O ceuci
Centro de Estudos sobre Urbanização para o Conhecimento e a Inovação

Estudos de caso

Um dos métodos utilizados pelo CEUCI é o estudo de caso de parques tecnológicos, hubs de inovação e distritos voltados à produção do conhecimento de modo geral, no Brasil e no exterior. Esses estudos são desenvolvidos por meio de acompanhamento e observação participativa (como no caso do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável - HIDS), de visitas em campo, de disciplinas de graduação e de pós-graduação, de oficinas e de trabalhos de iniciação científica, mestrado e doutorado.

O mapeamento estudado pela equipe Silvia Stuchi, Denis Alves, Bruno Liza, orientados pela Profa Dra Milena Serafim, tem o objetivo geral de identificar parques científicos e tecnológicos, em contextos similares ao brasileiro. E tem como objetivos específicos: mapear, analisar e classificar PTs em contextos de países periféricos e semiperiféricos, embasando pesquisas, nas várias frentes do CEUCI.

A seguir, detalhamos as camadas do mapa:

O mapeamento, bem como o my maps, está em constante atualização e camadas serão adicionadas ao mapa conforme a evolução das pesquisas realizadas pelo grupo.

HIDS

O Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), em Capinas, é o primeiro e princiapl estudo de caso do CEUCI. Nossos pesquisadores vêm estudando sua história e acompanhando seu desenvolvimento, por meio de um processo de observação participativa. 

Ir para a página do estudo de caso do HIDS

Disciplina AQ106/IC750 2023

A disciplina de pós-graduação AQ106/IC750 Knowledge-based urban developments: Estudos de caso em franjas urbanas foi oferecida na FECFAU-UNICAMP no primeiro semestre de 2023 e teve a participação de 19 alunos, sendo 7 deles funcionários da Prefeitura Municipal de Campinas. Os alunos foram agrupados em 6 equipes formadas, cada uma, por um representante da academia (professores e pesquisadores), um da indústria (escritórios de arquitetura e urbanismo) e um do governo (funcionários públicos). Os textos abaixo foram elaborados pelos próprios alunos.

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PARTEC

Criado em 2018, por iniciativa da Universidade Federal do Ceará, o PARTEC localiza-se no campus do Pici, na Cidade de Fortaleza, e destina-se a promover a políticas de desenvolvimento e fortalecimento da ciência e da tecnologia. O parque está alinhado com o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação do governo federal e funciona como órgão da UFC. Ocupa uma área de 22,9 ha no campus Pici e noutros campi da UFC (Porangabuçu, Quixadá, Russa e Crateús) e conta com 5 temas prioritários de atuação: agronegócio; saúde e biotecnologia; recursos hídricos; tecnologia da informação e comunicação; e energias renováveis. O PARTEC tem como objetivos atrair novas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (bens e serviços), por meio de cooperação com empresas de bases tecnológicas; incentivar criação de empresas de base tecnológica e colaborar para a expansão destas no mercado; apoiar parcerias da Universidade com organizações públicas e privadas de pesquisa, inovação tecnológica e iniciativas voltadas à tecnologia social; e estimular a produção científica e tecnológica que valorize o desenvolvimento sustentável. O objetivo desta iniciativa pública é promover a inovação científica, a coesão cidadã e a sustentabilidade do ambiente natural. O Parque se enquadra na quarta geração de parques tecnológicos, tendo como modelo de inovação a quíntupla hélice, ou seja, os atores envolvidos são o meio ambiente, atuando desde a ideologia do projeto nos pilares da sustentabilidade e tratamento do terreno por ser uma antiga área contaminada por conta dos aterros sanitários; as empresas, como um parque científico e tecnológico, algumas empresas já se instalaram no local e há espaço para mais empresas com foco em inovação e tecnologia; a sociedade, atuando na participação popular desde 2017; a academia, atuando no apoio do desenvolvimento tecnológico; e o governo, atuando na iniciativa do projeto. 

