Com base nessa praticidade descobriu-se uma nova forma de obter conhecimento, em pequenas doses. Como se pílulas, mas ao invés de serem de remédio, são de conhecimento, conheça mais:
A Pílula do Conhecimento (também conhecida como Pílula do Aprendizado) é definida por conteúdos completos e independentes com um curto tempo de duração. Ou seja, diferente do microlearning que é a estratégia de como passar o conteúdo de forma segmentada, a Pílula do Aprendizado é o próprio conteúdo. Veja a explicação completa e como as empresas estão se beneficiando dessa técnica:
Além dessas pequenas doses, uma maneira diferente de estimular a aprendizagem e o treinamento nas organizações, é a gamificação, você conhece? Veja um pouco mais sobre essa técnica:
Todavia, esses conceitos de pequenas doses de informação só são usados em universidades e empresas? Vamos dar o próximo passo e descobrir como as redes sociais, também entraram nessa.
TÓPICO 3
Redes Sociais: o lado mais pop dos sistemas de informação
Você já percebeu que depois que você pesquisa sobre um determinado produto, suas redes sociais ficam lotadas de propaganda desse produto?
Isso se deve aos algoritmos que são utilizados, conheça mais sobre essa técnica utilizada por muitas empresas:
Como funcionam os algoritmos das redes sociais?
Esses algoritmos são usados não só para compras, mas também para conteúdos que são mais relevantes ao seu perfil, veja como isso acontece aqui:
Isso pode gerar muita discussão, pois alguns podem dizer que estamos sendo influenciados, e outros que é melhor pois só vemos o que interessa. Daí surge o dilema das redes. Se você se interessou sobre o assunto, pesquise mais sobre o assunto, leia a mateira e tome a sua dose diária de conhecimento:
Você pode estar se perguntando, então sabem tudo ao meu respeito? Estou exposto? Como me proteger? Calma, a internet não é terra de ninguém!!
TÓPICO 4
Lei Geral de proteção de dados
A Lei Geral de Proteção de Dados nº 13.709 foi aprovada 2018 e entrou vigência a partir de 2020. Ela busca criar um cenário de segurança jurídica, e padronizar normas e práticas para prover proteção dos dados, ou melhor dos seus dados. Conheça mais sobre sua abrangência aqui:
Você já deve ter visto essa imagem, em algum site:
Significa que a página está pedindo o seu consentimento, para obter informações sobre a sua navegação.
Vamos conhecer dois termos bem importantes para você, em relação aos seus dados:
Dados Pessoais: o dado pessoal é aquele que permite, sozinho ou em conjunto com outros, a identificação de seu titular. Por meio dele, é possível descobrir nome, apelido, endereço de residência, e-mail, endereço IP, números de cartões e cookies. São dados que as empresas devem garantir proteção, sendo utilizados somente para os fins autorizados pelo dono desses dados.
Dados Sensíveis: a lei também visa a proteção dos dados sensíveis, que contêm características ainda mais reveladoras sobre uma pessoa. Alguns exemplos de dados sensíveis são: religião, etnia, sexo, posicionamento político, biometria, dados bancários e outras que permitam que um sistema ou ferramenta faça segmentação de grupos. Essas informações exigem um cuidado ainda maior da empresa que se dispõe a armazenar e fazer o tratamento.
Chegamos ao final da nossa disciplina, foi muito bom participar com você nesta disciplina, esperamos que tenha gostado, pois preparamos tudo com muita dedicação e deixamos aqui um pouco da nossa história para que você construa a sua!
Você poderá acessar um acervo muito rico, amparado pelas melhores bases de dados e revistas do mundo, como a EBSCO e SCIELO. Acesse seu AVA, tem todo o acervo de livros da biblioteca virtual da PEARSON. Basta um clique para ser direcionado através do seu log in!
1 INTRODUÇÃO
O investimento na capacitação profissional em escala contínua, e na sua disseminação ao máximo de níveis possíveis, aponta como um dos desafios na promoção do desenvolvimento econômico, segundo Saccol, Schlemmer e Barbosa (2011). Atualmente, em que a velocidade da informação alcança as pessoas, as tecnologias móveis são uma opção promissora para se promover as capacitações, oferecendo um baixo custo e razoável autonomia. Na contemporaneidade há uma rápida difusão de informações na integração de sistemas, através de conexões difundidas em larga escala, oferecendo novos modelos de abordagem pedagógica, com um potencial de desempenho não alcançável por meio das abordagens tradicionais.
O planejamento, a instauração e a difusão das tecnologias de aprendizagem de longo alcance, se apresenta como um processo em construção. Uma vez que, não depende apenas de máquinas e sistemas, mas principalmente, das mudanças de atitude das pessoas em suas relações com o ensino à distância, em contrapartida, do crescente número de usuários nos últimos anos.
A vida contemporânea em um mundo tecnologizado, onde as interações em rede são corriqueiras para boa parte da sociedade, induz a reflexão sobre as consequências e os desafios dos processos de ensino e aprendizagem. Essa nova realidade influencia, não só a maneira como os indivíduos trabalham, mas a forma de preparar os indivíduos para o mercado de trabalho e a convivência em sociedade, no aprendizado contínuo e suas adaptações. As mudanças repentinas, e o cenário atual, apontam o surgimento de novas possibilidades educacionais, tanto em modalidades presenciais quanto à distância. São formatos que se renovam e se estruturam em E-learning, M-learning, U-learning, Ambiente Virtual de aprendizagem, e afins, que se tornam parte da rotina.
Assim como as plataformas de aprendizagem são hoje parte fundamental do cenário da Tecnologia da Informação presente na rotina, outras plataformas de informação e dados penetraram na vivência social, relacionados às Redes Sociais.
O nascimento da internet constitui um marco histórico, que incidiu no surgimento e edificação das redes sociais, como ferramentas de interação. No tocante a esse fenômeno presente no uso diário dos corredores virtuais, a solidificação e ampliação do número de redes sociais, passou a ser digna de nota, motivada na velocidade da comunicação, disseminação das tecnologias da informação e comunicação. As redes sociais, antes de qualquer relação com a tecnologia, constituem relações entre pessoas, que interagem e atuam em causa própria ou em defesa de alguém, em nome de alguma organização ou sentimento.
As redes sociais possuem um caráter aberto à participação, em que grupos se reúnem por afinidades. Essas relações estabelecidas em redes sociais de comunicação, incidem em rupturas e modificações nos relacionamentos, que afetam as relações de poder. As redes sociais são ferramentas de aprendizado, instrumentos políticos e sociais em prol de alguma causa, áreas de expressão e manifestação de valores, ideias, pensamentos, atitudes, posicionamentos políticos e culturais, inclusive, servem como área de trabalho e comércio.
Em meio aos instrumentos tecnológicos, o fator humano atua, e, em simultâneo, sofre da ação do efeito das redes. Assim, as redes sociais intermediadas pela tecnologia da informação e comunicação estão ancoradas e combinam três características referentes a liberdade, a capacidade de expressão e o alcance das mensagens emitidas pelo indivíduo. Apesar das leis regulatórias e da interferência no mercado, a internet representa grande parte de um espaço de contestação, onde as transformações encontram seu lugar.
