A maioria, senão todos os Chief Executive Officer – CEO, que significa Diretor Executivo, em português, e todos as classes de gestores de empresas convivem com a premissa de que tudo o que fazem devem produzir bons resultados.
Também a maioria deles sabe que a organização é uma poderosa ferramenta de gestão.
Um modelo de gestão dotado de ferramentas que conduzam a identificação dos resultados que estão alcançados com as decisões tomadas faz toda a diferença na avaliação quantum de resultado. O modelo de gestão deve sempre produzir convicção sobre a decisão que se deve tomar, o modelo de Informação bem delineado vai orientar as ações das diversas áreas a convergir com aquilo que se espera, e um modelo de mensuração bem estruturado revelará a medida exata da ação a ser tomada, ou do resultado alcançado e, principalmente, na revelação da verdadeira avaliação desses resultados.
Pois bem, imagine que uma empresa tenha planejado, executado, controlado e alcançado determinado objetivo, por exemplo, um determinado valor de lucro.
Mas, e agora?
O que fazer com esse lucro?
A questão sobre o que fazer é no sentido de avaliar. Avaliar é analisar o desempenho, não só o desempenho quantitativo, mas também o qualitativo, é construir indicadores. Indicador é o modelo matemático em que, se dividido o número 1(um) por outro, o 2 (dois), por exemplo, encontraremos um resultado de 0,5. Aplicando os resultados a uma prática de dividir, por exemplo, 1(um) bolo entre 2(duas) pessoas, cada uma delas ficará com 0,5, ou seja, 50%, ou melhor, metade do bolo para cada pessoa.
A análise de desempenho tem fundamental relevância na condução de uma organização rumo à continuidade e perpetuação.
A tarefa de combinar os números de forma a conduzir uma análise de desempenho, indicadores, não é matéria simples.
Sobre gestão por indicadores, Schmidt, Santos e Martins (2014, p. 96) mencionam que:
Sêneca, filósofo romano que viveu entre 4 a. C. e 65 d. C., tem uma frase já de domínio popular que diz ‘Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável.’ Tal pensamento permeia a mente dos estudiosos e executivos responsáveis pela elaboração dos planos estratégicos das organizações.
E apresentam diversas propostas de indicadores aplicados nas organizações, as quais passaremos a apresentar algumas delas:
• EVA – Economic Value Added – método que calcula o retorno que a soma dos capitais – próprio e de terceiros – proporcionam aos investidores (proprietários, sócios e acionistas). Mede o retorno sobre o capital e o custo desses capitais.
Onde:
Capital Aplicado = capital próprio + capital de terceiros.
CMCP = Custo médio ponderado dos capitais.
Esse seria a forma de calcular o “lucro verdadeiro” do ponto de vista do investidor, o lucro produzido pelo montante de capital aplicado menos o seu próprio custo do capital.
• BSC – Balance Scorecard – uma possível tradução seria “Indicadores Balanceados de Desempenho”, de Kaplan e Norton (1997), que tem o objetivo de responder os desafios das perspectivas: Financeira, do Cliente, do Aprendizado e Crescimento; e dos Processos Internos, estruturado em um Mapa Estratégico com Objetivo, Indicadores, Metas e Plano de Ação.
Figura 1 - Balanced Scorecad
Fonte: adaptada de Kaplan de Norton (1997).
Figura 2 - Mapa Estratégico
Fonte: o autor.
Esse modelo tem como característica seus objetivos, que não são meramente quantitativos, mas consideram a satisfação sob as perspectivas que entende como primordiais.
• CI – Capital Intelectual – o modelo utiliza indicadores de desempenho com foco Financeiro, no Cliente, no Processo, no Desenvolvimento e Humano, e afirma que o valor de mercado de uma empresa não é baseado no valor contábil de seus ativos, mas pela combinação do Capital Financeiro e Capital Intelectual conforme.
Figura 3 - Capital Intelectual
Fonte: Edvinsson e Malone (1998, p. 47).
O modelo revela um aspecto muito importante, que é o valor real de uma organização para o mercado, o que o mercado está disposto a pagar pela aquisição de um ativo, uma empresa.
Figura 4 - Modelos de gestão por indicadores
Fonte: o autor.
Espero que tenha apreciado e despertado o interesse em aprofundar ainda mais seus conhecimentos em avaliação de empresas.
EDVINSSON, L.; MALONE, M. S. Capital intelectual. São Paulo: Makron Books, 1998.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação, balanced scorecard. (Trad. Luiz Euclides Trindade Frazão Filho). Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. dos; MARTINS, M. A. dos S. Manual de Controladoria. São Paulo: Atlas, 2014.
PARABÉNS!
Você aprofundou ainda mais seus estudos!