PUBLICAÇÕES

Arquitetura espacial da Plantation açucareira no Nordeste do Brasil

José Marcelo Marques Ferreira Filho

Aqui temos uma explicação elegante, convincente e criativa de como moradores de engenhos de açúcar na Zona da Mata pernambucana eram, para além da mera contingência, privados de sua liberdade. Fruto de meticulosa pesquisa e uma inovadora abordagem da história da zona canavieira no século XX, este livro do Professor José Marcelo demanda urgentemente uma leitura por razões empíricas e teóricas. Ele mostra como o complexo da plantation foi construído através da maciça concentração de poder nas mãos da classe dominante e como isso acarretava, além de práticas de violência cotidiana, um mundo isolado do alcance do Estado. A ousada análise aborda, sem hesitação, debates polêmicos como a comparação entre plantation e campo concentracionário, ao mesmo tempo em que dialoga, incisiva e generosamente, com as literaturas das mais variadas disciplinas que discutem a região e o conceito de plantation. Este livro aprofunda nosso entendimento sobre um sistema inumano, mas lastimavelmente atual, de organização do poder e espaço.

Prof. Thomas D. Rogers

Emory University

Disponível para compra: http://www.editoraufpe.com.br/arquitetura-espacial-da-plantation-acucareira-no-nordeste-do-brasil-pernambuco-seculo-xx/

Gênero e Trabalho

Socorro Abreu e Christine Dabat (orgs.)

A pluralidade dos conceitos e referenciais teóricos do termo ´gênero´ tem ganhado um espaço, cada vez maior, nas discussões cotidianas e no meio acadêmico. Reflexo disso são os debates e ações promovidas pelos movimentos sociais que trazem à cena os principais aspectos do preconceito de gênero, que atingem, sobretudo, mulheres, homossexuais, transexuais dentre outras pessoas, inclusive no mundo do trabalho. No meio acadêmico, o aumento na produção de teses, dissertações, monografias de conclusão de curso reflete o crescente interesse dos jovens historiadores em pesquisar o tema nas áreas: construção das identidades de gênero; legislação e políticas públicas de gênero no Brasil; direito das mulheres; condições de vida e trabalho das mulheres no meio rural e urbano; experiências pessoais de mulheres; o empoderamento feminino; movimentos de mulheres, feministas e LGBT etc. Os Cadernos de História trazem artigos de pesquisadoras/es que socializam novos olhares para discussões acerca das desigualdades de gênero. Pois, além de interferir nos aspectos materiais, elas envolvem complexos simbólicos que definem lugares distintos para homens e mulheres.

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"O Longo Ano" de 1963

Christine Dabat (org.)

A proximidade do cinquentenário do Golpe militar projeta sua sombra sobre o momento atual. No entanto, o “longo” ano de 1963 que o antecedeu, não pode ser esquecido ou tratado apenas como prelúdio. 1963 expressa um grande projeto para um Brasil melhor, com proposições amplas e, às vezes, contraditórias, mas que ganhou a adesão e participação criativa de muitos cidadãos/ãs. O que os golpistas (e quem os apoiou) propagaram como ameaça constituiu-se realmente em grande impulso na continuação da transformação da sociedade brasileira. Forças sociais em ascensão rumo à cidadania, inventores educacionais e culturais de todos os tipos, pessoas de boa vontade à procura de soluções novas para desenvolver melhor o país são alguns exemplos. O brilho deste “longo ano” de 1963, conceito inspirado em Hobsbawm, foi quase apagado. Sem descartar as análises diversas sobre as causas e modalidades da conjuração de generais e do apoio que tiveram nos meios empresariais, na imprensa, por parte de potências estrangeiras etc., precisa-se evocar também uma época que, testemunho da competência, criatividade, empenho e coragem da população brasileira deixou marcas e lembranças importantes, até para inspirar a retomada das lutas coletivas. Assim, este dossiê temático propõe-se a reunir trabalhos de pesquisadores que vêm refletindo sobre as realizações, experiências sociais, culturais, políticas, sindicais, judiciárias etc., ocorridas no Brasil e no mundo, no período anterior ao Golpe Militar, com especial destaque para aquelas desenvolvidas no ano de 1963.