A combinação permite que os saberes circulam, sendo compartilhados entre os indivíduos. Portanto, as redes sociais são espaço de alta circulação de todo tipo de informação, e justamente por isso, servem a propósitos diversos, que podem ser enriquecedores, ou, em contrapartida, degradantes para o convívio social. Dessa forma, se de um lado existem as demandas sociais e o conhecimento, atendidos pelas redes sociais, por outro, esses espaços atendem a interesses danosos à comunidade. Esse filtro varia conforme o discernimento de cada usuário, pois em redes sociais todos informam e são informados e questionados. Enfim, estudaremos as duas grandes searas virtuais, referente as plataformas de aprendizagem e as redes sociais de interação.
O E-Learning está cada vez mais fazendo parte da vida das pessoas e revoluO E-earning faz parte da vida das pessoas e revolucionou as formas de aprendizado. No primeiro momento costumamos associar essa plataforma apenas a área de educação, logo depois, nos percebemos a sua utilização em escolas, cursos técnicos e universidades. Todavia, essa modalidade é ampla e atinge diversos setores do mundo do trabalho, como a saúde, administração, engenharia, marketing e negócios, e diversos outros segmentos. A ampliação do ensino à distância permite um maior alcance aos treinamentos constantes, visto que, tanto as instituições de ensino quanto as empresas, estão investindo cada vez mais nessa forma de difusão do conhecimento através do E-learning.
Os alunos de diversas instituições, os funcionários das organizações e os empreendedores utilizam constantemente desta tecnologia, para o aprendizado e manutenção com o objetivo de competir no mercado, que está sempre em mutação. O E-learning se impõe como uma forma de educação à distância, que usa de recursos técnicos informáticos, textuais e audiovisuais, para promover o aprendizado. Assim como diversas expressões que fazem parte do cotidiano da tecnologia, o termo E-learning provém do inglês, correspondendo a uma abreviação de Electronic Learning, em português, aprendizado eletrônico.
O ensino à distância era realizado através de apostilas que chegavam nos lares por meio dos correios, ou aulas em CDs adquiridas em bancas de jornal. Atualmente, os arquivos estão disponíveis na nuvem para fruição do aluno, que acompanha esse processo. Inclusive com o apoio de sites, e-mails, fóruns, aplicativos de mensagens e videoconferências. O E-learning viabiliza o envio de conteúdo em tempo real ao estudante, possibilitando a interação com o conteúdo, os professores e tutores. A ferramenta de mediação entre os professores e alunos, consiste no AVA, Ambiente Virtual de Aprendizagem, um local que existe virtualmente e reuni os conteúdos componentes do curso.
As transformações que verificamos atualmente, foram possíveis a partir da criação da World Wide Web concebida por Tim Berners-Lee no ano de 1990, através do uso de protocolos e linguagens estruturais, que proporcionam o suporte a diversos arquivos de mídia suportados em navegadores. O E-learning se manifesta em dois formatos, que apresenta gerenciamento do aprendizado e sem esse gerenciamento.
No início, os modelos sem gerenciamento que constituíam a maior parte dessas iniciativas, funcionavam a partir de conteúdos salvos em disquetes, CDs e pen drives, entregues aos alunos que estudavam sozinhos. Esse formato recebeu críticas de profissionais de educação, visto que, não havia possibilidade de acompanhamento e correção das atividades desenvolvidas pelo aluno, por não existir uma avaliação do aprendizado.
Para solucionar esse problema, o mercado desenvolveu Ambientes Virtuais de Aprendizagem, desenvolvidos e gerenciados em plataformas LMS (Learning Management System).
Inspirado nas características das salas de aula presenciais, esses sistemas buscaram o desenvolvimento da interação, através de interfaces intuitivas em canais digitais que propiciaram a aproximação dos alunos, colegas e professores, em seus processos de aprendizagem e comunicação. O estudante interage em fóruns e envia suas atividades, como as provas, os trabalhos e realiza as apresentações através dessa plataforma. A avaliação é processual e frequente. O aluno possui acesso aos materiais complementares para seus estudos, e o esclarecimentos de dúvidas ocorre em tempo real ou após as aulas.
Learning Management System: processo de implantação
Resumidamente, o processo de implantação de uma plataforma LMS é constituído de algumas etapas, podendo levar alguns meses até que o processo esteja completo, exemplificamos cada uma dessas etapas, segundo Moran (2013):
Kick Off: Reunião de apresentação dos envolvidos e marco zero do início do projeto. A troca de informação é importante nessa fase, em que se cria o cronograma e as atribuições dos envolvidos. Entrevista com Stakeholders: momento em que os participantes aprofundam as conversas e definem os papéis, os futuros usuários, os gestores, os desenvolvedores e os designers, contribuindo para o início do projeto.
Plano de implantação: nesse momento do projeto, as propostas são sedimentadas para o início da construção da plataforma. Um cronograma detalhado guia esse momento. As conversas anteriores das equipes são consideradas.
Protótipo: conta com a confecção de um conjunto de imagens e de wireframes que permite uma visão ampla do que está sendo desenvolvido. É importante porque amplia as descrições textuais iniciais. Essa pré-visualização auxilia no entendimento da arquitetura de informação que será implantada.
Layout: na confecção do layout, se tornam visíveis as considerações elencadas na etapa anterior, a estruturação visual da plataforma auxilia na compreensão da maneira de como será utilizada.
Implementação tecnológica: momento em que os scripts de programação são inseridos no desenho da plataforma. São as configurações iniciais de segurança, como as configurações de DNS, etc. Nessa fase, existe a possibilidade de testes realizados por alguns usuários.
Testes Finais: os últimos testes de navegação, programação, usabilidade e funcionalidades são realizados, com a intenção de encontrar eventuais falhas antes do seu lançamento. Essa fase comporta a validação do cliente que aprovará a plataforma.
Lançamento: A plataforma está pronta para o uso de uma organização ou do mercado.
FLUXOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA LMS
Fonte: https://literis.com.br/blog/implantacao-de-pla-taforma-lms/
Wireframe: Espécie de desenho esquemático demonstrando a estrutura de um projeto de interface digital.
DNS: Domain Name System, sistema de gestão de nomes de qualquer dispositivo conectado à Internet.
2 E-LEARNING E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O E-learning é uma ferramenta de educação a distância, no entanto, diz respeito a um conjunto de modalidades de ensino e aprendizado, em que o professor e o aluno estão separados geograficamente. Segue a definição de educação à distância pelo Ministério da Educação:
Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior.
Em suma o ensino à distância contempla uma série de nuances que incluem o E-learning, abrangendo os cursos por correspondência, treinamentos via web, vídeos aulas gravadas, cursos ministrados por TVs ou rádio, e publicações impressas.
3 Componentes do E-learning
Na concepção de um Ambiente Virtual de Aprendizagem destacam-se quatro componentes que devem fazer parte de sua composição, a saber:
Comunicação interativa e de duas direções.
Aprendizagem coletiva e colaborativa.
Conteúdo bem estruturado.
Instrumentos de avaliação. Entenderemos melhor esses elementos.
Comunicação interativa e de duas direções – requer um relacionamento de mão dupla, onde os participantes são receptores e emissores, simultaneamente, na troca informacional. Esse elemento advém da ideia de que o aluno é o pilar central do aprendizado à distância, sendo assim, deve contribuir para o processo de ensino de maneira proativa. O aluno como os colegas e tutores aprendem e ensinam, mutuamente, através das plataformas de E-learning, utilizando para instrumentos de via síncrona ou assíncrona.
