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ESTRATÉGIAS DE LEITURA Isabel Solé
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Isabel Solé
O objetivo desse livro é ajudar educadores e profissionais a promover a utilização de estratégias de leitura que permitam interpretar e compreender os textos escritos.
Capítulo 1 - O desafio da Leitura
A leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto para satisfazer um propósito ou finalidade. Lemos para algo: devanear, preencher um momento de lazer, seguir uma pauta para realizar uma atividade, entre outras coisas.
Para compreender o texto leitor utiliza seus conhecimento de mundo e os conhecimentos do texto.
Controlar a própria leitura e regulá-la, implica ter um objetivo para ela, assim como poder gerar hipóteses sobre o conteúdo que se lê. Por isso a leitura pode ser considerada um processo constante de elaboração e verificação de previsões que levam a construção de uma interpretação.
Na leitura de um texto encontramos, inicialmente o título, subtítulo, negrito, itálico, esquema. Isso pode ser utilizado como recursos para prever qual será o assunto do texto, por exemplo.
Esses indicadores servem para ativar o conhecimento prévio e serão úteis quando se precisar extrair as idéias centrais.
O que foi apresentado até agora pode dar pistas de como as práticas pedagógicas podem organizar situações de ensino e aprendizagem que tragam em si essas análises.
A leitura na escola
Um dos objetivos mais importante das escola é fazer com que os alunos aprendam a ler corretamente. Essa aquisição da leitura é indispensável para agir com autonomia nas sociedades letradas.
Pesquisas realizadas apontam que a leitura não é utilizada tanto quanto deveria, isto é, não lemos o bastante.
Uma questão que se coloca é a seguinte: será que os professores e a escola têm clareza do que é ler?
A leitura, um objeto de conhecimento
No Ensino Fundamental a leitura e a escrita aparecem como objetivos prioritários. Acredita-se que ao final dessa etapa os alunos possam ler textos de forma autônoma e utilizar os recursos ao seu alcance para referir as dificuldades dessa área.
O que se vê nas escolas, no ensino inicial da leitura, são esforços para iniciar os pequenos nos segredos do código a partir de diversas abordagens. Poucas vezes considera-se que essa etapa tem início antes da escolaridade obrigatória.
O trabalho de leitura costuma a se restringir a ler o texto e responder algumas perguntas relacionadas a ele como: seus personagens, localidades, o que mais gostou, o que não gostou, etc. isso revela que o foco está no resultado da leitura e não em seu processo. Percebe-se que as práticas escolares dão maior ênfase no domínio das habilidades de decodificação.
Capítulo 2 - Ler, compreender e aprender
É fundamental que ao ler, o leitor se proponha a alcançar determinados para determinar tanto as estratégias responsáveis pela compreensão, quanto o controle que, de forma inconsciente, vai exercendo sobre ela, à medida que lê. O controle da compreensão é um requisito essencial para ler de forma eficaz.
Para que o leitor se envolva na atividade leitura é necessário que esta seja significativa. É necessário que sinta que é capaz de ler e de compreender o texto que tem em mãos. Só será motivadora, se o conteúdo estiver ligado aos interesses do leitor e, naturalmente, se a tarefa em si corresponde a um objetivo.
Como isso pode ser transferido para a sala de aula: sabe-se que na diversidade da classe torna-se muito difícil contentar o interesse de todas as crianças com relação à leitura, portanto, é papel do professor criar o interesse.
Uma forma possível de propiciar esse interesse é possibilitar o a diferentes suportes para a leitura, que sejam e incentivem atitudes de interesse e cuidado nos leitores.
Ao professor cabe o cuidado de analisar o conteúdo que veiculam.
Compreensão leitora e aprendizagem significativa
A leitura nos aproxima da cultura. Por isso um dos objetivos da leitura é ler para aprender.
Quando um leitor compreende o que lê, está aprendendo e coloca em funcionamento uma série de estratégias cuja função é assegurar esse objetivo.
Isso nos remete a mais um objetivo fundamental da escola: ensinar a usar a leitura como instrumento de aprendizagem.
Devemos questionar a crença de que, quando uma criança aprende a ler, já pode ler de tudo e também pode ler para aprender. Se a ensinarmos a ler compreensivamente e a aprender a partir da leitura, estamos fazendo com que aprenda a aprender.
Capítulo 3 - O ensino da leitura
Vamos apontar nesse capítulo a idéia errônea que consiste em considerar que a linguagem escrita requer uma instrução e a linguagem oral não a requer.
