04 DESCARGAS ATMOSFÉRICAS 26/03/2012

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INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO - IAE

CONVÊNIO 2002-2012

PROFESSOR ANGELO ANTONIO LEITHOLD, PROFESSOR ONEIDE JOSÉ PEREIRA

O principal processo de formação de elétrons livres na Ionosfera é a absorção de radiação solar na faixa do extremo ultravioleta e Raios X. As flutuações da amplitude ou fase das ondas de rádio, por exemplo, são consequência da propagação através de regiões onde existem irregularidades na densidade eletrônica, ocorrendo assim o enfraquecimento dos sinais nas mais diversas frequências. Pode acontecer o fechamento total da propagação chamado de black-out das comunicações de rádio, em função do repentino aumento de densidade eletrônica nas camadas C e D da Ionosfera. Foi verificado através de observações no Campus de Pesquisas Geofísicas Major Edsel de Freitas Coutinho entre 2007 e 2010 que na região AMAS, a precipitação de partículas energéticas aprisionadas pressionadas pelo cinturão interno de Van Allen. Isso ocorre porque partículas em contato com a atmosfera mais densa, carregam-na energeticamente (Transferência de energia cinética) . A constância do vento solar, energiza também a alta atmosfera, pois os elétrons com energia em

torno de dezenas a centenas de keV ionizam a baixa ionosfera. A eletricidade atmosférica em épocas de forte atividade solar, tem incremento desta fonte adicional de eletrização. A quantidade de ruídos em HF na região da AMAS, desta forma, também sofre grande aumento. Contatadas estações de radioamadores diversas, os resultados são interessantes, pois, quando ocorre o fenômeno da eletrização por partículas, todas as estações fora da região AMAS, não relatam grandes incrementos de ruído local. As inseridas na região, têm sua recepção prejudicada por forte ruído branco (cachoeira), e isto acontece num raio de aproximadamente 800 km (Chegando até mil km) em torno do epicentro da anomalia (localizado próximo a São Miguel d'Oeste - divisa PR e SC). Existe uma íntima relação entre a quantidade de descargas atmosféricas e

a AMAS, independente da densidade populacional. Ou seja, na região de mergulho da AMAS, ocorre forte eletrização atmosférica, que é dependente das condições solares, em época de baixa atividade. Embaixo, na figura, resultante de tomada de dados de descargas atmosférica em 2009 (fora de tempestades solares), está demarcado o epicentro da AMAS com círculo vermelho. Notar a concentração de descargas atmosféricas na borda da Anomalia (Pontos vermelhos, alaranjados, amarelos, verdes e azuis).

CONCLUSÃO

Em época de baixa atividade solar, fenômenos de eletrização atmosférica são bem verificáveis na região da AMAS, na medida em que o ciclo (dos onze anos) avança, a quantidade de descargas ''se espalha'' para outras regiões longe do epicentro da anomalia. Mas, a quantidade de descargas na região demarcada aumenta substancialmente, propiciando um ruído branco pronunciado e que praticamente, quando ocorre o fenômeno, impossibilita a comunicação em algumas frequências.

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