Esta primeira videoaula introduz a temática de Gênero e Violência Baseada no Gênero (VBG). Por meio de discussões sobre sexo, gênero, relações de poder e papéis de gênero, busca-se compreender como a desigualdade de gênero pode levar ao abuso de poder e afastar mulheres, meninas, meninos, pessoas da comunidade LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Intersexo), idosos e pessoas com deficiência de terem maiores possibilidades de escolha e de tomada de decisão. Como exemplo, somos apresentados à história de Socorro, uma jovem migrante/refugiada inserida em um contexto de Violência Baseada no Gênero, buscando compreender as causas, fatores contribuintes e consequência para a sobrevivente de VBG.

A segunda videoaula apresenta o tema da Violência Baseada no Gênero (VBG) no Contexto da Assistência Humanitária, com foco na prevenção e resposta. As situações de emergência humanitária afetam mulheres e homens de forma diferente. Isso acontece porque as vulnerabilidades e desigualdades de gênero já existentes podem piorar num contexto de emergência humanitária, assim como os riscos de violência, de estigmatização e de discriminação. Nesta videoaula, são apresentadas as causas e fatores contribuintes da VBG, bem como maneiras de mitigar estas situações. Através de um exemplo de VBG no contexto humanitário, discute-se também um princípio básico na atenção à VBG: a abordagem centrada na pessoa sobrevivente.

Todas as pessoas sobreviventes de violência baseada no gênero têm direito a segurança, confidencialidade, não-discriminação, autodeterminação e dignidade, com um enfoque centrado na sobrevivente. Através de exemplos de gestão de casos de VBG, nesta videoaula apresentam-se os passos da gestão de casos. A gestão de casos de violência baseada no gênero tem seis passos a serem seguidos: introdução e acolhimento; avaliação; plano de ação do caso; implementação do plano de ação; seguimento do caso; e fechamento do caso, que são explicados na videoaula.

A Organização das Nações Unidas implantou a partir de 2003, em conjunto com outras instituições, um código específico para a conduta de pessoas que trabalham no contexto humanitário. Nesta videoaula, será apresentado este regulamento, chamado de PSEAH - sigla em inglês para “Proteção contra Abuso, Exploração e Assédio Sexual”. Em contextos de emergência humanitária, existem muitas pessoas em situação de extrema vulnerabilidade e que necessitam de apoio para terem suas necessidades e direitos assegurados. Esse apoio é prestado por diversas instituições governamentais e não-governamentais, por meio de trabalhadoras e trabalhadores humanitários das Nações Unidas e parceiros de implementação. Infelizmente existem muitos casos de trabalhadores humanitários que usam indevidamente do poder e abusam, exploram e assediam sexualmente as pessoas de interesse, que deveriam ser auxiliadas, protegidas e cuidadas, traindo assim a confiança de pessoas vulneráveis, colegas, da sociedade e de instituições, atitudes intoleráveis para a Organização das Nações Unidas.