ATRASO DO FINAL DO CICLO SOLAR 23

INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO - IAE

CONVÊNIO 2002-2012

PROFESSOR ANGELO ANTONIO LEITHOLD, PROFESSOR ONEIDE JOSÉ PEREIRA

O presente endereço é parte da pesquisa sobre os fenômenos eletromagnéticos na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul

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A obra ATRASO DO CICLO SOLAR E CONSEQUÊNCIAS NA PROPAGAÇÃO DE RÁDIO EM HF de Leithold, Angelo Antonio, Leithold, A. A..; Angeloleithold foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada. Com base na obra disponível em sites.google.com.

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ATRASO DO CICLO SOLAR E CONSEQUÊNCIAS NA PROPAGAÇÃO DE RÁDIO EM HF

Nos últimos cem anos a atividade solar teve várias oscilações, sendo que o final do ciclo de manchas solares 23 revelou algumas surpresas. O campo magnético do Sol teve uma grande redução, atingindo mínimos históricos muito relevantes. Em função da redução da atividade solar, houve uma redução na transferência de energia cinética na atmopsfera da Terra propiciada pelas Massas Coronais Ejetadas. Isso causou uma redução na temperatura das altas camadas, e, ao mesmo tempo uma contração da Atmosfera.

A redução da atividade solar foi causada em parte em grandes profundidades, na região do Sol chamada ''Zona Convectiva'', onde predomina uma grande quantidade de plasma aquecido e os fenômenos de transporte têm grande relevância. Naquela região, existe um fluxo de plasma profundo provindo dos pólos em direção ao equador, à medida em que há aumento da agitação pela transferência de energia da ''Zona Radioativa'', e por efeitos magnéticos causados pelo ''Dínamo Solar'', próximo ao equador, as correntes de plasma sobem, e, pelo efeito de redução de densidade regional elevam-se. Assim circulam abaixo da superfície em direção aos pólos, formando dois toróides, um no hemisfério norte, outro no hemisfério sul.

O fluxo de plasma ''horizontal'' interfere no fluxo ''vertical'', que é o formador de manchas solares. O aumento do fluxo horizontal assim reduz os efeitos de outros movimentos de convecção, gerando uma estabilidade no transporte de energia, logo, um aumento de estabilidade nos ''movimentos'' de matéria, que por sua vez estabiliza a formação de campos magnéticos, e estes acabam por não formar manchas solares. Os ''fluxos horizontais'' são chamados de ''fluxos meridionais'', têm forma toroidal, sua zona de ''afloramento'' é próxima ao equador e a zona de ''mergulho'' é próxima aos pólos, formando um loop cuja intensidade de corrente varia ao longo de onze anos. Durante o ciclo solar esta variação em intensidade é a moduladora dos fluxos magnéticos, ou seja, a variação do fluxo meridional ''modula'' a geração das manchas.

Uma vez qua há um ''atraso'' entre as atividades interna e externa do fluxo interno, em torno de 11 anos, o fluxo acelerado que arrastava as manchas para o interior do Sol, perdeu velocidade, o que propiciou um atraso no retorno destas. Este efeito é facilmente observado no ''diagrama da borboleta'' e explica o porquê do atraso do início do ciclo 24. Um efeito parecido, porém com uma grande duração, ocorreu no século dezessete, foi o chamado mínimo solar Maunder, que durou setenta anos e ocorreu na Europa uma mini-glaciação.

Nas pesquisas realizadas em 2008 e 2009, foi observado através das variações de propagação de rádio e das descargas atmosféricas, que o vento solar sofreu uma grande redução no período e que o fluxo de partículas cósmicas oriundas do espaço exterior sofreram um grande aumento. Ao mesmo tempo houve uma importante redução da transferência de energia cinética na alta atmosfera propiciada pela ação da radiação UV, esta notadamente originada a partir das manchas solares. Consequentemente grande redução de temperatura naquela região e sua contração (Redução de altitude). Assim, ocorreu a contração da ionosfera, e, consequente seu aumento de densidade. Isto aumentou a absorção de RF nas camadas mais baixas (C e D) e reflexão com grandes variações de ângulos nas mais altas (F1, F2 e F3).

Também, com a redução da atividade magnética do Sol, houve uma redução da atividade magnetosférica da Terra, que é modulada pela variação solar. Por consequência houve uma redução do fluxo de partículas presas no cinturão interno de Van Allen, isto propiciou uma redução de transferência de energia para a alta Ionosfera, que também interferiu na redução da propagação de RF principalmente no Brasil, cuja grande parte da região está sob a influência da Anomalia Magnética do Atlântico Sul.

Publicado em:

http://pt.scribd.com/doc/50450620/Ciclo-24-Manchas-Solares-Py5aal

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A obra ATRASO DO CICLO SOLAR E CONSEQUÊNCIAS NA PROPAGAÇÃO DE RÁDIO EM HF de Leithold, Angelo Antonio, Leithold, A. A..; Angeloleithold foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada.Com base na obra disponível em sites.google.com. - Artigo criado em março de 2010 -publicado em março de 2011