Resumo do Projeto

BRINCANDO COM A NATUREZA: Recilando Idéias e Atitudes

Coordenação: Wanessa de Souza Baptista¹

1 – Estudande de Ciências Biológicas na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Tema: Educação Ambiental

1. INTRODUÇÃO

Segundo o IBAMA “A educação ambiental pode ser considerada importante ferramenta na conquista de um ambiente mais equilibrado ecologicamente. Trabalhando com processos participativos pode proporcionar reflexão de valores e mudança de atitudes” (IBAMA, 1998).

Objetivando gerar na população essa reflexão de valores e mudança de atitudes, considerando que na região Sudeste o meio mais utilizado (79%) para a inserção da Educação Ambiental nas escolas é através de Projetos (LIMA, 2008), me proponho a desenvolver um projeto de educação ambiental, em escolas públicas do Rio de Janeiro.

2. OBJETIVOS

O objetivo geral desta proposta é reciclar o pensamento ético, social, cultural e ambiental de crianças e adolescentes, que já formaram uma visão distorcida da importância do meio ambiente, criando neles uma nova consciência sócio-ambiental estruturada no respeito e solidariedade à vida ambiental, onde somos uma no meio de tantas outras vidas.

Quanto à atitude, espera-se que estas não fiquem restritas ao período do projeto, nem delimitadas ao interior escolar. Mas que, de certa forma, possam ser traduzidas em efetivas ações do cotidiano, contribuindo para uma sociedade ambientalmente mais saudável e socialmente mais justa.

Objetivos específicos:

1. OFICINA Biomas e Biodiversidade brasileira: Trazer para o cotidiano o conceito e a importância dos biomas e da biodiversidade natural, mostrando que seu desequilíbrio causa sérias conseqüências.

2. OFICINA Exótico X Nativo brasileiro: Trabalhar o conceito introduzindo o respeito ao habitat de cada espécie, enfatizando as conseqüências de quando a mesma é introduzida em outro hábitat.

3. OFICINA O que é Predação? : Introduzir o conceito trabalhando a importância desse ato para manter o equilíbrio natural. Visando quebrar a interferência humana que atrapalha essa estabilidade, como alimentar um animal selvagem em habitat, por exemplo.

4. OFICINA Teia Alimentar: Desenvolver o conceito dando continuidade ao objetivo da oficina anterior, mostrando que há uma conexão na alimentação / sobrevivência de todos os seres vivos.

5. OFICINA Equilíbrio Ecológico: Trabalhar o funcionamento da natureza, explorando as conseqüências que poderão ser geradas com a interferência humana.

6. OFICINA Lixo, você conviveria com ele? : Fazer uma sensibilização sobre o lixo, trabalhando a poluição ambiental, visual e suas conseqüências. Dando ênfase aos três R’s Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

7. OFICINA O lixo e suas conseqüências: Explorar os problemas causados pelo lixo, desde doenças até enchentes e mortes.

8. OFICINA O Aqüífero e sua importância: Trabalhar o conceito e a formação dos aqüíferos, além de sua importância para a sobrevivência humana, e como a poluição o afeta.

9. OFICINA O mau do desperdício: Conscientizar sobre mau que todo tipo de desperdício gera, desde água e energia à de alimentos e produtos industriais.

10. OFICINA O homem e suas ações: Fixar a idéia de que toda ação humana gera uma conseqüência, podendo ser ela boa ou ruim.

11. OFICINA Nossos atos trazem conseqüências: Dar continuidade a oficina anterior.

12. OFICINA Filme: Mostrar a mudança sofrida na natureza e como os seres vivos adaptados sobrevivem nela, além de introduzir conceitos como fragmentação, extinção, entre outros.

13. OFICINA Aula Campo: Gerar uma maior sensibilidade ao meio ambiente.

14. OFICINA de Finalização: Mostrar o vídeo de encerramento, e fazer uma confraternização.

4. METODOLOGIA DE TRABALHO

O projeto será desenvolvido no CIEP Francisco Cavalcante Pontes de Miranda, com duração de quarto meses. Pretende-se trabalhar com 15 a 20 crianças na faixa etária de 7 a 15 anos, que se inscreverão na oficina. Essa inscrição é necessária para limitar o número de participantes, além de fazer os inscritos terem compromisso com a freqüência nas oficinas.

Cada participante que possuir 12 presenças ao final das 15 oficinas, recebe como prêmio, um kit ecológico com pião de tampa de garrafa pet e canudo de pirulito, caderno com capa de caixa de leite e folhas para reutilização, caneca para a redução de copos descartáveis, entre outros.

A execução do projeto é dividida em quatorze oficinas lúdicas:[1]

1. Biomas e Biodiversidade brasileira: Colocar o nome dos Biomas brasileiros separados na parede, fazer também dicas com as características dos biomas. Depois da introdução do tema, pedir aos grupos que selecionem um participante cada, esse deverá estar vendado e assim tentar colocar em baixo do nome do bioma a dica, apenas com a ajuda do grupo.

2. Exótico X Nativo brasileiro: Escrever Exótico de um lado da parede e Nativo de outro, deixar com eles figuras de animais e vegetais nativos do Brasil e exóticos, os posicionem longe da parede. Quando o sinal for dado cada grupo deverá colar uma figura por vez no lugar certo, isso indo e vindo. Aquele que conseguir acertar mais vence.

