Tendo em conta a vastidão de conteúdos abrangida pela busca do Google, deve-se considerar, além da questão ética, abordada no submódulo anterior, maneiras de se verificar a credibilidade/confiabilidade da fonte, do documento, da informação encontrada por meio de seu motor de busca. Abaixo estão algumas questões a se fazer para uma avaliação crítica (considerando, na maioria dos casos, descartar-se a informação/documento levantado caso a resposta para a questão seja negativa):


  • A informação/o documento está vinculado a alguma instituição?

    • Ainda assim, se sim, qual a credibilidade dessa instituição?

  • A informação/o documento apresenta autoria?

    • Ainda assim, se sim, qual a expertise desse autor?

  • A informação/o documento apresenta data de elaboração ou publicação?

    • A data é interessante para o tipo de proposta de trabalho?

  • A informação/o documento encontra-se vinculado a alguma plataforma institucional/editora/publicação científica?

    • Ainda assim, se sim, qual a credibilidade desses mantenedores/da plataforma?

  • Qual o propósito comunicacional dessa fonte/informação? Mesmo páginas institucionais podem estar enviezadas de diferentes formas que não propriamente a científica: manipulação de dados; deve-se realizar análises de contextos

  • Como é o estilo da escrita e a estruturação da forma do trabalho?

    • apresenta muitos adjetivos, termos coloquiais, equivocações ortográficas? pode não ter a qualidade total científica

    • incoerências de conteúdo ou de argumentação?: pode configurar plágio, por exemplo, e/ou ter sido feito “às pressas”, perdendo também qualidade

  • Faz referência a outros documentos publicados?

    • Ainda assim, se sim, a que documentos faz referência?

Dica para pesquisa de informação científica via Google:

Tendo em vista o vídeo acima, que mostra que o Google recupera informações de plataformas científicas e, também, de plataformas que têm um caráter não-científico, vê-se a relevância, no contexto do desenvolvimento de um trabalho acadêmico como o é o TCC, do uso das plataformas de acesso à informação científica, justamente por possibilitarem, diferentemente do Google, acesso apenas a informações/documentos validados pela comunidade acadêmica.

Vale salientar que o Google, além de recuperar informações postas em distintos tipos de páginas/recursos (por vezes sem qualquer validação relativa a questões de direitos de uso, como pode ser visto no submódulo anterior) e informações e documentos científicos disponibilizados em Acesso Aberto (os quais tem seu acesso disponibilizado de forma irrestrita; com foco no compartilhamento, na livre circulação da informação/cocriação de conhecimento), possibilita também o encontro das fontes/plataformas que dão acesso a informações que ele mesmo não consegue recuperar, de acesso restrito (no caso plataformas como aquelas mostradas no Módulo 2), sendo então, antes de tudo, um bom ponto de partida para acesso às plataformas específicas e não uma ferramenta para busca de informação científica em si.