curiosidades

Coordenação do Curso: 

Jean Carlos dos Reis Soares (veterinaria.canoas@ulbra.br)


Direção do Hospital Veterinário:

Paulo Ricardo Loss Aguiar (direcao.hv@ulbra.br)

Anta Brasileira (Tapirus terrestris)

A anta, maior mamífero terrestre do Brasil, é conhecida por sua característica peculiar: uma tromba curvada para baixo e cabeça grande. O adulto pode chegar a pesar 300 Kg e medir 2 metros de comprimento, incluindo uma cauda pequena de 10 cm. A pelagem dos adultos é áspera e de coloração cinza escuro. Os filhotes, por sua vez, nascem com pelagem clara e contrastes de listras e pintas brancas. Essa espécie é herbívora e alimenta-se de plantas que desenvolvem-se na terra e na água, brotos, cascas de árvore e frutos, tornando-se um importante responsável pela dispersão de sementes na natureza. 

A anta é mãe protetora, gerando apenas um filhote por ninhada e mantendo-o ao seu lado por aproximadamente um ano de vida. Por ser uma ótima nadadora, costuma defecar na água, mantendo sempre o mesmo ponto em sua demarcação territorial, conhecido como latrina.

Existem diversos municípios com o nome "Anta", como Rio das Antas e Anta Gorda, no entanto ela é encontrada apenas no Parque Estadual do Turvo, noroeste do Rio Grande do Sul. 

Autora (aluna): Paola Morez Silvestri

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Bugio-ruivo (Alouatta guariba)

O Bugio-ruivo, conhecido também como barbeado ou guariba, estão entre os maiores primatas neotropicais, seu peso é em torno de 4 kg (fêmea) e 7 kg (macho). Os machos têm pelagem ruiva-avermelhada brilhante e as fêmeas, castanho-escuro e uma estrutura menor. Seu sistema de acasalamento é poligâmico, sendo um macho adulto e várias fêmeas adultas. O período gestacional é em média de 180 a 190 dias com o filhote nascendo com cerca de 500 gramas e uma pelagem escura, como a da mãe.

Esses animais são frequentemente encontrados em habitats fragmentados da Mata Atlântica, já no Brasil possui grande ocorrência do Rio Grande do Sul até o Espirito Santo. Também é encontrado na Argentina. Um dos principais fatores de perigo para muitas espécies é a perda de habitat. Porém, é especialmente impactante para o Bugio-ruivo por ser uma espécie endêmica da floresta atlântica, ou seja, vive apenas nesse tipo de ambiente. Assim, infelizmente, a espécie está incluída entre os 25 primatas mais ameaçados do mundo, em uma lista publicada a cada dois anos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e pela Sociedade Primatológica Internacional (IPS).

Diferentemente do que as pessoas pensam, os bugios não são reservatórios naturais do vírus da febre amarela, o verdadeiro transmissor é o mosquito Aedes aegypti. Como macacos, especialmente os bugios, serem mais sensíveis à doença do que os humanos, eles prestam um importante serviço de saúde pública. Isso se dá devido ao seu papel de sentinelas, ou seja, o alto nível de mortalidade do primata é um alerta de que há um surto de febre amarela em determinado local. Assim, dando tempo para as pessoas e as autoridades tomarem as devidas precauções frente ao surgimento da doença e não serem pegas desprevenidas. De certa forma, o bugio-ruivo acaba sendo um anjo da guarda contra uma doença que é responsável pela morte de milhares de pessoas. 

Autora (aluna): Fernanda Leite Rocha 

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Cavalo (Equus caballus)

O equino doméstico, conhecido como cavalo, foi domesticado há milhares de anos, por volta do ano 4000 a.C. Essa domesticação ocorreu inicialmente nas regiões da Ásia Central e do Oriente Médio, e desde então, os cavalos têm desempenhado um papel essencial na vida humana.

Atualmente, os cavalos são utilizados de diversas formas. Um dos principais usos é o esporte equestre, que engloba modalidades como corridas de cavalos, saltos, adestramento e polo. Além disso, os cavalos são valiosos no trabalho rural, sendo usados na agricultura e pecuária, como meio de transporte e para auxiliar no manejo de rebanhos.

Os cavalos também são apreciados como animais de companhia e lazer, sendo montados para recreação e passeios. Além disso, a equoterapia, uma forma de terapia assistida por cavalos, é cada vez mais reconhecida e utilizada para auxiliar no tratamento de pessoas com deficiências físicas, emocionais ou cognitivas.