Código, consciência metalingüística e leitura
Devemos considerar como fundamental a leitura realizada por outros (família, amigos, pessoas) por familiarizar a criança com a estrutura do texto escrito e com sua linguagem.
Na escola ao se deparar com a linguagem escrita, a crianças, em muitos casos se encontra diante de algo conhecido, sobre o que já aprendeu várias coisas. O fundamental é que o escrito transmite uma mensagem, uma informação, e que a leitura capacita para ter acesso a essa linguagem. Na aquisição deste conhecimento, as experiências de leitura da criança no seio da família desempenham uma função importantíssima. Para além da existência de um ambiente em que se promova o uso dos livros e da disposição dos pais a adquiri-los e a ler, o fato de lerem para seus filhos relatos e histórias e a conversa posterior em torno dos mesmos parecem ter uma influência decisiva no desenvolvimento posterior destes com a leitura.
Assim, o conhecimento que a criança tem das palavras e suas características aumentará consideravelmente quando ela começar a manejar o impresso.
O trabalho que se deve realizar com as crianças é mostrá-las que ler é divertido, que escrever é apaixonante, que ela pode fazê-lo. Precisamos instigá-las a fazer parte desse mundo maravilhoso e cheio de significados.
O ensino inicial da leitura
Na escola, as atividades voltadas para o ensino inicial da leitura devem garantir a interação significativa e funcional da criança com a língua escrita, como um meio de construir os conhecimentos necessários para poder abordar as diferentes etapas de sua aprendizagem.
Para isso é fundamental trazer para a sala de aula, como ponto de partida, os conhecimentos que as crianças já possuem e a partir de suas idéias, ampliar suas significações.
A leitura e a escrita são procedimentos e devem ser trabalhados como tal em sala de aula.
Um aspecto importante que precisa ser garantido é o acesso a diferentes materiais escritos para as crianças: jornais, revistas, gibis, livros, rimas, poemas, HQ, e gêneros diversos.
Capítulo 4 - O ensino de estratégias de compreensão leitora
Já tratamos no capítulo anterior que os procedimentos precisam ser ensinados. Se estratégias de leitura são procedimentos, então é preciso ensinar estratégias para a compreensão dos textos: não como técnicas precisas, receitas infalíveis ou habilidades específicas, mas como estratégias de compreensão leitora que envolvem a presença de objetivos, planejamento das ações, e sua avaliação.
Estas estratégias são as responsáveis pela construção de uma interpretação para o texto. E uma construção feita de forma autônoma.
Que estratégias vamos ensinar? O papel das estratégias na leitura
São aquelas que permitem ao aluno planejar sua tarefa de modo geral. Perguntas que o leitor deve se fazer para compreender o texto:
1. Compreender os propósitos implícitos e explícitos da leitura. Que/Por que/Para que tenho que ler?
2. Ativar e aportar à leitura os conhecimentos prévios relevantes para o conteúdo em questão. Que sei sobre o conteúdo do texto?
3. Dirigir a atenção ao fundamental, em detrimento do que pode parecer mais trivial.
4. Avaliar a consistência interna do conteúdo expressado pelo texto e sua compatibilidade com o conhecimento prévio e com o “sentido comum”. Este texto tem sentido?
5. Comprovar continuamente se a compreensão ocorre mediante a revisão e a recapitulação periódica e a auto-interrogação. Qual é a idéia fundamental que extraio daqui.
6. Elaborar e provar inferências de diversos tipos, como interpretações, hipóteses e previsões e conclusões. Qual poderá ser o final deste romance?
Um conjunto de propostas para o ensino de estratégias de compreensão leitora pode ser considerado segundo BAUMANN (1985;1990) nos processos:
1. Introdução. Explica-se aos alunos os objetivos daquilo que será trabalhado e a forma em que eles serão úteis para a leitura.
2. Exemplo. Exemplifica-se a estratégia a ser trabalhada mediante um texto.
3. Ensino Direto. O professor mostra, explica e escreve a habilidade em questão, dirigindo a atividade.
4. Aplicação dirigida pelo professor. Os alunos devem por em prática a habilidade aprendida sob o controle e supervisão do professor.
5. Prática individual. O aluno deve utilizar independentemente a habilidade com material novo.
Tipos de texto e expectativas do leitor
Alguns autores, entre eles ADAM (1985), classificam os textos da seguinte forma:
1. Narrativo: texto que pressupõe um desenvolvimento cronológico e que aspira explicar alguns acontecimentos em uma determinada ordem.
