Simpósios Temáticos
CRONOGRAMA GERAL E SALAS DE ACESSO
ST ORGANIZAÇÃO DIAS GOOGLE MEET
Simpósios que ocorrerão no dia 10/12
ST 2 O sistema de Justiça, os Direitos Humanos e o enfrentamento às violências de gênero https://meet.google.com/uhj-idfx-umo
ST 4 Práticas culturais no Brasil Republicano https://meet.google.com/vzu-vqyd-tzg
ST 6 História da saúde e das doenças: interfaces entre as múltiplas perspectivas de pesquisa http://meet.google.com/fnx-zacb-gjo
ST 8 Temas livres sobre Gênero, Mulheres e Feminismo
SALA 01 (RUAN) https://meet.google.com/fjq-vtqv-nwx
SALA 02 (ROBERTA) https://meet.google.com/wia-uasb-ydn
ST 2 - O sistema de Justiça, os Direitos Humanos e o enfrentamento às violências de gênero: entre avanços e desafios
Ângela Maria Macedo de Oliveira (UESPI)
Resumo
A luta por direitos é histórica e constantemente (re)atualizada, diz respeito não apenas às lutas e reivindicações sociais, como também a empatia, a capacidade de identificação com o outro, como pontua a historiadora Lynn Hunt (2009), que analisou o impacto cultural que a leitura dos romances epistolares acarretou entre os burgueses do século XVIII, criando espaço propício para ao surgimento dos Direitos Humanos. Estes são os sustentáculos que partilhamos contra os males da violência, da dor e da dominação (HUNT, 2009). A Carta das Nações Unidas de 1945, criou a Comissão dos Direitos Humanos que resultaria, três anos depois, na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Paralelo ao sistema global, houve também a criação dos sistemas regionais de proteção como, por exemplo, a Organização dos Estados Americanos - OEA (PIOVESAN, 2000). Posteriormente, ocorreu o movimento de especificações dos sujeitos titulares de Direitos Humanos (BOBBIO, 1992), um exemplo foi a elaboração de Declarações, Convenções e Tratados Internacionais exclusivos às mulheres, resposta às hierárquicas e históricas desigualdades entre os gêneros. Os direitos humanos das mulheres foram colocados na agenda social a partir dos ativismos dos movimentos feministas em diferentes países. A ONU no final dos anos setenta do século XX, reconheceu a discriminação contra a mulher como qualquer tipo de exclusão, ou restrição que prejudique ou anule, o reconhecimento e o exercício dos diretos humanos e das liberdades fundamentais nos campos: político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo. (Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher - 1979). O reconhecimento que os direitos das mulheres são direitos humanos, ocorreu em documentos como a Conferência de Viena (1993), a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (OEA, 1994). Mesmo com diversas conquistas formais e jurídicas para as mulheres, o Brasil ainda convive com as mais diversas formas de violências que incidem nos corpos de mulheres e meninas. O Simpósio temático congregará trabalhos que abordem violações de direitos humanos com a perspectiva de gênero e outros demarcadores sociais, como raça/etnia, classe social, idade, orientação sexual, não se restringindo a violência doméstica e familiar.
Palavras-chave: Gênero. Violência. Direitos Humanos
ST 4 - Práticas culturais no Brasil Republicano
Danilo Alves Bezerra (UESPI)
Resumo
A história do Brasil Republicano é marcada por uma miríade de re(a)presentações dos modos de vida dos brasileiros dessa experiência tão tumultuada quanto rica. Nesse sentido, as práticas culturais elaboram e propõem saídas para a vida cotidiana em diversos níveis: nas múltiplas festas que cortam (e interpretam) o país, nas manifestações artísticas (cinema, fotografia, artes gráficas e plásticas), nas práticas de lazer e também nos suportes impressos - seja os da imprensa periódica ou os de produção independente. Essas intervenções encerram certa “cidadania cultural”, segundo Rachel Soihet. Ou seja, distantes dos círculos decisórios do poder, os brasileiros produzem outras leituras de país, sintomatizam os descontentamentos e podem galvanizar as convulsões sociais da conjuntura política em que estão inseridas. A proposta desse simpósio temático não é outra senão a de debater o Brasil Republicano tendo como vértice as práticas culturais brasileiras e seu potencial interpretativo da realidade social.
