Dependência a Drogas - Sérgio Eduardo Fontoura da Silva
A nicotina, alcalóide encontrada numa Solanácea, a Nicotiana tabacum, é uma droga que é capaz de levar a dependência física, e a sua privação leva a uma síndrome de abstinência. Existem terapias farmacológicas como a reposição de nicotina e o uso de bupropiona (fármaco antidepressivo) e a vareniclina (competidor nicotínico) que tem sido usadas com relativo sucesso, pois este sucesso depende mais da força de vontade do paciente. O álcool etílico, que também é capaz de levar a dependência física, é consumido na forma de bebidas alcoólicas, cujo uso abusivo está relacionado com violência doméstica, os mais variados crimes e acidentes de trânsito. A terapia do alcoolismo, assim como do tabagismo, pode ser feita com o auxílio de fármacos, como o dissulfiram (inibidor da biotransformação do álcool), naltrexona (antagonista opiáceo), acamprosato (nos sintomas da síndrome de abstinência) e a metadoxina (acelera a biotransformação do álcool e age como protetor hepático), além dos grupos de apoio, como os alcoólicos anônimos, que tem um papel muito importante na terapia, mas neste o paciente caso também precisa querer parar de beber. Dentre as drogas de abuso ilícitas, em nosso meio, as mais freqüentes são a maconha (THC), a cocaína e o êxtase, que em graus variados são capazes de levar a dependência física e psíquica. A terapia farmacológica é uma ferramenta muito útil no tratamento das dependências, tanto a drogas lícitas como ilícitas, porém, o principal aliado do paciente, é a sua vontade real e inabalável de parar de consumir uma droga capaz de levar a dependência física, além disso, o apoio psicológico é imprescindível.