2. Descritivo: como o nome diz, descreve um objeto ou fenômeno, mediante comparações e outras técnicas.
3. Expositivo: relaciona-se à análise e síntese de representações conceituais ou explicação de determinados fenômenos.
4. Instrutivo-indutivo: tem como pretensão induzir a ação do leitor com palavras de ordem, por exemplo.
Seria fundamental que essa diversidade de textos aparecesse na escola e não um único modelo. Principalmente os que freqüentam a vida cotidiana.
Trata-se de organizar um ensino que caracterize cada um destes textos, mostrando as pistas que conduzem à uma melhor compreensão, fazendo com que o leitor saiba que pode utilizar as mesmas chaves que o autor usou para formar um significado, e além de tudo interpretá-lo.
Capítulo 5 - Para compreender... Antes da leitura
Apresentam-se aqui seis passos importantes para a compreensão, que devem ser seguidos antes da leitura propriamente dita:
Idéias Gerais
São algumas idéias que o professor tem sobre a leitura:
1. ler é muito mais do que possuir um rico cabedal de estratégias e técnicas.
2. ler é um instrumento de aprendizagem, informação e deleite.
3. a leitura não deve ser considerada uma atividade competitiva.
4. quem não sente prazer pela leitura não conseguirá transmiti-lo aos demais.
5. a leitura para as crianças tem que ter uma finalidade que elas possam compreender e partilhar.
6. a complexidade da leitura e a capacidade que as crianças têm para enfrentá-la.
Motivação para a leitura
Toda atividade deve ter como ponto de partida a motivação das crianças: devem ser significativas, motivantes, e a criança deve se sentir capaz de fazê-la.
Objetivos da leitura
Os objetivos dos leitores, ou propósitos, com relação a um texto podem ser muito variados, de acordo com as situações e momentos. Vamos destacar alguns dos objetivos da leitura, que podem e devem ser trabalhados em sala de aula:
1. ler para obter uma informação precisa;
2. ler para seguir instruções;
3. ler para obter uma informação de caráter geral;
4. ler para aprender;
5. ler para revisar um escrito próprio;
6. ler por prazer;
7. ler para comunicar um texto a um auditório;
8. ler para praticar a leitura em voz alta; e
9. ler para verificar o que se compreendeu.
Revisão e atualização do conhecimento prévio
Para compreender o que se está lendo é preciso ter conhecimentos sobre o assunto. Mas algumas coisas podem ser feitas para ajudar as crianças a utilizar o conhecimento prévio que têm sobre o assunto, como dar alguma explicação geral sobre o que será lido; ajudar os alunos a prestar atenção a determinados aspectos do texto, que podem ativar seu conhecimento prévio ou apresentar um tema que não conheciam.
Estabelecimento de previsões sobre o texto
É importante ajudar as crianças a utilizar simultaneamente diversos indicadores: como títulos, ilustrações, o que se pode conhecer sobre o autor, cenário, personagem, ilustrações, etc. para a compreensão do texto como um todo.
Formulação de perguntas sobre ele
Requerer perguntas sobre o texto é uma estratégia que pode ser utilizada para ajudar na compreensão de narrações ensinando as crianças para as quais elas são lidas a centrar sua atenção nas questões fundamentais.
Capítulo 6 - Construindo a compreensão... Durante a leitura
Para a compreensão do texto uma das capacidades envolvidas é a elaboração de um resumo, que reproduz o significado global de forma sucinta.
Para isso, deve-se ter a competência de diferenciar o que constitui o essencial do texto e o que pode ser considerado como secundário.
O professor pode utilizar em sala de aula a estratégia da leitura compartilhada, onde o leitor vai assumindo progressivamente a responsabilidade e o controle do seu processo é uma forma eficaz para que os alunos compreendam as estratégias apontadas, bem como, a leitura independente, onde podem utilizar as estratégias que estão aprendendo.
Não estou entendendo, o que eu faço? Os erros e as lacunas de compreensão
Para ler eficazmente, precisamos saber quais as nossas dificuldades. Podem ser: a compreensão de palavras, frases, nas relações que se estabelecem entre as frases e no texto em seus aspectos mais globais.
Para isso devemos ter estratégias como o uso do dicionário ou a continuação da leitura que pode sanar alguma dúvida.
Capítulo 7- Depois da leitura: continuar compreendendo e aprendendo...
A compreensão do texto resulta da combinação entre os objetivos de leitura que guiam o leitor, entre os seus conhecimentos prévios e a informação que o autor queria transmitir mediante seus escritos.
