Aula 7

ESPIROPLASMA E FITOPLASMA RELACIONADA A PATOLOGIA FLORESTAL

1. INTRODUÇÃO

2. HISTÓRICO

3. DEFINIÇÃO

4. CÉLULA

5. DIAGNOSE

6. HOSPEDEIROS ARBÓREOS E/ OU ARBUSTIVOS NO BRASIL

7. CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO - HOSPEDEIRO

8. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA


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INTRODUÇÃO

Afetam espécies de interesse econômico, por exemplo:

Espiroplasmas

Stubborn dos Citros

Spiroplasma citri - Isolado em 1972 (A. E. S. A. Fudl-Allah et al.) e denominado em 1973 (P. Saglio et al.).

1900 - Califórnia (Estados Unidos) - Doença

Presente nos Estados Unidos e países da África, Ásia, Europa, Oceania.

Vetor: Circulifer tenellus

Além de Citrus spp. infecta plantas da família Amaranthaceae, Brassicaceae, Chenopodiaceae e Plantaginaceae

Fitopatógeno quarentenário para o Brasil (http://www.fito2009.com/fitop/fitoplabbactquar.html)


Fitoplasmas

Amarelecimento de Cinamomo (Melia azedarach)

Paraguai, Brasil e Argentina

Ash yellows (Fraxinus spp.)

Estados Unidos e Canadá

Elm yellows (Ulmus spp.)

Estados Unidos, Europa e Canadá

Vetor: Scaphoideus luteolus

Little leaf

Índia: E. grandis, E. tereticornis, E. eugenoides, Corymbia citriodora

Sudão: E. microtheca

Itália e Grécia

Doenças em Essências Florestais no Brasil

Fitoplasmas:

Superbrotamento do Eucalyptus

SP – Eucalyptus grandis - 18 meses de idade

Podridão Seca do Coqueiro

BA, PA, PB, PE, PI, RJ, SE

Amarelecimento Fatal do Dendezeiro

Phytoplasma asteris (possivelmente)

PA

Superbrotamento de Dimorphandra

Fava d’anta ou Faveiro (D. gardneriana), Dimorphandra mollis

MA

Fitoplasmas quarentenários para o Brasil - http://www.fito2009.com/fitop/fitoplabfitoplquar.html



Espiroplasmas:


Espiroplasma quarentenário para o Brasil - http://www.fito2009.com/fitop/fitoplabbactquar.html


HISTÓRICO RELATIVO A FITOPLASMAS

No Mundo

1967 – Doi et al. – Doenças conhecidas como amarelos (“Organismos do tipo Micoplasma – MLO”; “Phytoplasma”; Fitoplasma)

No Brasil

1942 – R. D. Gonçalves et al.; 1944 – K. M. Silberschmidt & A. R. Campos – em espécies não arbóreas e/ ou arbustivas

1968 – Elliot Watanabe Kitajima & Álvaro Santos Costa – visualização do fitoplasma ao Microscópio Eletrônico de Transmissão

1974 – M. Vicente, J. Caner & J. R. July - Hibiscus rosa-sinenstis (atualmente Phytoplasma brasiliense)

DEFINIÇÂO

Espiroplasmas são parasitas facultativos, procariontes, gram positivos, com formas espiraladas, filamentosas e pleomórficas, desprovidos de parede celular, associado ao floema, colonizando-o. Tem como vetor: insetos (cigarrinhas).


Taxonomicamente, os espiroplasmas pertencem ao Domínio Bacteria, Reino Bacteria, Subreino Posibacteria, Filo Tenericutes, Classe Mollicutes, Ordem, Entoplasmatales, Família Spiroplasmataceae, Gênero Spiroplasma, Espécie Spiroplasma sp.

Fitoplasmas são parasitas obrigatórios, procariontes, gram positivos, com formas arredondadas, filamentosas e pleomórficas, desprovidos de parede celular, tamanho reduzido (100 a 1000 nm), genoma de 530 a 1350 kb, baixo conteúdo de G + C no seu DNA (ao redor de 23 a 29,5 mol%), tem um único gene RNA transportador (tRNA), junto ao espaçador intergênico 16S-23S, codificando a isoleucina e, está associado principalmente ao floema, colonizando-o. Tem como vetor: insetos (cigarrinhas ou psilídeos).