Aprendizagem coletiva e colaborativa - as plataformas de E-learning possuem instrumentos tecnológicos, que permitem a interação e favorecem a colaboração entre os colegas. Assim, mesmo que fisicamente distantes (essa é a proposta), existe a possibilidade, por exemplo, de utilizar um fórum ou chat para debater um determinado assunto, os conhecimentos, os textos e as dúvidas, que podem ser esclarecidas por e-mail. As apresentações de trabalhos são operacionalizadas coletivamente através de ferramentas de edição e apresentação online.
Conteúdo bem estruturado - o conteúdo em EAD precisa ser de fácil compreensão para o aluno, igualmente, para qualquer processo de aprendizagem. Todavia, no E-learning, isso se evidencia em razão, de que, na educação presencial o aluno possui o acesso aos conhecimentos com a presença do professor, e consegue questionar a qualquer momento da aula,o que não ocorre no EAD.
No aprendizado por vias eletrônicas existe a possibilidade de consulta de tutores quando necessário, contudo, nem sempre o aluno terá suas dúvidas esclarecidas no momento em que estuda. Por essa razão, o conteúdo disponibilizado no ensino à distância, precisa ser concebido com simplicidade, enriquecido com materiais de apoio, bem como, seguir uma lógica que possa ser compreendida com facilidade. Para tanto, há necessidade de na abertura de um módulo, capítulo ou aula, a informação referente aos objetivos e os requisitos para a compreensão do material. Dessa forma, o aluno precisa organizar seu tempo, para cumprir com as tarefas e a revisão dos conteúdos, para assegurar o seu aprendizado digital.
Instrumentos de avaliação: as plataformas de E-learning possuem ferramentas que gerenciam o aprendizado e permitem a avaliação do aluno constantemente, o registro automático das aulas, a presença de alunos, os materiais, os testes e provas, e as mensagens enviadas após a avaliação. Esses requisitos são realizados pelo professor a qualquer momento. Dos instrumentos de avaliação disponíveis, podemos citar os seguintes:
Auto avaliações pós-aula: são exercícios propostos normalmente ao final de cada aula, ou dos módulos. Utilizados para a verificação do aproveitamento dos alunos sobre o assunto estudado, corrigidos e comentados pelo professor ou tutor, com a maior brevidade possível.
Testes: compostos de perguntas que podem ser abertas, de múltipla escolha ou relacionais. Para o seu devido preenchimento é determinado um tempo pelo tutor, assim, que, o aluno acessa o questionário, terá um prazo para responder às perguntas.
Comentários: as plataformas de ensino à distância costumam utilizar os recursos de fóruns ou chats, que permitem a análise do nível de participação de cada aluno em debates, nos estudos de caso, nos compartilhamentos de pontos de vista, que fornece ao tutor uma visão ampla do envolvimento dos alunos com o conteúdo ministrado.
As formas de trabalhar das plataformas de ensino à distância digitalizadas, consideram alguns fatores classificatórios. Conheceremos essas diferenças.
4 Tipos de E-learning
Na classificação dos tipos de E-learning, algumas subdivisões são determinadas pela área de atuação, e a maneira como acontecem as interações na plataforma LMS. Assim, cabe diferenciar que existe o formato que combina as aulas e as atividades a distância com situações presenciais. Entretanto, ambos os modelos trabalham com plataformas, compartilhamento de conteúdo e ferramentas para comunicação à distância. Os tipos usuais de E-learning, segundo Neto ( 2020):
Educacional - a modalidade Educacional é a mais comum, reúne cursos de várias naturezas, desde os profissionalizantes, os técnicos e preparatórios, até os cursos livres. Essa plataforma conta com uma adesão, cada vez maior, por instituições de ensino superior, ampliando a oferta de cursos de graduação e pós-graduação. Esse formato, nos últimos anos, rompeu barreiras geográficas e veicula as informações às diversas regiões com estruturas deficitárias, conectando professores e estudantes, mesmo que estejam em locais remotos. Outro fator infere sobre cobrança de mensalidades, normalmente reduzidas em relação aos cursos presenciais, visto que, quanto maior o número de alunos, menor será o investimento individual, para manutenção do curso nesse tipo de plataforma.
Corporativo - as facilidades das inovações tecnológicas trazidas por essas plataformas atraíram a atenção das corporações, que passaram a investir no E-learning para capacitar os funcionários. Atualmente, as empresas de todos os portes, e os jovens empreendedores, integram o contingente que utiliza o aprendizado eletrônico, em busca de atualização em seus respectivos mercados. Por oferecer alta versatilidade, os cursos ofertados em E-learning possibilitam a criação e o compartilhamento de conteúdos personalizados, destinados às companhias, padronizando os treinamentos dos mais diversos. Esse formato reduz os custos com a qualificação da mão de obra, não havendo a necessidade de gastos com impressão de materiais, contratação de instrutores, viagens ou locação de auditórios para a realização dos treinamentos.
Síncrono e Assíncrono - a interação entre os alunos e professores de forma bilateral em plataformas de E-learning, ocorre de duas formas, a primeira diz respeito a sincronicidade, que faz menção as situações, em que o aluno acompanha os conteúdos, interage e soluciona suas dúvidas em tempo real. A interação simultânea do tempo real é a grande vantagem do formato. Todavia, exige disponibilidade de datas e horários de todos os participantes, para que alunos e professores estejam ao mesmo tempo, na plataforma. Na via assíncrona a situação comunicacional demanda troca de informação em horários diferentes, utiliza ferramentas como e-mail, agenda, fórum de discussão e páginas pessoais dos alunos. O E-learning assíncrono permite que o aluno envie suas dúvidas, sugestões e comentários a qualquer momento, sem necessariamente interagir em tempo real com o professor.
5 Plataformas de E-Learning Do Mercado
As pessoas que desejam participar de uma capacitação individual, cada vez mais, procuram os cursos online para aumentar seus conhecimentos, e turbinar seus currículos. As plataformas de E-learning contribuem para o acesso e a qualificação dos indivíduos interessados em educação à distância, sendo que, existem diversas plataformas no mercado. Estudaremos as mais utilizadas:
Moodle: plataforma de cursos online e EAD mais antiga, utilizada, em 200 países, possui portabilidade para diversos idiomas e conta com mais de 105 mil sites registrados. É uma plataforma de código aberto, o que permite que a comunidade seja livre de desenvolvedores, crie os plugins e novas funcionalidades. Gratuita e 100% responsiva, permite o uso de multimídia, a elaboração de provas e testes com certificação, implementos de Gamificação, videoconferência, exportação e importação de vídeo-aulas, para outras plataformas. como o Google. É uma das mais completas do mercado.
Edools: utilizada pelo mercado corporativo, atua em parceria com grandes empresas, como o Sebrae e o Instituto Embelleze. É uma plataforma paga, e os preços variam de acordo com as necessidades de cada empresa, os pacotes personalizados são negociados com os consultores. Apresenta autonomia para a customização, geração de relatórios personalizados e automatizados, na divisão de conteúdos por módulos, e nos sistemas de Gamificação. Verifica através de relatórios o progresso dos alunos, seu acesso aos fóruns de discussão e chats em tempo real, sendo também uma plataforma responsiva.
Eadbox: uma das plataformas mais completas, permite a transmissão de vídeos aulas ao vivo, trabalha com dados e gera relatórios precisos sobre o usuário. É uma plataforma paga, mas concede cerca de 15 dias de teste grátis Possui templates para a criação de sites internos fáceis de customizar, é responsiva e oferece suporte aos seus contratantes. Uma das vantagens consiste nos usuários acessarem diretamente a plataforma, sem a necessidade da instalação de qualquer arquivo ou plugin para o acesso aos seus conteúdos.