Para que os alunos compreendam a idéia principal do texto, o professor pode explicar aos alunos o que consiste a “idéia principal”, recordar porque vão ler concretamente o texto - função real, ressaltar o tema, à medida que vão lendo informar aos alunos o que é considerado mais importante, para que, finalmente concluam se a idéia principal é um produto de uma elaboração pessoal.
O resumo
Utilizar essa estratégia pode ser uma boa escolha para estabelecer o tema de um texto, para gerar ou identificar sua idéia principal e seus detalhes secundários.
É importante, também, que os alunos aprendam porque precisam resumir, e como fazê-lo, assistindo resumos efetuados pelo seu professor, resumindo conjuntamente, passando a utilizar essa estratégia de forma autônoma
COOPER (1990), afirma que para ensinar a resumir parágrafos de texto é importante que o professor:
1. ensine a encontrar o tema do parágrafo e a identificar a informação trivial para deixá-la de lado.
2. ensine a deixar de lado a informação repetida.
3. ensine a determinar como se agrupam as idéias no parágrafo para encontrar formas de englobá-las.
4. ensine a identificar uma frase-resumo do parágrafo ou a elaborá-la.
Capítulo 8- O ensino e a avaliação da leitura
Considerando o que foi visto até agora em relação aos processos de leitura e compreensão é interessante ressaltar que:
1. Aprender a ler significa aprender a ser ativo ante a leitura, ter objetivos para ela, se auto-interrogar sobre o conteúdo e sobre a própria compreensão.
2. Aprender a ler significa também aprender a encontrar sentido e interesse na leitura.
3. Aprender a ler compreensivamente é uma condição necessária par poder aprender a partir dos textos escritos.
4. Aprender a ler requer que se ensine a ler, e isso é um papel do professor.
5. Ensinar a ler é uma questão de compartilhar. Compartilhar objetivos, compartilhar tarefas, compartilhar os significados construídos em torno deles.
6. Ensinar a ler exige a observação dos alunos e da própria intervenção, como requisitos para estabelecer situações didáticas diferenciadas capazes de se adaptar à diversidade inevitável da sala de aula.
7. É função do professor promover atividades significativas de leitura, bem como refletir, planejar e avaliar a própria prática em torna da leitura.
Para finalizar esse livro se faz necessário ressaltar que as mudanças na escola acontecem quando são feitas em equipe. Reestruturar o ensino da leitura deve passar por isso: uma construção coletiva e significativa para os alunos, e também para os professores.
Fonte de pesquisa resumo do livro de Isabel Solé
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PLANEJAMENTO ANUAL DE REFORÇO
PLANEJAMENTO ANUAL DE REFORÇO
PROFESSORA: ANA MARIA DE PAULA E SILVA
Pontes e Lacerda – MT
2014
JUSTIFICATIVA
Para os alunos com dificuldades na aprendizagem, é necessário incentivo para que as diferenças se igualem, a fim de que possam tornar cidadão ativo, crítico e participativo no âmbito escolar e social. O encaminhamento é direto ao reforço escolar, com o consentimento familiar. Assim sendo, alunos que já trazem uma defasagem de aprendizagem, precisam recuperar sua auto-estima para poder continuar aprendendo e não ser prejudicados no futuro. Espera que os alunos com dificuldades tenham domínio da leitura, a escrita e os cálculos que são prioritários para o sucesso dos alunos em todas as áreas do conhecimento.
OBJETIVO GERAL
Oferecer aos alunos com dificuldades no aprendizado, atividades diversificadas e de forma individualizada, com metodologia diferenciada que minimize a defasagem de aprendizado escolar.
Ampliar as possibilidades de aprender dando-lhes a oportunidade de reforçar ou suprir as carências dos conteúdos trabalhados na Base Nacional de Ensino Fundamental.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Possibilitar os alunos a desenvolver a capacidade de se expressar oralmente, identificar, comparar, estabelecer relações, analisar e classificar.
· Elevar a auto-estima e o desempenho escolar dos participantes.
· Reforçar e dar suporte ao estudante em determinados conteúdos básicos de matemática e língua portuguesa.
· Aprimorar a leitura e escrita, de modo a dominar a interpretação e produção textual.
· Aprimorar cálculos que envolvam adição, subtração, multiplicação e divisão.