Taxonomicamente, os fitoplasmas pertencem ao Domínio Bacteria, Reino Bacteria, Subreino Posibacteria, Filo Tenericutes, Classe Mollicutes, Ordem, Acholeplasmatales, Família Acholeplasmataceae, Gênero Phytoplasma, Espécie Phytoplasma sp.



Célula

Morfologia

  • Organismos unicelulares, Procariotos, desprovidos de parede celular (Mollicutes)

Espiroplasmas

  • Parasita facultativo

  • Cultiváveis em meio artificial

  • Floemáticos

  • Morfologia espiral e pleomórfica

  • Transmitidos por insetos vetores (cigarrinhas – família Cicadellidae)

Fitoplasmas

  • Parasita Obrigatório

  • Não cultiváveis em meio artificial

  • Floemáticos, em geral (alguns colonizam células do parênquima)

  • Morfologia arredondada e pleomórfica

  • Transmitidos por insetos vetores (cigarrinhas – famílias Cicadellidae; Cixiidae, Delphacidae, Derbidae, Flatidae ou, psilídeos – família Psyllidae)

Estrutura e Função dos Componentes Celulares

Citoplasma

DNA Cromossômico

Membrana Plasmática

Plasmídeo

Ribossomas

Composição da Célula

Gram positivo

DIAGNOSE

  • Teste Biológico

  • Teste Físico-químico

  • Teste Sorológico

  • Teste Molecular – Atualmente, são reconhecidos 30 grupos 16SrRNA principais com seus subgrupos (com correspondência para 49 espécies reconhecidas e pelo menos 9 em fase de reconhecimento). No Brasil, há registro de fitoplasmas afiliados aos grupos 16S rRNA I, II, III, VII, IX, XIII, XV e outros ainda não determinados.

HOSPEDEIROS ARBÓREOS E/ OU ARBUSTIVOS DE FITOPLASMAS NO BRASIIL

A nível mundial são conhecidas 49 espécies de fitoplasmas e 09 possíveis espécies (as denominadas "Candidatus Phytoplasma sp."), sendo distribuídas em mais de 100 espécies botânicas englobando diversas famílias botânicas.


Brasil – Ocorrência de fitoplasmas em cerca de 36 famílias botânicas (pelo menos 94 espécies vegetais) distribuídos em cerca de 18 estados (BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SC, SE, SP) e no Distrito Federal.


No endereço eletrônico http://www.fito2009.com/fitop/patfitoplasma.htmll são encontradas todas as espécies e possíveis espécies de fitoplasmas, hospedeiros e distribuição geográfica dos fitoplasmas já relatadas no Brasil em essências arbóreas e/ ou arbustivas conforme abaixo relacionadas:

  1. Bougainvillea spectabilis

  2. Cassia occidentalis

  3. Citrus spp.

  4. Cocos nucifera

  5. Dimorphandra gardneriana

  6. Dimorphandra mollis

  7. Diospyros kaki

  8. Elaeis guineensis

  9. Eucalyptus grandis

  10. Eucalyptus urophylla

  11. Hibiscus rosa-sinensis

  12. Malus x domestica

  13. Melia azedarach

  14. Prunus domestica

  15. Psidium guajava

  16. Tabebuia pentaphylla

Ciclo das Relações Patógeno – Hospedeiro

Inóculo – Fonte de Inóculo

Disseminação

Enxertia de raízes

Insetos Vetores

Órgãos Vegetais Infectados (infecção latente ou não)

Sementes (?)

Tratos culturais - Enxertia

Infecção

Penetração

Colonização

Floema

Sintomas - Necróticos e/ou Plásticos (amarelecimento, podridão seca, esterilidade de flores, necrose de floema, “dieback”, declínio generalizado, clorose, enfezamento, virescência, filoidia, enrolamento foliar, superbrotamento, desenvolvimento de coloração heterogênea e alterações cromáticas - avermelhamento).

Reprodução

Fissão Binária

Variabilidade

Mutação

Recombinação Genética

Conjugação

Transformação

Disseminação

Sobrevivência

Hospedeira Alternativa

Órgãos Vegetais Infectados

Planta Hospedeira

Vetores – Insetos (se multiplicam no inseto vetor, infectivos durante toda a vida). No caso de fitoplasma, há transmissão transovariana

DOENÇAS CORRELACIONADAS - Link

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

A lista bibliográfica para estudo dos tópicos acima listados pode ser acessada no endereço eletrônico http://www.fito2009.com/fitop/fitopbiblio.htm ou http://sites.google.com/site/paulobrioso