molecular e atômico, por este motivo, acima da região de equilíbrio difusivo há uma

tendência para que a ionosfera separe-se em camadas.[4]. Uma vez que a composição da

atmosfera, a partir dos cem quilômetros de altitude varia, os gases estratificam-se. Por

exemplo: O2, O, N2, N, absorvem radiações quantitativamente, uma vez que o nível de

absorção varia conforme a densidade destes. A densidade de ionização varia

proporcionalmente com a altura, gerando assim camadas diferentes de absorção distintas e

variáveis. Nas zonas mais baixas os elétrons livres e íons desaparecem, pois sempre a

recombinação prevalecerá sobre a ionização, devido à maior densidade de partículas. Nas

zonas mais altas é muito baixa a densidade de gases, moléculas e átomos, a quantidade de

radiação, ou seja a energia vinda do espaço é muito alta, porém, não existem gases, átomos,

ou moléculas livres o suficiente para ser ionizadas, portanto só haverá ionização à medida

que mergulhamos na atmosfera, até uma certa profundidade.

Comportamento da Ionosfera

O comportamento normal da Ionosfera se altera pela variação do de seu maior agente

ionizador, o Sol. Quando ocorrem determinados fenômenos, como as grandes explosões

solares, estas libertam plasma com muitos milhares de km de extensão e velocidades que

podem atingir cerca de 2000 km por segundo. Ocorrem também emissões de raios X,

elétrons e prótons, a este fenômeno se chama Ejeção de Massa Coronal. Se as explosões

ocorrem em direção à Terra, a chuva de partículas atinge-na, provocando assim, fortes

perturbações na ionosfera como um todo. Durante o período em que a Terra está exposta, as

características das diversas camadas é alterada e severas perturbações ocorrem nos sistemas

de comunicação, provocando mesmo o bloqueio total das comunicações por reflexão

ionosferica.

As perturbações ionosféricas podem ser repentinas e afetam a região voltada para o

Sol, tem duração limitada e atingem principalmente as frequências de entre 2 MHz e 30

MHz. Caso as perturbações sejam menos acentuadas mas com maior duração, as variações

iônicas podem durar por um tempo que vai de algumas horas chegando a períodos bem mais

extensos, a dias. Durante uma tempestade solar os sinais que utilizem a ionosfera para se

propagar diminuem drasticamente de intensidade e podem até se extinguirpor um longo

tempo, este tipo de fenômeno pode atingir todo o globo.