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Como prevenir o bullying?

Falar sobre o bullying diretamente é um passo importante para entender como o problema pode estar a afetar as crianças. Não há respostas certas ou erradas para essas perguntas, mas é importante incentivar as crianças a respondê-las honestamente. Garanta às crianças que elas não estão sozinhas em resolver quaisquer problemas que possam surgir.

Encoraje as crianças a fazer o que gostam: ajude as crianças a participarem em atividades, interesses e hobbies de que gostem. As crianças podem fazer voluntariado, fazer desporto, cantar num coro, participar num grupo de jovens ou num clube da escola. Estas atividades dão às crianças a oportunidade de se divertirem e conhecerem outras pessoas com os mesmos interesses. Elas podem construir confiança e amizades que ajudem a proteger as crianças do bullying.

Eduque as crianças em como tratar os outros com bondade e respeito: as crianças aprendem com as ações dos adultos. Ao tratar os outros com bondade e respeito, os adultos mostram às crianças que nas suas vidas não há lugar para o bullying. Mesmo que pareça que eles não estão a prestar atenção, as crianças estão a observar como os adultos lidam com o stress e conflitos, e também como tratam os seus amigos, colegas e familiares.


Como prevenir o cyberbullying?

  • Fale com o seu filho sobre o que é o cyberbullying e sobre a sua vida online, e explique as possíveis consequências negativas.

  • Encoraje-o a partilhar consigo qualquer situação que não o faça sentir confortável.

  • Alerte-o para os perigos da utilização das plataformas digitais, mostrando exemplos reais desses perigos.

  • Ensine o seu filho a nunca colocar informação pessoal online e a não falar sobre a sua vida a pormenor. Dê o exemplo.

  • Monitorize a utilização das plataformas digitais. As crianças e os jovens têm direito à sua privacidade, mas protegê-los é uma obrigação dos pais. Utilize as opções de controlo parental disponíveis nas plataformas digitais. Conheça os “amigos digitais” do seu filho – pergunte-lhe quem são e como os conhece.

  • Negocie com o seu filho regras de utilização das plataformas digitais.

  • Permita o acesso às plataformas digitais apenas em zonas comuns da casa (evitar, por exemplo, a utilização no quarto).

Sinais de que um jovem pode estar a sofrer de bullying

Alguns sinais que podem apontar para um problema de bullying são:

  • Lesões inexplicáveis;

  • Roupas, livros, aparelhos eletrónicos ou outros bens perdidos ou destruídos;

  • Dores de cabeça frequentes ou dores de estômago, sentir-se doente ou fingir doença;

  • Mudanças nos hábitos alimentares, como de repente saltar refeições ou alimentação excessiva. As crianças e jovens podem voltar para casa com fome porque não almoçaram;

  • Dificuldade em dormir ou pesadelos frequentes;

  • Notas mais baixas, perda de interesse no trabalho escolar ou não querer ir à escola;

  • Perda súbita de amigos ou evitar convívios sociais;

  • Sentimentos de desamparo ou diminuição da autoestima;

  • Comportamentos autodestrutivos, como fugir de casa, ferir-se ou falar de suicídio.


Alguns sinais de cyberbullying podem incluir:

  • Mostrar-se perturbado durante ou após a utilização do telemóvel/computador/tablet;

  • Fazer da sua vida digital um segredo ou tentar protegê-la a todo o custo;

  • Isolar-se e evitar a família, os amigos, as atividades habituais;

  • Recusar ir à escola ou participar em situações de grupo;

  • Diminuir o desempenho escolar;

  • Mostrar-se zangado e descontrolado em casa;

  • Apresentar mudanças de humor, comportamento, sono ou apetite;

  • Parar de usar o telemóvel/computador/tablet sem razão aparente;

  • Mostrar-se nervoso e ansioso sempre que surge uma nova mensagem;

  • Evitar a todo o custo discussões sobre o uso do telemóvel/computador/tablet.


Se conhece alguém em sofrimento ou perigo, não ignore o problema. Obtenha ajuda.

Leve a No Bully à escola do seu filho!

