INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO
CAMPUS DE PESQUISAS GEOFÍSICA MAJOR EDSEL DE FREITAS COUTINHO
PROFESSOR ANGELO ANTONIO LEITHOLD - NOTAS DE AULA
CAMPUS DE PESQUISAS GEOFÍSICA MAJOR EDSEL DE FREITAS COUTINHO
PROFESSOR ANGELO ANTONIO LEITHOLD - NOTAS DE AULA
INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO - IAE -FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITA - FIES - CAMPUS DE PESQUISAS GEOFÍSICAS MAJOR EDSEL DE FREITAS COUTINHO -
Convênio 2006-2012 Professor Angelo Antônio Leithold
04.2 AS REGIÕES OU CAMADAS IONOSFÉRICAS 04.2.2 A CAMADA "D" DA IONOSFERA
#PROFESSORANGELOANTONIOLEITHOLDPY5AAL A região atmosférica entre 60 e 80 km de altitude é problemática para ser estudada, pois é muito alta para uso de balões e muito baixa para uso de satélites. É chamada baixa ionosfera e é sabido que tem baixa densidade eletrônica, o que impossibilita sua sondagem inclusive a partir de radares e ionossondas convencionais. Durante as pesquisas realizadas entre 2006 a 2010 foi buscada uma solução para tal problema, pois é justamente onde ocorrem alguns fenômenos relativos ao ESTUDO DA PROPAGAÇÃO DE RÁDIO E DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS NA REGIÃO DA ANOMALIA MAGNÉTICA DO ATLÂNTICO SUL, trabalho de conclusão de curso desenvolvido pelo autor. É justamente na altitude em torno de 75 km e 400 km que ocorrem os pontos de espelhamento inferior e superior das partículas presas que transitam entre o Hemisfério Sul e Hemisfério Norte. Sendo o ponto de espelhamento do Hemisfério Sul a região da AMAS, e este está dentro de uma das regiões menos estudadas da Ionosfera, a camada iônica C.
FIGURA 1: Trânsito e espelhamento dos constituintes presos entre as altitudes de 65 km e 400 km. (Fonte: O autor)
#PROFESSORANGELOANTONIOLEITHOLDPY5AAL A partir da detecção das mudanças de fase de sinais de VLF em trajetos longos, se detectou a possibilidade da existência de um região ionosférica esporádica abaixo de 70 km que recebeu o nome de "camada C". Para estudar a AMAS e seu ponto de espalhamento foi desenvolvida uma antena Yagi apontada para cima sintonizada em 7,00 MHz aproximadamente, se pode dizer que um dos "efeitos colaterais" da técnica desenvolvida pelo autor foi a confirmação da camada C e que o ponto de espelhamento das partículas em trânsito se dá exatamente nesta região, pois a densidade de partículas e elétrons propiciam no amanhecer a absorção da RF. Pelo ângulo de transmissão e recepção dos sinais, e sua absorção chegou-se à conclusão de que existe forte trânsito de partículas na altitude aproximada de 70 km. A camada C apresenta grande concentração de íons positivos e negativos além elétrons livres, o que, dependendo da sua densidade gera grande absorção da radiação eletromagnética pelos seus constituintes neutros, e pela colisão das partículas energéticas e constituintes neutros em trânsito na região (Fig. 1)
#PROFESSORANGELOANTONIOLEITHOLDPY5AAL Observações recentes estabeleceram a existência de camadas ionizadas muito abaixo da camada E de Kennelly-Heaviside . Essas camadas agem como bons refletores de ondas de rádio. A mais alta dessas camadas (às vezes chamada de camada D ) está situada a uma altura média equivalente de 55 km. A próxima fica entre 20 km e 35 km, e as mais baixas parecem estar situadas dentro da região troposférica entre alturas de 5 km e 15 km. (Foi recentemente sugerido por Mitra 5 que, uma vez que a designação D é geralmente aplicada à cauda absorvente não desviante da região E , as novas regiões sejam chamadas de regiões C. Talvez seja conveniente chamá-las, começando pelo topo, de regiões C 1 , C 2 e ( C 3 .). Uma vez que os dados relativos às propriedades destas regiões particularmente dos inferiores-ainda faltam, recentemente realizamos uma série de 24 horas observações, em intervalos de uma hora e meia, usando uma faixa de frequência de 1-15 mc.fsec. Os resultados das observações estão resumidas abaixo. (1) Os ecos de C1 (55 km.) são muito mais freqüentes e são de maior força do que aqueles de 0 2 e 0 3 • 0 2-ecos (25-30 km.) também são fortes e são mais frequentes que os ecos C3; estes últimos são fracos e são observados em raras ocasiões. 0" E- e Ecos F de força moderada foram observados em diversas ocasiões ocorrem lado a lado. Os ecos registados durante o dia são invariavelmente mais fracos do que os registados durante a noite. As intensidades dos ecos 0 1 e C2 têm ocasionalmente foram encontrados à noite para serem comparáveis aos de ecos E e F bastante fortes. Eco 0 1 (55 km) com 3 mc.fsec. frequência recebida à meia-noite de 5 de junho e um eco o. (20 km.) com uma frequência de 2·18 mc.fseg. gravado às 19h do dia 12 de junho, um exame mais detalhado revelará a presença outro eco de altura muito baixa (8 km.) e vestígios de reflexões simples e duplas da região E.