FIES - de 01-06-09 até 06-06-09 Congresso sobre o Meio Ambiente.

ÍNDICE

< CONGRESSO FIES - MEIO-AMBIENTE

Professor Ângelo A. Leithold  -  Congresso Científico Meio Ambiente e Clima Espacial

-Impactos Ambientais na Região Sul do Brasil  a partir das mudanças climáticas causadas pelo Homem. 

-Impactos no Sistema de Distribuição Elétrica Brasileiro, em caso de um grande evento solar  (Ejeção de Massa Coronal).

- El Niño, La Niña e Eventos Solares, sua contribuição na dinâmica climática nas Regiões Sul e Sudeste.

* Apresentação:

Efeitos ambientais AMAS.ppt 1082k - em 08/06/2009 05:26 por Fis Isica Impactos das Agressões ao Meio Ambiente

© py5aal A Anomalia Magnética do Atlântico Sul, AMAS ou SAA (do inglês, South Atlantic Anomaly) é uma região onde a parte mais interna do cinturão de Van Allen, tem a máxima aproximação com a superfície da Terra. O resultado é que para uma dada altitude, a intensidade de radiação é mais alta nesta região do que em qualquer outra. Existem diferentes regiões menor ''blindagem'' propiciada pelo campo magnético da Terra. Observações das variações do ruído de fundo em diversas freqüências realizadas no município de Paula Freitas, Paraná, no Campus de Pesquisas Geofísicas Major Edsel de Freitas Coutinho (2002 a 2012), sugerem que o nível de ruído tem uma variação significativa na região da anomalia, presume-se que isto ocorre devido campo magnético menor que o esperado para a região. As pesquisas estão monitorando este nível de ruído e comparando-o com dados provenientes dos satélites GOES que medem as partículas cósmicas que chegam do Sol. O efeito de proteção da magnetosfera perde parte de sua eficiência pelo fato de haver uma espécie de “mergulho” nos cinturões, por isso a este efeito anômalo se dá o nome de Anomalia Magnética do Atlântico Sul. Alguns cientistas explicam que o mergulho dos campos ocorre em conseqüência do deslocamento excêntrico do centro do campo magnético da Terra em relação ao seu centro geográfico. A altitude do cinturão mais próximo é entre 200 a 800 Km da superfície na região. Para as órbitas de naves espaciais inclinadas entre 35 e 60 graus, em relação ao equador, e alturas entre 180 até aproximadamente 200 Km.

© py5aal A Anomalia do Atlântico Sul é de especial interesse da astrofísica de alta energia, pois é uma região cuja radiação é mais densa pelo fato de haver um “fluxo elevado de partículas”, a região é um laboratório "in situ" da radiação espacial. A NASA afirma que seu epicentro é sobre o Oceano Atlântico Sul, fora da costa brasileira, mas é sabido que os efeitos ocasionados pela alta energia podem estar concentrados em alguns momentos principalmente na região Sul do Brasil. O fato do fluxo de partículas ser tão elevado obriga que freqüentemente os detectores dos satélites devam ser fechados ou pelo menos colocados numa modalidade de trabalho “segura” para protegê-los das  fortes radiações.   

© py5aal A ionosfera, dependente da insolação nas bandas de Raio-X e luz ultra-violeta, separa-se em camadas e ressona em diversos comprimentos de ondas, refrata ou absorve a radiofreqüência propagada no meio. Em especial, na região da AMAS, a energia do vento solar é menos atenuada pelos cinturões de Van Allen, o que influencia na propagação de rádio, pois, no plasma ionosférico é maior a condutividade iônica e permissividade eletromagnética, isto é, em alguns momentos parece se comportar como um condutor elétrico ou placa metálica que "reflete" determinados comprimentos de onda, em outros pode se comportar como uma espécie de placa metálica que, em determinadas freqüências pode inclusive refletir (Na verdade é uma refração) o sinal de RF. Também pode refratar outros comprimentos de onda ao mesmo tempo, e praticamente sem perdas, ou em outros momentos, absorver a RF inutilizando totalmente a propagação. Um efeito que pode ser descrito como uma espécie de ''blindagem'', ou ''filtro natural'' para determinadas freqüências, este é estritamente dependente das condições magnéticas da região.