O Mobile Learning aponta uma metodologia que utiliza os dispositivos móveis, como plataformas, proporcionando um ambiente de estudos, que viabiliza o processo de ensino e aprendizado à distância. Esse modelo acompanha a tendência mundial na adoção de smartphones e tablets no cotidiano das pessoas, que se adaptam e utilizam como canais de aprendizado. As estratégias de ensino adotadas para essa modalidade, são incluídas em seus treinamentos. Todavia, há diferenças entre o E-learning e o M-learning, em relação às possibilidades de integração dessa metodologia com as existentes. (SACCOL; SCHLEMMER; BARBOSA, 2011).
O M-learning representa uma vertente do que seria o E-learning, no entanto, ocorre exclusivamente por dispositivos móveis, e conta com o apoio de aplicativos desenvolvidos para uso no mobile. (MARÇAL, ANDRADE, RIOS, 2005).
As tecnologias de E-learning e M-learning são pensadas em conjunto, com algumas características peculiares. Uma diferença significativa entre ambas, consiste no tipo de treinamento, em que o E-learning é indicado para assuntos extensos, de alta especificidade e que demandem muito contexto. Seu material é projetado para longos estudos, que tenham entre 20 e 30 minutos, em alguns casos até uma hora de duração. O M-learning será indicado para materiais rápidos em treinamentos continuados, e seus conteúdos devem ter, aproximadamente, entre 5 e 15 minutos. Os dois sistemas e estilos de dispositivos utilizados, demandam tempo de acordo com suas especificações.
Quando nos sentamos na frente do computador, o fazemos com a consciência que demandará um certo tempo de permanência, que no caso do uso de aplicativos e dispositivos móveis, essa utilização costuma ser mais apressada, rápida e fluida. (SACCOL; SCHLEMMER; BARBOSA, 2011).
2 MICROLEARNING
O uso do tempo no M-learning, destaca a técnica do Microlearning, uma tendência em educação corporativa, conhecida como 'pílulas de conteúdo'. Em outros termos, seria a apresentação de tópicos quebrados em pequenas partes, contidos no treinamento ou capacitação. A intenção consiste nos usuários se dedicarem ao aprendizado, em momentos rápidos no cotidiano. Essa técnica é ideal para o aprendizado do Mobile Learning, pois facilita o acesso e uso pelas pessoas em diversos locais. (SACCOL; SCHLEMMER; BARBOSA, 2011).
3 SOCIAL LEARNING
Outra estratégia a ser utilizada nesta modalidade seria a do Social Learning, ou seja, o uso de dispositivos mobile para acessar uma rede social corporativa da empresa ou instituição. O acesso às redes sociais ocorrem, geralmente, através de dispositivos móveis, o que marcou tendência que se impõe no mercado e apresenta os resultados satisfatórios.
4 U-LEARNING
Abreviação do termo Ubiquitous Learning (aprendizado ubíquo) é uma modalidade ancorada nos dispositivos móveis, no entanto, a aprendizagem de caráter ubíquo, não depende do tutor. O seu objetivo é proporcionar uma ambientação de aprendizado autônoma, onde os participantes são incentivados, não apenas a adquirir conhecimento, mas em compartilhar a aprendizagem. O aprendizado ubíquo pode incorporar qualquer outro meio tecnológico, como os blogs, fóruns, redes sociais, e inclusive em mídias tradicionais, como a televisão, o rádio ou o cinema. A questão se refere a completa autonomia do indivíduo, que se propõe a esse tipo de aprendizado, normalmente sem tutores, mas em colaboração com outros participantes. (SACCOL; SCHLEMMER; BARBOSA, 2011).
As corporações que trabalham com o aprendizado ubíquo, valorizam a proatividade e as habilidades pessoais dos seus funcionários. A intenção seria em permitir que os cursos fiquem disponíveis nas suas intranets, por exemplo, no acesso livre dos funcionários. Inclusive, incentivam uma cultura de aprendizado, oferecendo oportunidades de capacitação nos ambientes corporativos. É nesse sentido que o U-earning facilita esse processo, oferecendo a liberdade aos usuários de escolherem, quando e onde estudar, podendo através do caráter colaborativo dessa técnica, trocar informações entre os profissionais da empresa. (MARÇAL, ANDRADE, VIANA, 2015).
Os hábitos que estão se tornando comuns nessa prática, constituem grupos de funcionários que combinam os dias e horários de estudos, e se organizam em fóruns de debates sobre o tema estudado, de forma autônoma e independente. As organizações se interessam por essas iniciativas. (SACCOL; SCHLEMMER; BARBOSA, 2011).
Mobile Learning: exemplo de aplicação
Em dezembro de 2015 no interior do Estado do Ceará, alunos de graduação em Geologiada Universidade Federal do Ceará, cumpriram parte da disciplina ‘Mapeamento de Terrenos Sedimentares’, utilizando o M-learning. A tarefa consistiu em visitas às seis locais geológicos, de modo a investigarem as características dos afloramentos geológicos.
Cabe ressaltar que os alunos já possuíam experiências com aulas de campo, entretanto, nenhum deles havia usado de algum aplicativo para apoiar a execução dessas tarefas.
O estudo de caso composto de fases distintas, foi organizado através do planejamento em M-learning em atividades pré-campo, passando pela aula de campo, e posterior, na consulta e interpretação dos dados levantados após o retorno da aula.
Os dados levantados nos locais e registrados na plataforma, foram mais tarde, utilizados em um aplicativo de modelagem gráfica, que gerou imagens e diagramas avaliados pela equipe, auxiliando os professores e alunos as conclusões que estavam nos objetivos da matéria.
Durante as visitas aos locais, que ocorreram das 8 horas da manhã às 3 horas da tarde, os alunos escutaram as explicações do professor, realizaram anotações de campo e alimentaram com os dados o aplicativo. Os dados, geraram novas tarefas a serem desempenhadas, e um avaliador realizou a análise dos dados, computando as respostas dos alunos aos questionários empregados.
A conclusão apontada por todos foi de resultados animadores, pois a solução demonstrou índices interessantes de usabilidade e utilidade. A percepção do professor nessa atividade, foi em continuar a utilizar esse tipo de sistema e suas práticas, visto que, percebeu que a prática reforça a conclusão dos alunos sobre as atividades propostas. O nível de aceitação do uso de tecnologias móveis pelos alunos, nesse contexto, indicou um alto potencial e recomendação do uso permanente, como ferramenta de apoio nas aulas de campo do curso de Geologia. (MARÇAL, ANDADRE, VIANA, 2016).
Afloramentos geológicos: Local onde uma rocha está em exposição acima da superfície da terra.
5 TRILHAS DE APRENDIZAGEM
As técnicas de trilhas de aprendizagem selecionam os conteúdos de forma interligada, para que o aluno avance ao próximo passo, apenas ao terminar o conteúdo anterior.
A vantagem nesse estilo seria na garantia de que o aluno estabelecerá contato, inicialmente com o conhecimento mais básico, que lhe dará a base para o conteúdo mais complexo. O desafio de desbloquear novos conteúdos serve como motivador ao aluno, que continuará aprendendo. .