Contacte-nos para geral@nobully.pt



O que fazer se o seu filho estiver a ser alvo de bullying?

Às vezes as crianças sentem que o bullying é culpa sua, que se tivessem agido de forma diferente, não teria acontecido. Às vezes têm medo que o bully descubra que contaram a alguém e que tudo piore. Outras têm receio que os pais não acreditem nelas ou não façam nada para as ajudar ou que as instiguem a lutar como resposta.

Se o seu filho teve coragem para partilhar consigo a sua experiência de bullying não menospreze ou desvalorize a situação, ouça-o com atenção e empatia e elogie-o por ter tido essa coragem. Encoraje o seu filho para que continue a falar consigo, diga-lhe frequentemente que gosta dele. Lembre-o que não está sozinho. E enfatize que o é o bully que se está a portar mal.

O que evitar:

  • Não o culpe ou responda que terá de resolver o problema sozinho ou que o bullying “faz parte”.

  • Não diga ao seu filho para ignorar o bullying, isso só passará a mensagem que o bullying é algo a tolerar.

  • Não incentive a criança a responder ao bully com mais comportamentos agressivos. As respostas agressivas tendem a levar a mais violência e mais bullying contra as vítimas. Para além disso, é provável que só aumente a ansiedade da criança, que não se sente capaz de responder dessa forma.

Marque uma reunião e fale com a escola – com o Diretor de Turma ou o Psicólogo da escola. Torne claro que procura a escola para encontrar uma solução conjunta e seja paciente, mantendo-se em contacto com a escola enquanto o problema se resolve. Evite acusar a escola (os Professores, os Assistentes Operacionais), mas sugira que haja um reforço da supervisão de adultos nas áreas onde as situações de bullying costumam acontecer e garanta que há ajuda disponível para o seu filho sempre que precise. Não deixe de informar a escola sempre que acontecer uma situação de bullying.

Ensine-lhe estratégias que lhe permitam manter-se seguro:

  • Encoraje-o a ir-se embora, a ignorar o bully e a contar a um adulto sempre que uma situação de bullying ocorrer (ou achar que vai ocorrer).

  • Encoraje-o a evitar situações de encontro com o bully (por exemplo, usar uma casa de banho diferente ou não ir ao cacifo se não estiverem várias pessoas por perto).

  • Ajude-o a encontrar “locais de refúgio” se for perseguido por bullies e andar sempre acompanhado de outras crianças e adultos.

  • Ensine-o a denunciar uma situação de bullying. É mais provável que os adultos prestem atenção se a criança descrever o que aconteceu e como se sentiu, quem o fez, o que fez para tentar resolver o problema e uma explicação clara do que precisa do adulto.

  • Encoraje o seu filho a fazer novos amigos. Um novo ambiente (uma nova atividade ou desporto, por exemplo) pode oferecer uma nova oportunidade de “começar de novo”. Encoraje-o também a contactar com outros colegas e amigos na escola.

Quando os nossos filhos são vítimas de bullying podemos sentir-nos zangados, magoados, culpados, desesperados ou com medo. As nossas próprias memórias da infância podem ajudar-nos a empatizar com a criança e a tentar encontrar soluções, mas também podem atrapalhar. É importante pensar antes de reagir.


O que fazer em caso de cyberbullying?

Se descobrir que o seu filho é alvo de cyberbullying ofereça-lhe apoio e conforto. Fale com ele e decidam sobre a melhor forma de informar a escola (o Diretor de Turma ou o Psicólogo da escola) da situação ou a Polícia/GNR.

Encoraje o seu filho a não responder ao cyberbullying. Fazê-lo pode tornar a situação ainda pior. Mas guarde as mensagens/fotografias/interações que possam servir de evidências junto da escola ou mesmo da polícia.

Outras medidas:

  • Bloquear o bully.

  • Limitar o acesso à tecnologia. Embora possa ser doloroso, a maior parte das crianças e adolescentes alvos de cyberbullying não resistem à tentação de verificar constantemente as plataformas digitais para saber se existem mensagens novas.

  • Conheça o mundo digital do seu filho. Verifique regularmente os posts e sites que o seu filho visita, tenha consciência da forma como ele ocupa o seu tempo online.

