O objetivo desta lição é conhecer os recursos mais utilizados nos softwares processadores de textos. Vamos nos basear no programa de processador de textos mais popular há muitos anos, o Microsoft Word. E você pode pensar que, ao utilizar como base o Microsoft Word, conhecerá apenas as funcionalidades deste software. No entanto a maioria dos outros softwares processadores de textos baseiam-se na interface e nas funcionalidades dele.
Neste sentido, você conseguirá utilizar o que aprendeu nesta lição em praticamente qualquer tipo de processador de textos com que tiver contato, seja ele instalado no computador seja por meio do navegador da internet, o que chamamos de aplicações em nuvem. Mas isto é assunto para uma outra lição.
Atualmente, uma constante busca, ao se projetar um software, é seu apelo visual para que os ícones gerem em seu cérebro o que ocorrerá ao clicar nele. Entre tais elementos, nosso objetivo nesta lição não é efetuar uma apresentação da ferramenta de forma avançada, mas que, de forma geral, apresente como o software atua e pode ajudar você no dia a dia.
Você pode estar pensando, hoje, com toda tecnologia que temos à disposição, ainda preciso saber como utilizar um processador de textos? Minha resposta é sem dúvida nenhuma, sim. Atualmente, um processador de textos não atua apenas com palavras e números. Claro que, no início, eles faziam o básico, eram quase que uma máquina de escrever que armazenava o texto em um arquivo. E o que podíamos fazer com uma máquina de escrever além de digitar números e letras? Inserir alguns caracteres especiais, como @, $, %, &, *, (, ), !, “, ?, ?, >, <, etc., basta olhar para o seu teclado do computador. Era possível ajustar a máquina de escrever para determinar os parágrafos e espaços entre as linhas, basicamente.
Atualmente, os processadores de textos podem atuar com milhares de tipos de letras, chamadas de fontes, tamanhos variados, cores, a possibilidade de aplicação de efeitos de sombras nas letras entre muitas outras ações relacionadas aos textos escritos. Mas se precisar, ainda, inserir alguns outros elementos, como um desenho, fotografia, uma tabela, um gráfico, é possível?
Sim, e é por isto que, talvez, os processadores de texto continuam sendo uma das ferramentas de comunicação de negócios e produção textual mais populares na atualidade. Com eles podemos atuar com praticamente todos os elementos gráficos de que precisamos para apresentar um texto, um jornal, um convite, um relatório etc. que produziremos. E tenha certeza de que, cedo ou tarde, você precisará produzir algo e terá que utilizar um processador de textos. Provavelmente, seja relacionada à sua formação educacional, escola, faculdade etc.
O “Template”. Se você nunca viu ou ouviu esta palavra, ainda escutará. Eu acho que escutei, ou, pelo menos, escutei tarde demais na minha vida profissional. Vou lhe contar o motivo. Eu tinha acabado de entrar no departamento de crédito de uma instituição financeira, um banco, e meu gerente pediu que eu fizesse uma análise de inadimplência (pagamentos atrasados) por filial e tipo de empréstimo (cheque especial, cartão de crédito, financiamento de veículos e crédito pessoal) dos últimos seis meses. Ele não deu muitos detalhes sobre como eu deveria efetuar esse relatório. Só perguntei se ele queria em forma de apresentação de slides. Ele disse que naquele momento não e que precisava do relatório em dois dias. Falei “ok” e passei, então, a levantar as informações. Conseguir gerar informações por meio da plataforma de geração de informações do banco de várias formas, gráficos, tabelas, mapas com a localização das filiais, para cada tipo de empréstimo, com variação mensal etc.
Mas tinha um porém, a plataforma que gerava as informações apresentava-as na tela, que eu podia exportar em forma de imagem ou arquivo “pdf” que é um arquivo quase igual a uma foto, ou seja, sem plenas possibilidades de edição. Sem contar que também não gerava um parecer, ou seja, eu teria que apresentar as informações e gerar um parecer. Não pensei duas vezes, vamos copiar os dados gerados e colar no Microsoft Word e, assim, fazer um relatório. Comecei a fazer o relatório, apesar das informações estarem consistentes, ele parecia sem graça, muito comum, nada que gerava interesse no leitor. Ao chegar em casa à noite, comentei isso com minha esposa. Ela falou que onde ela trabalhava eles utilizavam os templates do editor de textos como base para os relatórios. Eu falei: templates? Ela disse sim, são aqueles modelos prontos de relatório que o Microsoft Word possui e que você pode, então, fazer alterações. Corri para o computador e fui pesquisar mais a respeito. Descobri que existem vários modelos, inclusive, para outros tipos de conteúdo. Enfim, elaborei o relatório com base em um modelo que encontrei no Microsoft Word e meu trabalho foi muito elogiado. Então, fica a dica, visite os modelos que os softwares possuem, não se trata apenas do Microsoft Word, muitos outros possuem.