6 GAMIFICATION
Gamificação, ou em inglês Gamification, referencia uma estratégia que usa o instinto de competitividade, inerente ao ser humano, para converter as demandas cotidianas em tarefas a serem cumpridas em forma de jogos, através de metas definidas. A técnica pretende retirar o usuário do modo de simples espectador e o colocar como jogador, e como tal, o participante precisa adquirir certas informações para poder avançar, 'passar de fase' e ganhar bonificações, como acontece em qualquer jogo de videogame. Essa estratégia busca integrar pessoas e empresas com base nesse sistema de recompensa, que oferece estímulos para aumentar o engajamento do público de uma forma mais divertida e que prenda sua atenção. O objetivo é utilizar as técnicas e o design atraente dos jogos no contexto educacional ou corporativo, a intenção é além de trazer mais conhecimento, engajar o público-alvo em um assunto.
As técnicas de Gamification demonstram que as tarefas repetitivas e enfadonhas de estudo e trabalho, se transformam em desafios mais leves e mais divertidos. Os resultados apontam que transformar essas tarefas em jogos, estimula a dedicação dos indivíduos. A popularidade dos jogos eletrônicos explica a adoção desta técnica, que de acordo com a consultoria americana Gartner Group, a Gamification para o treinamento corporativo, deverá abrir um mercado de mais de cinco milhões de dólares no planeta, até o ano de 2025. Assim, cerca de 70% das maiores empresas do mundo terão, ao menos um tipo de aplicação utilizando esse conceito, o que mostra o quanto se se tornará essencial nos ambientes corporativos.
O sistema de educação que utiliza da Gamification, percebe o alto engajamento gerado pelas suas técnicas, que prendem a atenção de estudantes e colaboradores, que estejam passando por algum treinamento. As técnicas de games costumam trabalhar com quatro grandes características, a saber:
Meta: configura a razão que leva o usuário a jogar um game, pode ser apenas para cumprir as fases dos jogos de plataforma e jogos arcade, ou ainda, para melhorar a aparência e a força de um personagem, buscando fazê-lo chegar a um nível máximo, conforme esse personagem se desenvolve.
Jogos de plataforma: Estilo de jogo onde o jogador corre e salta em um cenário de plataformas.
Jogos arcade: Mais conhecido no Brasil como Fliperama.
Regras: são as normas que devem ser obedecidas no jogo, um conjunto de mecânicas a serem seguidas pelo usuário para atingir a meta. Os jogos eletrônicos ou os tradicionais possuem regras, maneiras que devem ser obedecidas pelo usuário, para que vença os desafios e alcance seus objetivos.
Sistema de feedback: evidencia para o jogador seu progresso em relação a meta que deve ser alcançada, essa característica objetiva manter o jogador motivado e engajado, pois o feedback mostra o número de pontos alcançados, a posição ocupada no jogo e as posições dos concorrentes.
Participação voluntária: seria a consciência que o usuário desenvolve, a partir das regras a serem seguidas, a meta a ser alcançada e qual sistema de feedback o jogo irá disponibilizar. Há um acordo entre jogador e o jogo, em que a participação voluntária acontece, e por fim, o jogador inicia a partida.
História envolvente: as histórias atraem, especialmente quando nos identificamos com os protagonistas ou somos o próprio protagonista. A elaboração de um bom enredo e uma estrutura narrativa adequada, são fundamentais na criação de uma estratégia para engajar os usuários.
Divisão de níveis: uma técnica interessante e que instiga o usuário é a divisão de níveis, o estabelecimento dos níveis de excelência provoca no usuário a vontade de estar sempre um nível acima. Combina objetivos para subir a patamares maiores, gerando um sentimento de satisfação e reconhecimento no próprio jogador, e isso o estimula a continuar com os desafios.
Contagem regressiva: outro fator que é considerado altamente instigante. Estabelecer um tempo determinado para o cumprimento de tarefas, consiste numa das grandes técnicas da Gamificação, que trabalha com o senso de urgência do usuário, provoca a motivação para que a atividade seja completada quanto antes, e no caso de êxito, o sentimento de satisfação é ampliado pela sensação de vitória.
Emblemas: uma vez que o usuário tenha completado tarefas ou passou de fase, é interessante que seja agraciado com emblemas, que demonstram publicamente sua posição e os desafios que foram vencidos. Assim, agrega valor e estimula os participantes a exibirem seus emblemas, o que cria uma situação que potencializa o compartilhamento de conquistas de forma orgânica, incentivando outros jogadores a atingirem o mesmo posicionamento.
Ranking: elemento público de engajamento em Gamificação. O ranking, assim como os emblemas, criam um enorme senso de reconhecimento e promovem a competitividade entre os usuários. Aumenta a vontade de participar e de cumprir as tarefas, para que possam ocupar as melhores posições do ranking.
Gamification: Entretenimento e Aprendizado
Quem não lembra do enorme sucesso de 2016, do jogo da Niantic Inc e da Nintendo, o Pokémon GO. Esse jogo para celular foi um sucesso, que simplesmente as pessoas paravam suas atividades e iniciavam batalhas de Pokémon, que acontecia em qualquer lugar. O sistema de recompensa desenvolvido pela ferramenta, motivou os jogadores a entrarem em uma verdadeira caça ao tesouro. A vontade de alcançar o prêmio final levou os jogadores, a uma enorme competitividade, incluindo as celebridades e figuras políticas, que participaram desse jogo e divulgavam seus resultados.
No que diz respeito as plataformas de aprendizado, a Gamificação produziu aplicativos de sucesso, um deles o Duolingo, uma plataforma de aprendizado de idiomas que promove disputas entre seus usuários, distribui os pontos, de acordo com as frequências de acesso e o número de aulas realizadas. A estratégia é simples e ajuda a avaliar o aprendizado autônomo de um novo idioma, tem se mostrado eficaz na retenção de público, transformando o aprendizado de línguas em um jogo viciante. (CARVALHO, 2019).
Os processos de Gamificação, de acordo com pesquisas, estão mantendo o aluno engajado, pois sabe em que nível está seus objetivos, e há incentivos para alcançar o objetivo final. As aulas com sistemas de pontos e bonificações para acertos, e atividades realizadas com feedbacks constantes, conquistam os estudantes e os instigam a alcançarem as metas, superando seus recordes.
A dinamicidade das ferramentas digitais, em uso no mercado, coloca a força do E-learning no desenvolvimento do conhecimento em suas diversas nuances, relacionadas as instituições de ensino e de educação corporativa. O Ensino à Distância nos moldes eletrônicos, se apresenta como uma alternativa veloz e com capacidade de otimização de tempo, para a resolução dos problemas de deslocamento dos usuários. Através da internet, os treinamentos são realizados em casa ou no trabalho. Desta forma, a ferramenta apresenta as características de longo alcance e custos reduzidos. O E-learning promove uma considerável distribuição de conhecimento, permitindo que pessoas de diversos locais, acessem a qualquer horário, as informações no momento em que necessitarem.
Pensar em redes sociais significa visualizar a interação, a presença das redes sociais no cotidiano, de modo integrada, que muitas vezes, não paramos para pensar, que tais estruturas fazem parte das Tecnologias de Informação e Comunicação. O status de sistemas que gerenciam as redes sociais, são como qualquer outro sistema de Tecnologia de Informação que conhecemos.
De suma importância, presente nos interesses coletivos, de representatividade grupal, na intensificação da globalização da informação e da economia. Atualmente, as redes sociais apresentam uma teia complexa de interesses educacionais, políticos, ideológicos, identitários, econômicos ou de entretenimento. Dessa forma, se a tecnologia da informação agrega as pessoas em torno de um sistema informático para disseminação de informação, as redes sociais representam o ápice desse intento.