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História Ambiental em suas múltiplas abordagens

Patricia Pinheiro de Melo (org.)

O presente número dos Cadernos de História, pela primeira editado em versão online, apresenta o esforço conjunto de alunos, professores e convidados do Departamento de História da UFPE, na consolidação de estudos interdisciplinares que o universo da História Ambiental nos possibilita. Nele são incorporados o olhar da História, Antropologia, Geografia e Filosofia.

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Trabalhadores em sociedades açucareiras

Christine Dabat e Socorro Abreu (org.)

“Os Cadernos de História são uma iniciativa do Departamento de História da UFPE já consolidada e que vêm congregando, há alguns anos, alunos e professores, da graduação e pós-graduação, envolvidos na atividade de pesquisa. Iniciados em 2002, eles são um exemplo das possibilidades reais da integração das atividades de ensino e pesquisa na graduação [...]. Colaboram ainda nessa publicação, professores e alunos universitários de outras instituições, inclusive do exterior. [...]

O presente número, em particular, dedicado aos trabalhadores em sociedades açucareiras, apresenta artigos sobre os embates sociais e políticos travados entre patrões e empregados, em diversos âmbitos, com destaque para o da Justiça do Trabalho. A participação na militância de esquerda nas lutas dos trabalhadores merece realce nas suas páginas. Assim como a cultura popular e as representações sociais produzidas sobre as sociedades em questão. O universo analisado, por sua vez, não se esgota no Brasil, abarcando a América (Caribe) e a Europa (Espanha).”

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Operação Engenho Verde: Usinas Sucroalcooleiras de Pernambuco e a Questão Ambiental

Mariana de Abreu Momesso

"Apesar do reconhecimento do direito ao meio ambiente como direito fundamental, do debate sobre a sustentabilidade e do conteúdo ambiental da função social da propriedade rural, o Brasil enfrenta grandes dificuldades em implementar as leis ambientais que incidem sobre a propriedade privada da terra. Tal fato decorre das contradições inerentes ao sistema capitalista, da persistência da ideia de propriedade como um direito absoluto e da política desenvolvimentista do Estado, em contraposição à fragilidade das políticas ambientais. Mas esta dificuldade é ainda maior quando se exige o cumprimento das normas ambientais das propriedades rurais das usinas sucroalcooleiras de Pernambuco, que têm na base de sua ocupação o poder sobre a terra e a exploração da natureza no sistema capitalista, através da instituição da plantação colonial (plantation). No ano de 2008, já no contexto de incentivo à produção do etanol, o IBAMA realizou a operação denominada Engenho Verde, através da qual autuou todas as usinas sucroalcooleiras de Pernambuco por ausência de licença ambiental do cultivo da cana-de-açúcar e interpôs ações civis públicas, requerendo a adequação ambiental legal das propriedades rurais usineiras. Este trabalho discute o contexto e os desdobramentos da operação Engenho Verde, procurando analisar os avanços e entraves na tentativa de adequação ambiental legal dessas propriedades até o presente momento.

Palavras-chave: Função Social da Propriedade Rural; Zona da Mata de Pernambuco; Usinas sucroalcooleiras; Adequação Ambiental Legal."

Gestão ambiental no setor sucroalcooleiro de Pernambuco: entre a inesgotabilidade dos recursos naturais e os mecanismos da regulação