  • Fale sobre a importância da privacidade e sobre como é má ideia partilhar informação pessoal online, mesmo com amigos.

  • Aprenda formas de manter o seu filho seguro quando está online. Encoraje-o a salvaguardar as passwords e a nunca partilhar a sua localização atual nem para onde vai.

Se identifica sinais de bullying ou cyberbullying no seu filho e não sabe o que fazer com a situação, procure ajuda. Esteja preparado para ser honesto e dizer ao seu filho que não sabe como resolver o problema, mas que vão encontrar uma solução em conjunto. Um Psicólogo pode ajudar!


Fontes: http://escolasaudavelmente.pt/pais/comunicar-com-os-filhos/falar-sobre-o-bullyinghttp://escolasaudavelmente.pt/pais/comunicar-com-os-filhos/falar-sobre-o-cyberbullying

Sinais de que um jovem possa ser bully

As crianças e jovens podem estar a fazer bullying a outras pessoas se:

  • Entram em lutas físicas ou verbais frequentemente;

  • Têm amigos que intimidam os outros;

  • São cada vez mais agressivas;

  • Seja chamado ao gabinete do diretor ou colocado de castigo com frequência;

  • Têm dinheiro extra inexplicável ou novos pertences;

  • Culpam os outros pelos seus problemas;

  • Não assumem a responsabilidade dos seus atos;

  • São demasiado competitivas e preocupam-se com sua reputação ou popularidade.

O que fazer se o seu filho estiver a ser bully?

Descobrir que o nosso filho não tem o comportamento correcto pode ser devastador. No entanto, é importante enfrentar o problema e resolvê-lo, em vez de esperar que desapareça sozinho. Fale com o seu filho de forma calma, mas firme, sobre as suas acções e discuta o impacto negativo que os seus comportamentos tiveram nos outros.

Se sabe ou reconhece sinais de que o seu filho possa fazer bullying, é importante tentar ajudá-lo a mudar os seus comportamentos e atitudes negativas face aos outros. As crianças que fazem bullying têm maior probabilidade de se envolverem com comportamentos anti-sociais e actividades criminosas no futuro.

Considere seriamente o problema e faça ver à criança que o comportamento é inaceitável e que não o vai tolerar, tornando claro que o deve parar imediatamente.

O que evitar:

  • Resista à tendência para negar ou desvalorizar a gravidade do problema. O bullying não é um comportamento normal nem faz parte de crescer.

  • Não acredite em tudo o que o seu filho lhe diz. As crianças que fazem bullying são, geralmente, boas manipuladoras e podem construir uma história em que se fazem parecer inocentes.

  • Não use castigos físicos – o que reforçará a crença de que a agressividade e o bullying são aceitáveis. O comportamento incorrecto da criança deverá ser seguido de consequências negativas apropriadas.

Passe mais tempo com o seu filho e monitorize atentamente as suas actividades e companhias. Desenvolva um sistema de regras simples, sem deixar de oferecer elogios e reforços pelo comportamento adequado. Ajude o seu filho, com base nos seus pontos fortes, a desenvolver padrões de reacção menos agressivos e mais empáticos.


Se descobrir que o seu filho está a fazer cyberbullying:

O cyberbullying não é um comportamento aceitável e pode ter consequências sérias (às vezes, permanentes) em casa, na escola e na comunidade.

Recorde o seu filho que o uso das plataformas digitais é um privilégio. Pode ajudar restringir a utilização destas plataformas até que o comportamento melhore.

Se considera que o seu filho precisa de um telemóvel por questões de segurança, dê-lhe um que permita apenas realizar chamadas de emergência. Defina controlos parentais rígidos em todas as plataformas digitais.


Para ambos os casos, procure ajuda. Um psicólogo pode ajudar!


Fontes: http://escolasaudavelmente.pt/pais/comunicar-com-os-filhos/falar-sobre-o-bullyinghttp://escolasaudavelmente.pt/pais/comunicar-com-os-filhos/falar-sobre-o-cyberbullying

Leve a No Bully à escola do seu filho!

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