Sinopse
O livro centra-se na vida de Macau nos primeiros anos do século XIX, período em que Napoleão Bonaparte ameaçou a Europa e o mundo.
Até que a Inglaterra obtivesse em 1842, como troféu da "1.ª guerra do ópio", a ilha de Hong-Kong, Portugal foi o único país europeu a receber autorização do Imperador Chinês para dispor ali de uma base para realizar comércio marítimo no Extremo Oriente.
Durante séculos, Inglaterra, França, Holanda, disputaram o território de Macau aos portugueses e foram organizadas embaixadas ao Imperador a pedir autorização para obter estabelecimento. Que sempre lhes foi negado.
Em 1808, a pretexto de ajudar os macaenses a defender-se de hipotético ataque napoleónico, a Inglaterra ocupou militarmente a Cidade. Durante os três meses que durou a invasão, os mandarins chineses endureceram a posição face às autoridades nacionais e chegaram a ameaçar expulsar os portugueses de Macau, se fosse provado terem sido coniventes com a Grã-Bretanha para a ocupação.
Liberto o território das tropas invasoras, poucos meses depois, a intervenção de navios da Cidade, em auxílio da marinha imperial, foi decisiva para ser derrotado Cam Pao Sai, o maior pirata chinês de então. A sua rendição, por ordem do Vice-Rei de Cantão, e vontade do pirata, foi feita perante o ouvidor-geral Miguel de Arriaga, figura cimeira da administração do território.
Além de desenvolvida narração de todos os episódios salientes da História de Macau neste período e da caracterização do comércio marítimo que sustentava o território, há a exaltação da figura de Miguel de Arriaga, paradigma do servidor da Coroa de Portugal, bem como um capítulo introdutório. Neste, aborda-se a fundamentação histórica do estabelecimento dos Portugueses em Macau, em 1557, e são referidas as vicissitudes pelas quais passaram nos tempos que antecederam esta data, desde 1513, quando o navegador português Jorge Álvares, atingiu a costa da China, abrindo ao mundo ocidental o conhecimento dessa rota marítima.
O essencial da investigação realizada baseia-se em documentos oficiais existentes no Arquivo Histórico Ultramarino.
Sinopse
Este livro é o fruto de investigação feita sobre os manuscritos do Erário Régio, existentes no Arquivo Histórico do Tribunal de Contas, e os que se conservam na Torre do Tombo, relativos à correspondência política, em especial, a diplomática.
O autor apurou que foi constituído um Cofre, em 1809, para administrar o dinheiro doado pela Grã-Bretanha para o pagamento dos soldados lusitanos que integraram o Exército Anglo-Português.
Este Corpo militar, Comandado por Lord Wellington, cobriu-se de glória na Guerra de Libertação Nacional, expulsando as tropas napoleónicas por duas vezes e perseguindo-as, com vitórias sucessivas até à última, já em território francês, que contribuiu para que Napoleão Bonaparte abdicasse.
O apoio britânico começou por abranger dez mil homens, passando, pouco depois, para quinze mil, mais tarde, vinte mil e, a partir de Fevereiro de 1810, trinta mil.
O autor fez o apuramento das somas entregues pela Grã-Bretanha, expressas em dinheiro, fardamentos e equipamento, víveres e forragem para cavalos, que atingiram valores bem acima de metade das receitas correntes das Finanças Públicas. O acréscimo do dinheiro em circulação foi tão grande que contribuiu para a maior inflação de preços conhecida no país, por mais de um século, até 1917.
Na cerimónia de apresentação pública do livro, em 9 de Abril de 2013, o Juiz Conselheiro Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Tribunal de Contas, realçou a qualidade da obra, baseada em “notabilíssima” investigação e “essencial para a compreensão da época”.
Sinopse
No Bicentenário das Invasões Francesas e da transferência da Capital e Corte para o Brasil, para bem compreender as decisões políticas e as contingências históricas da época, é fundamental conhecer os parâmetros económicos que suportavam as sociedades europeia e colonial Portuguesas. São reunidos nesta obra cinco ensaios cujo elo de ligação é a situação das economia e finanças portuguesas nas duas primeiras décadas de oitocentos, mais precisamente, na época em que Napoleão Bonaparte pôs o mundo em alvoroço. O início do século XIX apresenta-se decisivo para Portugal, submetido a um turbilhão de acontecimentos que subverteram o que se poderia admitir ser o natural curso da sua História, se é que tal figura existe. O certo é que o Bloqueio Continental, as invasões francesas, a transferência da Capital e da Corte para o Brasil, a abertura dos portos brasileiros aos navios ingleses, os tratados de 1810 com a Grã-Bretanha, a longa permanência de tropas britânicas no solo pátrio, contribuíram decisivamente para o enfraquecimento das estruturas políticas, sociais e económicas do país. Embora focando aspectos diferenciados, os ensaios procuram evidenciar as constantes e linhas de força que caracterizam a conjuntura referida. Todos eles se desenvolvem a partir de fontes primárias existentes em fundos arquivísticos nacionais.