© py5aal Todos estes movimentos e interações influem na ionização da Atmosfera sobre a região ou seja, no caso da Ionosfera, composta basicamente pelas camadas C, D, E, F1 e F2 e F3, a  variação diurna pode ser fortemente influenciada. Na altura da camada ionosférica "D", a interação associada à Anomalia Geomagnética do Atlântico Sul parece ser menor. Em maiores altitudes, devida a forte radiação associada à AMAS, grande parte das pesquisas apontam que os satélites e outras espaçonaves com órbita a algumas centenas de quilômetros de altitude e com inclinações entre 35° e 60° são atingidos pelas partículas presas nas linhas de campo. Ou seja, nessas órbitas os satélites passam periodicamente pela região, ficando expostos durante vários minutos às fortes radiações e partículas que ali transitam. A AMAS sofre uma deriva ou deslocamento para  oeste, sua velocidade é 0.3° por ano. A taxa de deslocamento é muito próxima da rotação diferencial entre o núcleo da Terra e sua superfície, estimada estar entre 0.3° e 0.5° por ano. O campo principal pode ser resultante das correntes que fluem no núcleo metálico,cujo raio é aproximadamente a metade do raio do Planeta. No Paleomagnetismo, observa-se que a distribuição e a intensidade das correntes que fluem no núcleo, podem ter variado com o passar do tempo. Existem indícios de que a oscilação influenciou fortemente a inversão do campo magnético em intervalos de cem milhões a dez milhões de anos. A configuração das correntes internas é tal, que o campo magnético gerado é um dipolo. As correntes parasitas próximas à crosta e o manto geram irregularidades no campo magnético que são percebidas na superfície. A estas se dá o nome de “anomalias do campo magnético” e têm uma deriva para oeste. Isto indica que existe um movimento diferencial entre a crosta e o núcleo da Terra AMAS tem maior extensão e pode ser responsável pelos mais diversos fenômenos. Dentre estes, a chegada de partículas carregadas à alta atmosfera, podem gerar forte eletrização, esta supostamente poderia ser responsável por um índice anômalo de descargas atmosféricas, aumento de energia cinética na Atmosfera, possibilitando maior probabilidade de tempestades, comparado a outras regiões. 

Meio Ambiente

O meio ambiente é um sistema complexo e interconectado, e qualquer agressão a ele pode ter consequências significativas. Os impactos propiciados pelas agressões ao meio ambiente podem ser:

© py5aal É crucial adotar práticas sustentáveis e conscientes para proteger nosso meio ambiente e garantir um futuro saudável para as gerações futuras. As mudanças climáticas têm um impacto direto no regime de chuvas. Essas alterações podem provocar o aumento da ocorrência de eventos hidrológicos extremos, como inundações e longos períodos de seca. Isso afeta a oferta de água, ameaçando o suprimento de recursos hídricos para todos1. Portanto, é crucial adotar medidas para combater a mudança climática e preservar o equilíbrio do ciclo da água. As encostas são áreas de transição entre terrenos mais elevados e terrenos mais baixos, como colinas, montanhas e vales. Elas desempenham um papel crucial no equilíbrio ecológico e na segurança das comunidades. Aqui estão algumas considerações importantes sobre encostas: Encostas são vulneráveis à erosão do solo devido à ação da água, vento e gravidade. A vegetação desempenha um papel fundamental na estabilização das encostas, pois suas raízes ajudam a prevenir a erosão, pois, as encostas íngremes podem sofrer deslizamentos de terra. Isso ocorre quando o solo perde sua coesão e desce abruptamente. Deslizamentos podem ser desencadeados por chuvas intensas, terremotos ou atividades humanas. É essencial monitorar encostas para detectar sinais precoces de instabilidade. Medidas de prevenção incluem a construção de muros de contenção, plantio de vegetação adequada e o uso de técnicas de engenharia geotécnica. Os deslizamentos de terra podem causar danos materiais, ferimentos e até mortes. Comunidades localizadas em encostas devem estar cientes dos riscos e adotar medidas de segurança. Por isso o desenvolvimento urbano nas encostas deve ser planejado com cuidado. Construções inadequadas podem aumentar os riscos de deslizamentos e erosão e com o agravamento das mudanças climáticas, as encostas podem enfrentar consequências significativas devido ao aumento da intensidade das chuvas. 