valDelAlba.pdf

Parc de l'Alba

O Parc de L’Alba é um projeto de urbanização que tem como objetivo constituir uma nova zona de centralidade no âmbito metropolitano de Barcelona, na cidade de Cerdanyola Del Vallès. No Plano metropolitano de 1976, a região já havia sido declarada como de especial interesse público, mas ganhou força com o planejamento do acelerador Synchrotron, inaugurado em 2010. O Plano Diretor Urbanístico do parque se baseia na vocação científica e tecnológica da região e busca agregar a ela ideais de urbanização voltada à saúde e à qualidade de vida, além da preservação ambiental e da criação de corredores ecológicos. Sua elaboração e implantação é de responsabilidade de um consórcio formado pelo Incasòl (Instituto Catalão do Solo) e pelo Conselho de Cerdanyola Del Vallès. O objetivo desta iniciativa pública é promover a inovação científica, a coesão cidadã e a sustentabilidade do ambiente natural. O Parque se enquadra na quarta geração de parques tecnológicos, tendo como modelo de inovação a quíntupla hélice, ou seja, os atores envolvidos são o meio ambiente, atuando desde a ideologia do projeto nos pilares da sustentabilidade e tratamento do terreno por ser uma antiga área contaminada por conta dos aterros sanitários; as empresas, como um parque científico e tecnológico, algumas empresas já se instalaram no local e há espaço para mais empresas com foco em inovação e tecnologia; a sociedade, atuando na participação popular desde 2017; a academia, atuando no apoio do desenvolvimento tecnológico; e o governo, atuando na iniciativa do projeto.

parisSaclay.pdf

Paris-Saclay

O Campus Urbano Paris-Saclay localiza-se no planalto de Saclay, localizado a sul de Paris. Embora a região já apresentasse, além de atividades agrícolas, uma alta concentração de institutos de pesquisa, universidades e empresas, esses estabelecimentos foram implantados de forma independente e dispersa pelo território. Assim, a operação urbana Établissement Public d’Aménagement Paris-Saclay (EPAPS), iniciada em 2010 pelo estado francês, tem como objetivo integrar essas instituições, conectando-as ao transporte público metropolitano. Trata-se de um ambicioso projeto de interesse nacional para impulsionar a pesquisa e a indústria francesas. O campus estende-se por quase 8 km de comprimento e aproximadamente 650 ha, organizando-se em torno de três novos distritos: École Polytechnique (230ha), Moulon (330ha) e Corbeville (90ha). As diretrizes de implantação do campus são o adensamento, o uso misto, a diversidade habitacional, a promoção de mobilidade ativa, a diminuição da emissão de carbono e estratégias energéticas com o intuito de responder aos desafios climáticos. Tudo isso contribui para a criação de espaços animados onde as pessoas trabalhem, vivam, divirtam-se e criem seus filhos, enquanto se mitiga a expansão urbana desordenada. Considera-se fundamental o respeito à paisagem natural e às atividades agrícolas, protegidas por legislação específica. O projeto de Paris-Saclay se desenvolve em parceria com as autoridades locais de Île-de-France, com a Universidade de Paris-Saclay, com os centros de pesquisa público-privados e com as empresas ali presentes. Além disso, considera a participação de representantes da sociedade e de agricultores nas decisões projetuais. Dessa forma, seu modelo de inovação se caracteriza como hélice quíntupla, a qual considera as sinergias entre academia, indústria e governo, a participação da comunidade e, ao mesmo tempo, tem o ambiente natural como potencial fator de desenvolvimento, o que permite classificá-lo como parque científico e tecnológico de quarta geração.

saoJoseDosCampos.pdf

PqTec

O Parque Tecnológico de São José dos Campos está situado em localização privilegiada: a 15 km a leste do centro do município de mesmo nome, no Vale do Paraíba paulista, às margens da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), entre São Paulo e Rio de Janeiro. O perímetro especial do PqTec, instituído pelo Plano Diretor de 2019, abrange 15,8 milhões de metros quadrados, sendo que a área de seu núcleo soma 188 mil metros quadrados e possui atualmente cerca de 55.000 m² de área construída. Situado em uma cidade que tradicionalmente sedia um pólo tecnológico voltado aos setores aeroespacial, bélico e de eletrônica avançada, o PqTec atua em parceria com diversas instituições de ensino, pesquisa e inovação e com empresas intensivas em conhecimento e inovação. Possui atualmente 217 empresas associadas, 84 empresas residentes, 51 Startups e 4 Centros Empresariais. O PqTec pode ser enquadrado como um parque tecnológico de segunda geração, de hélice tríplice (2a geração): Governo, Universidade e Indústria. Implantado através da promulgação da Lei Municipal n° 7.101/2006, é uma Organização Social (pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos), instituída pelo Decreto no 12.815/07. Destacam-se como atores os entes governamentais (Prefeitura Municipal e SABESP), as instituições de ensino, pesquisa e inovação (CEMADEM, CTA, ITA, INPE, IPT, UNESP) e empresas sobretudo dos setores aeroespacial e de tecnologia avançada (EMBRAER, ABIMAQ, AIRBUS, ATECH, BOIENG, CITE, ERICSSON, IEMAR, VALE, VISIONA, entre outras). 