Maiara Gabriele de Souza Melo

Para tratar do setor sucroalcooleiro é indispensável considerar que esta atividade econômica marcou e marca profundamente a paisagem e as relações sociais existentes no Nordeste brasileiro. Consequência de um projeto de desenvolvimento equivocado e constantemente incentivada pelo Estado, a atividade sucroalcooleira está relacionada a importantes impactos ambientais, tanto em número quanto em intensidade, que ocorrem nas etapas agrícola e industrial da produção de açúcar e álcool. Com o advento das preocupações ambientais, sobretudo a partir da promulgação da Política Nacional de Meio Ambiente em 1981, o setor empresarial tem sido incentivado a se adequar as exigências legais e a novos padrões de mercado. Mas, como mudar estruturas protegidas pelo Estado que surgiram dentro do paradigma da inesgotabilidade de recursos naturais? Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivo analisar os mecanismos de gestão ambiental aplicados ao setor sucroalcooleiro de Pernambuco, a partir dos instrumentos de regulação formal e informal, com enfoque na gestão dos resíduos dos processos sucroalcooleiros. O objeto de estudo são dezoito usinas sucroalcooleiras, situadas na Zona da Mata de Pernambuco, e filiadas ao Sindicato dos produtores de açúcar e álcool do Estado. Para esta análise a principal fonte de dados utilizada foi à documentação, referente ao setor, do arquivo da CPRH, órgão de controle ambiental de Pernambuco. Observou-se que há predominância de aplicação dos instrumentos de caráter formal, sobretudo com relação à poluição hídrica e atmosférica, mas que esta ainda não ocorre de maneira eficiente. Dentre os problemas constantes destaca-se a falta de fiscalização e de controle sobre as exigências feitas pelo órgão estadual de controle ambiental. Com relação aos mecanismos de regulação informal, poucas empresas da região o adotam. Destaca-se o fato de nenhuma empresa sucroalcooleira do Estado possuir certificação ISO 14.001, nem estar interessada em obtê-la em curto e médio prazo. Os principais efeitos desta gestão ambiental ineficiente podem ser visto na gestão dos resíduos agroindustriais do setor. Aliado ao problema da grande quantidade de resíduos gerados está o armazenamento e a destinação final, em grande parte dos casos, inadequados. Observa-se a permanência de velhos problemas, como a poluição hídrica causada pelo vinhoto e águas residuárias, e a poluição atmosférica causada pelas queimadas da palha da cana e pelo funcionamento de caldeiras sem controle de poluição, causando perca da qualidade ambiental. Apesar das falhas, não se pode negar a importância deste processo de controle ambiental relativo ao setor sucroalcooleiro, visto que além das ações impactantes ao ambiente ressalta-se o poder político do setor sustentado no arcabouço histórico do qual Pernambuco foi e continua sendo cenário.

Palavras-Chave: Gestão Ambiental; Setor Sucroalcooleiro; Zona da Mata de Pernambuco

É Mais uma Scena da Escravidão: suicidios de escravos na cidade do Recife, 1850-1888

Ezequiel David do Amaral Canario

A presente obra, "É Mais uma Scena da Escravidão: suicidios de escravos na cidade do Recife, 1850-1888" é fruto de uma extensa pesquisa sobre um tema áspero: o suicídio. No entanto, com linguagem leve, o autor sabe passar agradavelmente a importância deste tema, no contexto da escravidão no Recife do Brasil pré-abolição. Num tema que carece de estudo, Ezequiel se debruça, com olhar de ser humano e historiador, sobre muito além dos fatos materiais que são possíveis apontar na cronologia histórica, chega à alma humana, no interior desses protagonistas de suas próprias mortes. A obra traz, assim, reflexões acerca dos conceitos de suicídio, do contexto social no Recife ao redor desse tema, e até mesmo do por quê desses escravos escolherem morrer.

História, Cultura, Trabalho: questões da contemporaneidade

Antonio Torres Montenegro

Regina Beatriz Guimarães Neto

Vera Acioli

Quando a Universidade Federal de Pernambuco e o Tribunal Regional do Trabalho – 6ª Região assinaram o convênio que possibilitou resguardar os processos trabalhistas (findos), faziam também nascer o "Projeto Memória e História do Trabalho". Um dos objetivos centrais deste era o de disponibilizar essa documentação depois de catalogada de forma que essa parte importante e significativa da nossa história pudesse ser analisada, debatida e reescrita.

Aos autores deste livro sobreleva a vontade de tornar essa massa documental um fator de reflexão da história do presente e do futuro, principalmente no que tange às questões relacionadas a cultura do trabalho em suas múltiplas dimensões e sua relação com a justiça. O trabalhador rural é um dos personagens centrais das histórias apresentadas nesse livro. Embora nem sempre tenham alcançado a proteção e o apoio das leis trabalhistas que nos processos aparecem inúmeras vezes como um direito legítimo, essa é uma demanda não apenas de uma categoria social, mas de toda sociedade.

