A linguagem publicitária exerce um papel determinante na construção de significados sociais e ambientais. Em uma sociedade marcada pelo consumo, o modo como as empresas comunicam suas ações tem influência direta na forma como percebemos o mundo, moldamos comportamentos e escolhemos o que consumir. Essa linguagem é carregada de intenções, apelos e estratégias persuasivas que, muitas vezes, se camuflam sob discursos de sustentabilidade e responsabilidade social.
Fonte: SescapPR
O greenwashing evidencia esse fenômeno. Empresas utilizam recursos linguísticos, visuais e simbólicos para promover uma imagem ambientalmente responsável que não corresponde à realidade de suas práticas. Essa desconexão entre discurso e ação compromete não apenas a confiança do consumidor, mas também os avanços concretos em direção a um modelo de desenvolvimento mais sustentável. Ao mascarar impactos negativos com uma “maquiagem verde”, tais empresas deslegitimam iniciativas sérias e desaceleram a transformação que o planeta exige.
Por isso, torna-se cada vez mais urgente cultivar uma visão crítica diante das mensagens publicitárias. A capacidade de questionar, interpretar e analisar os discursos midiáticos é uma forma de empoderamento social. Quando desenvolvemos esse olhar, passamos a reconhecer que nem todo selo verde é sinônimo de ética, que nem toda campanha “do bem” é autêntica, e que a comunicação também pode ser uma ferramenta de manipulação.
A educação ambiental, nesse sentido, não se resume à transmissão de conteúdos sobre ecologia, mas à formação de sujeitos capazes de agir com consciência e responsabilidade no mundo. Informar-se, refletir, compartilhar conhecimento e exigir mudanças são atitudes fundamentais para romper com a superficialidade do consumo simbólico e promover transformações reais. É na junção entre conhecimento e ação que reside o verdadeiro potencial de mudança.
Enquanto grupo M21, compreendemos que renovar o mundo não depende apenas de gestos individuais, mas de uma transformação profunda na forma como pensamos, nos comunicamos e nos posicionamos diante do que consumimos. É necessário que o compromisso com a sustentabilidade deixe de ser uma estratégia de marketing e passe a ser um valor incorporado à cultura das organizações — e da sociedade como um todo.
Acreditamos que a construção de um futuro mais justo, saudável e sustentável começa agora, nas escolhas que fazemos diariamente, na forma como interpretamos as mensagens ao nosso redor e, principalmente, na coragem de não aceitar discursos prontos. Que sejamos multiplicadores de consciência, e não apenas consumidores de aparência.
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