Causas e Efeitos

© py5aal Erosão Acentuada: Chuvas mais intensas podem acelerar a erosão do solo nas encostas. Isso pode resultar em deslizamentos de terra e perda de estabilidade.

© py5aal Deslizamentos de Terra: Aumento das chuvas torna as encostas mais suscetíveis a deslizamentos de terra. O solo saturado é propenso a movimentos abruptos.

© py5aal Instabilidade Estrutural: A água infiltrada nas encostas pode enfraquecer sua estrutura, levando a colapsos e danos a edificações.

© py5aal Impacto nas Comunidades: Deslizamentos de terra podem causar danos materiais, ferimentos e até mortes. Comunidades localizadas em encostas devem estar cientes dos riscos.

© py5aal Assim, é crucial investir em monitoramento climático, sistemas de alerta precoce e práticas de manejo sustentável, pois as mudanças climáticas têm um impacto significativo no regime de ventos. Essas alterações podem afetar a direção, intensidade e padrões dos ventos em diferentes regiões. 

Aquecimento Global, AMAS , El Niño e La Niña

© py5aal As mudanças na circulação atmosféricas podem ser causadas  pelo aquecimento global devido aumento, por exemplo da Energia Cinética da Atmosfera, que altera os gradientes de temperatura e pressão, afetando os ventos de grande escala, como os ventos alísios e os jatos de alta altitude. Na região da AMAS, a chegada de grande quantidade de partículas carregadas altera o índice de ruído atmosférico , o que pode indicar o aumento de Energia Cinética na Atmosfera, em função disso, regiões específicas podem experimentar mudanças nos ventos locais devido a alterações na topografia, cobertura vegetal e temperatura do ar.

© py5aal Na região da AMAS, ainda não se têm estudos conclusivos sobre sua interferência no comportamento da Troposfera, contudo, a intensificação dos ventos na região causada pelo aumento de Energia Cinética pode levar a eventos climáticos extremos, como tempestades mais fortes e furacões. Os impactos na navegação e produção de energia eólica, além das implicações em diversos setores e ecossistemas podem ser intensificados devido aumento da Energia Cinética, que pode gerar alterações das correntes aéreas, estas podem intensificar as inundações, pois podem causar chuvas intensas, devida alteração das rotas dos "rios voadores" provindos da Região Norte do Brasil.

© py5aal O aumento de Energia Cinética na Atmosfera, pode causar também o derretimento de neve, alterações de correntes marinhas que podem interferir nas marés altas, inclusive causar falhas em sistemas de drenagem ou diques pelo represamento da água do mar. Ou seja, regiões como os Países Baixos podem sofrer eventos inesperados devido o aquecimento atmosférico. Em todo o Planeta poderão ocorrer inundações a partir do transbordamento de rios e córregos devido a chuvas intensas ou derretimento de neve. Nas regiões costeiras quando o nível do mar sobe anomalamente, muitas cidades terão que construir diques de contenção. As inundações urbanas em áreas costeiras ocorrerão com maior frequência, pois com o aumento da quantidade das precipitações, os sistemas de drenagem estarão inadequados e não darão a vazão necessária ao volume de água, principalmente se acontecem chuvas de grande volume de água em curto espaço de tempo. 