CONTEÚDOS
LÍNGUA PORTUGUESA:
· Sílabas simples e complexas;
· Encontro vocálico e consonantal;
· Pontuação;
· Acentuação;
· Caligrafia;
· Ortografia;
· Paragrafação
· Leitura e interpretação de textos
· Produção textual: narração e descrição;
MATEMÁTICA:
· Antecessor e Sucessor;
· Números pares e ímpares;
· Números de 10 em 10;
· Números e quantidades;
· Fixação da tabuada;
· Adição e Subtração;
· Multiplicação e divisão;
· Tabelas e Gráficos;
· Espaço e forma;
· Grandezas e Medidas.
DESENVOLVIMENTO
As aulas serão ministradas de forma diferenciada e dinâmicas com materiais lúdicos, jogo sensorial e cognitivo, atividades impressos e uso de jornais, revistas, rótulos, propagandas e receitas (recorte/colagem), músicas, filmes, material dourado e/ou outros materiais concretos que for necessário.
RECURSOS
· Textos diversos;
· Alfabeto móvel;
· Filmes pedagógicos;
· Jornais / revistas;
· Atividades impressas;
· Músicas;
· Materiais de contagem;
· Material lúdico / dourado;
· Quadro / Giz;
· Computador.
PERÍODO
As aulas de reforço serão realizadas duas horas semanais nas terças e quintas-feira no horário das 17:00 ás 18:00 horas.
AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá de modo contínuo juntamente com as aulas no período normal com observação e analise o crescimento do aluno através da sua participação compreensão e aplicação nas atividades pedagógicas.
Resumo:
Uma modalidade diferenciada de ensino,onde deparamos com um Publico específico em busca de informações relacionado às aulas de áreas (Exatas, Linguagem e Humanas) e aulas por disciplinas que são ministradas para aqueles alunos que passaram pelo exame Supletivo e foi aprovado em algumas disciplinas e outras não. Então surgiu a necessidade de adquirirmos novas técnicas e abordagem de atendimento a comunidade escolar, neste artigo fará a abordagem sobre Humanismo, técnica e atendimento.
Palavra chave: humanismo, técnica e atendimento.
O Humanismo pode ser definido como um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra amor, liberdade, solidariedade, etc.). Pensando como os humanistas, os seres humanos são os responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores dentro do seu trabalho, bairro, escola, comunidade enfim em todo meio social onde envolva o ser humano. O profissionalismo está entrelaçado com o atendimento humanizado.
Profissional é aquele que é remunerado regularmente pelo trabalho que executa ou atividade que exerce. Também pode ser definido como aquele que tem conhecimentos da sua profissão, técnica e especialista na sua área.
Atendimento é o ato de atender alguém. Pode-se dizer que na educação geralmente há uma seção especial denominada "atendimento", sendo feito por um técnico e que pode ser passado por mais profissionais da instituição.
Atendimento ao público é um serviço complexo; sua simplicidade é apenas aparente, pois trata se de um conjunto de habilidades, estratégias e ações realizadas, a conquista do discente não se dá somente em sala de aula, mas também no atendimento.
O "time de atendimento" é composto por todos os funcionários da instituição, sejam eles da mesma área ou de áreas diferentes Todos trabalham juntos em busca de um único fim: superar as expectativas da comunidade escolar.
Uma vez que as ações devem ser focadas no discente os técnicos integrantes do time de atendimento, influenciam as impressões do discente sobre o CEJA.
Agir prontamente demonstra um senso de urgência que faz com que o discente saiba que suas necessidades são importantes para o CEJA. Isso se faz através de ações e atitudes; o uso do bom senso é o processo de examinar fatos e informações, para tomar uma decisão correta no atendimento, que conquiste a confiança da comunidade escolar.
A "tarefa de atendimento" é, freqüentemente, uma "etapa terminal", resultante de um processo de múltiplas facetas que se desenrola em um contexto institucional, envolvendo dois tipos de personagens principais: o técnico administrativo educacional (atendente) e a comunidade.
O CEJA, enquanto palco onde se desenrola o atendimento como atividade social, não é neutra; ao contrário, os objetivos, os processos organizacionais e as estruturas existentes são elementos essenciais confortadores da situação de atendimento. Eles têm a função de contexto facilitador e/ou dificultados da interação entre os sujeitos, da qualidade do serviço, e imprimem uma dinâmica singular no cenário onde se efetua o atendimento.
Gostar de pessoas, importar - se com elas, desejar o bem comum, alegrar-se com os resultados que favorecem não só a Instituição, mas também, as pessoas que fazem parte dela, vêm essas características de como atender pessoas, e faz parte de uma técnica de lidar com o publico.
