Fotografia do estudante André Witthoft, da turma 1º 4.
Foi enviada com a legenda: "Abaixo uma foto que tirei, ela descreve um pouco do que sinto".
Leitura de Imagens
Uma obra de arte, na sua essência, apresenta visões de sociedade e de mundo, que se referem a um universo de valores.
Existem diversas abordagens para apreciação da arte. Para aprender bem a mensagem em uma obra de arte, o espectador deve esforçar-se por aprimorar sua capacidade de percepção. Essa percepção passa pela observação. Porém, hoje se questiona essa forma de "ler" uma obra de arte, entende-se que cada indivíduo fará sua leitura, segundo sua vivência, sua visão de mundo, sua "bagagem". Mesmo assim, vale fornecer um norte para que se perceba que não basta ver, ouvir, tocar, uma obra de arte, é preciso acima de tudo sentir, se deixar tocar.
Neste momento que estamos vivendo é impossível tratar de arte sem falar de Coronavírus, o mundo e a arte jamais serão os mesmos.
Músicos, grupos de dança, coreógrafos, cineastas, fotógrafos, artistas plásticos e toda comunidade envolvida com arte teve que adequar-se também a nova realidade que se impõem. Durante a história da arte houve momentos de solidão, de sofrimento, de guerra, e a arte sempre exerceu papel fundamental.
Os estudantes assistiram o vídeo GIORGIO DE CHIRICO: ISOLAMENTO SOCIAL E SOLIDÃO, refletiram sobre o vídeo do prof. Rodrigo Retka e seus pensamentos sobre o momento atual em um parágrafo.
Escolheram uma das obras de Giorgio de Chirico e fizeram uma leitura. Esta leitura deveria contemplar os aspectos formais e de sentido.
Como podemos “ler” uma obra de arte?
A fim de ler uma obra de arte é necessário recorrer à pesquisa, antes de iniciar a leitura propriamente dita, devemos:
Obter dados sobre o autor (como data de nascimento e morte, origem social, formação, outras obras);
Reconhecer o assunto (cena religiosa, histórica, mitológica, alegórica, retrato, paisagem,...; se se encontra exposta, e qual foi a sua primeira aparição pública, etc.);
Analisar o assunto (ou seja: uma descrição do que se encontra representado, lugares, enquadramentos, personagens, acções, etc.).
Leitura de sentido - o que essa obra significa para você? Quando pensamos em como analisar uma obra de arte e descrevemos uma obra, devemos começar por anotar as nossas primeiras impressões.
E lembrem-se: tudo aquilo que for realmente observável na obra é digno de nota e motivo para análise.
Leitura formal - descrever os aspectos formais da obra: forma composição textura cores luz e sombra volume espaço.
Fonte: https://citaliarestauro.com/como-analisar-uma-obra-de-arte/
*A leitura de imagens, de obras de arte, a leitura de mundo, é o foco deste primeiro trimestre no 1º ano.
O diário como espaço de criação e aprendizado
“ O diário não é essencialmente confissão, relato na primeira pessoa. É um memorial. De que é que o escritor deve recordar-se? De si mesmo, daquele que ele é quando não escreve, quando vive sua vida cotidiana, quando é um ser vivente e verdadeiro...O diário enraíza o movimento de escrever no tempo, na humildade do cotidiano datado e preservado por sua data. Talvez o que é escrito lá não seja mais do que insinceridade, talvez seja dito sem preocupação do verdadeiro…” (Maurice Blanchot)
A atividade proposta pelos professores da área de linguagem ( Arte, Língua inglesa, Educação física e Língua portuguesa e Literatura) pretende provocar o pensamento acerca sujeito confinado e suas práticas cotidianas no período de crise. Acreditamos que através da produção de um diário seja possível criar um lugar para esses pensamentos. Foi sugerida a leitura do livro O Diário de Anne Frank e Diário de um Banana. Esta proposta foi planejada para 1º, 2º e 3º anos. Cada um com desafios diferentes.
Atividades desenvolvidas nos componentes Arte e Arte, Cultura e Tecnologia no Projeto Integrado de Linguagens
Arte
Durante a quarentena muitas músicas foram lançadas, entre eles a dupla Twenty One Pilots acabou de disponibilizar uma música inédita chamada “Level Of Concern”. A banda formada por Tyler Joseph e Josh Dun gravou um clipe onde mostra que cada um dos integrantes está respeitando a quarentena em família, inclusive (mais ou menos) distanciados.