Depois colocar em bexigas de gás, nomes de animais e vegetais nativos do Brasil e exóticos. Cada grupo deve selecionar um participante por vez para passar por obstáculos e pegar a bexiga, depois correr ao encontro do outro selecionado e estourar a mesma na barriga, quando o nome que está na bexiga cair, deverão responder se o tal é exótico ou nativo.

3. O que é Predação? : Após a introdução do tema, realizar uma brincadeira de pique e pega, onde os predadores deverão pegar as presas. E explorar o contexto da brincadeira, como: Uns são mais difíceis de serem pegos que outros, mas para pegar qualquer um tem que haver um esforço, assim também é na natureza, etc.

Outra brincadeira que poderá ser usada é o jogo de futebol, onde o gol pode ser visto como a concretização da caça. Explorando a dificuldade que cada time possui para chegar até o gol, como as barreiras que um predador tem que superar para conseguir pegar a presa, etc.

4. Teia Alimentar: Para mostrar o nível de ligação entre as cadeias alimentares, propõem-se que todos os participantes fiquem de mãos dadas em circulo, onde o monitor (que também estará na roda) irá puxar os participantes que estão ao seu lado, e como conseqüência todos irão sentir e até mesmo se mover.

Para brincadeira, sugere-se que os participantes se dividam, basicamente em: Vegetal; Animal herbívoro; Animal Carnívoro e Ser Humano (Mas deixando claro que somos animais onívoros). O Animal herbívoro deverá se alimentar dos vegetais, os Animais carnívoros dos herbívoros e carnívoros, e os Seres Humanos, deveram se alimentar, caçar, desmatar e poluir. Como conseqüência só sobrará o homem, que logo morrerá, pois não há nada para manter sua sobrevivência.

5. Equilíbrio Ecológico: Os participantes deverão estar abraçados em circulo, primeiramente, cada um deles irá receber um nome (podendo ser de animal ou vegetal), e o monitor irá chamar esse nome. Quando o nome for chamado, o participante deverá levantar o pé e se apoiar nos outros dois ao lado (com os braço), ele não cairá. Dessa forma podemos simular o equilíbrio ecológico, “tudo anda em harmonia”. Depois, todos eles irão receber o mesmo nome, assim quando o monitor chamar o nome todos irão levantar o pé, e irão cair. Dessa forma podemos mostrar que quando o homem entra em ação desequilibra o meio.

6. Lixo, você conviveria com ele? : Com lixo espalhado no chão deve-se pedir a eles que se sentem no meio do lixo, e darei a eles doces, pedindo que joguem o papel no chão quando comerem. Após a reação deles, iniciar um debate de onde o lixo deve ficar e logo depois fazer a seleção dos lixos (de acordo com sua categoria), falando sobre os três R’s. Em seguida reutilizar esse lixo, com artesanatos, por exemplo.

7. O lixo e suas conseqüências: Confeccionar cartazes (levar fotos de enchentes, doenças, rios transbordando, etc.) ver vídeos, e fazer brincadeiras.

8. O Aqüífero e sua importância: Levar pedaços de algumas rochas para demonstrar como é um aqüífero, muitas fotos. Depois fazer um jogo de tabuleiro feito no chão, com perguntas e tarefas relacionadas ao tema.

9. O mau do desperdício: A dinâmica introdutória deverá sensibilizar os participantes, de modo a qual eles percebam que o desperdício gera a falta. Realizar jogo e competições sobre o tema.

10. O homem e suas ações: Passar um trecho do filme “ Heppy Feet o Pingüim” e depois divididos em grupos, terão que montar um cartaz onde há fotos, figuras ou desenhos feitos por eles, demonstrando o homem agindo sobre o meio ambiente. De um lado as boas ações do outro as más.

11. Nossos atos trazem conseqüências: Começar mostrando um vídeo personalizado com algumas das conseqüências possíveis, depois fazer confecção de cartazes, e brincadeiras.

12. Filme: Passar trechos da animação “Os Sem Florestas”, depois realizar um debate em cima das principais cenas.

13. Aula Campo: Levá-los ao Zoológico ou a uma Trilha interpretativa.

14. Finalização: Passar o vídeo de encerramento com as fotos das oficinas.

4. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS COM O PROJETO

A avaliação das atividades do projeto será realizada por meios complementares:

  1. Observação extensiva: durante as oficinas, os alunos são observados e suas reações, perguntas, interesse e demais meios de intervenção são discretamente registrados.
  2. Análise de conhecimento: Ao término de cada oficina, um jogo de perguntas e respostas é realizado, onde perguntas sobre o tema proposto, deverão ser respondidas por cada participante. A média de erros e acertos nos proporciona uma idéia se a oficina tem alcançado o objetivo proposto.
  3. Avaliação dos participantes: Ao final de cada mês um questionário simples será distribuido para os participantes que se interessarem em responder. Nesse questionário, será avaliado a qualidade das oficinas e o prazer das crianças em participar das mesmas.

5. CONCLUSÃO

Reciclar a consciência ambiental em crianças e adolescentes é garantia que no futuro existiram adultos preocupados com suas ações e conseqüências das mesmas no meio ambiente.

[1] Estão listadas as principais ações de cada oficina, o que não significa que somente isso será realizado.