O CEJA se preocupa em planejar, sistematizar e colocar em ação, na perspectiva do crescimento por meio do aprimoramento de habilidades, técnicas, competências e posturas que contribuam para um ambiente e condições de trabalho mais favoráveis, além de criar condições efetivas de mudança e aprimoramento de processos renováveis.
A concepção que orientou as ações do programa pressupõe que a qualidade dos serviços públicos de educação depende da incorporação de uma atitude ética de respeito às necessidades dos usuários e dos profissionais. Fatores básicos como a infra-estrutura educacional, as tecnologias e a capacitação técnica - cientifica são fundamentais para a geração de bons resultados, mas seu impacto depende fortemente da presença ou ausência de relações humanizadas entre os profissionais e os docentes do Ceja, e entre os próprios profissionais.
A qualidade do relacionamento humano nas escolas depende mais do envolvimento pessoal dos profissionais do que da existência de uma política administrativa, que estimule um atendimento humanizado.
Evidente a necessidade de aprimorar os técnicos, tornando-a mais capacitada para sustentar, integrar e fortalecer potenciais existentes no estabelecimento educacional, tais como a motivação pessoal dos profissionais para realizar um trabalho bem feito, o espírito de trabalho em equipe e a responsabilidade social no exercício do serviço público.
Outro aspecto decisivo para o avanço do atendimento humanizado nas escolas é a criação de mecanismos para captar a voz de todos os envolvidos e ampliar os espaços de comunicação e diálogo entre os vários segmentos do Ceja. Atendimento educacional humanizado para todos os alunos que dele necessitem. O desafio da educação de Jovens e Adultos é uma implantação de uma educação diferenciada, de qualidade e com a organização de escolas que atendam a todos os alunos que não tiverão a oportunidade de estudar na idade adequada e sem nenhum tipo de discriminação, e que todos reconheçam as diferenças como fator de enriquecimento no processo de aprendizagem. A fundamentação filosófica pressupõe que todos os alunos de uma comunidade, independente de suas necessidades educacionais especiais, etnia, gênero, diferenças linguísticas, religiosas, sociais, culturais, entre outras, tem o mesmo direito de acesso à escolarização, com o grupo de sua faixa etária e que a escola deva acolher e valorizar as diferenças.
Criar estratégias, técnica e dicas de como atender.
1. Conhecer - O primeiro passo é saber quem é O que ele quer? Quais suas necessidades? Seus desejos? Isso pode ser feito de diversas maneiras. O mais importante é ter uma visão clara sobre as suas necessidades.
2. Ouvir é básico para quem quer manter uma relação positiva com o discente e ampliar a percepção. Fazer a coletar informações suficientes para prestar o serviço que necessita ou encaminhar seu pedido ao responsável
3. Interagir - Há discentes que gostam de falar, outros gostam de ver, e ainda há os que gostam de ter a certeza de algo. Fique atento para não dispersar e deixar o próximo esperando muito tempo lembre - se atendimento requer agilidade na prestação do serviço, informações corretas e confiáveis, não deixe com duvidas ou passe informações mentirosas e promessas impossíveis de cumprir.
4. Postura - Procure manter uma postura positiva diante o discente, pela forma como é atendido. Pessoas que demonstram simpatia, cordialidade e disposição estimulam aos outros a ter educação e agir da mesma forma, ou seja, é um retornar de contato positivo. De modo geral, as pessoas gostam de ser bem tratados, ambientes agradáveis, onde se sintam bem.
5. Aprimorar - Para atender é necessário estar em constante atualização. Descobrir formas de como pode ser útil, também é uma boa estratégia de desenvolvimento de relação em ambas as partes. Por isso, seja um eterno aprendiz.
Conclusão
Nesses dois anos que estive trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos aprendi que o atendimento é uma troca informações, respeito e aprendizados.
Eles têm uma forma diferente de buscar informações e relatar sua vida escolar, o que aconteceu nos anos anteriores e motivos de não ter estudado, muitas vezes chega ser até um desabafo, arrependimento de não ter aproveitado quando na juventude, explicam que os pais não tinham condições de mandá-los na escola por situações financeira ou distância.
Posso dizer que todos deverão levar em conta a vontade e o desejo do aluno naquele momento que buscou o Eja, se deixa-los sair perderão o estimulo de estudarem e muitos não volta, porque ao chegar a casa acha mil e um motivos para não estudar. É por isso deve criar motivação, estratégias, organizações e até mesmos o encantamento nesses alunos.
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