Considerar que nenhum espaço da sociedade é neutro e que sua construção é ingênua, é apoiar-se na ideia de que toda composição tem uma intencionalidade e atua diretamente no desenvolvimento da identidade humana.
Observando através do tempo as transições de modelos educacionais, bem como, as iniciativas de reparação histórica de povos que foram destituídos de direitos básicos, percebe-se que muitos espaços educacionais e culturais, ainda permanecem passivos frente aos padrões dominantes, que se estruturam na valorização do padrão eurocêntrico branco, mesmo estando constituídos em um país multicultural e multirracial.
Em 2003, foi sancionada a lei 10.639/03, que posteriormente, foi alterada para a lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da “História e Cultura Afro-Brasileira e indígena” nas escolas de Ensino Fundamental e Médio de todo país, com objetivo de construir uma sociedade que reconhece as diferentes raízes que compõe a sua formação.
A escola para além de ser um dos primeiros espaços no qual as crianças são socializadas com o mundo, atua como uma importante difusora de culturas, iniciando o processo de construção da identidade pessoal e social, que só é percebida quando comparada a do outro.
Olhar para a criança/ adolescente como agente social produtora de sua própria cultura, é uma iniciativa importante para o desenvolvimento e produção de sua identidade étnica, racial, de gênero e de classe. Partindo deste panorama, está proposta objetiva a promoção de espaços de compartilhamento de saberes, focados em desenvolver questões que auxiliem na construção de identidades antirracistas.
. Compreender impactos do racismo no cotidiano escolar;
. Refletir acerca do racismo na infância;
. Analisar situações de racismo no cotidiano escolar;
. Refletir a respeito de algumas dimensões do racismo epistêmico.