Palavras-chave: Brasil República. Cultura. Representação.
ST 5 - Interações epistemológicas na produção dos saberes: diálogos da História
Antonia Valtéria Melo Alvarenga (UESPI/UEMA)
Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI)
Resumo
A crise do conhecimento científico e filosófico que fundamentou a produção dos saberes ocidentais em vigência desde o século XVII colocou em questionamento categorias newtonianas e da filosofia idealista, produzindo reflexos significativos sobre a fundamentação teórica das ciências. Esse tipo de crise teve impacto na produção do conhecimento histórico, de forma direta, ou através da interação com outros campos de saberes, a exemplo das Ciências Sociais, Antropologia, Sociologia, Direito e outras. Amo Wehling (1992) afirmou que esse movimento tem produzido “discussões intensas e relações ambíguas em que se entrelaçam, justapõem ou imiscuem problemas de epistemologia geral, de epistemologia histórica, de metodologia e de história da historiografia”. Assim, esse Simpósio Temático tem como proposta central a reunião de historiadores e pesquisadores de áreas afins, que objetivem discutir o desafio da pesquisa social no século XXI. Parte-se do pressuposto que ao cientista social atual cabe o desafio de lidar com questões novas, diferentes daquelas que motivaram a produção dos conhecimentos sociais nos séculos anteriores. As concepções de objeto, fontes, tempo e espaço foram profundamente alteradas pelas transformações tecnológicas, econômicas, políticas e comunicacionais, produzidas na segunda metade do século XX, o que vem exigindo do pesquisador social novas disposições, conhecimentos e instrumentos de percepção e de apercepção para a construção do conhecimento social. Ainda que não se possa afirmar ter ocorrido uma ruptura total com o historicismo do século XIX, expressões como Popper, Foucault, Nietzsche e, no campo da História, de pesquisadores como Certeau, Chartier e outros teóricos na Nova História Francesa, da New History norte-americana e historiadores ingleses, vêm buscando integrar a abordagem epistemológica à produção do saber histórico, por partilharem de uma concepção de História que considera a subjetividade, o envolvimento do historiador com o seu lugar político, institucional e temporal, parte do conhecimento histórico.
Palavras-chave: epistemologia. História. Produção de saberes.
ST 6 - História da saúde e das doenças: interfaces entre as múltiplas perspectivas de pesquisa
ATENÇÃO! ST 6 COM NOVA SALA NO DIA 09/12
Joseanne Zingleara Soares Marinho (UESPI)
Rafaella Martins Silva (UFPI)
Resumo
Considerando que a incorporação de novos objetos à história adquiriu dinamização a partir dos anos 1970, têm-se observado a ampliação do estatuto da investigação. No âmbito das novas temáticas que elegem o corpo como objeto, a área história da saúde e das doenças atua “[...] forjando novas agendas de pesquisa, revigorando campos consolidados mas, contudo, reivindicando cada vez mais sua natureza fundamentalmente multidisciplinar.” (HOCHMAN; TEIXEIRA; PIMENTA, p. 9, 2018). As relações sociais e culturais tecidas no campo da história da saúde e das doenças levam-nos a identificar esta temática enquanto espaço de exercício de disciplinas, sendo permeado por sentimentos e ações contraditórios que resultaram em antagonismos, normalizações, conflitos, negociações e resistências (LE GOFF,1991). O objetivo deste simpósio temático consiste em reunir e sociabilizar trabalhos resultantes de pesquisas desenvolvidas na esfera da história dos saberes e práticas médico-científicas, governamentais, filantrópicas, populares e mágico-religiosas, concernentes a instituições e a espaços em que diversos sujeitos históricos atuaram. A proposta tem o intuito de contemplar estudos de professores, pesquisadores e estudantes que se dedicam à análise dos contextos históricos/socioculturais de produção, uso, circulação, apropriação