© py5aal Nas áreas montanhosas de todo o planeta, grande volume de água em curto espaço de tempo, causará o fenômeno chamado "cabeça d'água", em que o efeito é devastador. Nas planícies, o aumento de volume da água também será destrutivo, pois a velocidade de drenagem sendo muito baixa causa um atraso na redução dos níveis da água nestas regiões. Em futuro não muito distante, será necessária a construção de canais extravasores, que desviem o grande volume dos centros urbanos para regiões abaixo do nivel excedente, isso ocorrerá porque diques de contenção a exemplo dos Países Baixos nem sempre serão eficientes, a Holanda é um exemplo de tais mecanismos, mas, em futuro não muito distante, será necessária a readequação e a  gestão adequada das inundações será essencial para minimizar seus impactos e proteger comunidades e ecossistemas em regiões costeiras de todo o Planeta.

© py5aal Outro efeito que ocorrerá a partir do aquecimento global e a destruição de florestas na área da Amazõnia e Mata Atlântica, em especial na área da AMAS, é a alteração de rotas e precipitação dos rios voadores originados na Amazônia. Esses “rios voadores” são massas de ar úmido que viajam da Região Norte para todo o Brasil, responsáveis pela formação das chuvas. A Floresta Amazônica atua como uma bomba de água natural, abastecendo o restante do país, no entanto, o desmatamento na região afetará esse fenômeno, comprometendo a distribuição de umidade e as chuvas em outras partes do país. Para evitar consequências desastrosas, é crucial frear imediatamente a destruição da floresta.  Caso contrário, as massas de ar úmido transportarão vapor d’água da Amazônia (Pelo aumento da Ec) para outras regiões do Brasil de forma mais intensa devida evaporação rápida de áreas expostas. Quando os rios voadores encontram frentes frias ou áreas de instabilidade, podem liberar grandes quantidades de chuva em muito curto espaço de tempo. 


© py5aal Com o aumento das temperaturas, a evaporação da água nos oceanos também aumenta e isso contribui para a formação de sistemas de baixa pressão e também chuvas mais intensas. O aumento da umidade transportada pelos rios voadores pode resultar em chuvas torrenciais e inundações e quando combinado com eventos climáticos como El Niño e o aumento de radiação solar do ciclo de onze anos, o que aumenta o aquecimento da Atmosfera. Ou seja, os efeitos podem ser ainda mais pronunciados no Sul e Sudeste do Brasil. Muitas áreas do país poderão sofrer consequências significativas devido à alteração no regime dos rios voadores, pois mudanças em sua intensidade ou padrões afetarão a precipitação em diversas regiões, que dependem desses rios voadores para suas chuvas. Assim, ocorrerão impactos na agricultura, recursos hídricos e ecossistemas locais. Também as mudanças nos rios voadores poderão levar a períodos de seca e inundações mais frequentes e intensas. No Sul,  esses fluxos de umidade alterarão o comportamento climático das estações. 

CONCLUSÃO

© py5aal Será crucial entender os fenômenos climáticos como o El Niño e La Niña, sobretudo o monitoramento dos rios voadores e eventos ocorridos dentro da região da AMAS, para mitigar possíveis impactos nas mais diversas regiões do Brasil. O alerta ora apresentado no CONGRESSO DO MEIO AMBIENTE DAS FACULDADES INTEGRADAS 'ESPÍRITA' DE 2009 poderá ou não ser levado a sério, contudo, independente de tal, os efeitos das queimadas, do aumento de carga de gases de efeito estufa, da substituição de árvores por pasto, dentre outras alterações no Meio Ambiente, ocorrerão e, de uma ou outra maneira aqueles que serão afetados terão que se adaptar, queiram ou não. 

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