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Sophia Antipolis

Implantado em 1969, na Cote d'Azur, sul da França, Sophia Antipolis é o parque tecnológico mais antigo da Europa. Em seu território, estão várias empresas internacionalmente renomadas (como AirFrance, Bosch e Toyota), além de importantes instituições acadêmicas (como Polytech Nice Sophia - University of Côte d’Azur, e SKEMA Business School). Ao longo dos mais de 50 anos desde a implantação do parque, suas instituições de governança realizaram uma série de eventos e atividades com o intuito de ampliar a abrangência, atratividade e modernização de Sophia Antipolis. Atualmente, busca-se, por meio da Agenda SOPHIA 2040, superar o desafio de renovação que consiste em alinhar as perspectivas tecnológicas e operacionais do parque às questões atuais relacionadas ao meio ambiente e sociedade, a fim de reafirmar sua (já consolidada) condição de relevância global. Inicialmente implantado conforme a 2a geração de parques tecnológicos (atuação da indústria, universidade e governo e um modelo de inovação market pull - desenvolvimento tecnológico orientado pelas demandas do mercado), Sophia Antipolis se caracteriza, atualmente, como um parque de terceira geração (acréscimo da sociedade aos anteriores agentes atuantes), visto que ao longo dos anos desde sua implantação foram desenvolvidos novos processos e movimentações de modo que não somente se buscassem novas alternativas de inovação e integração global mas, também, que a sociedade civil participasse destes processos e pudesse desfrutar dos elementos resultantes do sucesso do parque tecnológico. Observam-se, ainda, algumas medidas (implantadas e previstas) que visam condicionar o parque à 4a geração, de maneira que, principalmente, sejam contempladas questões de saúde, conforto e sustentabilidade ambiental.

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Sapiens Parque

Idealizado em 2002 e iniciado em 2007, o Sapiens Parque, localizado em Florianópolis, baseia-se no conceito de “parque de inovação”, um ambiente com infraestrutura para abrigar empreendimentos, projetos e outras iniciativas estratégicas para o desenvolvimento do conhecimento. Esta área pública estadual, de 4,3 milhões de m2, abrigou, na década de 1970, uma colônia penal para presos da ditadura. De acordo com seu Masterplan, 50% da área foi destinada a parque, lagos e preservação ambiental. Como modelo conceitual o Sapiens apresenta quatro pilares: SCIENTIA: unidades acadêmicas e de pesquisa e desenvolvimento; ARTIS: espaços destinados às iniciativas focadas na área de Arte e Cultura; NATURALLIUM: projetos e empreendimentos voltados à preservação e sustentabilidade ambiental e ecossistemas ambientais conectados; GENS: ações e programas de promoção e qualificação com a comunidade do entorno. De acordo com o Relatório de Impacto Ambiental desenvolvido em 2003 para o Sapiens Parque, o projeto foi apresentado como um programa de desenvolvimento regional, “baseado na sustentabilidade social, econômica e ambiental, voltado para a produção científica, tecnológica e educativa”. O Sapiens pode ser considerado um Parque Tecnológico de segunda geração, baseado no modelo de hélice tríplice (2a geração) entre o setor Governamental, Acadêmico e Empresarial, inovação tipo market pull. A área está inserida em um contexto urbano residencial na região norte da ilha, com forte vocação para o turismo. O parque é acessado através de rodovias que o conectam ao centro, universidades e ao aeroporto. Além de alto fluxo de veículos, conta com uma linha de ônibus elétrico alimentado por energia solar no trajeto entre o Parque e a Universidade Federal. O masterplan elaborado para o parque prevê usos voltados para setores institucionais, de serviços, comércio e parques urbanos para lazer, com  destaque para lotes para indústrias de tecnologia e inovação, sua principal vocação. Não há previsão do uso residencial.