Biografia de Pixinguinha

Alfredo da Rocha Vianna Filho

(Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1897 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1973). Instrumentista, compositor, orquestrador e maestro. Com uma vasta obra musical, ele transita por gêneros como a valsa, polca, maxixe, samba e, sobretudo, o choro. Seu estilo deixa uma importante contribuição na orquestração, a qual configura a música popular brasileira da primeira metade do século XX.

Aprende a tocar cavaquinho aos 11 anos. Por seu pai ser um hábil flautista e seus irmãos também serem músicos, a infância é ambientada numa casa comumente entoada por rodas de choro. Sua formação inclui o estudo formal da música, o que lhe possibilita ler e escrever partituras, fato pouco habitual entre os músicos populares. Posteriormente, obtém certificado no curso de teoria musical no Instituto Nacional de Música, o que lhe garante amplo acesso ao universo da música erudita, bem como ao conhecimento do código formal da linguagem musical. Disso resulta a qualidade artística de seu trabalho como orquestrador.

Aos 14 anos, participa da orquestra do rancho carnavalesco Filhas da Jardineira, e conhece Donga (1890-1974) e João da Baiana (1887-1974), parceiros importantes em toda sua trajetória. Ainda na adolescência, toca em cabarés do bairro boêmio da Lapa e na orquestra do Cine-Teatro Rio Branco. Em 1914, edita pela primeira vez uma composição de sua autoria, “Dominante”, e passa a integrar o Grupo do Caxangá. Nesse momento, ele é reconhecido como talentoso compositor e flautista, genial em sua criatividade e interpretação.

Ainda jovem, frequenta a casa da baiana tia Ciata, um dos pontos de encontro de músicos como Sinhô (1888-1930), Caninha e Heitor dos Prazeres (1898-1966), bem como de intelectuais como João do Rio (1881-1921), Manuel Bandeira (1886-1968) e Francisco Guimarães. Trata-se de um dos lugares de gestação do samba no Rio de Janeiro no início do século XX, e foram as rodas musicais do local que originaram "Pelo Telefone" (Donga e Mauro de Almeida), reconhecido oficialmente como o primeiro samba a ser gravado, em 1917. No mesmo ano, o grupo Choro do Pixinguinha grava duas composições autorais do músico: o choro "Sofres porque Queres" e a valsa "Rosa". Em 1918, ele organiza, junto com Donga, o conjunto musical Oito Batutas. O conjunto surge do convite feito a Pixinguinha e Donga por Isaac Frankel, proprietário do Cine Palais, localizado no centro elegante da belle époque carioca, para formar uma pequena orquestra para a sala de espera do cinema. O repertório de maxixes, canções sertanejas, batuques, cateretês e choros é inovador porque, até então, as orquestras de cinema apresentavam a chamada música fina: valsas vienenses e tangos. Anunciado como a única orquestra que fala alto ao coração brasileiro, Oito Batutas se torna a atração da casa.

A obra do compositor se consolida como uma das mais importantes matrizes da música popular brasileira, por introduzir elementos das músicas afro-brasileira e rural nos arranjos dos chorões, e contribuir para diversificar o gênero com um matiz particularmente brasileiro. É o caso da composição Os Oito Batutas, gravada em 1919. Entre esse ano e 1921, financiado pelo milionário carioca Arnaldo Guinle e com a supervisão do maestro Heitor Villa-Lobos (1887-1959), o grupo viaja por diversas capitais do Brasil, cabendo a Pixinguinha pesquisar o folclore musical desses lugares, movimento inserido num contexto de intenso debate sobre a identidade nacional.

A turnê celebra o sucesso do grupo entre o público brasileiro e repete o êxito, quando, em 1922, se apresenta em Buenos Aires e no Dancing Shéhérazade de Paris. "Les Batutas" são aplaudidos com entusiasmo também pelo público francês. Embora tenham havido apontamentos a favor que enaltecem a qualidade dos músicos e a originalidade das composições, as apresentações não estavam imunes a críticas de cunho eurocêntrico e racista. A brasilidade da música de Pixinguinha, somada à descendência afro-brasileira dos integrantes do Oito Batutas, foi alvo de comentários por parte da imprensa brasileira que desqualificam a música nacional. Na época da ida de Pixinguinha a Paris, por exemplo, jornais e revistas inferem que esses artistas representam um Brasil negro, atrasado e inferior.