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Ciclopia em suíno (Sus scrofa domesticus)

A ciclopia é uma anormalidade incompatível com a vida, e ocorre durante as fases de desenvolvimento embrionário ou fetal. Essa má formação pode acometer as mais diferentes espécies, apesar de ser observada com relativa frequência em plantéis suínos, bovinos e ovinos. Nela, os olhos se fundem, os placóides olfatórios se consolidam em um tubo único acima do olho, formando um aparelho nasal rudimentar chamado de probóscide, e o etmóide e outras estruturas ósseas da linha média da face são ausentes, como a boca (astomia). 

Ainda, em casos de ciclopia, não ocorre a clivagem no prosencéfalo, estrutura que garante a formação do lóbulo anterior do encéfalo. Como consequência, os hemisférios cerebrais bilaterais não são formados e permanecem fundidos e com um ventrículo único, ocasionando a formação incompleta do cérebro anterior. Há também a presença de uma maxila mais curta e a protusão (crescimento anormal) da mandíbula. 

Um dos indícios para o aparecimento de ciclopia em suínos, bovinos e ovinos é a ingestão de certas plantas contendo substâncias químicas, potencialmente teratogênicas, por fêmeas prenhes durante a formação do feto. Tais substâncias podem causar alterações no desenvolvimento do sistema nervoso e do globo ocular, que podem provocar a ciclopia. 

Autora (aluna): Giovanna Barth

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Jararacuçu do Brejo (Palusophis bifossatus)

A Jararacuçu do Brejo  é uma serpente não peçonhenta de grandes proporções, sendo assim, membro da lista de espécies de cobras de porte avantajado. Esta serpente costuma manifestar comportamentos agressivos, isso decorre de seu instinto de autodefesa. A América Latina é considerada a casa da Jararacuçu do Brejo. Essa serpente pode ser encontrada em quase todos os países do continente, entre eles a Venezuela, Colômbia, Brasil, Bolívia, Paraguai e o Nordeste da Argentina. Essa serpente é muito comum e facilmente encontrada na região Central e Sul do Brasil.

A serpente é encontrada em vários biomas do país, mas tem preferência especialmente por ambientes com riachos, rios e lagoas. Sua dieta é composta principalmente de anfíbios, roedores, aves e lagartos. É frequente a confusão entre Jaracuçu do Brejo e Surucucu-do-Pantanal, pois em diversas regiões do Brasil, Surucucu também é conhecida como Jararacuçu do Brejo.

Autora (aluna): Paola Morez Silvestri 

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Leão (Panthera leo)

O crânio acima é de uma leoa, um majestoso felino que desperta admiração em todo o mundo. Sua origem remonta à África, sendo encontrado principalmente nas savanas e pastagens desse continente. Os leões são conhecidos por sua aparência imponente, com a característica juba dos machos que lhes confere um aspecto majestoso. Eles são predadores poderosos e vivem em grupos chamados de "coalizões" ou "manadas", compostos principalmente por fêmeas e seus filhotes, enquanto os machos formam grupos à parte.

Uma curiosidade interessante sobre os leões é que eles são considerados os únicos felinos sociais, ou seja, vivem e caçam em grupo. Essa dinâmica social permite uma distribuição eficiente das tarefas, como caça e proteção do território. Os leões são excelentes caçadores e, geralmente, são responsáveis por abater presas maiores, enquanto as fêmeas colaboram na estratégia de emboscada.

Outro aspecto fascinante dos leões é seu rugido poderoso, que pode ser ouvido a longas distâncias. Essa vocalização é usada para marcar território, comunicar-se com outros membros do grupo e atrair parceiros durante o acasalamento. Além disso, os leões têm uma estrutura social única, na qual o macho dominante protege e defende o território, enquanto as fêmeas são responsáveis pela caça e criação dos filhotes.

Infelizmente, os leões enfrentam desafios significativos devido à perda de habitat, caça ilegal e conflitos com seres humanos. Atualmente, eles são considerados uma espécie vulnerável e estão protegidos por esforços de conservação em várias partes do mundo. Sua preservação é fundamental não apenas para a biodiversidade, mas também para a manutenção dos ecossistemas onde habitam.

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Pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus)

O pinguim-de-Magalhães é uma espécie de ave marinha que habita os mares do Atlântico e Pacífico da América do Sul, principalmente na Patagônia da Argentina e do Chile e nas Ilhas Malvinas. Entre setembro e fevereiro, seu período reprodutivo, formam casais monogâmicos e compartilham a incubação do filhote e os cuidados parentais. Com a chegada do inverno (entre maio e agosto), jovens e adultos deslocam-se por correntes oceânicas em busca de alimento, atingindo as regiões sul e sudeste do Brasil. 

É considerado um pinguim de porte médio, pesando em torno de 5 kg e medindo cerca de 65 cm. Quando adultos, apresentam as partes superiores, a cabeça, o pescoço e as asas negras, sendo o restante de coloração branca. Possuem asas modificadas em nadadeiras e as patas possuem membranas que facilitam o nado. Também são dotados de uma camada de gordura subcutânea e de penas densas e impermeáveis que evitam que se encharquem. Seus ossos são bem mais densos do que os das outras aves, reduzindo a flutuabilidade e facilitando o mergulho. Tais características permitem que nadem por vários meses e milhares de quilômetros em suas migrações.