Parabéns e nosso obrigado a Desembargadora, Dra Eneida Melo Correia de Araújo Presidente do TRT 6ª Região, personalidade engajada na defesa dos direitos plenos da cidadania e que tem tanto contribuído para o avanço das conquistas democráticas de nossa sociedade. Seu apoio irrestrito à salvaguarda dessa inestimável coleção documental dos processos trabalhistas da 6ª Região é hoje uma referência para outros tribunais do Brasil. Seu gesto, além de constituir um importante marco na realização deste projeto, representa também uma contribuição significativa à historiografia brasileira.

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The Deepest Wounds: a labor and Enviromental History of Sugar in Northeast Brazil

Thomas D. Rogers

In The Deepest Wounds- A labor and Enviromental History of Sugar in Northeast Brazil, Thomas D. Rogers traces social and environmental changes over four centuries in Pernambuco, Brazil's key northeastern sugar-growing state. Focusing particularly on the period from the end of slavery in 1888 to the late twentieth century, when human impact on the environment reached critical new levels, Rogers confronts the day-to-day world of farming--the complex, fraught, and occasionally poetic business of making sugarcane grow.

Renowned Brazilian sociologist Gilberto Freyre, whose home state was Pernambuco, observed, "Monoculture, slavery, and concentrated land ownership--but principally monoculture--opened here, in the life, the landscape, and the character of our people, the deepest wounds." Inspired by Freyre's insight, Rogers tells the story of Pernambuco's wounds, describing the connections among changing agricultural technologies, landscapes and human perceptions of them, labor practices, and agricultural and economic policy. This web of interrelated factors, Rogers argues, both shaped economic progress and left extensive environmental and human damage.

Combining a study of workers with analysis of their landscape, Rogers offers new interpretations of crucial moments of labor struggle, casts new light on the role of the state in agricultural change, and illuminates a legacy that influences Brazil's development even today.

Disponível para a compra em: http://editoraunesp.com.br/catalogo/9788539306626,as-feridas-mais-profundas

As feridas mais profundas: Uma história do trabalho e do ambiente do açúcar no Nordeste do Brasil

Thomas D. Rogers

Neste livro, Thomas D. Rogers analisa as mudanças sociais e ambientais em quatro séculos da história de Pernambuco, um dos principais centros da produção açucareira no Brasil. A obra enfoca principalmente o período que se inicia com a abolição do regime escravista e vai até o século XX. Revisitando de forma crítica a bibliografia canônica sobre o tema, com destaque para a obra de Gilberto Freyre, Rogers realiza um profundo mergulho no cenário agrícola pernambucano do último século e no quanto ele é tributário dessa história.

Disponível para a compra em: http://editoraunesp.com.br/catalogo/9788539306626,as-feridas-mais-profundas

Blazing Cane: sugar communities, class, and state formation in Cuba

Gillian McGillivray

Sugar was Cuba’s principal export from the late eighteenth century throughout much of the twentieth, and during that time, the majority of the island’s population depended on sugar production for its livelihood. In Blazing Cane, Gillian McGillivray examines the development of social classes linked to sugar production, and their contribution to the formation and transformation of the state, from the first Cuban Revolution for Independence in 1868 through the Cuban Revolution of 1959. She describes how cane burning became a powerful way for farmers, workers, and revolutionaries to commit sabotage, take control of the harvest season, improve working conditions, protest political repression, attack colonialism and imperialism, nationalize sugarmills, and, ultimately, acquire greater political and economic power.

Focusing on sugar communities in eastern and central Cuba, McGillivray recounts how farmers and workers pushed the Cuban government to move from exclusive to inclusive politics and back again. The revolutionary caudillo networks that formed between 1895 and 1898, the farmer alliances that coalesced in the 1920s, and the working-class groups of the 1930s affected both day-to-day local politics and larger state-building efforts. Not limiting her analysis to the island, McGillivray shows that twentieth-century Cuban history reflected broader trends in the Western Hemisphere, from modernity to popular nationalism to Cold War repression.