Sinopse
O efeito do Bloqueio Continental, decretado por Napoleão em 1806, sobre a Economia Portuguesa foi estudado na obra pioneira do Prof. Doutor Jorge Borges de Macedo, figura eminente da História Económica Portuguesa. Os números com que trabalhou para fundamentar as suas conclusões eram os do movimento de navios na barra do rio Douro.
O Mestre recomendou que se investigasse o movimento marítimo no porto de Lisboa, ciente da importância da capital, tanto no abastecimento marítimo do país, como nas exportações. Mas, não se dispunha dos dados estatísticos necessários para avaliar o efeito do Bloqueio neste porto.
António Alves-Caetano encontrou a fonte manuscrita fundamental, no Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa: os registos do “Marco dos Navios”, imposto camarário cobrado aos veleiros que ancoravam no estuário do Tejo. Utilizando, ainda, os dados da “Balança Geral de Comércio” e de outras fontes manuscritas dos Arquivos Central da Marinha e Histórico Militar, o autor elaborou texto demonstrativo da influência do Bloqueio sobre o porto que representava mais de 70% do movimento dos portos marítimos do continente português.
O Bloqueio Continental, de par com a retirada estratégica da Família Real e Corte para o Brasil, originada pela primeira Invasão francesa, determinaram profunda alteração do paradigma económico nacional, analisado nesta obra, cuja edição, pela Academia de Marinha, teve o patrocínio da Lusitania Companhia de Seguros.
No Prefácio, o Presidente da Academia, Almirante António Emílio Ferraz Sacchetti enalteceu o mérito do livro, que “tem inegável valor e vem preencher uma lacuna na bibliografia existente sobre este período tão perturbado da história da Europa e de Portugal”.
Sinopse
O percurso da Companhia de Seguros Fidelidade – a que o autor presidiu entre 1988 e 1992 – foi analisado desde a fundação da empresa, em 1835, até à publicação da primeira legislação de vulto da actividade seguradora, em 1907, em dois volumes.
A investigação feita sobre documentação oficial da companhia permitiu traçar quadro muito completo da vida da primeira empresa de seguros a estabelecer-se em Lisboa, depois do triunfo do Liberalismo. Este, abriu caminho ao associativismo, apresentando-se os comerciantes de várias cidades portuguesas na primeira linha. Claudio Adriano da Costa, negociante de especial envergadura e homem culto, propôs a fundação desta seguradora à Associação Mercantil Lisbonense, designação que fora dada na fundação, em 1834, à actual Associação Comercial de Lisboa.
O primeiro volume traça a história da empresa até 1863, ano de pavoroso incêndio no edifício da Câmara Municipal de lisboa, onde a Fidelidade também tinha a sede. A companhia conheceu enormes prejuízos, com grande quota-parte deste incêndio. Foi o único ano em que não distribuiu dividendos. A sede foi transferida para o edifício do Largo do Corpo Santo, onde se manteve até aos anos 90 do século XX.
No Prefácio, a Prof.ª Doutora Fátima Sequeira Dias, grande especialista da matéria, considerou tratar-se de “um belo livro de construção da memória da Fidelidade, sem panegíricos, nem condenações. Apenas uma história, a da Fidelidade, sem heróis nem vilões, construída com grande rigor e infatigável labor pelo seu autor que, depois de uma vida dedicada aos seguros, em Portugal e no estrangeiro, decidiu – e muito bem – escrever a história da seguradora Fidelidade, não se poupando a esforços para coligir o material disperso, mal conservado e, tantas vezes, mal-amado”.
Mais adiante, acrescentou: “ A Companhia Fidelidade constitui leitura obrigatória para quantos se interessam pela história dos seguros, vindo enriquecer o limitado universo de história de empresas, no contexto nacional”. E ainda: “António Alves Caetano foi capaz de reconstruir os passos da organização empresarial da Fidelidade, com rigor e pertinência. …A afirmação da companhia é contemporânea da própria afirmação da economia capitalista em Portugal”.