A internet a princípio estava disponível apenas para a esfera militar, as universidades e centros de pesquisa. Depois, quando assumiu um caráter popular, foi disponibilizada para que qualquer cidadão pudesse ter acesso à rede, e consequentemente, surgiram formas de fazer negócio e novas profissões. Na década de 90, eram comuns as vagas para os ‘Web Surfers’, profissionais cuja função era navegar livremente pela internet, encontrar os websites com temáticas interessantes e anexá-los aos bancos de dados dos grandes portais de busca (ainda não existiam os robôs de busca). Essa época marcou uma era pré Google, quando havia outros grandes portais de busca como o Yahoo!, o Exite ou o Alta Vista, e no caso do Brasil, o Cadê, o famoso portal de buscas.
Antes das redes sociais, como o Twitter, o Facebook, o Tik Tok e tantas outras, desde 95 se viam iniciativas de tentar conectar pessoas, e o primeiro molde de rede social via web chamava-se Classmate. Durante o início dos anos 2000 a rede social My Space foi a maior do mundo, no Brasil deve-se citar o sucesso da rede Orkut, e os programas de mensagens via web como o Mirk, ICQ ou o MSN Messenger.
2 REDE SOCIAL DE RELACIONAMENTO
É o estilo de rede social mais popular, cujo foco é incentivar o relacionamento, em sua origem o Facebook era destinado a esse fim. Atualmente, essa rede é utilizada para diversas finalidades, como o entretenimento, as notícias, bem como, a divulgação de produtos e serviços, no entanto, seu objetivo inicial era criar uma rede de relacionamentos. Uma característica comum das redes sociais de relacionamentos, é que seu algoritmo trabalha de acordo com a percepção de preferências, e costumam manter o usuário dentro de seu círculo social, no sentido que o conteúdo postado é visualizado por pessoas com as quais se conectou. (PATEL, 2019).
3 REDE SOCIAL DE ENTRETENIMENTO
As redes voltadas para esse tema apresentam um foco que evidencia o conteúdo, não há relevância para o usuário que posta, e sim o conteúdo gerado por ele. Um bom representante dessa categoria é o Reddit, que permite a interação entre os usuários através de comentários e mensagens pessoais. Todavia, a ênfase no conteúdo, distancia essas interações, visto que, os usuários desse tipo de rede não costumam procurar o contato com outras pessoas, na verdade, buscam a informação de seu interesse.
4 REDE SOCIAL PROFISSIONAL
São redes especializadas em networking e contatos profissionais, nesses espaços o conteúdo está direcionado para os segmentos profissionais, trocas de experiências, currículos, vagas e notícias do mercado. Nesse estilo de rede social, as pessoas estabelecem conexões com seus mercados. Essas redes são utilizadas por agências de Recursos Humanos, antes de contratações ou promoções. Como qualquer rede social é possível fazer comentários nas postagens, contudo, as redes profissionais possuem o incremento de recomendações, recebimento de elogios e espaços, para que se evidenciem as atividades profissionais. A rede mais conhecida desse segmento é o Linkedin.
5 REDE SOCIAL DE NICHO
As redes nicho são direcionadas a públicos segmentados e específicos, ao contrário das redes de relacionamento, que abrigam diversos perfis de público. Dessa forma, essas redes afunilam interesses, são espaços virtuais onde o público discutem sobre seus interesses e trocam ideias. Existem redes de nicho dedicadas a fotografia, culinária, medicina, tatuagens, música e afins. As redes sociais de nicho mais conhecidas são o Pinterest e Behance. (PATEL, 2019).
5.1 Rede social corporativa
São redes sociais desenvolvidas para uso interno de uma organização, com as mesmas características de redes sociais famosas no mercado. Todavia, são direcionadas para o cotidiano organizacional, em que os colaboradores contam com perfis, publicam informações, vídeos, fotos, iniciam discussões e criam vínculos com outros colaboradores.
6 DADOS, ALGORITMOS E REDES SOCIAIS
Ao realizar uma pesquisa no Google, existe um robô que automatiza, detecta e exibe os resultados de pesquisa, que se aproximam da busca realizada, e apresenta ao usuário os resultados de acordo com sua relevância. O Google Bot (o robô) possui uma série de algoritmos, para determinar a relevância desses resultados e apresentá-los na tela.
Em redes sociais o princípio é similar, ao abrir o feed de notícias o usuário recebe as postagens, que o algoritmo considera relevantes, de acordo com seu perfil. Dessa forma, o Bot tem por função, facilitar a vida do usuário e trazer as informações, segundo seu histórico de pesquisa e navegação, que serão consideradas mais interessantes.
No caso do Google o foco está na intenção de busca do usuário, mas em redes sociais, o maior fator de ranqueamento de conteúdos expostos no feed, diz respeito ao engajamento. Estamos nos referindo a tendência, de que sejam exibidas em primeiro lugar, as postagens das pessoas com quem o usuário mais interagiu. Embora, o algoritmo de redes sociais priorize as postagens de alguém que foi adicionado a pouco tempo, o que faz parte de uma política de testes de afinidade com a pessoa que acaba de ser adicionada, caso o nível de interação caia, as postagens deste usuário perdem a relevância e prioridade.
Vamos entender isso de forma simples, imagine que Antônio costuma curtir e comentar, frequentemente, determinadas postagens de seus amigos Ana, Roberto e Andressa. O algoritmo registra essa frequência e passa a exibir com prioridade, esses amigos em seu feed. Mas na semana passada, Antônio adicionou em sua rede o perfil de Guilherme, o algoritmo então, testa a afinidade, dando por algum tempo a Guilherme a mesma prioridade alcançada pelos outros amigos, contudo, se as interações frequentes continuarem, esse novo perfil terá confirmada a sua relevância.
Cada rede social priorizará, de acordo com sua finalidade, determinados aspectos, uso de fotos ou vídeos, número de caracteres e a frequência de postagens. Estudaremos como trabalham os algoritmos das redes mais utilizadas:
PRIORIDADES NO ALGORITIMO DO INSTAGRAM
Fonte: Adaptado de Mlabs (2020).
PRIORIDADES NO ALGORITIMO DO TWITTER
Fonte: Adaptado de Mlabs (2020).
PRIORIDADES NO ALGORITIMO DO FACEBOOK
Fonte: Adaptado de Mlabs (2020).
PRIORIDADES NO ALGORITIMO DO LINKEDIN
Fonte: Adaptado de Mlabs (2020).
7 MÉTRICAS E REDES SOCIAIS
Assim como ocorre com as plataformas de E-commerce, as redes sociais possuem métricas que devem ser acompanhadas e mensuradas. As redes sociais devido a sua grande influência, são enormes repositórios de dados dos usuários. Assim, diariamente são acessados e armazenam uma infinidade de informações, que são pertinentes a coleta e análise, constituindo verdadeiros mapas de preferências e inclinações do público.
Algumas métricas, coincidem com as analisadas em estruturas de comércio eletrônico, no entanto, outras são inerentes às particularidades dessa modalidade de plataforma. As coincidências são explicadas pelo intenso tráfego entre as redes sociais, as pesquisas em portais e a navegação em site, blogs e E-commerces. Conheceremos mais a respeito:
Alcance - o alcance faz menção ao número de pessoas que visualizam as publicações de uma página, pode ser separado em alcance orgânico gratuito ou pago. No alcance orgânico, está diretamente relacionado com o algoritmo das redes sociais, definido pelos critérios de relevância de conteúdo. As adaptações são necessárias para as postagens, sendo que, cada rede social possui parâmetros particulares na entrega de postagens de forma orgânica.