De acordo com Manzano e Manzano (2003), o Microsoft Word é uma das ferramentas de processamento de texto mais utilizadas atualmente. Para Lambert e Cox (2013), processamento de texto é simplesmente a criação de texto em um computador. O Microsoft Word é usado para criar documentos pessoais e profissionais, digitalmente. Ele é capaz de muitas tarefas diferentes, todas projetadas para aprimorar a experiência de escrita de texto. Segundo Joyce e Moon (2014), o Microsoft Word faz parte de um conjunto de aplicativos para escritório chamado de Microsoft Office.
O Microsoft Word é usado para escrever cartas, planos de aula educacionais, escrever artigos, livros, editar documentos, criar currículos e fazer boletins informativos, relatórios empresariais, basicamente tudo que pode ser lido em papel e digitalmente. Segundo o MOAC (2007), às vezes, funciona como um espaço reservado para documentos não publicados na internet, dando aos usuários a chance de construir o conteúdo da peça antes de liberá-la para outros na sua forma final. Segundo Manzano e Manzano (2018), o uso do Microsoft Word também garante que a ortografia e a gramática da criação sejam aceitáveis.
Por exemplo, ao escrever um livro e deixá-lo no formato final com elevado nível profissional, utiliza-se outro tipo de processador de textos, chamado diagramadores. O mais famoso é o Adobe InDesign, utilizado para editoração gráfica de elevado volume e controle de qualidade. No entanto, geralmente, tudo nasce em um editor de textos como o Microsoft Word. Depois, o conteúdo é transferido para outro local. Por exemplo, você está lendo este texto em uma página da internet, mas ele foi criado, primeiramente, no Microsoft Word. Eu sei, pois foi eu quem o criou.
Vamos, agora, conhecer algumas funcionalidades do Microsoft Word. Ao abrir o aplicativo na tela do computador, é apresentada a seguinte tela, a qual vamos chamar de Figura 1, tela de abertura. Você também pode acessar o Word, de forma gratuita, se tiver uma conta da Microsoft, como Hotmail, Outlook ou Msn.
Na Figura 1, observamos a presença de alguns ícones que são apresentados na tela do computador e especificaremos as ações que ocorrem ao clicar nos pontos ou nos ícones que numeramos no local em que se localizam na figura. Da esquerda para a direita, temos os seguintes pontos marcados:
Novo: para iniciar um novo documento.
Documento em branco: para começar um documento sem utilizar um modelo como exemplo.
Para um novo documento, tendo como modelo um livro para colorir com números.
Para um novo documento, tendo como modelo um cartão de comemoração.
Para um novo documento, tendo como modelo um jornal tradicional.
Para um novo documento, tendo como modelo um boletim informativo de viagem.
Para um novo documento, tendo como modelo um criador de marcadores de livro.
Pode, ainda, para um novo documento ter como modelos também chamados de “templates” de relatórios da área de negócios, cartões, panfletos, cartas, trabalhos educacionais, currículos e cartas de apresentação, cartões de feriados ou, ainda, procurar on-line, na biblioteca de modelos da Microsoft (https://templates.office.com/pt-br/templates-for-word).
Ao clicar em novo, a seguinte tela é aberta.
Na Figura 2, nota-se que temos uma barra de ferramentas e que ela está numerada. Vamos verificar, agora, o que cada número indicado representa:
Arquivo, levará a tela descrita na Figura 1 e apresentará algumas possibilidades para salvar o arquivo com o nome que desejar, gerar uma cópia, ou imprimir o documento.
Página inicial, guia que está selecionada neste momento, pode-se perceber isso ao observar uma linha sublinhada abaixo desta guia.
Inserir.
Desenhar.
Design.
Layout.
Referências.
Correspondências.
Revisão.
Exibir.
MathType.
Ajuda.
Acrobat.
Ainda na Figura 2, como foi observado há pouco, estando o item 2, Página Inicial selecionada, aparecerão os seguintes comandos:
Área de transferência, para copiar, recortar textos, figuras, tabelas, ou, ainda, colar de outros aplicativos para o documento que está sendo trabalhado.
Fonte, área onde se escolhe o tipo de fonte (formato das letras), aplica-se negrito, itálico, sublinhado, tachado texto, aplica efeitos, muda as cores entre outros, ou seja, é uma área dedicada à customização da fonte.
Parágrafo, área dedicada a aplicar onde o texto ficará alinhado, tamanho do início do parágrafo, marcadores, numeradores, espaçamento entre as linhas etc.
Estilos, áreas com alguns estilos, ou seja, tamanho, tipo, cores, de fonte e parágrafos já pré-configurados. Isto pode ser ajustado pelo usuário.
Editando, área para localizar e substituir palavras do texto.
Voz. O Microsoft Word possui uma ferramenta que escreve o que você fala, por meio de um microfone ligado ao computador.
Aplica algumas políticas de segurança da organização. Pouco utilizado.
Editor, área para correções, aperfeiçoamentos e estatísticas do documento.
Régua do documento, informando o limite dos parágrafos.
Reutilizar arquivos, você pode abrir outros documentos ao lado para aproveitar parte dele.
Área de digitação do documento.
Ao clicar na guia 3 “Inserir”, descrita na Figura 2, as guias abaixo mudam suas funções, assumindo novas funcionalidades, veja na Figura 3 a seguir.