e ressignificação dos conhecimentos e iniciativas de cura, mas também de prevenção das enfermidades, atentando para os atores envolvidos nas mais diversas temporalidades e recortes espaciais. Oportuniza pensar as variadas perspectivas de estudo possibilitadas pelo tema em questão – gênero, políticas públicas, filantropia, hospitais, asilos, médicos, enfermeiros, sanitaristas, feiticeiros, serviços sanitários, saneamento urbano, saneamento rural, saúde maternal, assistência infantil, clima, pobreza social, relações de poder, entre outros. Esses pontos de discussão, comumente, aparecem narrados em fontes primárias como: jornais, revistas médicas, literatura, biografias, relatórios e mensagens governamentais, decretos, atas, ofícios e regimentos institucionais, sendo construídos pelos sujeitos históricos que protagonizaram essas experiências. Cumpre-se ainda dizer, que este simpósio engloba trabalhos focados nas interpretações sobre a história de áreas disciplinares e institucionais, entre as quais a psiquiatria, a enfermagem, as políticas públicas, a medicina legal, clínica e sanitária, no tocante à maneira como suas produções discursivas e técnicas agiram e agem no sentido de tentar conduzir e tutelar hábitos.
Palavras-chave: História. Saúde. Doenças.
ST 7 - Desafios para a educação, o ensino e a docência diante de retrocessos
Fabricia Teles (UESPI)
Felipe Ribeiro (UESPI)
Resumo
O contexto atual no Brasil apresenta um quadro bastante ambíguo e desafiador para a educação: por um lado, uma série de legislações e normativas federais – conquistada paulatinamente, desde a década de 1980, com muita luta e mobilização de educadora(e)s – na defesa de práticas pedagógicas democráticas e inclusivas em todo ambiente escolar; e, de outro, a ascensão de grupos políticos que visam desmontar todo esse arcabouço legal, bem como desvalorizar o reconhecimento prático e teórico deixado por educadores, a exemplo de Paulo Freire. Dentre as medidas que configuram retrocessos estão desde a redução de investimentos no ensino público até as ameaças à liberdade de cátedra dos docentes, sob a alegação de que estariam “doutrinando aluna(o)s” e “dividindo o país”. Diante deste descompasso que vive a educação brasileira – entre respaldos legais e ações governamentais contrárias – o presente Simpósio Temático busca reunir professora(e)s e pesquisadora(e)s preocupados em debater essas questões, compartilhar experiências e propor caminhos para a superação das ameaças e dos retrocessos. Serão valorizadas propostas de comunicação com abordagens transdisciplinares e interdisciplinares, especialmente no que tange às possibilidades de intervenção pedagógica para combater a exclusão por gênero, classe e raça/etnia, o sexismo, o racismo, a homofobia e a desigualdade social em diferentes contextos educacionais. Embora partindo do contexto brasileiro, este simpósio pressupõe reflexões globais sobre a temática, tendo em conta diversos outros grupos similares que defendem pautas retrocedentes no campo da educação em outros países.
Palavras-chave: educação; ensino; docência; intervenção pedagógica; democracia; inclusão.
ST 8 - Temas livres sobre Gênero, Mulheres e Feminismo
Fernando Bagiotto Botton (UESPI)
Ruan Nunes (UESPI)
Roberta Liana Damasceno Costa (UERJ)
Lara Ferreira Silva Dias (UESPI)
Resumo
Simpósio Temático destinado à apresentação de pesquisas oriundas das áreas de Ciências Humanas, Letras, Saúde, Artes, Jurídicas, etc. que abordem questões de gênero, mulheres feminismo e/ou temáticas transversais como etnia, classe, educação, subjetividade, memória, exclusão, violência, trabalho, cultura, representações ou assuntos correlatos que não foram abarcados nas demais opções. (obs: caso a proposta para esse Simpósio Temático estiver sintonizada com outro de nossos STs, a mesma poderá ser realocada por nossa comissão científica para melhor estabelecer-se às propostas gerais do evento).