Engajamento - considerada uma das métricas mais importantes, pois calcula o nível de interação dos usuários, com uma determinada publicação que considera o número de curtidas, comentários e compartilhamentos. A taxa de engajamento mostra o quanto o público está envolvido com o conteúdo, contudo, o engajamento oferece informações quantitativas.
Sentimento - a taxa de sentimento diz respeito aos comentários positivos ou negativos realizados em postagens, por isso trata-se de uma métrica de caráter qualitativo, importante para a análise do feedback dos usuários, e para o entendimento por parte da organização, se o conteúdo agrada o público. Após essa análise, pode-se comprovar a efetividade das ações positivas. No caso de resultados negativos, a empresa deve estudar ações para melhorar a sua presença nas redes.
Taxa de cliques (CTR) - a taxa de cliques representa a porcentagem de vezes, que os usuários visualizam e clicaram em um conteúdo, é bastante utilizada para avaliação de anúncios pagos e estratégias de marketing, que direcionam o tráfego de redes sociais, para uma postagem em um site ou blog. A verificação do CTR ocorre pelo número de clicks da publicação, dividido pelo número de impressões. Para obter a porcentagem, multiplica-se o resultado obtido por 100. Essa métrica acompanha outra, relacionada ao tráfego de redes.
Tráfego social - considerada uma métrica assertiva, é mensurada nas redes sociais em parceria com a ferramenta Google Analytics. Por meio do tráfico, se pode medir o volume de acessos de usuários as mídias sociais de uma empresa, ou seja, quantas pessoas efetivamente visitaram um perfil. Utilizada para exibir o número de usuários que acessam um site através de postagens em redes sociais.
Taxa de rejeição - assim como estudamos na unidade 2 a respeito do comércio eletrônico, em redes sociais a taxa de rejeição é considerada como algo importante, pois mostra quantas pessoas rejeitam um determinado conteúdo. No caso das redes sociais, esse cálculo ocorre através de bloqueios realizados pelos usuários no feed, descurtidas e eventuais denúncias de spam. A taxa de usuários que acessaram a página e não tiveram qualquer interação será contada. Essa é uma métrica que deve ser muito bem avaliada, pois deixa claro que o conteúdo do perfil não está agradando.
Crescimento por canal - o crescimento de uma organização nos canais de redes sociais pode ser mensurado, partindo da análise de três pilares que atuam conjuntamente, que seria no aumento da base de seguidores, no engajamento e no tráfego social. Verifica- se o crescimento do número de seguidores, quando se mede o envolvimento do público com um perfil em uma rede social. É uma métrica que tem a ver com posicionamento de marca.
Conversão - a taxa de conversão é considerada a métrica mais importante, e assim como o comércio eletrônico, representa a porcentagem de quantos usuários realizam a ação desejada pela organização. Essa ação varia conforme os objetivos de campanha, que pode ser apenas o preenchimento de um cadastro, pedidos de orçamento, ligações telefônicas, arquivos baixados como ebooks ou podcasts, e em compras efetivadas a partir da postagem. No caso das redes sociais a métrica de conversão atua com a gestão de tráfego, para a página de comércio eletrônico.
Como observamos neste tópico, os algoritmos e as métricas constituem nos pilares fundamentais da gestão de redes sociais. Como usuários enquanto 'pessoa física' não nos atentamos muito a isso, e estamos mais preocupados em interagir com os amigos, mas em uma perspectiva empresarial, uma gestão de dados para redes sociais, é atualmente, uma das principais formas de competição no mercado.
Assim como nos websites e E-commerces existe por trás das redes sociais um trabalho de inteligência de mercado, envolvendo diversos profissionais que desde o design, o trabalho de copyright, e por fim profissionais dedicados à análise de dados para tomadas de decisão. Dessa forma, além do universo de entretenimento das redes sociais aos quais os usuários comuns estão habituados, existem estratégias digitais e dados conectados, que são tratados e compilados, para constituírem o panorama das tecnologias de informação.
8 TRÁFEGO
Em ambientes digitais, o tráfego aponta a movimentação de usuários entre sites, blogs e redes sociais Assim como no trânsito se refere a movimentação de veículos, o tráfego na Iiternet lida com os fluxos de usuários, que transitam entre as diversas estruturas da web, como os websites, comércio eletrônico e as redes sociais, essa circulação gera fluxos de dados constantemente. É parte das estratégias das organizações fazer com que as pessoas naveguem por essas áreas, que uma postagem em uma rede social, as conduza para uma estrutura de E-ommerce, um blog, ou um site institucional.
Tráfego orgânico: o tráfego orgânico ocorre de forma natural, em que os usuários visitam as páginas de um site sem clicar em anúncios, através de pesquisas em sites de busca ou clicando em um link de algum outro website.
Tráfego pago: ocorre através de links patrocinados, é uma modalidade paga, criam-se anúncios e propagandas que visam direcionar o usuário a realizar a compra de um item qualquer.
Tráfego de referência: ao Navegar em sites, blogs ou redes sociais, é comum que se encontrem em postagens ou matérias, os links clicáveis em meio ao conteúdo. Estes direcionam o usuário a algum outro local da internet, consiste em uma página que referencia outra, esta modalidade é muito eficaz na geração de tráfego na internet.
Tráfego direto: acontece quando o usuário, que conhece o endereço do website, digita diretamente a URL na barra de buscas do navegador. Não existem intermediários, e o acesso a um site ocorre de forma direta.
Tráfego social: gerado a partir das redes sociais, ocorre quando os links são postados e compartilhados a partir dessas redes, é muito utilizado, uma vez que grande parte dos internautas interagem em redes sociais, constituindo uma das estratégias de posicionamento de marca mais utilizadas pelo mercado.
Tráfego de e-mail: ocorre a partir de mensagens que chegam nos e-mails, é um modelo mais pessoal, pois atinge os usuários cadastrados em newsletters, que consentiram em receber as informações, por isso é considerado muito qualificado.
Poderíamos discutir por horas a força das redes sociais no mercado e os seus modelos de gestão de informação. O assunto é amplo, mas vamos encerrar o tópico por aqui, pois se aprofundássemos no assunto, haveria a necessidade de compor um livro apenas para falar desse assunto. O fato é que em estratégias, que unam gestão de informação e seu papel no mercado, não é mais possível, na contemporaneidade, ignorar o poder das redes sociais.
A LGPD é a lei nº 13.709, aprovada em agosto de 2018 e com vigência a partir de 2020. Essa lei busca criar um cenário de segurança jurídica, o intento é padronizar normas e práticas, na proteção de forma horizontal do Brasil. Com a LGPD o Brasil entra para o conjunto de 120 países, que possuem leis específicas na proteção de dados pessoais digitalizados. Essa lei pretende mudar a forma de funcionamento e operação de dados pessoais, por parte das organizações, estabelecendo regras claras sobre a coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais.
A lei entende por dados pessoais, toda informação armazenada em bancos de dados relacionadas a uma pessoa, e o tratamento de dados como qualquer operação realizada com os dados dessa pessoa.
A lei especifica aos usuários e organizações sobre quais práticas serão consideradas lícitas ou não, quando o assunto for a coleta de dados online. Assim, há uma série de determinações para empresas e prestadoras de serviços, e de direitos para o consumidor. O princípio consiste na privacidade de dados dos cidadãos, impedindo que circulem livremente e acabem em poder de terceiros, que usarão os dados sem maiores explicações.