Na primeira semana de escrita do Diário os estudantes foram desafiados a assistir o clipe e criar uma ilustração.
Na segunda semana do projeto o desafio foi o uso do Fanzine como experiência de linguagens.
Os fanzines, termo criado pela união de duas palavras em inglês − fanatic (fã) e magazine (revista) −, surgiram na década de 1930 como publicações amadoras de baixo custo feitas artesanalmente por fãs de ficção científica para divulgar seus textos. Ao longo do tempo, com os movimentos juvenis dos anos 1960, e em face da censura, os fanzines se expandiram e abarcaram outros grupos − como punks, feministas, veganos, aficionados por jogos eletrônicos, cinéfilos − e gêneros textuais − quadrinhos, resenhas de cinema, literatura, poesia, fotografia e demais expressões artísticas. Produzidos artesanalmente e reproduzidos por meio de fotocópia (xérox), mimeógrafos e recentemente a digitalização, são publicações feitas em pequenas tiragens, sem fins lucrativos, que priorizam a criatividade, o (re)uso de materiais disponíveis e a troca de exemplares.
Também chamadas de zines, essas publicações iniciam-se como espaço para discutir, trocar informações e divulgar trabalhos amadores acerca de um tema. Partindo do princípio “faça você mesmo”, as temáticas, as formas e os materiais para compor um fanzine são quase ilimitados, como veremos. Assim, produzir fanzines no ambiente escolar é uma experiência riquíssima, pois abarca todas as disciplinas e inclui os saberes dos alunos, valorizando suas habilidades e integrando-as na produção final de um exemplar que pode ser compartilhado com todos. Veremos aqui algumas destas produções.
Arte, Cultura e Tecnologia.
A alimentação também sofreu alteração durante este período, porém podemos aproveitar este tempo em família para compartilhar receitas especiais ou simplesmente agradar os familiares com algo gostoso. Os estudantes enviaram fotos das receitas compartilhadas em família.
Também experimentaram a fotografia em perspectiva forçada. E a família também participou.
Produções dos alunos: Emanuelle Pezzini 1º1, Giovana Matthes 1º 1, Miguel Possoli de Boit 1º 1, Kamila Krause 1º3, Camile Pegoretti 1º 4, Djenifer Debarba 1º3, Nicole V. Fiamoncini 1º 4 , André Witthoft 1º 3, , Luiz Eduardo Ribeiro 1º1 , Fernanda da Silva 1º 1, Yris Soares 1º 1, Grégori Pintarelli 1º3, Sofia Sardagna 1º 3.
Leitura de imagens e escritura de mundo: experiências estéticas
com o corpo, fala e cotidiano.
Cada estudante produziu uma peça audiovisual independente (vídeo) com duração de 1 minuto (60 segundos) de duração, e usará um aparelho celular na horizontal.
Através desta peça, apresentaram seu pensamento crítico diante da vida. Entendemos por vida um amplo motivo para filmar, escola, família, saúde, escrita, arte etc.
Os filmes foram produzidos nas seguintes categorias: ficção, documentário, experiência, família em casa, natureza, brincadeiras, aprendizagens.
Assista aqui elgumas produções.
Os vídeos foram postados nos canais individuais de cada estudante.