A espécie foi categorizada como quase ameaçada pela IUCN (Red List of Threatened Species) em 2010, e sofre com um crescente declínio populacional devido à redução da quantidade de suas presas em razão da pesca comercial, de mudanças climáticas e da contaminação das águas por óleo.

Autora (aluna): Giovanna Barth

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Porquinho-da-índia (Cavia porcellus)

Os Porquinhos-da-índia são roedores sem cauda, com peso entre 700 e 1100 gramas e seu corpo é compacto e cilíndrico, com até 26 cm de comprimento. Possuem orelhas pequenas e arredondadas, em formato de pétala, seus dentes crescem continuamente durante toda a vida. São herbívoros e, em ambiente doméstico, se alimentam de legumes, grama, grãos e sementes.

Quanto às pelagens, existem uma imensa variedade de coloração, devido às inúmeras seleções de cruzamento que essas espécies sofreram. Podem ser encontrados exemplares tricolores (marrom, branco e preto), amarelados, completamente pretos, albinos e bicolores.

Possuem atividade crepuscular e noturna, ou seja, estão ativos mais no fim da tarde, amanhecer e durante à noite. Os grupos são formados por um macho alfa e várias fêmeas, e esses machos são bem territorialistas e não toleram outros machos perto, mesmo que sejam seus próprios filhos quando adultos. 

São muito prolíficos, ou seja, possuem a capacidade de gerar muitos descendentes durante sua vida. Se reproduzem de três a quatro vezes por ano e não possuem uma época reprodutiva específica, sendo assim os filhotes podem nascer durante todo o ano. Nascem de um a oito filhotes por ninhada, com uma média de três, e a gestação dura em torno de 59-72 dias (média de 63 dias) e atingem maturidade sexual com uma média de 65 dias.

Apesar do nome, esse animal não é parente dos porcos e nem originário da Índia. Eles são originários da América do Sul e esse nome tem duas explicações prováveis: porquinho pelos ruídos que eles fazem, sendo similares ao grunhido dos porcos e índia vem do fato que os europeus ao chegarem na América do Sul pensaram ter chegado nas Índias, que eles chamavam de Índias ocidentais.

Autora (aluna): Franciele Fraga da Cunha

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Tartaruga-Verde (Chelonia mydas)

A tartaruga-verde é uma espécie de tartaruga marinha que pode ser encontrada em diversas áreas tropicais e subtropicais do mundo. É conhecida pelas suas características placas de carapaça em formato de coração e pela sua coloração predominantemente verde, mas que pode variar para tons de amarelo e castanho. As tartarugas-verdes alimentam-se principalmente de algas e têm um papel importante no ecossistema marinho, ajudando a manter o equilíbrio entre as diferentes espécies. Infelizmente, a espécie está ameaçada de extinção devido ao comércio ilegal de ovos, caça e destruição do seu habitat natural. 

No Brasil, a tartaruga é uma espécie protegida por lei e encontra-se sob risco de extinção. Ela pode ser encontrada em diversas áreas do litoral brasileiro, em especial na região nordeste, onde existem importantes áreas de desova. Além disso, algumas áreas de alimentação e de descanso também são importantes para a sobrevivência das tartarugas-verdes no Brasil. O Projeto Tamar é uma iniciativa do governo brasileiro que trabalha na preservação de tartarugas marinhas, incluindo a tartaruga-verde, e tem papel fundamental na proteção e monitoramento da espécie em diversas praias brasileiras. O Projeto Tamar realiza ações de educação ambiental e conscientização da população sobre a importância da preservação das tartarugas marinhas e do ecossistema marinho.

Na medicina veterinária, a tartaruga-verde é uma espécie comumente atendida em clínicas especializadas em animais silvestres. Elas são frequentemente levadas aos veterinários por causa de problemas relacionados à alimentação, doenças respiratórias ou parasitárias, lesões traumáticas ou problemas de casco. Além disso, a tartaruga-verde é importante na pesquisa científica voltada para o desenvolvimento de técnicas de clonagem e transplante em animais e humanos. Devido à sua longa vida e baixa taxa de reprodução, elas também são muito estudadas em estudos de conservação genética.

A tartaruga-verde é uma espécie protegida por lei no Brasil e é ilegal a sua criação ou a venda. Por isso, os indivíduos doentes ou feridos são geralmente encaminhados para instituições de conservação e reabilitação, onde são tratados e cuidados até que estejam em condições de serem devolvidos à natureza. 

Autora (aluna): Júlia Vitória Piccinini 

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