Para exemplificarmos melhor, vamos a exemplos do cotidiano. Um usuário quando recebe um SMS ou mensagem, em um aplicativo, de algum estabelecimento comercial com o qual jamais, fez qualquer contato e nem mesmo pesquisou. A questão seria, em como essa companhia chegou a esse consumidor.O usuário em questão pode ter realizado um cadastro em um concorrente, ou em qualquer outro local, que por algum motivo compartilhou sua base de dados. De posse a essa base, as lojas, os mercados, os serviço e uma gama de estabelecimentos, que nunca tiveram contato, passam sem qualquer autorização prévia, a enviar mensagens para essas pessoas.
Os períodos eleitorais usam dessa prática, enviando mensagens de candidatos, aplicativos e e-mails, que segundo a LGPD são consideradas irregulares. Com o advento da lei, as empresas se obrigarão a justificar o porquê da realização da coleta de dados, e qual o seu uso, dessa forma, estima-se que a transparência aumente.
A lei prevê as exceções, como as pessoas físicas que utilizam os dados para fins pessoais, jornalísticos, acadêmicos e artísticos, que podem usar os dados sem autorização prévia. Todavia, as fontes devem permanecer anônimas no ato da divulgação, pois a segurança pública e as investigações criminais possuirão regras próprias no uso de dados para seus fins.
As companhias estrangeiras que atuam no Brasil estão sujeitas à LGPD, um órgão foi especialmente criado para fiscalizar o cumprimento da lei, trata- se da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, subordinada à Presidência da República e com autonomia de trabalho.
Acompanharemos na ilustração as principais diretrizes que abrangem a Lei Geral de Proteção de Dados.
TÓPICOS PRINCIPAIS DA LGPD
Fonte: https://www.serpro.gov.br/lgpd/menu/a-lgp-d/o-que-muda-com-a-lgpd
Consentimento - o consentimento é essencial no escopo da LGPD. Significa que o consentimento do cidadão é basilar para que seus dados pessoais possam ser tratados, salvo se forem indispensáveis no cumprimento de alguma obrigação legal, na execução de políticas públicas previstas em lei, para estudos de órgãos de pesquisa, execução de contratos, defesa de direitos em um eventual processo, ou preservar a vida e integridade física de uma pessoa. Esta cláusula aborda o tutelamento de ações feitas por profissionais de áreas de saúde ou área sanitária, na prevenção de fraudes contra o titular dos dados, na proteção de crédito ou no atendimento de interesse legítimo, que não fere os direitos fundamentais do cidadão.
Automatização com autorização - o cidadão tem direito a solicitar que seus dados sejam deletados, revogar o consentimento, transferir seus dados para outro fornecedor de serviços, dentre outras ações. O tratamento dos seus dados deve ser realizado, levando em conta a finalidade e a necessidade, que devem ser previamente acordados e informados ao cidadão detentor dos dados. Por exemplo, se a razão de um tratamento de dados que é realizado de forma automatizada, considerar a construção de um perfil, seja pessoal ou profissional, inclusive, um perfil de consumo ou de crédito, o cidadão deve ser informado que tem direito a intervir, pedindo a revisão desse procedimento feito através de automatização.
ANPD - para fiscalização e execução desta lei o país contará com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados Pessoais (ANPD). O papel dessa instituição será fiscalizar o cumprimento da LGPD e aplicar as penalidades previstas em lei. A agência terá como função, regulamentar e orientar preventivamente como aplicar a lei, os cidadãos e as organizações poderão interagir colaborativamente com a entidade.
Gestão - outro item importante é a administração de riscos e falhas, o que significa que os gestores das bases de dados pessoais terão como responsabilidade redigir e cumprir normas de governança, adotar medidas preventivas de segurança, criar e difundir boas práticas e certificações do mercado. Igualmente, haverá a obrigatoriedade da elaboração de planos de contingência, auditorias e a resolução de incidentes com brevidade. No caso de um vazamento de dados, todas as partes interessadas devem ser comunicadas imediatamente. As falhas de segurança podem gerar multas de até 2% do faturamento anual de uma organização, desde que não ultrapassem o limite de 50 milhões a cada infração. A autoridade nacional é que fixará as penalidades, de acordo com a gravidade da falha, e enviará as orientações antes da aplicação de sanções às empresas.
Finalidade e Adequação - determinam que uma organização não poderá usar os dados conforme seu interesse, visto que, uma finalidade bem definida deverá existir, e ser informada ao titular.
Necessidade - coleta e uso de dados pessoais se restringirá apenas ao necessário, para que se alcancem as finalidades elencadas e comunicadas pela empresa.
Transparência - aos titulares das informações, se deve garantir clareza, acesso e satisfação a respeito de tratamentos de dados, e observados os segredos comerciais e industriais.
Não discriminação – será ilegal o tratamento de dados visando ações discriminatórias ilícitas ou abusivas.
A LGPD será submetida as adequações e modificações, se encontra em período de avaliação, para julgar sua eficácia. Dessa forma, cabe a sociedade estar vigilante, as empresas se adequarem a lei e os usuários exigirem seus direitos.
RESUMO DA UNIDADE 3
Ao final desta unidade estudamos as estruturas de ensino e aprendizagem, que fazem parte do ensino à distância, na modalidade digitalizada, o E-learning. Descobrimos sobre suas formas de operação, as diversas manifestações, seu papel na educação e na capacitação de colaboradores das organizações, bem como, a ascensão das práticas de E-learning voltadas aos dispositivos móveis. Exploramos o poder das redes sociais, e entendemos a maneira como os dados trabalham, e em como o tráfego é gerado entre as redes sociais. As outras estruturas da internet com suas principais métricas e o funcionamento de seus algoritmos, além de seu papel em estratégias empresariais. Observamos tanto em nossos estudos quanto em nossas percepções diárias, que as redes sociais estão arraigadas em nossas vidas, e qualquer estratégia de caráter comercial ou educacional, necessita dos recursos interativos e sociais. Por fim, entendemos sobre a recente Lei Geral de Proteção de Dados, que influencia as práticas de coleta e tratamento de dados em nosso país, universidades, empresas, entidades e institutos. Dessa forma, todos devem prestar atenção às adequações da lei, que sucinta profundas modificações na maneira, como são geridos e armazenados os dados presentes em Sistemas de Tecnologia de Informação. Assim, chegamos também ao final de nossos estudos e desejamos que essa breve passagem pelos caminhos da Tecnologia da Informação, e seu papel mercadológico e social, tenha lhe proporcionado novos conhecimentos e ideias. Talvez, desperte o seu interesse para pesquisar sobre o assunto, visto que, o conhecimento está disponível para que possamos usá-lo em prol da melhoria das condições de vida, bem como, em promover as melhorias na sociedade. O conhecimento só tem real valor, se proporciona crescimento, tanto individual quanto coletivo. Ao final dessa leitura desejamos a todos vocês, que o saber adquirido, abra um caminho de ascensão, de sabedoria, bondade e companheirismo. Até a próxima!
AUTOATIVIDADE
1) Dispositivos mobile são muito presentes em nossa realidade, e se constituem como ferramentas valiosas para sistemas de aprendizado. Comente suas percepções sobre o Mobile Learning.
2) As redes sociais a despeito de sua atmosfera de entretenimento e informação, são sofisticados sistemas de comunicação que suportam diversos formatos de mídia. Comente sobre o potencial das Redes Sociais como ferramentas de Tecnologia de Informação.
3) Qual o impacto da LGPD nas relações de uso de dados do público por parte das empresas? Comente.