Minicursos

Informações gerais:


1. Todos os minicursos ocorrerão no dia 20 de setembro de 2023 (quarta-feira);


1. É possível se inscrever em até 02 (dois) minicursos (em turnos diferentes);


2. A taxa de inscrição é cobrada por minicurso;


3. As vagas são limitadas em função da capacidade das salas.

Manhã (8h-10h)

Minicurso 1: O tratamento da variação linguística em livros didáticos de Português: das orientações oficiais à prática

Prof. Gilson Costa Freire (UFRRJ)

Proposta: De acordo com as orientações da BNCC (Brasil, 2018), a abordagem da variação linguística nas aulas de Português teria como um de seus propósitos reconhecer as diferentes variedades da língua, o que inclui também a observação de fenômenos que não são objeto de avaliação social, mas são variáveis. No entanto, os livros didáticos muitas vezes focalizam apenas fenômenos de variação estigmatizados, contrastando essas manifestações linguísticas com a chamada norma-padrão, de modo que acabam reforçando o preconceito linguístico em vez de combatê-lo. Assim, o objetivo deste minicurso é apontar caminhos para um trabalho mais abrangente com a variação linguística em sala de aula, de modo que leve o aluno a perceber que a variação vai muito além daquilo que se julga como inadequado à norma-padrão.

Local: Sala H209

Nº DE VAGAS: 30

Minicurso 2: Por que contar a história dos textos para contar a história da língua?

Prof. Cleber Ataíde (UFPE-LeDoc)

Proposta: Este minicurso abordará o estudo da historicidade da língua e do texto com base no Modelo de Tradição Discursiva, por meio da abordagem de aspectos teóricos, metodológicas e analíticos dessa perspectiva sócio-histórica de estudo da língua(gem). Outros temas serão tratados, tais como: pressupostos teóricos sobre mudança linguística/sociolinguística histórica e tradições discursivas. Motivações sociolinguísticas, discursivas e fatores sócio-pragmáticos nos processos de mudança linguística.

Local: Sala H211

Nº DE VAGAS: 30

Tarde (14h-16h)

Minicurso 3: Teoria de competição de gramáticas: a mudança linguística a partir de uma visão mentalista

Elaine Melo (UFF) e Silvia Cavalcante (UFRJ)

Proposta: Este minicurso abordará o estudo da mudança linguística a partir de uma teoria mentalista. Em específico, trataremos das mudanças na sintaxe do português que evidenciam, ao longo do tempo, as gramáticas em competição, no sentido de Kroch (1989). Nesse contexto, a gramática é entendida como a competência que os falantes têm da sua língua (Galves, 2012, p. 66) e por isso os textos de onde são retirados os dados são o meio que permite alcançarmos as evidências das gramáticas internalizadas pelos falantes durante o período da aquisição da linguagem. Outros temas serão abordados, tais como: os procedimentos metodológicos, a importância de se considerar a data de nascimento dos autores, as periodizações da língua, os pressupostos teóricos sobre mudança linguística.

Local: Sala H210

Nº DE VAGAS: 40

Minicurso 4: Tarefas experimentais de julgamento em estudos de percepção sociolinguística

Thiago Laurentino de Oliveira (SOCIOLINT-UFRJ)

Proposta: Apresentam-se panoramicamente, neste minicurso, algumas tarefas experimentais envolvendo julgamento de sentenças e construções gramaticais que podem ser utilizadas por pesquisadores da área de sociolinguística interessados em investigar a percepção da variação. Serão discutidos os objetivos e os pressupostos que fundamentam o desenho dos experimentos que envolvem julgamentos dos falantes, salientando as principais vantagens e limitações de trabalhar com a metodologia experimental em sociolinguística. Além disso, serão descritos três exemplos de tarefas de julgamento utilizadas por pesquisas de variação morfossintática.

Local: Sala H212

Nº DE VAGAS: 40

Minicurso 5: Discutindo os caminhos e obstáculos da abordagem sociolinguística para fenômenos discursivos 

Janaína Souza (SME-DC), Juliana Segadas Vianna (UFRRJ) e Isabella Rodrigues (USP)

Proposta: O minicurso tem por objetivo discutir a aplicação de procedimentos metodológicos da sociolinguística quantitativa a fenômenos discursivos, que apresentam contornos que não são facilmente delimitáveis de acordo com categorias discretas. Para tanto, há a necessidade de se trabalhar com critérios claros e articulados para delimitar o envelope de variação assim como análises qualitativas bem aprofundadas que permitam definir mais claramente os condicionamentos que influenciam o fenômeno em estudo (FREITAG, 2009; GORSKI; VALLE, 2016). Como pano de fundo, a discussão utiliza-se da pesquisa acerca do fenômeno de variação entre os conectores adversativos “mas” e “só que” na variedade de português falada em Nova Iguaçu (RJ), que buscou analisar os fatores linguísticos e extralinguísticos que influenciam na escolha das variantes. Os resultados parciais da pesquisa, desse modo, não serão apresentados do ponto de vista quantitativo, mas sim voltados para uma discussão teórica e metodológica sobre como tratar a variação discursiva dentro da perspectiva laboviana (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968; LABOV, 1994, 2003).

Local: Sala H214

Nº DE VAGAS: 40