No fim dos anos 1920, a crítica faz uma série de restrições estéticas a duas composições de Pixinguinha. Nesse momento, as ressalvas não se devem ao que elas contêm de brasilidade, mas sim de inovação. Os choros "Lamento" e "Carinhoso" são feitos em duas partes, em vez de três, fato interpretado como uma inaceitável influência do jazz. A marca desse ritmo no trabalho de Pixinguinha é notável, sobretudo porque ele entra em contato direto com essa musicalidade em Paris, por meio dos shows das jazz-bands americanas a que assiste nas casas de espetáculos da capital francesa. Não por acaso, na volta ao Brasil, em agosto de 1922, grava dois foxtrotes: “Ipiranga” e “Dançando”, ambos de sua autoria. Em 1923, o Oito Batutas se recompõe com o nome de Bi-Orquestra os Batutas.

AInda na década de 1920, compõe e faz arranjos para o teatro de revista, a exemplo da peça Tudo Preto, produzida por João Cândido Ferreira e encenada pela Companhia Negra de Revista no Rio de Janeiro. A peça, reeditada em setembro de 1926 com o nome Preto no Branco, conta com a participação do então jovem ator Grande Otelo (1915-1993) no elenco. Além dos arranjos para o teatro, trabalha como orquestrador na indústria fonográfica, a partir de 1928, logo após a implantação da gravação elétrica no Brasil, sobretudo para o selo Odeon. As partituras de Pixinguinha inovam no desenho harmônico, melódico ou rítmico, por inserirem uma marca de brasilidade, característica de seus arranjos, em um contexto no qual os arranjadores seguiam, em geral, a escola italiana.

Nos anos 1930, torna-se funcionário da prefeitura e leciona música em escolas cariocas. Concomitante à atividade como professor, grava diversos discos como instrumentista e músicas de sua autoria. Em 1937, duas composições suas atingem grande sucesso de público na voz de Orlando Silva - "Rosa" [letra de Otávio de Souza] e "Carinhoso" [letra de João de Barro]. Essas músicas são gravadas, tanto pelos intérpretes da velha guarda quanto pelos mais contemporâneos, como Caetano Veloso (1942) e Marisa Monte (1967).

Faz sua última gravação como flautista em 1942, num disco com dois choros de sua autoria: "Chorei" e "Os Cinco Companheiros", e passa a tocar saxofone. A mudança propõe um estilo mais identificado com os novos tempos, ou seja, o jazz. De fato, tanto os arranjos quanto o timbre do sax dão uma coloração mais moderna à sonoridade do grupo, o que não significa a vulgarização de sua brasilidade. A nova fase de Pixinguinha inclui dezenas de registros em disco com o flautista Benedito Lacerda (1903-1958), dupla que corresponde a um momento singular do choro. Nessas gravações, a criatividade de Pixinguinha destaca-se nos contrapontos que ele desenvolve no sax tenor, como resposta às melodias executadas na flauta por Lacerda. Nessa época, participa do programa O Pessoal da Velha Guarda do radialista Almirante (1908 -1980).

Lança seu primeiro LP, o disco "Carnaval da Velha Guarda", em 1955, com a participação de seus músicos e de Almirante). Três anos depois, o grupo Velha Guarda é escolhido para recepcionar os jogadores brasileiros vitoriosos na Copa do Mundo, conquistada na Suécia. No início dos anos 1960, cria a trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, de Alex Viany (1918-1992), lançado em 1963. Seis composições do filme têm a letra escrita por Vinicius de Moraes (1913-1980), entre elas, "Lamento" (1928) e "Mundo Melhor".

Privilegiando a atmosfera nacional, Pixinguinha introduz elementos das tradições afro-brasileiros, da tonalidade rural e do jazz, o que faz da sua obra, tributária do contexto sociocultural de sua trajetória, uma das mais importantes matrizes da música popular brasileira.

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