Veja que, agora, na Figura 3, temos outros ícones, e se pode inserir folha de rosto, páginas em branco, efetuar quebra de páginas, inserir tabelas, imagens, formas, ícones, modelos 3D, gráficos, recortes de tela, obter suplementos (aplicativos acessórios para o Microsoft Word), pesquisa direto na Wikipédia, inserir vídeos, links, efetuar comentários, editar cabeçalhos, rodapés, inserir números de páginas, caixas de textos, linhas para assinatura, dia e hora, equações, símbolos etc.
Ao clicar na guia 4, descrita na Figura 2 “Desenhar”, pode-se, com o mouse ou uma mesa digital, mesclar os textos com desenhos e aplicar alguns efeitos interessantes.
Ao clicar na guia 5, descrita na figura 2 “Design”, pode-se pré-configurar alguns modelos para fontes, cores e efeitos para o texto. Pouco utilizado.
Ao clicar na guia 7, descrita na figura 2 "Referências", é utilizado para indexar partes do texto para gerar sumários, automaticamente. Utilizado em textos longos com centenas de páginas. Isto facilita, quando existe alguma alteração no conteúdo onde os elementos se ajustam, automaticamente, e não perdem sua numeração de página.
Ao clicar na guia 8, descrita na figura 2 “Correspondência”, é aberta uma série de ferramentas para emissão de malas diretas, seja por e-mail seja impressas. Utiliza como base um banco de dados ou uma planilha do Excel com nomes, endereços, números de documentos etc.
Ao clicar na guia 9 descrita na figura 2 “Revisão”, é aberta uma série de ferramentas para correção e estatísticas do texto. Mas, também, para a parte de revisão, onde o Microsoft Word pode controlar e apresenta, de forma visual, qualquer alteração efetuada no texto, podendo, ou não, ser aprovada e abrindo janela para comentários de algum texto ou elemento selecionado. Muito utilizado quando mais de uma pessoa atua no texto, sendo uma revisora dele.
Ao clicar na guia 10 “Exibir”, uma série de ferramentas de como você quer visualizar sua área de trabalho do texto “item 24 da figura 2”. Veja, por meio da Figura 4 a seguir.
Ao observar a Figura 4, pode-se ver que é possível alterar o modo de leitura, de impressão, converter em layout de Web, estrutura de tópicos, rascunho, mudar para um plano vertical e horizontal, entre outras possibilidades.
A guia 11, descrita na Figura 2 como “MathType”, é um suplemento, um software que se integra ao Word para atuar com equações para editoração.
A guia 12, descrita na Figura 2 como “Ajuda”, apresenta alguns tutoriais e explicações e treinamentos em pequenos vídeos.
A guia 13, descrita na Figura 2 como “Acrobat”, também é um suplemento, um software que se integra ao Word para atuar na edição de documentos em formato pdf.
Nesta lição, você conheceu como funciona um processador de texto e o quanto a utilização dos templates pode adiantar um serviço, isso porque ele é como se fosse uma base para otimizar o seu trabalho. Que tal você fazer o seu próprio marcador de página e experimentar como isso tudo funciona na prática? O Microsoft Word pode lhe ajudar nisso. Ao clicar no ícone Criador de Marcadores, descrito na Tela de abertura Microsoft Word, na Figura 1, o seguinte, template representado pela Figura 5, é aberto na tela do computador para se trabalhar.
A primeira orientação, apontando para o local onde se pode furar os marcadores de página está escrito "Use um furador para perfurar um buraco e amarre uma fita nele".
Logo abaixo, a segunda orientação sendo apontada com uma flecha para uma área central dos marcadores com a orientação "Escreva suas próprias mensagens de marcadores".
A terceira orientação, que direciona para uma área inferior do template dos marcadores que contêm fotos de pessoas em um espaço reservado, tipo em molduras, está descrito "Substitua essas imagens por suas próprias fotos".
De forma geral, assim que funcionam os modelos, ou templates, quando você os escolhe na tela inicial, eles são carregados como um novo documento e já vêm como textos de orientação e, até mesmo, com exemplos pré-preenchidos para que você os substitua pelo que desejar. Como já mencionado anteriormente, o carregamento de modelos não é exclusividade do Microsoft Word, outros processadores de documentos fazem isto. Até o Google Documentos pode ser gerado a partir de modelos pré-carregados. Agora é com você. Quando puder, acesse os modelos do Microsoft Word ou outros softwares, se não os utilizar, certamente, servirão de inspiração para o que deseja produzir.
JOYCE, J.; MOON, M. Microsoft Office System 2007. São Paulo: Grupo A, 2014.
LAMBERT, J.; COX, J. Microsoft word 2013: passo a passo. São Paulo: Grupo A, 2014.
MANZANO, A. L. N. G.; MANZANO, M. I. N. G. Estudo Dirigido de Microsoft Office Word 2003. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
MANZANO, A. L. N. G.; MANZANO, M. I. N. G. TCC - Trabalho de Conclusão de Curso - Utilizando o Microsoft Word 2013. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.
MOAC. Microsoft Official Academic C. Microsoft Office Word 2003. São Paulo: Grupo A, 2007.