Disponível para a compra em: https://www.dukeupress.edu/blazing-cane

Moradores de Engenho: relações de trabalho e condições de vida dos trabalhadores rurais na zona canavieira de Pernambuco segundo a literatura, a academia e os próprios atores sociais

Christine Rufino Dabat

Após a escravidão, a mão-de-obra rural empregada nos canaviais de Pernambuco foi maciçamente submetida ao estatuto de morador de engenho. O período da ‘morada’ foi consolidado, como elemento da memória coletiva da região, por grandes escritos, particularmente os romances de José Lins do Rego e a vasta obra de Gilberto Freyre. Esta literatura deu ao regime de trabalho em que os assalariados rurais moravam nas plantações de cana-de-açúcar, um verniz de benevolência patronal. Diversas interpretações historiográficas, inclusive marxistas, atribuíram, por sua vez, ao conceito de ‘morada’ um papel comprobatório na explicação da história do Brasil segundo o evolucionismo cultural. Propõe-se neste livro confrontar tais versões do passado recente da região com as lembranças dos próprios moradores de engenho, expondo sua experiência e opinião a respeito. Destaca-se a importância desta inclusão para um entendimento mais profundo da história da região, renunciando à subalternidade que lhe foi conferida por esta matriz eurocentrada e discriminatória em termos de classe. Contrariando a versão da ‘morada’ como memória coletiva acima das classes, os trabalhadores rurais entrevistados não manifestam saudade. Ao contrário, eles descrevem em detalhes um sistema de exploração perfeitamente orquestrado que lhes extorquia suas forças vivas, geração após geração, mantendo-os na mais profunda pobreza possível. Eles reivindicam um futuro diferente para seus filhos e netos, destacando entre as liberdades às quais aspiram, ter terra sua.

Fonte do Texto: Agência de Notícias da UFPE

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Construindo o sindicalismo rural: lutas, partidos, projetos

Maria do Socorro Abreu e Lima

O livro de Maria do Socorro Abreu e Lima traz contribuições significativas para a elucidação da história das lutas e organizações no campo, proporcionando elementos para a compreensão do quadro que se coloca na atualidade, superando lacunas e corrigindo abordagens que davam margem a distorções, como a quase ausência das esquerdas neste processo.

Com muito critério, persistência e método rigoroso, combinando estudos documental com mémoria oral, perseguindo cada fio da meada, reescreveu este périodo da história dos movimentos sociais no campo tornando presente não só as grandes, mas também as pequenas lutas, levadas com tanta dificuldade principalmente após a tomada do poder pelos militares em 1964; resgatando a presença dos partidos de esquerda, constantemente ausentes em estudos sobre o campo nesse périodo; apresentando os diferentes projetos em disputa no meio dos trabalhadores rurais; evidenciando, com exposição quase didática, o processo através do qual começa a emergir a presença das mulheres num espaço antes tido como rigorosamente masculino.

Luiz Momesso

Fonte do Texto: Contra-Capa do Livro

O poder amargo do açúcar: produtores escravizados, consumidores proletarizados (2º Ed.)

Sidney Mintz

A editora da Universidade Federal de Pernambuco lançou a segunda edição revisada e ampliada do livro "O poder amargo do açúcar - produtores escravizados, consumidores proletarizados” com textos do historiador Sidney Mintz. Os artigos foram organizados e traduzidos pela Profa. Christine Rufino Dabat do Departamento de História da UFPE. Entre os artigos selecionados aparecem "Produção tropical e consumo de massa: um comentário histórico", "Caribe: história e força de trabalho", "O poder do doce e a doçura do poder". Para o historiador Stuart Schwartz, "estes ensaios de Sidney Mintz são clássicos, que formaram uma geração de pesquisadores, e reflexões sobre a relação entre escravidão, a ascensão dos sistemas de plantação e o capitalismo. Mintz, por uma integração criativa da Antropologia e da História, colocou a produção e consumo do açúcar no centro dessa relação.(...)estes ensaios são indispensáveis como pontos de partida e de comparação para todos aqueles se interessam pela História e sociedade do Brasil e do mundo atlântico."

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