TEXTO CURATORIAL
FEIA 26: TRAVESSIA
Cada destino é só um começo, pois quem é travesso vive em movimento
A travessia é, acima de tudo, um processo de resistência e adaptação, um fluxo constante entre o que somos e o que podemos ser. Cada passo rumo ao desconhecido é uma chance de reinvenção, de novas narrativas, de conexão com o outro. Não há fim, apenas abertura para o novo.
O FEIA 26 não é somente uma celebração artística, mas uma provocação para olharmos além, expandindo nossas percepções e ampliando os espaços de expressão. Como qualquer travessia, o desconhecido nos espera do outro lado. Ao avançarmos, deixamos rastros e transformamos o percurso, permitindo que o novo se estabeleça.
Nesta edição, a tentativa de deságue coletivo continua a ser alimentada por diversos artistas. O festival permanece como um lugar para transbordar encontros, espalhar possibilidades e permitir travessias para lugares impossíveis.
A urgência de existir e o desejo coletivo de existirmos juntes constroem e reconstroem esse movimento. É o verter coletivo dos nossos sonhos e desejos de travessia—sonhos, imaginários, encontros e transformação.
Assim, o FEIA 26 deseja transbordar o que é possível ser. Traçar novos encontros e nos propor uma constante travessia de saberes e experiências. Passar por aquilo que nos constitui e respirar o que podemos ser. Realizar novas tentativas de narrativas e processos, conectar-se com o outro e com o mundo ao redor de forma incessante.
Dar vazão às travessias para lugares impossíveis, traçar caminhos para o encontro e para os afetos. O festival pode ser um espaço de imaginação e criação de um cais—um lugar de passagem e permanência.