A análise feita permite conhecer o desempenho de outras seguradoras e aspectos salientes da actividade económica da capital do país.
A crítica, também saudou, favoravelmente, o livro, em especial o Prof. Doutor José Amado Mendes, outra autoridade em História de Empresas, no Núcleo de Estudos de História Empresarial, na Internet (historia-empresarial.fe.unl.pt/livros).
Sinopse
No último volume o autor caracterizou o largo período entre 1864 e 1907, de grande agitação política e económica, com duas profundas crises monetárias. Nesse tempo, a Fidelidade confirmou a justeza dos critérios que tinham presidido à sua afirmação como reputada seguradora, vencendo todas as tormentas, orientada por gerações de directores que conjugavam grande rigor técnico e probidade de gestão.
A análise feita, tanto no primeiro como neste Volume, permitiu conhecer as vertentes essenciais da actividade de uma empresa de seguros, expressas na avaliação dos riscos, na sua correcta tarifação e na criteriosa gestão, alicerçada na oportuna indemnização dos sinistros, na sensatez do aprovisionamento dos riscos e das aplicações financeiras.
Como o autor escreveu no Epílogo da obra, “a História da Companhia Fidelidade no século XIX situa-a entre as sociedades de sucesso do nosso capitalismo comercial oitocentista, permitindo que a Empresa se distinguisse no especial domínio dos Seguros. Os seus dirigentes entenderam e interpretaram de forma superior a essência de actividade tão delicada. Erguendo os olhos do mundo do Seguro e olhando o panorama empresarial português neste ocaso de oitocentos, talvez se encontrem motivos para admitir dever ser, também, objecto de distinção, nesse horizonte mais vasto. Não necessariamente a mesma que permite afirmar ser, sem receio de contradita, entre seguradoras,
Primus inter pares”.
Pormenores
Editor: Labirinto de Letras, Editores
Data da Publicação: Maio de 2016
Encadernação: Capa mole - 348 páginas
Idioma: Português
ISBN: 978-989-99119-9-4
Dimensão do livro: 150x240 mm.
Pormenores
Editor: Autor, patrocinado por Lusitania,
Companhia de Seguros, SA
Data da Publicação: Fevereiro de 2013
Encadernação: Capa mole – 200 páginas
Idioma: Português
ISBN: 978-972-95937-3-4
Dimensão do livro: 170x240 mm.
Pormenores
Editor: Tribuna da História Editores
Data de Publicação: 2008
Encadernação: Capa mole - 272 páginas
Idioma: Português
ISBN: 9789728799793
Dimensões do livro: 150 x 230 mm
Pormenores
Editor: Lisboa, Academia de Marinha
Data da Publicação: 2004
Encadernação: Capa mole – 241 páginas, com gráficos e 35 quadros estatísticos
Idioma: Português
ISBN: 972-781-082-9
Dimensões do livro: 170X240 mm
Pormenores
Editor: Lisboa, Autor
Data da Publicação: 2000
Encadernação: Capa mole – 437 páginas, com gravuras e quadros estatísticos
Idioma: Português
ISBN: 972-95025-8-7
Dimensões do livro: 165X235 mm
Pormenores
Editor: Lisboa, Autor
Data da publicação. 2002
Encadernação: Capa mole - 497 páginas, com gravuras e quadros estatísticos
Idioma: Português
ISBN: 972-95937-2-8
Dimensões do livro: 165x235 mm
MACAO NA ERA NAPOLEÓNICA
Início dos Tempos Glóriosos do Ouvidor Arriaga
por António Alves-Caetano
«OS SOCORROS PECUNIÁRIOS» BRITÂNICOS
DESTINADOS AO EXÉRCITO PORTUGUÊS
(1809-1814)
Subsídios para a História da Guerra de Libertação Nacional
por António Alves-Caetano
A Economia Portuguesa no Tempo de Napoleão
Constantes e Linhas de Força
de António Alves-Caetano
O Porto de Lisboa e o Bloqueio Continental (1806-1812)
Ensaio de História Económica
de António Alves-Caetano
Companhia Fidelidade e os Seguros na Lisboa Oitocentista (1835-1907)
Volume I – Da Fundação à Sede do Corpo Santo (1835-1863)
de António Alves-Caetano
A Companhia Fidelidade e os Seguros na Lisboa Oitocentista (1835-1907)
Volume II – Primus inter pares (1864-1907)
de António Alves-Caetano