ARTE/ ARTE, CULTURA E TECNOLOGIA
Mail Art/ E-mail Arte
A Arte postal é uma rede de comunicação e intercâmbio artístico surgida na década de 60 e que antecipou muitos dos conceitos de conexão e rede social que vivemos hoje. No início do século XX, as vanguardas históricas já utilizavam o sistema postal para a criação de propostas artísticas, mas será com a criação da rede de mailart (arte postal) que esta prática iria se consolidar. Na década de 60, quando a arte passa por uma reinvenção, surgiu a arte postal: uma rede de artistas cujo o enfoque não está centrado tanto no objeto artístico como na comunicação e na colaboração entre os seus membros. Foram os integrantes do grupo Fluxus, os principais impulsores da criação da mailart. Sendo considerado o ano de 1962 o marco formal de seu surgimento, quando o americano Ray Johnson (1927-1995) criou a “New York Correspondance School of Art”. No entanto, antes do estabelecimento desta networking (trabalhar com sua rede de contatos), muitos vanguardistas do início do século XX já utilizavam ocasionalmente o sistema postal como suporte e meio de intercâmbio de propostas artísticas, de forma que dadaístas, futuristas e surrealistas figuram como antecedentes desta prática. Os artistas postais ao apropriarem-se do sistema epistolar criaram um novo modo de circulação de arte, que rompeu com o circuito de galerias e museus e ampliou as possibilidades tanto de consumo como de produção de arte a nível internacional, em uma época na qual ainda não havia internet e o acesso a informação era muito mais restrito. Tudo o que pode ser enviado por correio –que já foi muito mais permissivo que na atualidade– pode circular nesta rede e assim encontramos objetos que viram cartão postal, cartas com destinatários falsos ou sem destino, carimbos e selos inventados, entre diversas outras ações postais que se apropriam da burocracia postal. Além disso, muitas propostas são colaborativas e/ou anônimas, dissolvendo-se nessa atitude conceitos como autoria e originalidade da obra de arte. Apesar da maior produção em arte postal estar centrada nos Estados Unidos, as ditaduras da América Latina e os regimes totalitários do Leste Europeu foram terreno fértil para a sua expansão, uma vez que os artistas conseguiam através desse meio subverter o sistema e burlar a censura, criando redes nas quais sobressaíam a denúncia, o protesto e a solidariedade como temas.
Na atualidade, com o fenômeno da conexão digital, muito destas propostas passaram a circular na rede virtual, no entanto, ainda há muita coisa que circula pelo sistema tradicional de correios e que podem inclusive chegar na tua caixa postal, para isso só é necessário cair na rede! Este meio criativo de comunicação se caracteriza por ser democrático, pois qualquer pessoa pode participar e não há júri ou seleção de trabalhos. A arte postal existe para além do momento de sua criação, sobretudo em seu percurso, no decorrer do caminho em que há a formação da rede de relações entre as pessoas. Afinal, não se sabe o que acontecerá com a arte postal após o seu envio pelo correio, se este objeto chegará ao seu destino ou mesmo o que acontecerá durante ou após o seu trajeto. Atualmente, nos deparamos com uma quantidade inumerável de redes artísticas atuantes na internet, onde a interação acontece em tempo real. Podemos concluir, portanto, que a Arte Postal é uma arte revolucionária que utiliza de suportes físicos para seus significados e precursora do princípio da interação da rede entre arte, artistas e meios de comunicação.
Em meio a uma pandemia que nos forçou a ficar em casa, usaremos este recurso da criação artística de postais, porém, o meio de troca será o Correio eletrônico, ou e-mail. Outra inovação que trazemos é a “interferência” na obra do outro, proporcionando produções coletivas, troca de ideias, interatividade, estabelecendo uma nova relação entre o autor, a obra e o receptor, que neste caso se transforma em co-autor. A opção por escolher pseudônimos também descaracteriza a “propriedade” da obra, trazendo assim um novo aspecto: um personagem que se materializa através da obra.
Como se desenvolve a atividade?
Estudo sobre a Arte Postal, criação de uma imagem no formato de cartão postal, que traduz a visão dos estudantes a respeito do mundo atual, refletindo de forma crítica sobre o impacto que as mudanças da atualidade trarão ao futuro, pensar sobre os momentos importantes que o mundo está passando e o seu papel enquanto jovem. O tamanho do postal é de 10X15cm, que será trocado com outra pessoa, por e-mail.
As imagens finais serão publicadas no Google sites ARTE EM FOCO, a partir do dia 23/06. Não há seleção, devolução ou venda da arte recebida. Todos os cartões postais recebidos serão exibidos, tendo em mente os princípios da ética e dos direitos humanos ao criar seu cartão.Fonte: http://lounge.obviousmag.org/coqueluche/2013/01/na-decada-de-60-na.htmlhttps://www.youtube.com/watch?v=ayl6BXd2uR4http://marciaartesvisuais.blogspot.com/2009/11/o-que-e-arte-postal.htmlhttps://cartacampinas.com.br/2019/01/76554/http://artenaescola.org.br/boletim/materia.php?id=72219
Estes são alguns exemplos de Arte Postal, a artista Constança Lucas, artista brasileira, trabalha com poemas visuais.
Abaixo alguns dos postais produzidos pelos estudantes, veja cada um com detalhe no site indicado acima.
Este é meu poema visual, cartão postal que foi enviado para toda a lista de e-mails trabalhada com os alunos.
Várias versões de um mesmo postal, contribuições dos alunos.